1. Spirit Fanfics >
  2. Loving Again >
  3. Capítulo 8

História Loving Again - Capítulo 8


Escrita por: sope_desu

Notas do Autor


Chegamos na metade da história, mais alguns capítulos e ela acaba :/
Boa leitura ^^

Capítulo 8 - Capítulo 8


Meus pais resolveram que tínhamos que nos mudar para uma casa maior, agora que Jiwoo estava com a gente de novo. Era um lugar perto da minha escola, então meu pai não precisava mais ir me buscar, também era perto da faculdade de Jiwoo e também mais perto do trabalho deles. Era uma casa num ponto muito estratégico.

Eles já tinham levado tudo para lá e disseram que tinham uma surpresa para mim, eu estava curioso. Jiwoo disse que eu ia amar.

Meu pai me buscou na escola e me levou até a casa nova, confesso que quando meu pai parou em frente a residência, fiquei boquiaberto, parecia ter o dobro do tamanho da nossa antiga casa, tinha dois andares e um sótão — um sótão! — uma varanda em volta de toda a casa e um amplo espaço na parte de trás.

Mas o que realmente me deixou ainda mais feliz com tudo aquilo foi quando meu pai abriu a porta para a sala e eu me deparei com um piano marrom sem cauda encostado na parede.

— É todo seu. — Meu pai me deu um empurrãozinho.

— Não acredito que compraram um piano pra mim. — Corri até ele, passando as mãos por toda sua extensão, tocando os pedais prateados e as teclas amareladas. — É lindo, pai.

Ele sorria com minha excitação, sem nem pensar, eu o abracei com toda força que tinha.

— Você merece. — Ele me levantou do chão, como costumava fazer quando eu era pequeno, meu pai é um cara grande, tanto na altura quanto na fisionomia. — Pode tocar um pouco para mim? Estou com saudades de te ver tocar.

O soltei, o sorriso que cortava meu rosto chegava a doer, levantei a tampa e passei os dedos pelas teclas amareladas, puxei o banquinho e me sentei, pensando no quê eu deveria tocar.

Me veio na cabeça uma música que meu pai gostava muito e foi uma das últimas que meu avô me ensinou a tocar: Piano Man, de Billy Joel.

Quando meu avô se foi, ele deixou para mim um livro cheio de partituras e o piano, o livro eu havia conseguido trazer, mas minhas tias venderam o piano sem nem terem me falado e eu fiquei profundamente chateado com aquilo. Eu sentia tanta falta dele que passava horas folheando as partituras que acabei decorando algumas, inclusive Piano Man.

Comecei a tocar, meu pai se sentou perto de mim, cantando baixinho a música. Eu gostava de escutar meu pai cantando, mesmo que ele não fizesse isso muito bem; ele parecia mais jovem e relaxado, sem a pose de advogado de uma grande empresa.

Ao final da música, o sorriso do meu pai era tão grande quanto o meu.

— Estou um pouco enferrujado. — Eu comentei, estalando os dedos.

— Foi ótimo. — Meu pai se levantou e me abraçou, repousando minha cabeça em sua barriga. — Obrigado, Yoongi.

Eu não disse nada, apenas o abracei de volta.

---

Hoseok e eu começamos a passar muito tempo juntos, por mais que isso fizesse um pouco de mal para mim, já que ele ainda chamava por Taehyung enquanto dormia e me abraçava, eu gostava de estar com ele. Eu gostava de pensar que ele é a doçura que falta na minha vida, a alegria, meu raio de sol particular.

E a cada dia que passava eu me odiava ainda mais pelo simples fato de estar me apaixonando ainda mais por ele. Mas eu não consigo me afastar.

Agora ele está deitado no meu sofá, mexendo no celular enquanto toco algumas notas aleatórias no piano.

— Você nunca tocou para mim. — Ele me abraçou por trás, pousando o queixo no alto da minha cabeça.

— Você nunca pediu. — Olhei para cima até encontrar seus olhos.

— Já pedi sim. — Ele revirou os olhos, mas riu em seguida. — Mas deu qualquer jeito, toca pra mim.

— O que você quer que eu toque?

— Qualquer coisa, só toca pra mim.

Decidi tocar Married Life, aquela música de Up! Altas Aventuras, uma das minhas animações favoritas. Enquanto eu tocava, Hoseok não me soltou.

