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História Lovestruck - Primeiras Impressões.


Escrita por: kmilaxy

Notas do Autor


Aqui estou eu novamente reescrevendo esse mesmo capítulo pela vigésima nona vez, sem desistir de cada detalhe e me frustrando mais a cada tentativa. Amo essa fic e nunca irei desistir dela, mesmo hoje, em plena 05:26 da manhã de um domingo.

Postado: 27/10/14
Reeditado: 28/11/16

Capítulo 1 - Primeiras Impressões.


Fanfic / Fanfiction Lovestruck - Primeiras Impressões.

E como em todas as manhãs que teria aula, o mesmo som ensurdecedor de Avenged Sevenfold com A Little Piece Of Heaven me enlouquecendo, sempre as 8:00 AM, me acordando junto com o sol. Mal humor matinal? Sempre. No primeiro dia do ano letivo ele consegue ser pior, e a propósito, hoje começa o ano letivo. Que Deus segure na minha mão antes que ela voe na cara de alguém. 

 

 Família inteira reunida em volta da mesa, confere. 

 Gêmeos chatos brigando por mais ovos, confere. 

 Irmão mais velho com pressa, confere. 

 É, agora é definitivo. 

 

 Após comer tudo que eu tinha direito -e também oque não tinha-, hora da digestão. Pego o famoso e clichê skate, e saio de casa rumo à escola.

A caminho da escola, pela primeira vez, tenho um forte pressentimento, um sentimento de dor e alegria, como se algo horrendo estivesse pra acontecer mas ainda sim, algo bom. Não sou a melhor pessoa pra definir sentimentos, mas é exatamente assim que estava me sentindo, e eu apenas espero que não haja morte. Me considero extremamente sensitiva; sempre que algum sentimento inexplicável se apossa de mim é algo de extrema certeza que vai acontecer, nem sempre algo bom, mas algo. 

 Após chegar ao meu destino, dou uma observada geral, como de costume. Reconhecendo novos rostos, os antigos, os resultados da última reforma do prédio, o uniforme, e coisas do tipo. Não vou mentir, ri mentalmente ao ver como cada um tentava se adaptar ao uniforme, me senti em um episódio de Gossip Girl onde todos apenas tentavam encaixar seu proprio estilo ao que era dado. Nunca tivemos uniforme e depois da ultima troca dos organizadores da diretoria muita coisa mudou.

Calça/saia/gravata/laço em cores preto xadrez ou azul marinho, acompanhado de camisetas de botão brancas, e meias 3/4 para as meninas. Eu me senti uma protagonista de algum dorama, mas não me senti tão ridícula, aliás as cheeleaders estavam tentando mostrar seus esbeltos corpos com suas saias acima do joelho, salto alto, mais que a metade de seus botões aberto.. É como a Mama sempre disse "Quando você estiver se sentindo mal, encontre um ponto positivo ao seu redor". Aaah, mãe sempre sabe. Nem me sentia ridícula perto dessa cena feia das garotinhas do time oficial.

Havia chego 20 minutos mais cedo, apenas pra observar os novos alunos, e apesar da hora, grandes carros sempre paravam em frente ao Colégio deixando um ou dois alunos por ali. 

 "-Estou em Hogwarts?" - disse uma garota ao passar do meu lado, ela parecia estar no nono ano de tão inquieta, e por sua aparencia de menina. Ri ao notar como ela estava extremamente perdida. - "EI, VOCÊ!"- ela grita e aponta pra mim ao me ver rindo. - "Pode me ajudar?" - veio se aproximando. 

 "- Não prometo nada, mas posso tentar." - bati no lugar vago ao meu lado debaixo da grande macieira onde eu estava sentada, e após entender meu recado se sentou. 

 "- Prazer, Mia" 

 "- Caralho, você também se chama Mia?" - digo entusiasmada. 

 "- Oi? Não, Mia é você. Prazer em te conhecer. Eu sou Jullie." - logo se explica. 

 "- Como sabe meu nome ? Achei que fosse aluna nova." - digo ríspida. 

