História Loving a Psychopath - Imagine IM (Changkyun) - Chapter Sixteen

- Então a senhorita residia juntamente de Sun Hee? – Um senhor de meia-idade perguntava-me. Apenas assenti com a cabeça.

Eram perguntas básicas como “Qual era o comportamento da morena” ou se ela já tinha dado indícios sobre tal ação antes.

- Acha que seu namorado, Lee Jooheon. – Analisou alguns papeis. – Ela faria isso por ele ?

No momento em que seu nome foi tocado, me lembrei das mensagens que ele havia me enviado horas atrás. Havia me dito que acharia as filmagens da câmera do corredor e que incriminaria tanto a mim quanto a Changkyun. Só pude rir.

- Senhorita ? – Me encarou entrelaçando seus dedos. – Por que está rindo?

A cada pergunta mais risos eram despertos. Eu não sei o motivo ao certo, mas só posso rir.

- O relacionamento dos dois era conturbado. – Essa foi a primeira vez que eu falei. – Sun Hee tinha inveja do meu namoro.

- Diga-me mais.

- Ela tentou trair com o meu namorado, mas ele não aceitou e quando foi contar para o seu melhor amigo Jooheon. – Suspirei.  Eu era ótima em contar historias. – Ele disse que não acreditava no que ele dizia e que iria procurá-lo até o inferno; e quando o encontrasse o  mataria.

- E Sun Hee se suicidou por ter ficado triste com toda a situação. – Apenas assenti.

Esse era a maneira mais fácil de me livrar de Jooheon.

- Muito obrigada,acho que isso era tudo que nos precisávamos saber. – Fechou a pasta e ajeitou o óculos de grau. – Caso apareçam mais duvidas, convocaremos você.

Ele me levou até a porta daquela sala onde o mesmo policial do dia anterior estava, apenas me reverenciando e seguindo em frente. Ouvi algumas moças do balcão me chamarem,mas minha cabeça estava distante. A única coisa que eu pensava era em chegar logo no galpão, por algum motivo eu me sentia com o coração  apertado.

O caminho nunca foi tão longo. Algo aconteceu com Changkyun, eu sinto que sim. A frente de todo o galpão havia carros da policia e uma espécie de ambulância que eu sabia muito bem de onde era. Manicômio.

Os gritos de Changkyun eram notáveis e coisas eram quebradas dentro da nossas “casa” provisória. Sei que nem ao menos fechei a porta do carro, eu apenas corri.

- O que esta acontecendo ? – Perguntei para uma mulher,aparentemente enfermeira.

- Recebemos uma denuncia dizendo que ele é um assassino,mas que também enfrenta problemas psicológicos. – Aquilo acelerou o meu coração. Era tudo o que ele temia, ter de voltar para lá.

- E quem denunciou ?

- Lee Jooheon.

Era tudo o que eu precisava ouvir. Eu corri para dentro do galpão,havia várias pessoas ao redor de Changkyun que estava com um revolver em suas mãos apontando para os enfermeiros.  

Eu não vou deixar que o levem,mas também não posso deixá-lo machucar outras pessoas.

- Changkyun. – Gritei ele atrás de todas aquelas pessoas. – Changkyun, por favor !

- ________ NÃO SE APROXIMA ! – Ele parecia normal, mas para mim eu sabia o quão furioso ele estava.

Minha primeira reação? Obviamente foi se aproximar dele. Fiquei a frente de toda a equipe e pedi para que ele tivesse calma e que conversasse comigo.

- Senhorita ele pediu para que você não se aproximasse. – Um deles repetia mil vezes. Eu já estava perdendo a paciência. – O seu amigo pediu para que você se afastasse.

Todos repetiram a mesmas frases, o que eles não entendiam era que Changkyun toda vez que ele pedia para eu me afastar na verdade ele me pedia para eu abraçá-lo. Eu dei passos á frente.

- Senhorita, o seu amigo ...

- CALA BOCA ! ELE NÃO É O MEU AMIGO E EU SEI O QUE EU ESTOU FAZENDO ! – Retirei o meu revólver da cintura , que havia deixado dentro do carro antes de entrar na delegacia. – Eu juro que se vocês abrirem a boca mais uma vez,nunca mais irão falar. – Apontei para eles.

Changkyun permanecia imóvel, as armas ainda estavam apontadas para a equipe médica.

- Changkyun,por favor. Não atire em mim, converse comigo. – abaixei a minha pistola. – Eu só preciso te ouvir para te ajudar.

Ele me puxou pelo braço colando nossos corpos.

- Quem mandou eles virem ? – Sussurrou em meu ouvido.

- Jooheon. – Respondi na mesma altura. Eu sabia que isso o deixaria mais nervoso,mas se eu não o respondesse o numero de pessoas feridas seria maior.

A única coisa que pude ouvir foi um desparo. Sinto o meu corpo entrar em contato com o chão gélido e liso. Toda aquela equipe passou por cima de mim pegando Changkyun a força.

“ Filho da puta, ele vai me pagar”.”, “ Me soltem.” , “ Eu matarei cada um de vocês.”  E por ultimo um “ Me perdoa _____.” Foram as ultimas coisas que eu pude ouvir antes de apagar completamente.

A minha visão torna-se embaçada, minhas piscadelas ficam mais difíceis assim como minha respiração. Tudo se transformou em câmera lenta até a entrada e Changkyun – em uma camisa de força. – na ambulância.

Eu te tirarei de lá, Lim Changkyun. Eu prometo !

✖

Acordei em um quarto totalmente branco e sem graça. Tinha soro ligado a minha veia e um curativo em minha barriga.

- Ela acordou ! – Ouço uma enfermeira dizer. – Você está se sentindo bem  ?

- O que aconteceu com Changkyun ? – Essa era a única coisa que eu realmente gostaria de saber.

- Desculpe. Quem ? – A enfermeira com cara de sonsa disse. Eu não repetiria a mesma pergunta.

- Quando eu saio daqui ?

- Depende de você. Se reagir bem sairá em horas.

- Não posso ficar aqui por horas. – Disse já puxando aquele troço de mim.

- _____ você não pode ir embora agora. – Segurou meu pulso.

Acabei colocando uma força a mais na hora de puxar meu próprio braço, que a mulher de estatura baixa e magra acaba caindo sentada na cama atrás dela.

- Minhas roupas ? – Perguntei sem nem mesmo olhar para trás. – Onde estão ? – A vi apontar para uma sacola.

Em minutos eu já estava vestida. As pessoas olhavam para mim assustados,mas nada que eu me preocupe. Liguei para MinHyuk perguntando ao mesmo aonde ele estava e ele disse que estava em uma cafeteria perto do hospital. Pedi para que ele me encontrasse aqui mesmo,na frente do prédio. Minhyuk era única pessoa que eu toda confiança, eu sei que ele nunca me trairia. A alguns metros vi seu carro, então acenei para o mesmo que logo parou.

- O que aconteceu ? – Perguntou assim que fechei a porta do carro.

- Changkyun foi levado.

Ele me encarou por alguns instantes e logo pisou no acelerador. Vi que seu semblante mudou. Então toda a minha raiva foi transferida para ele.