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História Lover to Lover (Sesson 01) - Matilda gift


Escrita por: Ducest

Notas do Autor


Estou chegando ao final dessa temporada, falta apenas 2 capítulos para eu finalizar essa fanfic e terminar a outra que está a muito tempo sem atualizar.
Boa leitura! <3

Capítulo 13 - Matilda gift


" - Elena, Elena... Elena! "

 

 

Abriu os olhos, estava no chão, enfermeiros ao seu redor, eram quatro no total, três mulheres e um homem.

 

 

- Você está bem? - A gentil enfermeira estendeu a mão para ajudar Elena a se levantar.

 

 

Um milésimo de segundo foi o suficiente para se lembrar da situação que se encontrava momentos antes, a vida e a morte de sua paciente estava em suas mãos. Então... O que estava ela ali deitada no meio do chão?

 

 

- Onde ela está? - Disse Elena em um suspiro, já empurrando as enfermeiras, a paciente precisava dela, precisava ser salva por ela, tinha que alimentar seu ego.

 

 

Entretanto, ao se levantar percebeu que todos ao redor olhavam assustados para ela, como se ela fosse uma aberração, um monstros.

 

 

- Elena tá tudo bem... Não a mais nada que possamos fazer... - Disse uma enfermeira tocando o braço da médica.

 

 

- Do que você está falando? Eu ainda posso salvar ela! Olhe a máqui... - Nenhum sinal do cérebro, nenhum nervo funcionando, nenhum sinal do coração, nenhuma gota de sangue sendo transportada, nenhuma respirada dos pulmões, nenhuma pulsação, nenhuma gota de vida a sua frente.

 

 

Estava morta, definitivamente um cadáver.

 

 

- Não... Não... Não, não, não, não... - Elena não conseguia acreditar, o que tinha acontecido? O que ela fez? Porque em um momento tão crítico de salvar a vida de sua paciente ela desmaia ou dorme no ponto? Porque diabos isso aconteceu? O que estava acontecendo?

 

 

- Elena, por favor fica calma, eu sei que é sua primeira perda como médica, mas saiba que isso é completamente natural em nossas profissões... Eu sinto muito, mas você vai superar isso...

 

 

Elena virou lentamente seu corpo e rosto para olhar a enfermeira que disse tais palavra, talvez para agradecer pelas gentileza de entender o lado dela.

 

 

- Elena...? - Em rápido movimento, Elena pegou um bisturi que estava em cima da uma pequena mesa de rodinhas e enfiou em cheio o pescoço da enfermeira que caiu no chão jorrando sangue por todos os lados.

 

 

Elena começou um ataque estético de riso, chorava, gritava.

 

 

Um provável surto psicótico.

 

 

Seguranças foram chamados.

 

 

Dois fortes homens entraram na sala para conter Elena que estava descontrolada e ainda com o bisturi na mão poderia causar mais de uma vítima. Os homens seguraram ela pelos braços, mas isso não foi capaz de controla-la, pois a adrenalina de seu corpo deve ter proporcionado uma força sobre humana, a ponto de se desvincular de um dos seguranças, o que segurava seu braço com o bisturi, e em seu último ato de loucura, cortou sua própria garganta.

 

 

O riso parou, apenas um breve silêncio poderia ser ouvido enquanto o corpo ensanguentado de Elena vagarosamente caia sobre o chão.

 

 

Terceiro cadáver no quarto.

 

 

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Dean já tinha saído do quarto em disparada, a enfermeira corria a sua frente.

 

 

A mesma parou na porta do quarto com o olhar assustado. A cena que via era de extremo desagrado. Macabro, mórbida, horrível, poucas e fortes palavras seriam capazes de representar a imagem a sua frente. Um corpo aparentemente morto e sujo de sangue sendo retirado da cama e colocado em um saco preto por dois funcionários, o outro... Da médica Elena, no chão, com o pescoço dilacerado, com o bisturi em sua mão esquerda. Havia sangue nas paredes, no chão, nas máquinas e nas pessoas dentro do quarto.

 

 

O quarto era uma pura obra prima do terror.

 

 

- Meu Deus o que aconteceu? - foram as primeiras palavras da dita enfermeira sobre as imagens por ela vistas.

 

 

Dean passou por ela e já foi entrando no quarto, não tinha paciência, muito menos com o suspense feito pela enfermeira que ficou em sua frente bloqueando parcialmente o caminho.

 

 

Ao colocar os pés dentro do quarto parou de súbito. A imagem a sua frente era devastadora até para um caçador experiente como ele, pelo amor de Deus aquilo era um hospital e não uma cena de massacre?!

 

 

O sangue escorria vagarosamente pela sola de seus calçados.

 

 

Virou para trás. Olho para face horrorizada da mulher.

 

 

- O que aconteceu aqui? De quem é todo esse sangue? - Olhou para o corpo no chão, começa a reparar sinais de semelhança, era a médica que atenderá ele é a menina que trouxe.

 

 

Por falar nela...

 

 

Aquele era o quarto em que aparentemente a garota entubada deveria estar certo? Onde está ela?

