‘Wolf Skin’
(Pele de Lobo)
Kai – P.O.V
A mais nova contadora está na minha frente, parece uma colegial. Mandei trazê-la do Canadá, pelas referências é uma hacker muito habilidosa, sem falar que entende de grana. Antes de mandar Suho contata-la, ordenei que pesquisasse tudo sobre ela. Seu nome apareceu na lista dos mais procurados do FBI, então está apta para trabalhar na minha equipe.
_ Pelo visto gosta de livros! Para uma hacker isso é estranho, seu mundo é o virtual e não o de papel.
Olho para os seus olhos, castanho escuro quase negros. A roupa que usa é um tanto modesta, calça jeans rasgada nos joelhos, camiseta de banda de rock, blusão de moletom grande para o corpo pequeno. O que me irrita nela logo de cara é o boné do BTS, parece mesmo uma adolescente.
_ Mundos opostos, posso viver nos dois da forma que eu quiser. – Ela responde com o rosto erguido como se fosse um desafio. Seus olhos tem um brilho perigoso.
_ Vamos aos negócios. Você vai trabalhar para mim em tempo integral. Vamos te dar um celular para que fique ligado vinte e quatro horas. Todos os negócios precisam passar por mim, antes e depois de fechados. Fui claro? – Ela continua me olhando, sustentando o meu olhar.
_ Claro, não sou surda e muito menos deficiente mental. – Outra coisa, a língua dela é muito afiada, mulher assim me irrita.
_ Dois detalhes: primeiro nunca faça nada para me prejudicar, sua vida depende disso; segundo você vai morar aqui na mansão. O último contador teve alguns problemas, e isso não vai se repetir.
_ Como assim, vou morar aqui? Não me falaram nada disso. – Ela é irritante demais, que saco.
_ Essa decisão eu tomei agora. Se tiver algo para fazer antes de se mudar, faça logo. Amanhã Xiumin irá busca-la. Isso é uma ordem senhorita Park Sun Hee! – Saio da sala antes de ouvir outra de suas respostas atrevidas. Cara de menina e língua de víbora, mal sabe que vejo que tem uma pele de lobo por trás de seu rostinho infantil.
Sun Hee – P.O.V
Para um rapaz de vinte e seis anos sua capacidade de meter medo é de alto nível. Ele é controlador e manipulador, tenho que ter muito cuidado a partir de agora. Morar embaixo do mesmo teto é algo que nunca passou pela minha cabeça. Sou tirada dos meus pensamentos pelo Xiumin.
_ Pronto chegamos! Que horas posso vir lhe buscar? – Ele me olha esperando a resposta.
_ Há alguma possibilidade de não ir morar naquela casa? – Seu sorriso acaba com qualquer esperança.
_ Não senhorita, se o Kai quer que more na casa dele então é melhor não contrariá-lo. Caso contrário sua linda cabecinha será separada do seu corpinho pequeno e curvilíneo. – Pisca como se estivesse flertando, isso chega a ser nojento. Infelizmente ele é tão lindo quanto um modelo.
_ Ok, entendi o recado. Pode me buscar ao meio dia, tenho que comprar algumas coisas que precisarei.
_ Se for equipamento nós compraremos, basta entregar uma lista.
_ Não, são coisas pessoais minhas. Até amanhã, Xiumin. – Desço do carro e bato a porta com força, estou tão irritada que não consigo me controlar.
Entro na pensão, pego a minha chave na recepção e subo para o meu quarto. Sozinha deito na cama e deixo as lágrimas correrem livres. Malcon não está mais aqui, e hoje estive com o maldito assassino dele. Poderia ser qualquer um dos subordinados do Kai, mas aos meus olhos ele é o responsável. Sento e resolvo ligar para minha irmã Nam Hee, está na hora dela saber o que está acontecendo.
- Oi irmã, há quanto tempo.
- Oi, minha querida. Como está?
- Estou bem, Sun Hee. E você?
- Estou bem, também. Como vai o Bradock?
- Vai bem. Sun Hee o que houve? Você não está com uma voz muito boa. Vai falando, te conheço há algo errado.
Não consigo me segurar, choro novamente. Minha irmã percebe e me questiona.
- Sun Hee? Fala comigo, o que houve? Onde você está?
- Estou em casa e Nam Hee eu queria te contar uma coisa, você está ocupada?
- Não, pode falar.
- O Malcon está morto!
- Sun Hee, eu sinto muito, você deve estar arrasada com tudo isso, a morte dos nossos pais e agora ele. Vem aqui para casa irmã, tem lugar para você. Bradock vai adorar vê-la novamente.
- Não sei Nam Hee, ainda estou trabalhando e...
- Não acredito que seu chefe não lhe deu alguns dias?
- Sim ele deu, eu que não quis.
- Venha para cá Sun Hee. Imediatamente.
- Está bem. Irei.
