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História Lu, The Deer - O começo das minhas muito (in)esperadas férias de inverno


Escrita por: 1004rin9

Notas do Autor


Então, essa é a minha primeira fanfic! (embora eu jogue RPG desde o ano passado~)
Eu tive esse plot ao ver uns edits do Luhan hahaha
Bem, não vai ser algo muito incrível eu acho @-@ eu tenho dois finais possíveis e irei falando com vocês sobre isso, certo? :3
Eu não vou falar muito pra não dar spoiler >w< nos vemos nas notas finais!
OBS: Embora pareça crackfic agora, não é!!!! Ela vai ficar mais séria com o decorrer dos acontecimentos~
OBS²: Eu revisei, mas tenho certeza que algum errinho ficou TuT relevem, por favor!

Capítulo 1 - O começo das minhas muito (in)esperadas férias de inverno


Fanfic / Fanfiction Lu, The Deer - O começo das minhas muito (in)esperadas férias de inverno

Minhas férias de inverno começariam amanhã, seria um mês sem aulas e tudo que eu mais queria era dormir, jogar videogame e comer porcarias até as férias acabarem e eu ficar gordo, com uma saúde merda e cheio de espinhas na cara. Eu sou esse tipo de pessoa. Vivo num apartamento não muito grande com meus pais – que mal param em casa – em Seoul.

Já havia jantado e, sentado na mesa tomando coca-cola, me preparava pra uma madrugada virando God of War pela terceira vez quando meu pai me chamou. Revirei os olhos e o olhei.

– SeHun, você vai passar as férias na casa dos seus tios. Yoon Cheol vai te levar.

Teu cu.

– Teu cu. Não vou sair daqui. Já planejei todas minhas férias com coisas muito importantes. Você nem me pergunta nada e ainda compromete quase nove horas da vida do mordomo? Pobre Yoon Cheol... devia aumentar o salário dele.

– Quais são seus compromissos importantes? Arrumou uma namorada?

– Sim.

Ele me olhou desacreditado. Cuzão.

– E qual o nome dela?

– Play Station 4. Ela é linda e me faz feliz. Agora me deixa ir jogar.

– Sua mãe já arrumou suas malas. Você vai amanhã de manhã. Se eu fosse você, dormiria.

Filho da puta.

– Vai a merda. Não vou a lugar nenhum.

Arrastei a cadeira, fazendo um barulho alto. Caminhei sem olhar para trás e entrei no meu quarto batendo a porta. Juro que meu coração parou por uns 5 segundos quando não vi meu PS4 onde ele devia estar. O 3DS também tinha sumido. Filhos da puta...

Me atirei na cama olhando para o teto. Eu devia fugir de casa amanhã de manhã?

Fiquei pensando em quinhentos e vinte e sete planos de fuga e vozes que eu poderia fazer pra ligar pros meus pais, fingindo que fui sequestrado e dizendo pra eles depositarem dinheiro na conta do meu amigo JunMyeon pra eu poder viver sozinho. No fim, acabei dormindo.

Acordei já levando um susto com o mordomo da família do lado da minha cama, me olhando com aquela cara feliz de quem ganhou uma grana extra. Já falei que odeio meu pai?

– Já vou, já vou. Que inferno.

Meu plano de fugir foi por água a baixo. Merda. Será que eu finjo que tô passando mal?

– Não adianta fingir que está mal, Oh Sehun. Eu te conheço. Vai pro carro de uma vez. – Minha mãe apareceu como uma assombração na porta do meu quarto. Tenho minhas dúvidas sobre essa mulher ser uma bruxa.

– Com essa roupa amassada? – Eu precisava de ao menos uma chance pra fugir.

– Claro Sehun. Você vai pra bem longe de Seoul, bem longe de tudo e todos. Quem vai te ver? As árvores? Os ursos? Os veados? Vai logo que hoje o Yoon Cheol vai jantar com a esposa dele! Não pode demorar tanto!

 

Merda.