Ele gostava de abraçar e ficar perto, para muitas pessoas esse grude poderia ser chato, mas para um cara que está completamente apaixonado como eu, isso era bom. Ficar entre os braços de Hoseok me passavam uma sensação de tranquilidade e segurança, como se nada pudesse me atingir.

Hoseok aplaudiu quando terminei a música e ensaiei uma reverência, sorrindo aberto em seguida.

— Gosto quando você sorri. — Os olhos dele brilhavam e sua mão tocou meu rosto, acariciando minha bochecha. — Você fica ainda mais bonito.

Não sei se ele falou isso de um modo consciente ou só por falar mesmo, mas me provocou uma sensação estranha, como se meu corpo inteiro formigasse e borboletas voassem na minha barriga, senti meu rosto ficar quente, e pela risadinha de Hoseok, vermelho também.

— Não precisa ficar assim quando eu te elogio. — Se ele soubesse como eu estou apaixonado, será que falaria isso? — Você é tão fofo, Yoongi.

Fofo.

Essa é uma característica que não sabia que tinha até conhecer Hoseok, ele dizia o tempo inteiro como eu sou fofo e adorável. Não tenho certeza se concordo com ele.

O celular dele tocou em cima do sofá e ele foi pegar, sua expressão se fechou ao encarar o visor.

— Quem é? — Minha curiosidade foi maior que meu bom senso.

— Taehyung. — Ele disse com a viz amarga e finalmente o aparelho parou de tocar. — Eu deixei bem claro que não queria mais nada com ele, por que ele insiste?

— Talvez porque ele te quer de volta. — Eu não queria admitir para mim mesmo que esse era o motivo, Taehyung não podia tê-lo de volta, não podia tirar o doce da minha vida, não podia.

Hoseok soltou uma risada tão amarga quanto sua voz.

— Ele me traiu, Yoongi, sabe-se lá por quanto tempo. Ele não me quer de volta, se ele me amasse como dizia nem teria me deixado ir.

Abaixei a cabeça e comecei a brincar com meus dedos, não sabia o que falar, não sabia como agir. Hoseok suspirou e se sentou do meu lado.

— Taehyung é um lixo. — Hoseok estava com raiva, seus punhos estavam cerrados de um jeito tão forte que fiquei com medo de suas unhas estarem machucando a palma de sua mão. Ergui os olhos para ver seu rosto, os olhos de Hoseok quase pegavam fogo, seu rosto estava endurecido. —Como pude ficar com esse merda por tanto tempo? Eu sabia como ele era. Por que acreditei que ele ia mudar por mim?

— Você estava apaixonado, Hobi… — Disse com cuidado.

— E agora toda essa paixão virou ódio, quero mais é que ele se exploda, que me deixe em paz.

E de novo abaixei a cabeça por não saber o que dizer ou como agir. Escutei Hoseok suspirar de novo.

— Preciso ir para casa. — Ele disse e se levantou.

— Pode ficar aqui se quiser. — Me levantei também, segurando sua mão e ele me olhou de um jeito estranho. — É que vou focar sozinho hoje… meus pais viajaram e Jiwoo está com a namorada. Fica aqui comigo.

— Tudo bem. — Com a mão que era segurada por mim, ele me puxou e me abraçou. — Acho que ficar perto de você é o que eu preciso agora.

— E talvez chocolate quente. — Soltei rindo, escondendo meu rosto em seu pescoço, aproveitei para inalar o perfume amadeirado que ele usava.

— Chocolate quente também ajuda. — Ele riu, o que me deixou mais leve, foi a primeira vez que vi ele com raiva e não tinha sido uma boa experiência, assim como ver ele chorando.

---

Como de costume, dormimos na mesma cama e abraçados, meus pais tinham me dado uma cama de casal além do piano e isso facilitava muito as coisas.

Hoseok estava de frente para mim, seu rosto escondido em meu peito e nossas pernas entrelaçadas. Ter ele perto assim me fazia sentir coisas loucas, mas que eram boas. Eu tinha esquecido como a sensação de estar apaixonado era boa, mas também doía saber que o sentimento não era correspondido de novo. Pelo menos sei que Hoseok não seria capaz de me magoar como aquele maldito fez.

 Assim eu esperava.


Notas Finais


E foi isso, o que acharam?
Beijos de glitter da Sean :*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...