 "- Seu nome está por todo o Site do Colégio e até em folhetos informativos." - ela da de ombros. 

 "- Sempre esqueço dessa merda.." - reviro os olhos. - "E então, em que posso te ajudar?" 

 "- Como acho que percebeu, este é meu primeiro dia, e me disseram para te procurar já que você é a representante dos alunos." - abriu um grande sorriso. 

 "- Hmm.. Oi Jullie, prazer. Pelo que entendi, você quer um alguém pra te guiar, e farei isso até que se encaixe corretamente." - a garota a minha frente bate pequenas palmas de excitação e logo para, talvez ao lembrar de algo, confere as horas em seu pequeno relogio de pulso e arregala os olhos, dando a entender que a primeira aula estava prestes a começar. 

"- Qual a sua primeira aula?"

"-McCoy, Harold." - responde ao conferir um papel onde provavelmente tinha seus horários. 

"-Matemática, me segue" - levanto rapidamente já colocando a bolsa e o skate nas costas. 

-"Qual o número do seu armário?" 

 "-376, poderia me levar lá?" 

 "- Sorte a sua de ser ao lado do meu." 

 "-Oque isso significa?" - rio sem graça e começo a andar com a garota ao meu encalço, não parava um minuto com as perguntas, e eu nem me dava o trabalho de responder. 

 [...] 

 Se antes eu já gostava de matemática, hoje amo. Uma matéria tão simples, onde o básico é decorar. Sem contato humano ou discussões, apenas números e mais números. Após duas aulas seguidas de matemática, meu dia já estava completo. 

 "- Se Deus não me puxar eu vou sozinha" - a garotinha resmungava. 

 "-Qual foi o problema, Jullie?" - sigo andando ao meu armário com a garota ao meu encalço. 

 "-Eu odeio matemática, bleh" - e faz uma careta que até seria engraçadinha se ela não tivesse me ofendido com esse comentário. 

 "-Qual sua proxima aula, raposa?" - mudo de assunto. 

 "- Raposa ?" 

 "- A pigmentação do seu cabelo é igual a de uma raposa." 

 "- James, Vanessa. Isso é bom?" 

 "- To pensando seriamente em voltar à macieira e te deixar por lá". - ela mantém a cara de dúvida, que me tira a paciência e me faz bufar, mas antes que podesse pensar em mais algo o sinal toca e sou obrigada a levar Jullie até a sua aula de história. -" Quando acabar esta aula será o intervalo, te espero perto da escada principal." 

 [...] 

 "- Mia, eu estou apaixonada" - e a pequena chega cantarolando. 

 "-Mas já?" 

 "- Ele tem olhos lindos, um sorriso lindo, um cheiro gostoso.. Aaaaah, encontrei o amor da minha vida." - juntava suas mãos e suspirava, como uma garotinha do nono ano. 

 Jullie tinha lindos e longos cabelos ruivos, olhos verdes e grandes, que tinham um perfeito contraste com seu largo sorriso. Tinha 1,70 de altura no mínimo, e um corpo esbelto. Fácil de notar seu jeito carinhoso e simpática, mas ao mesmo tempo falava muito e se distraia facilmente. Não parecia uma garota do nono ano, nem de longe, mas o seu jeito inocente a fazia ter um jeito único de menina. Coisa que passei a admirar em tão pouco tempo. 

 "- Hey, finalmente te achei" - James dizia rapido em meio a falta de ar. 

 "- Eu sempre estou aqui, esqueceu?" - disse sem ao menos perder meu tempo para encara-lo e me referindo a mesa habitual. 

 "- Você viu quem voltou ?" - disse entusiasmado e logo se sentou na mesa em que eu estava. 

 "- Sim, Benjamin, já vi ela hoje." - dei de ombros. 

 "- Oque? Benjamin está de volta ?" - o encaro e ele parecia perplexo com a notícia - "A vó ou a filha?" 

 "- As duas" 

 "- Lisa Benjamin está de volta ? Como eu ainda não reencontrei essa gata" - Brad apareceu já entrando no assunto. 