 

~~*~~

 

Estávamos recém saindo de Seoul e tudo que eu podia ver pela janela do carro era mato. Embora eu não fosse de sorrir muito, eu creio que meu rosto demonstrava bem o meu descontentamento. Por outro lado, Yoon Cheol parecia todo felizinho. Desgraçado. Meu pai deve ter recheado os bolsos dele. Foi a gota d’água quando ele colocou suas músicas de velho pra tocar no rádio do carro.

– Você tá de zueira com a minha cara?

– Qual problema, jovem mestre? – Ele me olhou sorrindo. Uuurgh.

– Porra, não dá pra ver na minha cara? Eu não quero ir!

– Para mim, você está com a mesma expressão de sempre. – Ele soltou uma risadinha irritante.

Eu até iria responder como de costume, mas estava tão puto da vida que só coloquei os fones e coloquei pra tocar a minha playlist de ódio – sim, eu tenho uma playlist pra cada estado de humor – no volume máximo.

 

~~*~~

 

Já estávamos a fucking três horas na estrada e o tédio era tanto que resolvi tirar os fones e arrancar informações do velhote Yoon Cheol. Já que eu não poderia evitar ir pra lá, pelo menos queria estar preparado para o que viria.

– Yoon Cheol, meus pais te disseram alguma coisa sobre quem vai estar lá ou...?

– Aparentemente, seus primos não viajaram este ano.

Interessante. Então o certinho do Jongin e o infantil do Minseok vão estar lá...

– Não te disseram mais nada?

– Bem... – Ele parecia pensativo demais pro meu gosto. – que eu me lembre, não.

Isso cheirava a “não conte ao Sehun que...”. Droga. Eu duvido que ele vá me contar. É fiel demais aos meus pais.

Bem, de qualquer forma, eu já estava um pouco mais preparado para o que viria. Já sabia que iria ter que aguentar as chatices do Kai – apelido do Jongin – e as criancices do irmão dele. Mas... o que será que pediram pra não me contar? Sinto que vou morrer de curiosidade até chegar lá.

– Onde estão os salgadinhos?

 

~~*~~

 

Assim que chegamos eu soube aquilo que meus pais não queriam de forma alguma me deixar ficar sabendo. Claro, se eu soubesse disso antes, eu teria até mesmo me matado pra não vir. Eu jamais imaginaria que o insuportável Wu Yifan estaria aqui. Kris – apelido dele – é um garoto da minha idade, assim como o Jongin, mas com uma aura podre. Eu jamais conheci pessoa tão rude e desagradável quanto ele em meus dezessete anos de vida. Ele é filho da melhor amiga da minha tia. Quando éramos pequenos, todo verão, a família toda – e a família dele – se reunia aqui na casa da minha tia. E nós sempre brigávamos.

Yifan estava sentado na varanda com seu olhar arrogante, ao lado de Jongin. Minseok estava brincando com o golden retriever que até hoje não lembro o nome, muito menos se é macho ou fêmea.

– Sehun! – Minha tia exclamou ao me ver. – Como você está grande!

Isso deve ser o maior clichê das famílias. Todos anos eles dizem a mesma coisa. Mas, pode até ser verdade, afinal, eu estou com 1,80 de altura agora.

Ela me abraçou e beijou meu rosto, deixando minha bochecha molhada. Eca. Odeio baba. Tratei de limpar rapidamente assim que ela se virou.

– Minseok, deixe a Jollie respirar e venha cumprimentar o Sehun! Você também, Kai! – Jollie... então esse era o nome do cachorro! – Kris, venha também!

Cagou tudo quando ela chamou o nome desse merda. Quem disse que eu queria seus cumprimentos?

Seu sorriso debochado me deu vontade de vomitar. Ignorei completamente sua presença e cumprimentei Kai e Minseok. Mas minha tia deve ter pensado que meu “oi” serviu pra ele também.

Yoon Cheol vinha logo atrás trazendo minhas malas enquanto entrávamos na casa. Pelos meus cálculos, haveria mais três pessoas pra cumprimentar, meu tio e os pais do Yifan.

