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História Loving Place - Chegada


Escrita por: Maki-Baka

Notas do Autor


Olaa, então meus queridos, essa é minha primeira fic, não ta terminada ainda, mas vamos nessa, tem vários capítulos prontos já e eu vou tentar postar um novo toda sexta-feira. Boa leitura, amem chocolate e kissus.

Capítulo 1 - Chegada


Cheguei faz pouco tempo em Tóquio, ainda estou meio perdido nesse mar de gente. Chamo-me Maki Akimi, tenho 23 anos, mais ou menos um metro e setenta e sete, tenho a pele amorenada como se passasse o dia todo no sol, tenho cabelos loiros escuros e cacheados na altura dos ombros, meus olhos são enormes olhos verdes brilhantes. Apresentações à parte, vamos voltar a história.

Como eu disse antes, cheguei a pouco em Tóquio e agora estou a caminho da Universidade Pública de Tóquio, confesso que está sendo difícil de me comunicar aqui, mas eu tenho sorte de conseguir me virar no inglês e graças aos animes que eu vejo, sei algo de japonês.

Olho pela janela do táxi, a grande entrada da universidade. – É... esse lugar é realmente grande - falo suspirando. O táxi para e eu desço, já na entrada do campus vejo vários adolescentes reunidos em seus grupos sociais. 10h15min merda, vou chegar atrasado no primeiro dia. Saio correndo pelo campus, mas tenho que parar pra pedir informações de como chegar à minha sala, paro a primeira pessoa que vejo pela frente, um garoto. Alto, branco, olhos puxados, cabelos negros... é eu to no Japão mesmo, penso.

 - Com licença – ele para e me olha estranho. O que é nunca viu um brasileiro perdido não?

 - Sim? – responde ele com educação.

 -Poderia me ajudar a chegar à sala... – paro de falar e tiro do bolso o papel onde está anotado o número da sala. – vinte e dois de psicologia?

 - Ah sim, você sobe essa escada e vai reto, no final do corredor você vai achar a sala. – Agradeço e vou andando rápido para a sala que me foi informada pelo senhor tipicamente japonês lá atrás. Subo as escadas e vou andando pelo tal corredor. É um lugar com uma decoração modesta, o chão de tacos de madeira polida, as paredes de um tom azul claro, mas ainda sim intenso, quadros de natureza morta nas paredes e um bebedouro. Chegando ao final do corredor eu vejo a sala vinte e dois de psicologia. Bato na porta, segundos depois ouço o professor autorizando minha entrada.

- Com licença – peço me curvando em sinal de educação. Entro na sala e todos os olhares se voltam para mim. Ah qual é, parem de me olhar com esses olhos acusadores de “eu sei o que você fez no verão passado”.

- Atrasado no primeiro dia, senhor... - fala o professor esperando minha apresentação.

- Maki, Maki Akimi. – digo envergonhado.

- Bom, estamos nas apresentações ainda, encontre um lugar e sente-se. – diz rispidamente o professor.

- Sim. – falo com um fio de voz.

Sento-me em um dos lugares sobrando na terceira fileira de carteiras.

- Então, como eu dizia antes de ser interrompido pelo senhor Akimi, meu nome é Okidawa Rinkashi, vou ser o professor de psicologia de vocês neste ano. – o professor parece ser um cara legal, deve ter uns trinta e tantos anos, tem feições alegres, cabelo preto, pele branca, olhos mais puxados que o normal, provavelmente vindos das marcas da idade no rosto.

- Senhor Akimi, poderia levantar-se e se apresentar para a classe? – pergunta Rinka-sensei. Levanto-me e vou até o sensei.

- Hm, olá, me chamo Maki Akimi, tenho vinte e três anos, espero não ter problemas aqui e espero fazer boas amizades.

- Muito obrigado senhor Maki. – fala o professor sorrindo.

 O professor fala algumas coisas sobre como serão as provas e trabalhos do semestre e se vira para o quadro para nos passar o conteúdo. Estou anotando os trabalhos em meu computador quando ouço o típico som de batidas na porta. Toc toc.

- Entre. – diz Rinka-sensei.

- Com licença professor, eu estava na diretoria terminando de pegar meus horários. – fala o atrasado na porta.

- Ah sim senhor Tenshi, sente-se ao lado do senhor Maki, já que vocês dois chegaram atrasados. - Ah que beleza, valeu Rinka-sensei. Sigo com os olhos o tal Tenshi vir até a carteira ao meu lado, ele se senta e eu viro pra frente para terminar minhas anotações.

- Olá, senhor Maki. – fala Tenshi imitando o professor.

Solto uma pequena risada e respondo.

- Olá senhor Tenhsi. – digo me virando pra ele.

- Hei você não é o cara que me ajudou a chegar aqui? – pergunto apontando o dedo para ele.

- Kanigawa Tenshi, prazer. – e me estende a mão para me cumprimentar.

- Já que é tradição aqui se apresentar com o nome de trás pra frente, Akimi Maki, prazer. – e aperto sua mão.

