P.O.V Lari :
O João passou a semana inteira me evitando, também depois do que eu fiz. Ouvi dizer que o pai dele foi preso e ainda não sabem o que vão fazer com ele.
- Pai, por favor! Ele nem precisa morar aqui. - estava pedindo pra ele virar tutor do João.
- Filha, eu entendo que gosta dele mas... As coisas não são tão fáceis assim.
- Quando a pessoa não quer fica mesmo. - murmurei.
- Como é que é?
- Nada, pensa com carinho.
Estava em casa (final de semana).
Não parei um minuto de pensar que pode sair do país, eu tô tentando fazer de tudo pra isso não acontecer.
O Chequer vai me pagar, vou mexer céu e terra se for preciso.
- Para de andar pra lá e pra quem nem uma doida. - Mha falou.
- Eu tô nervosa.
- Isso não vai adiantar de nada.
- Eu sei, será que um dia vou vê - lo de novo? -perguntei.
- Miga, calma. Vai dar tudo certo.
- Espero, se for pra longe eu nunca vou me perdoar.
P.O.V João:
Minha vida virou de cabeça para baixo, aquele filho da mãe do Chequer entregou os malditos papéis.
Agora está sendo decidido se eu vou o não morar com a minha mãe. Eu não quero, mais é o certo a fazer.
- Ávila, pode ir embora, um tal de Gilberto virou seu tutor. - uma mulherzinha me avisou.
Estava numa sala esperando a decisão.
Sai da sala feliz, vou continuar com a minha vida.
- Obrigado. - o agradeci.
- Não me agradeça, agradeça a sua namorada. - falou.
- Ela não é mais a minha namorada.
- Sério? Não me falou nada disso, fez um escândalo e tudo pra vim aqui. - imitou ela. - Você vai ter que dormir essa noite na minha casa, só para a avaliação da assistente social.
- Tá bom.
A Larissa fez isso por mim? Será que... Será que nada, esquece essa garota.
Dormir sobre o mesmo teto que ela vai ser difícil.
Entrei dentro da casa e há vi descendo as escadas, sua cara estava inchada (provavelmente de tanto chorar), roupas largadas (que nunca fez isso) e o brilho que tinha desapareceu.
- Obrigada pai. - agradeceu me olhando.
- Bom, vou subir, tenho milhares de coisas pra fazer. Juízo! -lançou aquele olhar mortal que me dá medo até hoje.
- Você tá bem? -perguntou.
- Tô. -respondi.
- JOÃO, EU NÃO ACREDITO QUE ESTÁ AQUI!!!! QUE SAUDADE, VAI DORMIR NO MEU QUARTO NÉ? TEM TANTA COISA PRA GENTE FAZER AQUI. - Celeste chegou me abraçando, que retribui, mesmo não gostando.
P.O.V Lari :
Ainda bem que meu pai conseguiu, quem sabe agora podemos nos acertar.
Aí não, tinha esquecido que a oxigenada mora junto comigo. Ela chegou o abraçando, que ódio e ele retribuiu.
Pelo jeito é sem volta, subi correndo para não chorar ali mesmo.
- Deu certo? Vocês conversaram? - Mha perguntou roendo as unhas de tanto esperar.
- Não dei nada certo, a oxigenada chegou e estragou tudo. -respondi.
- Vai lá, eu expulso ela é vocês se acertam.
- Ele correspondeu o abraço. -uma lágrima desceu, mais sequei logo em seguida.
- Peraí que tô indo lá é agora.
- Não, tenho que aceitar, acabou e é sem volta.
Passei a tarde na cama, preferi não descer. Melhor pra nós dois, quanto menos contato melhor.
- Cadê todo mundo? - perguntei para a empregada, não tinha uma alma viva.
- A garota de na nariz em pé (Celeste) saiu com aquele garoto que estava aqui. E o seu pai saiu. - respondeu tentando se lembrar.
- Sabe pra onde os dois foram?
- Não, quer fazer um lanche? Não comeu nada dês que chegou.
- Tá batendo uma fome mesmo.
Lanchei e fiquei vendo série, escutando música de sofrencia e ddormindo.
Acordei de madrugada com uma sede, desci para beber água.
Encontrei o João assaltando a geladeira, ele adora fazer isso.
- Pode ficar, não mordo, até porque a casa é sua. - falou percebendo que estava voltando.
- Eu não estava fugindo. - peguei um copo. - Se divertiu?
- Sim.
- Foi pra onde?
- Um lugar aí.
- Chega! - coloquei copo na mesa. - Até quando vamos ficar nesse joguinho? Até quando vou ter que ficar correndo atrás de você?
- Quem tá correndo atrás de quem aqui?
- Eu tô correndo atrás de você, mais vejo que levo borduada, e eu cansei disso. Se tá sofrendo, ótimo pra você, agora eu, tô cansada disso. Tirando o meu time de campo. - Sai.
P.O.V João :
A Celeste me encheu o saco pra sair com ela, me levou para uma loja e ficou comprando um monte de coisas.
Resumindo, foi um saco!
Eu tenho a mania de comer de madrugada, montei um hambúrguer e um suco, e ataquei.
Percebi que a Larissa estava entrando na cozinha, falei para ela entrar.
Ela meio que discutiu comigo, pra falar a verdade, foi quase um tapa na cara.
Agora ela desistiu de mim, entendeu o recado direitinho. Sei lá, fiquei com uma pontinha de arrependimento.
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