 "- Sai, ela é minha, você já pegou ela da última vez." -  James diz e eles saem nos tapas como garotinhas brigando por seus namorados no primário. -" Espera, quem é a ruivinha do seu lado e porque ela não pisca?" - eles param, se entreolham, e olham pra Jullie que realmente não se movia, piscava ou parecia respirar. 

 "- Essa é Jullie. Jullie, esses são James e Brad." - apresento a raposa a eles que sorriem mostrando suas covinhas enquanto a mesma corava de forma extrema. -"Acho que ela ficou com medo de vocês, se comportem e não assustem mais a garota." - abraço Jullie de lado que continuava vermelha. 

 "- Esse é o garoto na qual eu estou apaixonada" - ela sussurra no meu ouvido e aponta discretamente pra James que já se entretia em alguma conversa banal com Brad. 

 Em seu primeiro dia no Saintine Way, Jullie já encontra uma paixão platônica, só não esperava que fosse pelo meu irmão.

James era alto, sarado, loiro com grandes olhos verdes e um sorriso de canto que permanecia em seu rosto a todo momento, daqueles que tinham carinha de anjo, mas só a cara mesmo. James era lindo, meu irmão, mas lindo, e por ser meu irmão eu sabia o quão galinha poderia ser quando quisesse.

"- Não posso negar, pela aparência foi sim uma ótima escolha" - disse simples admitindo a beleza do outro - "Me prometa que isso não ira passar de um amor platônico de primeiro dia, por favor." - Juntei minhas mãos e apelei para a maior cara de gato órfão que poderia fazer. 

 James é o tipo de garoto que é bonito e sabe que é bonito, e além de saber e se gabar por todas as garotas que vivem na sua cola, sabe usar seus dons a seu favor, usando e manipulando qualquer pessoa que aparecer na sua vida. 

 "- Ele namora ? É você a namorada ?" - ela faz uma cara de dúvida que me faz bufar já imaginando o pior. 

 "- Não, eu não namoro esse babaca." - reviro os olhos. 

 "- Então gosta dele ? Por isso pediu pra mim manter distância?" - e ela volta a insistir nas perguntar. 

 "- Não Jullie, credo. Só não se aproxime dele.. Não é uma pessoa tão boa quanto parece ser" - ela concorda com a cabeça, e volta a comer em silêncio enquanto eu observava os dois idiotas conversando animadamente sobre algo que não fiz questão de descobrir. 

Logo o sinal toca, e saio do refeitório um pouco atrás de Jullie que parecia ter pressa. "Ótimo, já assustei a garota" pensei. 

Ao tentar alcançar os passos da raposa, tropeço em alguém de além de me derrubar ainda deixa todos os seus livros cairem em cima de mim.

 "- Você está bem?" - disse Jullie me ajudando a levantar. -" Poxa Connor, mais cuidado" ela diz a alguém enquanto ainda agachada pega os livros que quase me esmagaram. 

Espera, ela disse.. Connor? Me veio a mente a imagem de James ao chegar no refeitório citando a volta de alguém.. Seria ele? 

 Quando voltei a realidade, Jullie estava me abanando e chamando pelo meu nome. 

"-Qual sua proxima aula ? Vou te levar antes que chegue atrasada." - disse ríspida e enquanto já puxava a garota pelos corredores pelo pulso. 

 

[...] 

 

 Meu quarto período foi com Jullie na aula de Língua estrangeira, a garota além de falar em inglês, fala francês e espanhol, e é super comunicativa. Me surpreendi com esses dotes que eu nunca imaginei que a raposa teria. 

 As minhas duas ultimas aulas seriam de Química, e pra minha infelicidade, a de Brad também. 

 Duas horas com Brad Simpson, é quase uma tentativa de suicidio, e pra acabar de vez com a minha paciência, ele foi sorteado a ser meu parceiro pelo resto do ano. Eba. 

 O último sinal toca indicando o fim das aulas, e me sinto finalmente livre de Brad, por alguns minutos pelo menos. 

 "- Até logo Brad, vá e viva a sua maravilhosa vida longe de mim." - disse enquanto pegava a minha bolsa e já ia saindo da sala que já estava vazia, até ele me puxar de volta pelo braço. 

