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História Lovely Teacher - Segunda Temporada - Bff trouble


Escrita por: violeth

Notas do Autor


Hey

Capítulo 34 - Bff trouble


Vanessa’s POV

Assim que o sinal toca, corro para fora sem sequer me despedir de Jake. Não estava aguentando mais aquelas aulas de exatas, eu precisava urgentemente sair dali. Tinha no celular várias chamadas perdidas de Justin e Luke, mas eu não tive como atender durante a aula. Antes que possa retornar, vejo Justin andar apressadamente até mim. Sorrio, enquanto ele se aproxima. Ele parece atordoado.

– Ei, o que era tão importante para ligar... – sou interrompida.

– Julie está no hospital. Ela tentou se matar.

Naquele momento eu podia jurar que meu coração tinha parado e meu oxigênio tinha acabado.

– O... O que?

 

 

– Não acorda?! Como assim não acorda?!

Podia jurar que Luke estava prestes a bater no médico.

– Ela misturou diferentes tipos de antibióticos e analgésicos. É impossível sabermos todas as substâncias que ela ingeriu. Fizemos uma lavagem estomacal por meio de sondas, mas as substâncias não saíram completamente do seu corpo e, ela simplesmente não acorda. Ela estava com quantos meses de gravidez?

– Pouco mais de dois meses. – respondo, enquanto Luke parece completamente inconformado.

– O bebê corre risco de vida. Ainda não sabemos ao certo se vai sobreviver.

– Podemos vê-la?

– Infelizmente, não. Só membros da família.

– Acho que você não sabe quem eu sou! – Luke avança no médico, empurrando-o com força contra a parede.

– Luke! – eu o puxo pelo braço. – Você está piorando as coisas!

Ele larga o médico e me abraça com força. Posso sentir suas lágrimas molharem meu ombro. Tento me controlar, mas é simplesmente impossível. Algumas lágrimas caem desesperadamente pelo meu rosto. Eu fungo e me afasto de Luke, vendo seu rosto completamente molhado e vermelho.

– Eu não entendo. Ela parecia ter aceitado a gravidez... Ela parecia bem. – ele seca o rosto.

– Vanessa... – escuto a voz de Justin atrás de mim e me viro.

Não consigo pensar em nada direito, só não aguento mais estar ali. O ambiente, a dor na minha cabeça e no meu peito pareciam simplesmente insuportáveis.

– Eu... Preciso sair daqui.

Me afasto, andando em passos largos.

– Vanessa!

 

 

– Jake... Será que eu posso entrar?

Respiro fundo, tentando controlar aquela vontade tão absurda de chorar.

– Claro, V. – ele me dá espaço para entrar e fecha a porta a seguir. – O que aconteceu? Você saiu correndo...

Me sento no sofá e ele faz o mesmo.

– Jake, minha melhor amiga tentou se matar.

– Que?! Por quê?!

– Ela está, ou... Estava grávida e... E nós pensávamos que ela tinha aceitado a ideia, mas pelo visto ela não tinha.

Suspiro e jogo a cabeça para trás, passando as mãos pelo rosto.

– Merda, por que essas coisas acontecem comigo, Jake?

 

 

– Vanessa, por favor. Eu preciso saber se você está bem, pelo menos fisicamente. Não me deixe preocupado assim, amor. Eu estou aqui... Pra tudo.

A mensagem de voz de Justin acaba e eu apenas respiro fundo. Já era a quinta mensagem de voz, sem contar as ligações ignoradas.

– Pelo menos responde. Ele está preocupado. – Jake se aproxima da cama e me entrega uma xícara com chá bem quente. – Camomila. Pra você conseguir dormir.

– Obrigada. – forço um sorriso.

– Você vai responder? – Jake senta ao meu lado na cama, me encarando.

– Vou.

– Boa noite, V. – ele beija meu rosto e se levanta.

– Ei, Jake... Seus pais não vão se incomodar por eu dormir aqui?

