História Loving Can Hurt- jolari - " Não era pra te acontecido isso"

P.O.V João :

   Cansei de ficar ouvindo calado, ela não é a única que sabe falar umas verdades na cara. Bem que mereceu, mesmo com isso, eu me senti mal de ter falado aquilo. 

  Sei lá, uma parte de mim diz pra eu ir fundo nessa história e que tem algo errado, mas... ela confiaria em mim, não faria algo sem falar comigo. 

   E a outra parte diz pra eu deixa-la seguir em frente, que realmente esteve me iludindo o tempo todo e realmente ama o Chequer.

  Tive pela frente três tempos de física seguidos (completa tortura), e ela não apareceu. Será que aconteceu alguma coisa? Não sei, não quero saber e não é da minha conta. Como é difícil esquecer essa garota.

  Acabou a aula, e fui em direção a biblioteca (ultimamente estou quase sem nada pra fazer).

  Peguei um livro qualquer pra passar o tempo, na hora em que puxei-o de prateleira, senti alguém puxar do outro lado. 

- Nem vem que peguei primeiro. -falei. 

- Eu também. - Larissa deu um puxão mas não soltou da minha mão. 

- Tanto lugar nessa escola, mais um vez me deparo com você. Tem horas que juro que me persegue. 

- Eu fazendo isso? Se toca, não sigo gente idiota. - Agora ficamos um de frente pro outro. 

- Realmente não tem outra coisa pra dizer? 

- Tenho uma lista quer ouvir? Idiota,retardado, mimadinho...

  Acho que o único jeito que achei de faze-la fechar a matraca foi tasca-lhe um beijo. 

  Senti saudade daquilo, o mais estranho ou não é que me correspondeu. 

P.O.V Lari :

  Não quis aparecer na aula porque estava com a cara inchada de tanto chorar. Minha mãe sempre dizia que pra afastar a mágoa, nada como uma boa megulhada no mundo dos livros. 

  Encontrei o João lá, sério tá virando perseguição só pode. 

   No meio da discussão, ele me beijou. Não sei o que me deu, mas eu correspondi. O amor falou mais alto, quando percebi que tinha chegado longe demais e qualquer um poderia aparecer ali, me afastei. 

- Não era pra te acontecido isso. -falei. 

- O beijo? Confesso que me surpreendeu também.

- O Chequer não pode saber isso. 

-Já esqueci. 

- Tô falando sério.

- Eu também.

    O esperei sair e comemorar o que tinha acontecido. Eu consegui beijar lo novamente, nem que fosse pela última vez.

   Coloquei a mão nos lábios, suspirando e sorrindo. 

- Viu o passarinho verde? - era o Chequer. (Esse garoto me persegue, é incrível a capacidade de aparecer do nada nos lugares).

- Não é dá sua conta. 

- Você me respeita ein, se não o incrível João vai saber da verdade. 

- Não!!! Ele já tem problemas de mais, chega de dor de cabeça. Estou fazendo tudo que manda pra manter em segredo, agora me dá um desconto. 

- Olha aqui... - antes de terminar de falar escutamos alguma coisa cair no chão. - Tem alguém aqui.