 "- Nos vemos mais tarde ?." - sussurrou bem próximo ao meu ouvido, daquele jeito rouco e lento que ele sabe que me deixa maluca. 

 "-Tenho outra escolha?" - respondo no mesmo tom baixo, mordendo o lábio pra não me entregar de vez a esse perfume. 

 "- Não se faça de difícil"- continuava no mesmo tom enquanto colava nossos corpos pela minha cintura. -"Eu sei que você gosta" - e sinto ele sorrir contra o meu pescoço, aspirando meu perfume de forma profunda. 

 "-Brad.. Eu tenho que ir" - digo num sussurro arrastado, quase sem som, enquanto o mesmo beijava o meu pescoço. 

 "- Vai demorar muito ai?" - ouço uma voz do lado de fora da sala e com o susto empurro Brad pra trás enquanto o mesmo ria da minha situação. 

 "- Bater na porta é bom" - ele dizia ainda entre risos. -"Te vejo mais tarde." - se despede com um beijo no canto da minha boca, e sai da sala vazia que ecoava seus risos. 

 Eu odeio esse poder que ele sabe que tem. 

Ainda meio desnorteada, vou pra fora da sala onde Jullie estava, escorada em um dos armários e mexendo em seu celular. 

 "- Não gosto desse garoto, acho ele muito abusado."- ela diz ao notar a minha presença no corredor enquanto guarda o celular. 

 "-Você ainda não viu nada." - ela revira os olhos. -" Mora aonde?" - puxo assunto enquanto caminhávamos a saída. 

 "- Moro próximo ao bairro rico que tem depois da quinta avenida." 

 "- Zachary Vill?" 

 "- Sim, moro na rua de trás." 

 "-Eu moro em Zachary Vill! Topa uma carona?" - ela arregala os olhos pra mim de uma forma assustadora. -" Se você não quiser é só falar.."  

"- Você mora em Zachary Vill? E está me oferecendo carona ?" - eu concordo com a cabeça à ela que ainda me assustava com as expressões que fazia. - "Eu já disse que te amo?" - ela da uma gargalhada bizarra e me abraça de lado. -" Muito obrigada pela carona, você não tem ideia do quanto eu odeio andar." 

 Enquanto eu ria dos dramas sobre o "pé perfeito" que Jullie sonhava, eu tropeço novamente em alguém e caio, derrubando não um, mas dois meninos em cima de mim e Jullie também. 

 "- Mas que merda de gravidade." - resmungo tirando meu braço de baixo de alguém. 

 "-  Estão todos bem?" - um garoto loiro, maxilar extremamente definido e lábio grando diz. 

 "- Connor! Você quebrou a minha unha!" - Jullie grita, chamando atenção de alguns poucos que estão no corredor. 

 "- Connor?" - sigo o olhar da raposa que está sendo levantada com a ajuda do estranho garoto loiro, e vejo ele recolhendo os mesmos livros que haviam derrubado em mim do ultimo tombo. "- Connor?!" - ele finalmente olha pra mim e toda a minha incerteza vai embora. Era ele. Connor Ball, o garoto que desgraçou a minha vida. Ele se desculpa com Jullie rapidamente e continua andando como se não tivesse me visto. Depois de tudo.. Eu que deveria fazer isso, não?! Seria essa a sensação de algo "novo" que eu senti hoje mais cedo?. Aaaargh, me sinto uma odiota. Meu inferno em forma de pessoa está de volta . 

 "- Mia, levanta, deixa esse idiota." - Jullie me ajudava a levantar. -" Está bem? Se machucou?." - ela dizia preocupada procurando hematomas em mim. 

 "-Não se preocupa.. Eu, eu to bem." - gaguejei um pouco ao falar. - "Ei, loirinho!" - chamo a atenção do garoto estranho que já ia seguindo seu rumo.

" - Sim ?" - ele se vira e ao olhar em seus olhos me arrepio. Seu olhar me passou tanta informação que me perdi por ali durante algum tempo. 