 

~~*~~

 

Para minha surpresa, não tinha apenas três infelizes pra cumprimentar. Tinha também o namorado de Yifan. Seu nome era Huang Zi Tao e eu fiquei extremamente incomodado com seu olhar sobre mim durante toda conversa entediante sobre como estava sendo meu último ano na escola e como andava a vida dos meus pais. Minha tia adorava fofocar e eu sabia que minha família seria o assunto das conversinhas dela com a mãe do Kris. Contei apenas superficialmente a nossa situação, que nem mudou muito desde o ano passado.

 

~~*~~

 

Finalmente, o almoço. A hora mais esperada desde que eu cheguei nesse fim de mundo. Não que a comida da minha tia fosse boa, mas as vezes é bom comer comida caseira. Como meus pais quase nunca ficam em casa, é bem raro não pedirmos comida. Nem mesmo as empregadas fazem. Minha mãe acha desnecessário gastar grana com ingredientes, gás e mais uma nota no bolso das senhoras. Ela é mão de vaca.

Meu estômago roncou alto ao ver a enorme lasanha na mesa, embora tenha logo se embrulhado ao ver Kris e seu namoradinho se engolindo na minha frente. Me sentei ao lado de Jongin e servi meu prato generosamente. Tiraria minha barriga da miséria.

– Parece que não come há séculos, Sehun. – Kris começou com seus comentários infelizes.

– Sou magro ué, posso comer o quanto eu quiser. – Retruquei sem pensar muito. Estava sem paciência pra suas provocações. Mesmo se eu fosse gordo, isso não seria da conta dele de qualquer forma. Intrometido.

Pensei que após esse minúsculo diálogo poderíamos apenas comer em silêncio, como acontece sempre na minha casa, e em seguida eu iria pro quarto de Jongin – iriamos ter que dividir o quarto, já que Kris, sua família e seu namorado estão aqui – jogar no seu XBOX ONE. Pensei errado. A mãe do Yifan abriu a boca, e mais parecia uma metralhadora de merda.

– Vocês precisam sair um pouco, meninos. Sei que está frio, mas vocês são amigos, deveriam se divertir por aí, tomar um ar fresco, largar um pouco esses celulares e curtir a natureza. Vocês se dão tão bem, não deviam ficar tão quietos e isolados...

Isso foi quase tão falso quanto o filho dela. Eu me recuso a crer que essa mulher é burra e não percebe que ninguém aqui tem um, mesmo que pequeno, vínculo de amizade. O mais próximo disso é os poucos diálogos que tenho com Jongin. Ele é o único suportável deste lugar, embora seja muito certinho de vez em quando. Lembro perfeitamente das vezes que ele recusou brincar de esconde-esconde à noite quando éramos mais novos só porque ele tinha medo de se perder ou sei lá. E no fim, ele me trancava no quarto porque sabia que eu não iria obedecer ninguém.

– O que tem de divertido aqui no inverno? Não podemos entrar na piscina e o restante em volta é só mato! – Foi surpreendente ver algo que preste sair da boca do Yifan.

– Verdade... somos cercados pelo bosque, não tem muito o que fazermos lá fora. Minseok pode até mesmo se perder.

Cheguei a sorrir pra Jongin quando ele complementou a resposta de Kris. Sua mãe e seu pai mimavam tanto Minseok que certamente iriam desistir da ideia de nos botar pra fora hoje. Mas só pra garantir, eu deixaria um último comentário sobre isso.

– Tia, eu tô bem cansado, sabe? Foram quatro horas no carro, queria descansar pelo menos hoje.

Minha tia se compadeceu. Concordou que não deveríamos sair hoje e logo ela e a mãe do Yifan mudaram de assunto. Eu apenas voltei a comer e tudo que eu ouvia a partir dali era puro blábláblá.

 

~~*~~

 

Eu já havia terminado de comer. Na verdade, todo mundo já, menos o casal irritante que ficavam tirando selcas e falando futilidades com os adultos. Por conta da conversa, minha tia não queria me deixar sair da mesa porque seria falta de educação e eu não iria “estar a par dos assuntos em família”. Desde quando eu me importo em ser educado e desde quando Kris é da nossa família?