 

 

Um funcionário empurrava um maca com um saco preto para porta a fora.

 

 

- Puta merda... - As perguntas a respeito do paradeiro da menina foram respondidas.

 

 

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" - Acorda Sam! "

 

 

Abriu olhos.

 

 

Estava deitado, tentou se levantar em um movimento inútil, está preso.

 

 

Algemas de couro prendiam seus pulsos e tornozelos, bloqueando qualquer tentativa de fuga.

 

 

- Alguém ai? Socorro! Alguém? - Sam tentava de desvincular de onde estava preso, inutil.

 

 

A porta foi aberta, uma pequena menina entrava por ela, por reflexo pensou que fosse a que estava anteriormente tentando matar ele e a moça que veio com Dean. Onde estava moça?

 

 

Para sua sorte, era outra garota, de cabelos e olhos negros.

 

 

- Sam, não tenho muito tempo, você tem presta muita atenção no que eu vou lhe dizer. - A garota se aproximava da maca com dificuldade, como se estivesse fraca, cansada.

 

 

- Quem é você? E como sabe o meu nome? - Não sabia que dizer, a menina não lhe era estranha, mas não se lembrava de conhecer nenhuma criança como ela recentemente.

 

 

- Eu sei que pode parecer loucura, mas acredite em mim, sou eu Matilda.

 

 

Antes que Sam dissesse para a garota parar de brincadeira pois aquilo não teria o menor sentido, a porta foi novamente aberta. Sam olhou rapidamente para sua frente, na direção da maçanete que era virada e nesse um segundo de distração a garota simplesmente desaparece de seu lado.

 

 

- M-mas o q-que? - Não necessário mais nada, era caçador e inteligente o suficiente para já formular hipóteses para o que estava acontecendo ali.

 

 

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A garota que tentou salvar estava morta, a médica responsável por ela sofreu de um surto psicótico, de acordo com os seguranças que presenciaram o fato, e cometeu suicídio. Não tinha como ser apenas coincidências.

 

 

Era caçador, possuía seus instintos, tinha que procurar Sam para tentarem descobrir mais sobre os últimos fatos ocorridos, aquilo era um caso sobrenatural sem dúvidas e é provável que a outra menina, a que Sam havia trazido, poderia ser a próxima vítima.

 

 

Seguiu em direção até a recepção talvez lá conseguiria informações sobre onde diabos Sam poderia ter ido.

 

 

Ao se aproximar do balcão a recepcionista, por reflexo disse:

 

 

- Em que posso ajudar senhor? - Olhando nos olhos de Dean.

 

 

- Por caso você viu um rapaz, bem alto, de ombros largos, cabelo um pouco longos e lisos de cor castanha? - “Bonito, sedutor, de corpo escultural, que fode com meu psicológico só de respirar perto de mim… Se controla Dean! “

 

 

- O que o senhor é dele?

 

 

- Isso é realmente relevante para eu saber onde ele está? - Dean já estava nervoso por estar longe de Sam e sem sequer saber onde o filho da mãe está e a mulher ainda tem a audácia de fazer ele perder tempo com perguntas sem necessidade?

 

 

- Olha senhor... - Disse mantendo um tom de voz baixo, pois por mais grosso que ele seja, sabia que as pessoas que vinham para os Hospitais não estavam nos seus melhores dias, seja fisicamente ou emocionalmente. - Creio eu, saber de quem você está falando, ele está em um dos quartos, foi levado a pouco por enfermeiros pois se encontrava inconsciente.

 

 

Aquilo foi o suficiente para Dean já se sentir mais desconfortável do que antes.

 

 

- Eu sou irmão dele… - Dean sabia que aquela frase acabaria com disfarce em que se encontrava, mas para sua felicidade aquele não era a enfermeira que atendeu ele então estava, até o momento, de certa forma aliviado. - Eu preciso muito ver ele… Saber como ele está, por favor, tem como você me dizer em que quarto ele está?! - Dean tinha que ao menos ver ele, Sam era forte, não sabia o que tinha feito o mesmo desmaiar, mas isso só reforçava a hipótese de forças paranormais os envolvendo.

 

 

- Ah sim… - Ela também tinha irmãos e sabia da aflição que é ter um irmão doente ou algo parecido. -  Tudo bem, eu mostro o quarto, só fique calma, porque eu não sei o estado dele ao certo okay?

 

 

- Muito obrigado! - Os olhos de Dean chegavam a brilhar, iria ver Sam e isso era o mais importante no momento para ele.

 

 

A gentil moça seguiu acompanhada de Dean para o quarto 109 onde se encontraria com Sam. Enquanto caminhava se lembrava do sonho que teve com a garota de cabelo pretos, quem era ela mesmo?

 

 

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A porta foi aberta, e para grande surpresa de Sam.

 

 

Era Dean. Seu Dean.

 

 

A recepcionista não havia sido informada sobre a situação a qual se encontrava Sam. E estava mais preocupada em juntar os dois irmão do que conferir o paciente, mas pela pequena janela da porta podia ser visto que Sam estava acordado, apenas deitado, não se era possível ver seus pulsos direito, então do ponto de vista dela, só seria necessário a entrada de Dean no quarto.