 "- Eu.. Tem.." - respiro fundo já que as palavras não saiam, olhei pro chão respirei mais uma vez e por fim disse. -"Tem um pequeno corte na sua sobrancelha." - digo rápido e sem contato visual.  

"- Tem ?" - ele passa a mão na sobrancelha procurando o pequeno machucado. 

 "- Na outra." 

 "- Ah, achei." - ele ri de si depois de resmungar quando tocou na ferida. 

 "- É da Hello Kitty.. Mas ainda é um band-aid." - digo ao tirar o curativo de dentro da minha mochila e oferecer a ele. 

 "- É de coração, então eu agradeço." - pega o curativo da minha mão e volta a andar. 

 "- Como sabe que é de coração?" - digo alto o suficiente pra faze-lo escutar. 

 "- Seus olhos não mentem." - ele se vira, sorri de canto e vai, de verdade dessa vez. 

 

 [...] 

 

 Depois dos minutos perdidos na hora do acidente no corredor, eu e Jullie fomos o mais rápido possível pro estacionamento antes que James partisse sem mim. A raposa passou boa parte da viagem em silêncio, respondia algumas perguntas e adicionava alguns comentários na conversa que eu e James tinhamos, mas em geral estava bem calada. Deixamos a na porta de sua casa e logo fomos pra nossa.

Ao chegar em casa, noto alguns caminhões de mudança em frente a casa do lado, onde Connor costumava morar,  rezo mentalmente pra que ele não tenha voltado à vizinhança. 

 "- Mia, finalmente!" - Amanda, minha irmã, me recebia com um grande sorriso no rosto. 

 "- Oque que você aprontou ?" - parei na porta e a encarei, isso não é comum de nenhum dos meus irmãos. 

 "- Temos vizinhos novos, seja mais educada." - ela sussurra e aponta discretamente pro garoto que estava no grande sofá de costas pra mim. 

 "- Hm.. Olá?!" - digo ao menino que enfim vira-se pra mim, e a sensação de enxergar o infinito em grandes olhos azuis volta. 

 "- Mia, certo?" - ele sorri e se levanta. 

 "- Sim, e você é..? " 

 "- Tristan, Tristan Evans. Prazer." - e ele me estende a mão que demoro a cumprimentar já que ainda estava completamente perdida em seus olhos. 

 "- Vejo que fez um bom uso do band-aid." - me refiro ao curativo da Hello Kitty que havia lhe entregado mais cedo. 

 "- Quando algo for lhe dado de coração, nunca o negue." -  e abre um grande sorriso que me faz corar. 

 " - Será que você poderia soltar a mão dele para eu poder cumprimenta-lo?" - James sussura ao pé do meu ouvido me trazendo de volta a orbita e fazendo solta-lo de imediato com um pequeno sorriso vergonhoso. - "É você quem vai morar na casa ao lado ?" - diz animado como sempre e logo iniciam uma conversa.

Enquanto se conheciam eu tentava sair dali de mansinho, sem que notassem a minha ausência, e por mais desastrada que eu fosse havia conseguido! 

 Já no andar de cima e em frente ao meu quarto, só me restavam as roupas íntimas no meu corpo, tinha um velho hábito de tirar todo tipo de roupa que me incomodasse quando não fosse mais necessário o uso delas, e estava fazendo isso com o maldito uniforme. 

 Cantarolava e dançava uma música qualquer que havia tocado no rádio mais cedo, entrando no meu quarto e apenas jogando o uniforme em um canto qualquer, continuo improvisando passos e inventando notas jamais ouvidas antes. 

 "- É uma ótima escolha de lingerie, Johnson." - a voz que eu menos queria escutar no momento se pronuncia de dentro do meu quarto, e eu tento esconder meu corpo de imediato. 

 "- Oque você ta fazendo aqui, Brad?!" - ainda utilizando as mãos em uma tentativa falha de me esconder, começo a procurar por algo que possa ser de mais utilidade. 

 "- Se você não fosse a irmã do meu melhor amigo eu nem sei do que seria capaz nesse momento." - e ele morde o lábio enquanto me observa de cima a baixo. 