Nesse aperto de mão eu noto como esse tal Tenshi é bonito. Tem traços fortes, a pele parece ser macia, o cabelo é brilhoso, tem um aperto de mão firme, um belo sorriso com dentes perfeitamente alinhados e brancos, braços fortes, ombros largos... ah fala sério, mal cheguei no Japão e já to de olho no meu colega de classe? Repreendo-me mentalmente. Noto que o aperto de mão está durando muito tempo e pra não ficar um clima desconfortável eu solto a mão dele.

Viro-me para frente quando o professor termina as anotações e diz que a aula terminou. Passam-se mais duas aulas e vem o intervalo. Estou guardando meus materiais, quando uma garota de camiseta rosa, um longo rabo de cavalo bem feito, preso com uma fita também rosa, uma saia preta até os joelhos e uma sapatilha típica de uniformes colegiais japoneses, vem até mim.

- Olá. – diz ela sorrindo gentilmente. – Me chamo Kanigawa Miko, prazer. – diz ela sorrindo de novo. Nossa que pessoa mais alegre. Penso ironicamente.

- Oi, prazer Miko, me chamo Akimi Maki. – falo estendendo a mão para cumprimentá-la. – ela aperta a minha mão e sorri.

- Eu sei afinal você se apresentou para a sala inteira. – ela solta uma gargalhada e eu coro.

- Ah, é né, eu tinha até esquecido disso já. – falo envergonhado.

Ela ri mais um pouco e continua. – Então, você não é daqui né? –

- Não, eu sou brasileiro, cheguei aqui há pouco tempo... uns cinco dias eu acho. –

- BRASILEIRO? – Grita ela em plenos pulmões, fazendo as pessoas que ainda estavam na sala olharem para nós. E continua agora um tanto envergonhada. – Desculpa, é que eu sempre quis ir pra lá, eu quero conhecer o Rio de janeiro. – diz Miko olhando pro nada com uma feição sonhadora.

- Bom, eu nunca fui pro Rio, eu sou de Curitiba, e já temos algo em comum, eu sempre quis vir pro Japão. – digo com entusiasmo.

- Sério? Nossa! Que estranho né? – Miko me pergunta espantada.

- Não acho estranho, acho que pode ser o destino. – digo sorrindo.

- Você ta me cantando? – pergunta ela sarcástica.

- Não hahahaha. – solto uma alta gargalhada e Miko me olha estranho. Eu me aproximo e falo no ouvido dela: - eu sou gay. -

- Sério?! – grita Miko, eu gargalho mais e ela continua. – desculpa de novo, mas você é gay mesmo? –

- Sim. – digo sorrindo.

- Ah, agora olhando melhor, você tem cara de gay mesmo. – diz Miko com um olhar malicioso.

- Baka, tenho nada! – digo com falso ofendimento.

- Ah tem sim. – e ri com graça. – Mas então, quer vir comigo pro intervalo? Ou você é um daqueles caras que preferem ficar sozinhos? – pergunta Miko.

- Não, não sou um desses caras, gosto de companhia. Vamos sim, só preciso passar na diretoria pra pegar meus próximos horários.

- Okay, vou com você então. – Miko fala com entusiasmo.

 Estamos indo em direção a porta quando ouço alguém chamando Miko, me viro e vejo que é Tenshi.

- Oe Miko, você lembrou de pegar sua carteira? – pergunta Tenshi. Espera aí, como assim eles se conhecem?

- Hmm, não lembro, vou ver na minha bolsa, espera um pouco. – Diz Miko abrindo a bolsa.

- Ah, acho que não Tenshi. – diz ela desanimada.

- Claro que não, Miko-baka, mas o seu irmãozão se lembrou de trazer. – diz Tenshi com uma postura heróica. Ufa, mas espera, irmão?

- Sim nós somos irmãos – me diz Miko como se tivesse lido minha mente.

- É eu sou irmão dessa baka. – diz Tenshi sorrindo. Que sorriso lindo.

- Calado Tenshi-baka. – diz Miko rindo.

 Tenshi devolve a carteira de Miko, vira-se para mim e pergunta: - Posso passar o intervalo com vocês? – Cara, ele é muito lindo. Fico um tempo parado olhando para Tenshi até que Miko responde por mim: - Claro Tenshi-ni. – Seguimos os três para a diretoria, lá pego meus horários com a simpática diretora Mei. Ela é uma bela senhora de uns cinquenta e poucos anos, baixa, longos cabelos negros e grandes seios. Ah o que foi eu sou gay, mas sei reconhecer grandes... digamos, dotes. Seguimos para a praça de alimentação do campus, e caramba, nunca imaginei que dentro de uma universidade pudesse ter tanta variedade de comida. Mas como eu vim para o Japão, resolvi comer algo mais japonês. Um lamén de porco médio, dangos e uma Coca-Cola. Miko pegou duas fatias de pizza de quatro queijos, um pudim de leite médio, uma porção pequena de palitos de queijo e um suco de laranja. Eu realmente gostaria de saber pra onde vai tudo isso. Penso e rio baixo. Tenshi pegou uma fatia de torta de maçã, um sanduíche natural e um suco de uva.