– Eles estão viajando, não se preocupe. – ele sorri fraco. – Se precisar de qualquer coisa, por favor, me chama.

– Não se preocupe. Boa noite.

Estou na casa de um amigo e estou bem. Fisicamente.

 

 

Já fazia um dia completo. Eu não podia voltar pra casa. Não conseguiria olhar para o Justin, não conseguiria responder quando ele perguntasse se eu estou bem. Não conseguiria lidar com a preocupação dele. Era melhor que continuasse assim.

Eu não conseguia entender. Julie parecia estar bem, ela estava até planejando como as coisas seriam quando o bebê nascesse. No dia anterior, ela estava conversando coisas lindas sobre a gravidez e até pediu que eu e Justin fossemos os padrinhos. E agora, ela estava inconsciente numa cama de hospital.

É impossível de entender.

– Bom dia, V. Dormiu bem? – Jake pergunta sonolento, sentando-se na cama.

– Não, mas não ligo mais. – dou de ombros, encarando meu amigo sem blusa com cara de sono.

– Ainda não deram notícias?

– Ela não acordou ainda. Não consigo parar de pensar nisso, Jake. E se ela não acordar mais? O que eu vou fazer?!

– V, para de pensar negativo. Vai ficar tudo bem, tenho certeza.

Ele me abraça com força e beija meu ombro. Se afasta minimamente e me encara sério. Ele aproxima o rosto do meu e afasta meus cabelos do meu rosto. Nossos lábios se tocam, ele segura meu rosto e sua língua adentra minha boca calmamente. Jake me beija intensamente, como se não quisesse que o beijo acabasse. Ele me dá um longo selinho e se afasta. Mantenho os olhos fechados, processando o que aconteceu.

Respiro fundo.

– Jake... – o encaro. – Eu preciso de você, como amigo. O fato de eu não querer ver o Justin, não significa que eu não o amo. Eu não posso traí-lo.

– Me desculpa. Você está tão frágil e... Eu só queria tirar isso de você. Não pensei direito. Não vai acontecer de novo, você pode contar comigo, V.

 

 

Era o segundo dia completo desde que Julie deu entrada no hospital e até agora ainda não havia acordado. Um conjunto de pensamentos ruins e desesperanças bagunçavam minha cabeça a mil por hora. Eu não conseguia parar de pensar que, se ela não acordasse eu estaria completamente perdida. Ela era minha melhor amiga desde que éramos crianças. Eu não podia perdê-la. Eu precisava dela, mais do que eu precisava de qualquer outra pessoa.

– Você sabe que ignorar o Justin não vai fazer a dor passar. – Jake tenta mais uma vez me convencer de que precisava falar com Justin.

Mas o que eu poderia falar? Eu não sabia o que dizer.

– Eu não consigo olhar para ele sem me lembrar dela.

– Você conseguiu esquecê-la por estar ignorando ele? – arqueia as sobrancelhas.

Eu respiro fundo e passo as mãos pelo rosto.

– Eu não saberia o que dizer pra ele. Vou tomar banho, Jake.

– Ok. Eu vou comprar algo pra gente comer antes da escola.

– Tá, vai lá.

Tomo um banho rápido. Não dá nem pra pensar em tomar um banho demorado com tanto frio. Visto minhas inúmeras peças de roupa e suspiro cansada. Me sento na cama e apoio o rosto nas mãos. Eu só queria poder manter aquela situação afastada dos meus pensamentos por um tempo. Estava exausta.

– Jake pediu que não ficasse com raiva.

Me viro rapidamente e vejo Justin parado na porta do quarto.

– Justin... O que faz aqui?!

Me levanto e cruzo os braços, me aproximando dele.

– Jake me chamou. Ele me deu notícias suas nesses dois dias.

– Eu não... Não sei o que dizer, Justin. – balanço a cabeça.

– Você devia saber que pode contar comigo, mesmo sem saber o que dizer.

– Você está tão distante... Eu não sei mais se posso contar com você.