 "- Como pode ser tão cretino?!" - desisto de tentar me esconder ao ver que ele fazia isso de propósito. Simplesmente vou até meu closet com Brad ao meu encalço. 

 "- A pequena Mia me surpreende cada vez mais.." - ele ri de forma descarada se escorando em um dos armários e observando a minha procura por roupas. 

"- A sua cara de pau também me surpreende. Como consegue se superar cada dia mais ? Nasceu com o dom ou fez cursinho ?" - Brad solta uma alta gargalhada, que em modo provocativo me faz bufar. 

"- Eu realmente amo você garota." - ele abre um sorriso de canto e continua a me observar. 

 "- Se James sonhar que você me viu nesse estado você morre, está ciente disso?" 

 "- Estou, mas corro o risco." - e ele parece não se importa ao dar de ombros. - " Você iria ficar bem mais sensual com isto aqui." - ele aponta pra uma um camiseta de basebol que ele mesmo havia me dado, a blusa além de já ter sido dele cobria metade das minhas coxas. 

 "- Você tem noção do qual decotada essa gola V fica em mim?" - ele sorri e me puxa pra frente do grande espelho que havia no closet. 

 "- Sabe oque eu vejo?" - ele me abraça por trás e encaixa seu rosto na curva do meu pescoço. Me mantenho em silêncio pra que ele continue seu raciocínio. - " Eu vejo uma garota de 16 anos, gostosa pra caralho. Sim, eu usei 'gostosa' e 'pra caralho' na frase pra dar ênfase no que eu vejo." - eu solto uma longa gargalhada ao acompanhar a frase. - "Mia.. Você é linda. E não digo isso porque quero te pegar, ou porque somos amigos, digo isso porque você não tem ideia de como eu queria ser um espelho nesse exato momento pra te fazer enxergar a forma perfeita que te vejo." 

 "- Brad, eu.. Espera, você disse que quer me pegar?" - e caio novamente na gargalhada. 

 "- Aah, você sempre estraga tudo." - ele me solta e cruza os braços. 

 "- Brad, você sabe que eu o amo." me viro de frente pra ele e o abraço fortemente, demorando a ser correspondida. 

 "- Seria muito pecado eu pegar a irmã do cara que eu considero irmão?" - ele sussurra pra Deus e eu finjo que não o ouvi. -" Mia, você tem.. uma bela bunda." - e antes que eu possa me defender ou me afastar ele deposita um tapa no local. 

 "- Você tem 3 segundo pra sair do meu quarto antes que eu grite te esquarteje!" - ele ri e logo ao perceber que não é zoação começa a correr pra fora. Deus, me ajude a resistir a tentação. 

 Por mais bizarro que isso soe, Brad é o único amigo que eu tenho. O único que vem estando comigo, dia após dia, mesmo que com segundas intenções mas se fosse apenas desejo ele não se manteria tanto tempo por perto. Talvez esta amizade aconteça por nos conhecermos desde pequenos ou por ele sempre estar aqui, na verdade não me importa o porque, mas sempre irei agradecer pela companhia que ele me faz em troca de nada, que é oque eu tenho a oferecer. Ele não é nem de longe a melhor companhia, mas o coração não escolhe quem ama. 

 

 [...] 

 

Tristan, James e Brad haviam pedido pizza e se matavam de tanto comer e jogar video games. Andrew e Amanda faziam seus deveres e eu estudava para possíveis provas. 

 Ao dar conta de que fui levada por meu pensamentos, chego a conclusão que a minha previsão estava certa: Este ano vai ser o ano em que o mundo vai se mostrar rotativo o suficiente ao nível de mudar vidas. E uma delas será a minha. 

 Connor Ball e Lisa Benjamin estão de volta para trazerem meu inferno de volta à tona; Jullie promete muita confusão na minha vida e Tristan meu transtorno psicológico. Brad e James estão mais unidos do que nunca e eu estou completamente fudida.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, tanto quanto eu.
Obrigada por lerem.
XOXO


Twitter: wolfgwngz


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