 

 

- Fique à vontade, estarei na recepção se precisar de qualquer coisa me chame. - Abriu a porta do quarto para que Dean entrance, logo depois fechou e seguiu em direção a seu posto.

 

 

- Dean… O que você faz aqui? Não podemos parecer conhecidos, se não nosso disfarce já era. - Parecia um esporro, mas era mais um preocupação com situação. Embora estivesse realmente feliz de ver Dean, afinal teria ele, Sam, passado por uma experiência de quase morte recentemente?

 

 

- Desculpa… - Dean se sentiu, de certo modo, decepcionado, não espera essa reação de Sam, não queria de si um abraço, mas esse frieza toda… Não queria isso. Mesmo sentindo que a culpa daquilo fosse mais dele do que de Sam, a situação em si era, em boa parte, culpa dele.

 

 

- Tá tudo bem… - Sam não queria ser frio com ele, mas as imagens da mulher que provavelmente estaria beijando seu irmão o corroía de ciúmes por dentro, não iria esquecer tão cedo. - Mais importante agora… - Sam, mexia seus braços, gesticulando para mostrar que estava preso a cama. - Tem como me dar uma ajudinha?

 

 

- Opa… - Dean só havia reparado, que Sam sequer se levantou da cama exatamente por estar preso, agora. - Porque te prenderam assim? - Liberava as algemas de couro.

 

 

- Dean, não vai fazer nenhum sentido se eu te explicar agora mas temos que ir até onde Matilda está, sinto que ela corre perigo. - Sam havia se levantado da cama e seguido em direção a porta.

 

 

- Ei Sammy, espera ai um minuto você preci… - Não terminou a frase pois assim que tocou o pulso de Sam, ficou mudo e imóvel.

 

 

- Dean o que… - Sam se virou e viu seu irmão parado de boca aberta como um estátua. Estalou os dedos em seu rosto mas nem um piscar de olhos. - Essa não…

 

 

A temperatura do quarto começou a baixar, a aquela sensação macabra havia voltado.

 

 

- Sammy… - A garota de cabelos pretos havia voltado, com das mãos em seu rosto tapava um de seus olhos. - Eu não tenho muito tempo e por favor não tenha medo, confie em mim… - Ela tirou a mão de seu rosto, revelando um olho de íris vermelha e de pupila na forma vertical, como um olho de gato. - Eu estou morrendo, mas saiba que posso ter passado pouco tempo com você, mas foram os melhores minutos da minha vida… - Lágrimas deciam pelo seu doce rosto, mesmo com aparência meio abatida ainda tinha traços de uma menina doce. - E por favor perdoe o Dean, eu sei que você não merecia aquilo… Mas você conhece ele bem mais do que eu e sabe que ele é uma criança no corpo de um adulto… - Riu, mesmo esperando a morte chegar pouco a pouco tinha que manter suas forças para dizer cada palavra que Sam precisava ouvir. - Eu estivesse no seu coração lá no fundo… Por algum motivo, quando eu vi ela beijar o Dean eu senti que se você visse aquilo ficaria devastado por dentro, eu não podia deixar que isso acontecesse. Eu simplesmente perdi o controle do meu corpo… Por você…

 

 

Muitas coisas não faziam sentido racional esperado por Sam, mas aquela garota atrapalhada e boa ouvinte que conhecerá defendeu ele, defendeu o amor que Sam sente por Dean então ela não poderia ser de todo mal, por mais louca que ela fosse a ponto de quase matar outro ser humano por amor, Sam não entendi o motivo, mas aquelas sinceras palavra, fizeram com que ele gostasse dela de certa forma.

 

 

- Você fez aquilo porque sabia o que eu sentia pelo Dean?

 

 

- Sim… Você o ama a ponto de matar por ele certo? Foi o que eu ouvia de seu coração… - Matilda tinha desenvolvido uma certa ligação sobrenatural com Sam desde o primeiro contato, até encontrar Sam sua vida não passava de um ciclo mecânico repetido, mas ficar perto de alguém capaz de sentir um amor puro, quase insano por outro ser humano despertou um lado, ao mesmo tempo sombrio e amoroso dentro dela, dizem que o amor é vermelho. - Meus olhos sempre foram capazes de ver coisas quase invisíveis para os outros, mas o amor que vocês tem um pelo outro, foi a coisas mais doce que vejo a anos… Muito obrigado por me fazer ver esse mundo puro com esses simples gesto de amor.

 

 

Sam estava com os olhos lacrimejados, ninguém nunca havia reparado a ligação que ele tinham com Dean, ninguém tinha defendido ele daquela doce forma, ou sequer mostrado a ele a verdade até então escondida dele mesmo.

 

 

- Matilda… Obrigado. - Foram as última palavra de Sam para ela.

 

 

Com um último agradável sorriso Matilda foi capaz de se despedir do mais doce ser humano que ela já conheceu.

 

 

- Adeus… Sammy...


Notas Finais


Muito obrigado a todos! <3


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