História LoveSchool - University ( 3 Temporada ) - Se talvez continuasse assim...

LoveSchool 3° Temporada - University - Se talvez continuasse assim…

Yara Pov’s

Passaram-se uma semana desde que descobri que estava grávida do Ken e não do meu marido. A angústia e a culpa me cobriam a cada dia, a cada hora e a cada minuto. Eu não pensava mais em outra coisa.

Nas aulas na NYU, minhas notas cairam um pouco, devido a minha falta de atenção nos estudos, era só mais uma das consequências.

- Então… -disse Chloe no fim da aula- Já sabe o que fazer?

- Eu… -sentamos próximo a cantina- Pensei muito, Chloe.

- E…?

- Não encontrei outra solução, se não… contar ao Blake.

- Vai contar que está esperando um filho do Ken? Pro Blake?

- Não. -suspirei- Vou simplesmente dizer que estou grávida.

Chloe analisou a ideia. Pensou um pouco e em seguida disse:

- E o Blake pensaria que o filho é… dele.

- Sim.

- É arriscado, mas…

- O que posso fazer? Contar a ele que o filho não é dele vai acabar com meu casamento. Acabamos de nos casar e contar isso a ele vai ser o fim. Esconder não adianta pois logo vou está com barriga e… tirar esse filho eu não quero. Não mais.

- Entendo, amiga. Eu acho arriscado. Mas prometi te apoiar em qualquer decisão que tomasse.

- Obrigada. -sorrio fraco- Blake nunca saberá se eu não contar a ele. Eu conto que estou grávida e… seguimos em frente.

- Mas e enquanto a... ele? -Chloe olhou para o lado-

Vejo Ken sentado numa mesa um pouco distante de nós, com fones no ouvido e materiais em cima da mesa estudando. Quieto e concentrado. Eu respirei fundo e ficamos em silêncio por alguns minutos.

- Bom… ele não deve saber também.

- Mas Yara ele é o pai do…

- Eu sei! -fechei meus olhos e suspirei- Eu sei. Acontece que se o Ken souber que estou esperando um filho dele, ele vai surtar. Vai ficar feliz é o mais óbvio. A mulher que ele ama está grávida de um filho dele, mas também vai ser um massacre saber que outro cara vai criar seu filho e que esse cara nada mais nada menos é que Blake, seu pior inimigo.

- É realmente cruel. Tudo isso é… uma barra.

- Demais. Mas estou decidida. É o melhor a ser feito.

- Certo. Conte-me tudo, okay?

- Claro. Avise pra Lisa que vou falar com o Blake hoje. Explique pra ela.

- Ta.

Mais tarde, encontrei o Blake saindo da sua sala de aula.

- Oi, amor. -ele me abraçou-

- Oi.

- Tudo bem? Parece preocupada.

- Um pouco nervosa.

- Por que?

- Tenho algo para te contar.

- O que? -ele disse preocupado- Se for algo que fiz, pelo amor de Deus, desculpa. Eu não deixo mais toalha em cima da cama e nem meus tênis atrás da porta.

Eu ri.

- Amor não é isso. - “quem dera fosse só isso” -

- Ah, bom. -ele sorriu- O que é então?

- Te conto hoje a noite. Quando voltarmos para casa.

- Poxa. Fiquei curioso. É bom ou ruim?

- Eu não sei. Depende do que você achar. -digo baixo-

- Seja o que for, vamos dá conta juntos. -ele beijou minha testa-

Eu o abracei com força. Me sentindo segura em seu abraço. O mundo podia cair em minha cabeça, mas enquanto eu estivesse ali naquele abraço, eu estaria segura.

Em seguida ele foi ao seu quarto na NYU, pegar algumas coisas.

Eu me encontrei com Ken descendo o elevador. Eu fiquei sem jeito e não conseguia esconder meu nervosismo.

- E ai, já pensando no divórcio?

- Ham? Oque?

Ele riu.

- Com essa cara. -ele arqueou uma sobrancelha- Parece que está sofrendo.

É realmente ele me conhecia bem.

- Eu estou ótima. -forcei um sorriso-

- Hm. -ele desviou o olhar-

- Como seu pai tem estado?

- Do mesmo jeito. -ele disse baixo- Mas eu ainda tenho esperanças. -ele sorriu fraco-

- É assim que se fala.

Nos separamos depois que o elevador chegou aos nossos destinos. Ao anoitecer, eu e Blake partimos de volta para nossa casa. Ele chegou cansado e foi tomar um banho, enquanto eu me preparava para lhe dá a notícia um tanto estranha. Andei pra lá e pra cá no quarto e ensaiei no espelho o que diria a ele. Tentei parecer o mais normal possível, o mais calma possível.

Quando ele saiu do banheiro deixei que ele se vestisse primeiro.

- Fala amor, o que queria me fala hoje mais cedo?

- Bem… -eu sentei- Senta aqui. -o puxei- Certo, é… -suspirei nervosa-

- Amor?

- Eu… amor, eu estou grávida.

Blake paralisou e me fitou por longos e massacrantes minutos.

- Blake?

- Você tem certeza?

- Sim.

- Amor… amor isso é… -ele passou as mãos no cabelo- Maravilhoso. -abriu um largo sorriso- É muito cedo, mas… maravilhoso mesmo assim.

- Sério?

- Sim. -ele sorriu alegre me abraçou forte- Nossa família já vai começar a crescer.

- Que bom que gostou, pensei que…

- Pensou que eu acharia ruim por ser muito cedo? Não importa amor, eu te amo e ter um filho com você é a melhor coisa pra mim. -ele me beijou suavemente-

- Também te amo.

Blake ficou super feliz, sua reação no início me deixou preocupada mas depois, Blake se mostrou muito alegre e satisfeito. Me deixou meio culpada também. Eu estava mentindo pra ele e isso acabava comigo. Eu disfarcei e demonstrei felicidades também, que afinal estava mesmo sentindo, lá no fundo, bem lá no fundo, esse bebê me trazia uma certa esperança.

- Amor. -ele levantou- Tive uma ideia!

- O que?

- Vamos dá um almoço aqui no sábado, e contar para todos a notícia. Poxa, Escoth vai ficar muito feliz! Nossos filhos terão quase a mesma idade.

- É verdade. -sorrio- É uma ótima ideia mesmo.

- Chame todo mundo! Todos devem saber, mesmo que achem estranho. Poxa, amor. Isso está mesmo acontecendo agora? -ele sorriu pra mim-

- Bom, sim. -levantei as mãos como “me rendendo”-

- Eu quero um menino, já avisando.

- Eu também. -digo-

- Temos que planejar o quartinho dele. Hm… -ele pensou e caiu deitado na cama- Tem as roupinhas também, o berço…

- Calma, amor. -sorrio- Ele ainda nem nasceu. Na verdade ainda é uma sementinha.

- Não importa, já é uma vida e já o amo demais. -ele beijou minha barriga-

- É… -eu toquei minha barriga e com a outra mão acariciei seu cabelo- Eu também o amo. -sorrio-

Ficamos por horas conversando sobre o assunto, jantamos conversando sobre  o assunto.

Tudo acabou bem no final e se talvez seguisse assim… poderia dá certo e assim ficaria… para sempre.

Continua…