– Não fala isso...

– É a verdade, Justin.

– Me desculpa... Você... Não quer mais ficar comigo?

– Que?! Não! Quer dizer, sim! Do que você está falando?!

– Você quer terminar?

– Não! Justin, eu não podia ficar perto de você, você me faz lembrar dela. É só isso. – respondo desesperada. – Não quero terminar!

Ele me puxa para um abraço longo e apertado.

– Você pode contar comigo pra tudo, anjo...

– Eu sei. Sinto muito... – falo, com a voz abafada por seu peito.

Ele beija meus cabelos e respira fundo ainda sem desgrudar de mim. Seu abraço é extremamente protetor, como eu consegui ficar longe dele nesses dias? Sou uma idiota mesmo.

– Volta pra casa, por favor... Dormir sozinho naquele apartamento é um verdadeiro pesadelo.

– Eu...

Seu celular começa a tocar antes que eu possa continuar. Ele me solta e pega o celular em seu bolso.

– Oi, Luke... Sim... Que?! Ok, estamos indo.

O encaro cheia de esperança.

– Ela acordou.

Duas palavras que me enchem de felicidade. Saímos da casa de Jake e Justin dirige em alta velocidade até o hospital. Meu coração está praticamente saindo pela boca de tanta ansiedade.

– Preciso avisar Jake...

– Jake já foi para a escola, babe.

– Mas ele disse que ia comprar...

– Era mentira.

Eu balanço a cabeça e rio abertamente, como se aquilo fosse a coisa mais engraçada que já ouvi. Tudo por saber que talvez minha melhor amiga, minha irmã, estivesse bem de novo. Eu queria tanto que ela acordasse só para encher os ouvidos dela de sermão! Que garota idiota, como ela pode fazer isso comigo? Nunca me senti tão infeliz como tinha me sentido nos últimos dias.

– Cadê ela? Quero ver a Julie! – digo alto, assim que encontro Luke sentado numa cadeira.

– Eles não deixam entrar ainda. – ele responde sério, sem nem mesmo me encarar.

– Me encontra na lanchonete depois. – Justin diz baixo em meu ouvido e beija levemente minha bochecha, saindo em seguida.

O rosto do meu irmão parece sombrio, ele está extremamente pálido e com olheiras fundas. Sento numa cadeira ao seu lado e o abraço com força, ele me aperta contra si e suspira. Estranho o fato de ele não ter falado nada sobre eu ter sumido totalmente. Me afasto e o encaro.

– Não vai falar nada sobre eu ter sumido?

– Você sabe que foi uma vadia, não preciso falar. Justin foi bem mais meu irmão que você, nos últimos dias. Mas, eu entendo.

Eu rio fraco e bagunço seus cabelos.

– Luke Philip Hudgens? – uma mulher pergunta.

– Sim, já posso vê-la? – ele levanta rapidamente.

– Eu preciso falar um pouco com você, mas logo em seguida você poderá ver a Srta Miller.

Ele assente e a segue pelo corredor. Eu respiro fundo, percebendo que estou morrendo de fome. E apesar de não aguentar de ansiedade, eu resolvo ir encontrar com o Justin na lanchonete do hospital. Só de saber que Julie acordou, meu ânimo parecia outro. Me encontrava completamente eufórica e ansiosa.

Encontro Justin facilmente, já que as poucas mesas da lanchonete estão quase todas desocupadas. Sento-me na cadeira ao seu lado sem dizer nada e deito a cabeça em seu ombro. Suspiro e fecho os olhos, inspirando aquele perfume tão conhecido.

– Desculpa... – murmuro baixo.

Ele segura meu rosto e o levanta, abro os olhos e uma lágrima percorre meu rosto imediatamente.

– Você não precisa pedir desculpa. – ele passa o polegar sobre a lágrima, secando a mesma.

– Eu não tinha a intenção de te machucar, você sabe disso, não sabe?