Encerro a ligação, sei que ela vai pirar quando eu chegar lá dentro de alguns minutos. Para todos os fins Nam Hee pensa que estou em Vancouver. Pego meu casaco e a bolsa. Já na rua olho para todos os lados para ver se não estou sendo seguida. Faço sinal para um táxi que para imediatamente, mando me levar para o shopping, lá será mais fácil me misturar e ir para a casa da Nam Hee.
[...]
Apesar de ter levado quarenta e cinco minutos andando e entrando em lojas, não vi ninguém suspeito me seguindo. Vou para o estacionamento subterrâneo. De lá vou para a estação, é mais seguro.
Levei mais de duas horas para chegar na casa da minha irmã. Tocando a campainha ouço passos vindo em direção a porta. Nam Hee quase cai para trás ao me ver.
_ Por Deus, o que você está fazendo aqui? Por que não me disse que está em Seul? Quer me matar de susto? – Ela me abraça e eu a empurro para entrarmos.
_ Não posso ficar muito tempo e nem ser vista com você. Pelo menos pelos próximos meses.
_ Como é que é? – A cara que faz me faz rir um pouco.
_ Calma, estou a trabalho. É uma longa história, mas o principal é que não podemos ficar em contato diariamente. Está me entendendo Nam Hee? – Ela está confusa.
_ Que trabalho Sun Hee? Tem alguma coisa a ver com a morte do Malcon? – Como promotora ela é a mais esperta.
_ Tem! Estou infiltrada na gangue do Kim Jong-in, Kai Nam Hee terror de Kyonggi-Do. – Ela dá um grito.
_ FICOU DOIDA, GAROTA? - Tampo meus ouvidos, o sermão vai ser longo, mesmo mais nova três anos ela sempre me dá bronca.
_ É o meu trabalho, Nam Hee!
_ SEU TRABALHO UMA OVA, O CACETE! Você quer retaliação pela morte do Malcon, isso sim! – Está furiosa.
_ Dá para abaixa o volume? Vou ficar surda desse jeito. – Ela joga um vaso de flores na parede, voa cacos para todos os lados.
_ Baixar o volume uma merda, Sun Hee! Por que você tem que ser assim, heim? Da última vez não falei nada porque o Malcon estava infiltrado também. Você levou três tiros, ficou quase trinta dias no hospital. E agora o que vai ser? Terei que te enterrar com os nossos pais? – Suas lágrimas caem e ela se senta no sofá já soluçando, sempre foi a mais sensível.
_ Nam Hee, vai ficar tudo bem. Vou apenas coletar provas para prender o maldito, o resto quem vai fazer será você. Prometo, viu? – Ela levanta e abraça.
_ Você é como o nosso appa, sempre voluntariosa. Jura que se as coisas ficarem complicadas você pula fora? – Vou ter que mentir dessa vez.
_ Juro, mas tenho que levar esses bandidos até a justiça. Vou trabalhar como contadora, nada tão perigoso assim, então fique tranquila. Entro em contato quando a barra estiver limpa. Nunca ligue, espere eu entrar em contato, ou o Richard.
_ Ele está infiltrado também?
_ Não só eu. Esta força tarefa é para apenas uma pessoa.
_ Droga, Sun Hee! Você poderia ter se tornado uma excelente professora na universidade, mas não. Tinha que se tornar algo uma agente investigativa. – Vou em direção a porta, e ela me para.
_ Tenho que ir, Nam Hee! – Dou lhe um abraço.
_ Se cuida, por favor! – Ela me dá um beijo na testa, apesar de mais nova ficou mais alta do que eu.
Verifico novamente se não há ninguém suspeito, e pego o caminho de volta para Kyonggi-Do.
[...]
Kai – P.O.V
Estou tão ocupado e concentrado no que estou fazendo, que não percebo que Xiumin trouxe Sun Hee para casa. Os dois estão na porta do escritório, ele de cabeça baixa para não ver eu fodendo uma puta da boate.
Sun Hee sustenta o meu olhar, enquanto eu me enfio mais fundo dentro da putinha. Seu olhar é um misto de surpresa, horror e indignação. Não paro de olhar também, sinto que estou prestes a gozar, puxo a vadia de cima da mesa e a coloco ajoelhada. Meu pênis é sugado por uma boca gulosa, e Sun Hee dá dois passos para trás virando para sair.
_ NÃO A DEIXE SAIR!
Grito para Xiumin e começo a meter até a garganta. Gozo gritando e olhando para as costas de Sun Hee. Ela olha para o teto, não sei o porquê, mas estou satisfeito por ter me visto trepando.
_ Leve esta puta de volta a boate. E você Sun Hee sente-se no sofá.
Ela entra de cabeça erguida e me encarando. Já sentada me aproximo, abaixo colocando minhas mãos no encosto do sofá. Sua cabeça está presa entre meus braços, estou tão perto que sinto sua respiração. Começo pela boca, vou subindo meus olhos até chegar nos seus, que me olham com desprezo.
_ Agora é a sua vez, senhorita!
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