História Loving Can Hurt- jolari - " Quem ri por último, ri melhor."

P.O.V João:

  Fiquei feliz de saber que a Lari não perdeu a memória ou coisa do tipo. Tirando que não pode falar, está tudo bem com ela. Me surpreendi quando tocou no meu rosto, não sei explicar mais foi como um alívio.

  Na hora de ir embora, implorou (praticamente) para mim ficar mais um tempo.

- Eu tenho que ir, eu também queria muito ficar mas não dá. Acabou o horário de visitas. -falei.

  Ela fez aquela carinha de triste, aqueles olhos cheios de água, o sorriso desmanchou...

- Fazendo assim eu não resisto. -voltei sentando ao seu lado.

  Ela entrelaçou seus braços no meu redor, e deitou no meu peito. Era bom, é bom ficar perto dela. Eu me sinto completo, como se nada de ruim pudesse me atingir.

- Sabe... depois do acidente, fiquei acabado, sem vontade de nada. Só queria você.

  Pegou um caderninho que tinha no móvel da cama e escreveu: "Eu te amo!!!", e colocou vários corações.

- Eu também te amo!

  Nos beijamos, foi calmo e ao mesmo tempo intenso. A saudade se misturou, o amor, a alegria... E foi tudo para o beijo.

  Paramos pela maldita falta de ar.

- Quer uma notícia boa? Não teve casamento.

" Pelo menos isso", escreveu.

  Conversamos mais um pouco e ficamos sem sombra de dúvida nos beijando. Por mim abandonaria a escola e ficava no hospital até sair, falando nisso daqui a pouco eu tenho voltar porque senão vão dar a minha falta (se não já estão dando). Não sei quanto tempo ainda vai ficar mais eu vou vim todo dia visita-la.

- Quem foi que te derrubou? -perguntei. -Não tinha como você cair sozinha ali, sendo que te chamaram.

  Antes que pudesse escrever, veio a enfermeira dando bronca. Dizendo que eu não podia ficar, porque tinha acabado o horário de visitas, que a paciente precisava descansar e mais sei lá o que. Dei um beijo em sua testa e sai.

  Pra piorar a minha situação, estava um trânsito danado. No mínimo mais meia hora parado, demorou mais eu finalmente cheguei. Pulei o muro, e corri para o quarto fingir está dormindo. Só que deu uma coisa errado, a professora e o diretor já estavam me esperando.

- Professora... Diretor... quanto tempo... o que trás vocês aqui, no meu humilde quarto? -perguntei soltando um sorriso bem forçado.

- Eu fiquei sabendo, que o senhor saiu de sala e não compareceu à minha, e ainda fugiu da escola. É verdade? -o diretor perguntava.

- Claro que não, eu estava indo para lá, só que bateu uma dor de barriga e tive que correr pro banheiro. -respondi.

- Sei... se eu descobrir que está tentando passar a perna em mim, as coisas vão piorar pro seu lado.

- Ok, você manda e eu obedeço.

  Esperei saírem para me jogar na cama, essa passou por muito pouco.

P.O.V Lari:

  Que raiva daquela enfermeira, a única pessoa que precisa descansar é ela. Já não basta ficar o dia inteira enfornada aqui sem fazer nada, isso tá muito chato.

  Vieram me dando uma pilha de remédios, um pior que o outro. Mandaram eu fazer exercício com a voz, andar o quarto inteiro, buscar não me esforçar muito, evitar ao máximo ter relações sexuais no momento (senti a indireta)...

  Resumindo a história, pior que a escola. Avisaram que ia ter visita, será que é o João?

- Oi, eu queria falar a sós com você. - a oxigenada falou.

  Caralho, onde eu vou ela vai atrás. Já não basta o estrago que fez, quer me matar fala logo. Olhei para cara dela, e apontei para a porta.

- Não está me mandando embora, né? Mesmo se estiver eu não vou sair, eu vim aqui pra dizer que se contar para o seu namoradinho que fui eu que joguei, não vai passar dessa noite. E não duvide de mim que eu faço.

  Nesse momento eu não vou poder falar, no meu estado eu realmente não posso. Ai seu eu estivesse boa... quem ia se afogar era ela, deixa eu melhorar, vou fazer questão de expor na frente de todo mundo. É aquele ditado: "Quem ri por último, ri melhor."