– Sim, eu sei disso. – ele sorri sem mostrar os dentes.

Ele puxa meu rosto lentamente para o seu e inicia um beijo lento, cheio de saudade. Agarro seus cabelos e aproveito cada sensação que o seu beijo me causa. Como eu amo Justin, por Deus.

Sorrio quando o beijo acaba e dou um selinho demorado em seus lábios.

– Eu te amo.

– Eu te amo, anjo.

A manhã e a tarde passaram lentamente, eu e Justin conversávamos bobagens tentando nos distrair. ainda não podíamos ver Julie. Luke havia dado um jeito para permitirem que ele a visse e ele passou o dia com ela. Nada de permissão para mim e Justin. Suspiro cansada mais uma vez, só queria vê-la, aquela ansiedade me consumia cada vez mais.

Bufo impaciente, observando aqueles corredores brancos com aquele cheiro de detergente barato que eu odeio. Nem os hospitais de Londres são tão diferentes. No meio daquelas poucas pessoas passando, Luke aparece abraçado com Julie e meu coração pula desesperadamente. Me levanto e corro até eles, puxando minha melhor amiga para um abraço longo e apertado.

– Sua idiota, juro que eu mesma te mato se você apenas pensar em fazer isso de novo.

Ela ri e Luke também. Me afasto dela e olho para os dois. O semblante de ambos é tranquilo e feliz, acredito que está tudo bem com o bebê.

– Meu afilhado está bem? – pergunta Justin, abraçando Julie.

Ela assente, com os olhos brilhando.

– Eles dizem que foi um milagre. – Julie responde, pousando a mão sobre a barriga. – Gente, me desculpem. Eu realmente não tinha a intenção de machucar ninguém, nem eu mesma sei o que estava pensando quando fiz aquilo. Só queria dizer que não precisam se preocupar eu vou me cuidar muito bem a partir de agora, nada de loucuras como essa. – ela sorri.

– Não se preocupe você, ninguém aqui vai te deixar sozinha nem um minuto mais. – eu respondo sorrindo.

Ela respira fundo e deita o rosto no ombro de Luke.

– Só quero sair desse hospital e aproveitar muito com vocês e com a minha princesa.

– Ué, já dá para saber o sexo do bebê? – estranho.

– Não, mas eu sei que vai ser uma menina.

Luke bufa.

– Claro que não, vai ser um menino, lindo como o pai. – Luke brinca.

– Eu estou tão feliz que você está bem! – a abraço de novo. – Você não sabe o quanto eu fiquei perdida sem você.

– Eu estou bem, obrigada Baby V. Mas realmente, eu não sei o que você faria sem mim.

– Ih, que idiota. Já vi que você está bem mesmo.

Um celular começa a tocar e Justin logo pega do seu bolso e se afasta para atender. Passa alguns minutos e quando volta, ele sorri fraco.

– Apenas uma briga por não ter aparecido na faculdade hoje. Ah, já mencionei que temos uma festa pra ir amanhã?

– É disso que todos precisamos.

– Que festa?

– Festa nos novos admitidos para a British Way College.

– Bem necessário.

 

 

– Amor, você se importaria se a minha mãe viesse visitar a gente aqui? – Justin me pergunta, deitando ao meu lado.

Em algumas horas eu já sentia como se as coisas tivessem rapidamente voltado ao normal. Era quase como se aqueles dois dias nem tivessem existido. Eu tinha sentido falta de estar aconchegada nos braços da pessoa que eu amo. E tinha sentido falta de saber que tudo estava bem.

– Ela vai vir?

– Se você não se importar de receber ela aqui, vai sim.

– Claro que não me importo. Jason vem também?

– Vem sim.

– Uau, não pensei que fosse vê-la de novo tão cedo. – ele me encara sério. – Com todo respeito. É que pensei que ela não tivesse gostado de mim.

– Ela disse que tem um assunto urgente pra tratar comigo. Ela chega em questão de dias.


Notas Finais




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