 Sentamos em uma mesa no centro da praça de alimentação, posso ver vários alunos conversando sobre o início das aulas, alguns com entusiasmo, outros nem tanto. Estou olhando distraído para os alunos quando Tenshi me chama: - Maki... –

- Sim. – digo baixo olhando para um casal que se beija calorosamente, como se tivessem passado anos sem se ver. Será que eles não sabem o que é um quarto?

- Maki-baka! – e levo um cutucão de Tenshi. Ai doeu.

- Ai! Desculpa, eu estava distraído. – digo alisando o braço atingido por Tenshi.

- Sem problema. Mas então, por que olhava tanto pro casal apaixonado ali? – me pergunta Tenshi com olhos maliciosos. Eu o olho como se tivesse nascido um terceiro olho em seu rosto.

- Eu? Não, imagina, nem notei que tinha um casal por aqui – digo coçando a nuca em sinal de nervosismo. Merda fui pego.

- Aham, ta bom. Pode me falar, eu não conto pra ninguém. – diz Tenshi se aproximando. Merda, perto demais.

- Okay eu confesso, eu estava sim olhando pro casal ternura ali atrás. – digo suspirando e aponto com o polegar para trás.

- Saudades de alguém? – me pergunta Miko que já terminou de comer e está roubando um dango meu. Sério, essa menina não tem fundo.

- Não. – digo sem animo. – não tenho de quem sentir saudades. – termino mais desanimado ainda.

- Como assim? – me pergunta Tenshi demonstrando interesse.

- Ah, eu nuca namorei. – digo tão baixo que se eles não estivessem perto não poderiam me ouvir.

- Mas então você é... virgem? – me pergunta Tenshi com cautela.

- Sou, mas não vejo problema nisso. Pode soar meio bobo, mas eu acho que nunca encontrei a pessoa certa sabe. – digo um pouco envergonhado.

- Eu não tenho nada contra. E você Tenshi-ni? – olhamos os dois para Tenshi que ainda está me olhando com cara de espanto.

- Oe Tenshi-baka... – Miko estala os dedos em frente ao rosto de Tenshi, ele da um mini pulo na cadeira e olha pro lado corado.

- N-não, nada contra. – diz Tenshi sorrindo envergonhado para mim.

- Então tudo bem. – diz Miko alegremente.

- Miko-chan! – ouço uma voz feminina chamando Miko e olhamos para trás.

- Sakumi! – grita Miko. – bem meninos, eu vou ver minha amiga, depois vejo vocês. – Miko se despede de nós com um beijo estalado na bochecha de cada um.

- Ela é bem... entusiasmada – digo sorrindo para Tenshi.

- Ela é sim. – diz Tenshi olhando para Miko ao longe.

- Então Maki, por que veio pro Japão? – me pergunta Tenshi voltando sua atenção para mim.

- Eu sempre quis conhecer o Japão. A cultura, as pessoas, o respeito. Eu realmente me sinto atraído por esse lugar, não sei ao certo, acho que é coisa de vidas passadas, sei lá. – digo sinceramente.

- E por que psicologia? – questiona Tenshi.

- Desde que eu entrei no ensino médio, eu resolvi que faria psicologia, eu já me interessava pelo assunto, mas não achava que um dia eu pudesse ser um psicólogo. Até que em um fim de semana tedioso, eu estava sem nada pra fazer e fui ver um filme. O filme contava a história de uma menina que ia até uma floresta aqui do Japão, uma floresta apelidada de floresta do suicídio. Ela foi nessa tal floresta procurar a mãe que tinha deixado um bilhete pra ela ler quando completasse dezoito anos... enfim, depois de assistir o filme, eu fui pesquisar sobre o índice de suicídios no Japão. E eu descobri que é um número absurdamente alto, anualmente, mais de 10% das mortes no Japão, são suicídios. Depois disso eu resolvi que viria para o Japão, faria psicologia e tentaria diminuir ao menos 1% esse índice. – termino suspirando e sorrindo.

- Uau, que história hein – diz Tenshi impressionado.

- E você, por que psicologia? – eu pergunto com curiosidade.

- Ah, eu sempre fui de humanas, mas psicologia sempre me chamou mais atenção. Acho que quero estudar as pessoas por achar legal conseguir ler os sentimentos com ações físicas. – termina ele com entusiasmo.

- Hm senhor mentalista. – rimos com a referencia a série The mentalist. – o que o meu corpo diz sobre como eu me sinto?

- Deixe-me lhe observar melhor – diz ele rindo, com um falso tom profissional e se aproximando me olha de perto. Ah meu deus, chega mais pra lá com esses olhos lindos.

- Você é um cara enérgico, perspicaz, curioso, tranqüilo e... – ele para, nossos olhos se encontram e se fixam – tem lindos olhos. – ele olha pra baixo corando e eu me afasto um pouco pra que ele não note minhas bochechas que agora estão um pouco (muito) mais vermelhas que o normal.

- Obrigado. – digo envergonhado.

- Não tem de que. Mas é sério, seus olhos são muito bonitos. – termina ele.

- M-muito ob-brigado. – digo corando e sorrindo timidamente.


Notas Finais


Talvez poste mais amanhã hehe, beijins.


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