– Nas férias de verão nós com certeza vamos pra Dubai. Já até compramos as passagens e alugamos o melhor quarto no melhor hotel, com vista pro mar.

Eu podia jurar que já era a sexta vez que eu ouvia “Dubai”, seja da boca do Kris, do namorado dele ou dos seus pais naquela noite. Não entendo qual o objetivo do Kris em ficar repetindo isso, me olhando como se ele fosse superior ou algo assim. Se eu quisesse, também iria pra Dubai. Só não vejo vantagem alguma. Talvez por eu não estar namorando ou por eu não ser um babaca exibicionista como ele. Aposto mais na segunda opção.

Jongin também estava cansado da conversa. O único que se safou foi Minseok, que, mimado do jeito que é, foi liberado pra ir brincar com a Jollie no quintal. Pra nós, aparentemente, só restava aguentar.

Ou não.

Kai me cutucou e chegou um pouco mais perto. Eu sabia que ele queria falar algo, então me aproximei também. Senti sua respiração tocar minha orelha.

– Sehun... vou fingir que estou passando mal, então apenas finja que vai me ajudar, okay? Isso aqui tá um saco...

Ótimo plano. Jongin acabou de subir no meu conceito. Balancei a cabeça em concordância e voltamos as nossas posições originais. Eu já estava ficando nervoso porque fazia uns cinco minutos – que mais pareciam trinta – que ele havia me dito isso e não tinha feito nada. Entretanto, foi só eu olhar pra ele mais uma vez que sua atuação começou, mas baixinho, provavelmente pra não chamar tanta atenção.

– Ah...aaahh... meu estomago dói...

Por um segundo cheguei a acreditar que ele estava mesmo passando mal. Mas ai lembrei que era tudo planejado. Jongin pendeu pro meu lado e eu ativei meu lado ator também.

– Tia, eu vou levar o Jongin pro quarto. Eu trouxe remédios na minha mala. – Menti. Eu nem sabia o que tinha na minha mala, mas falei isso só pra ela não vir atrás de nós.

Ela não parecia muito preocupada, na verdade, ninguém parecia. Saímos dali sem ninguém desconfiar que era apenas atuação. Subimos as escadas devagar e atuamos até chegarmos no quarto. A porta foi trancada e enfim pudemos respirar.

– Estamos salvos.

Jongin sorria enquanto se sentava na cama de casal encostada na parede que ficava a janela.

Nossa. Agora que percebi que dormiríamos na mesma cama. Espero que ele não se mexa demais como fazia na infância.

– Sim, estamos. Você foi bem útil. Obrigado.

Lhe sorri o mais sinceramente que eu podia. Realmente, estávamos salvos pela sua ideia.

– Fico feliz em ser útil pra você, Sehun.

Embora Jongin seja bem chato e tal, ele sempre foi muito prestativo. Para ser sincero, acho que grande parte da chatice dele era apenas muita preocupação. Eu nunca fui de ligar muito pras consequências que meus atos poderiam trazer. Até hoje não sou.

Sentei na cama ao seu lado, dei dois tapinhas em seu ombro e me debrucei na janela. O céu estava acinzentado e tudo parecia muito calmo. E chato. Olhei pra Jongin, que parecia um pouco distante.

– Kai, vamos jogar?

Eu não costumava chama-lo muitas vezes pelo apelido. Ele sorriu e concordou, rapidamente ligando seu XBOX. Seria divertido vencer dele muitas vezes. Ele nunca foi bom no videogame.

 

~~*~~

 

Como eu já esperava, vencer Jongin durante a tarde toda não era nem um pouco difícil. Nem parecia que ele jogava isso todos os dias. Mas era frustrante como ele nem ligava de perder. Parecia estar jogando por jogar, só porque era a única coisa pra fazer além de conversar com todos lá na sala.

Mas se eu estivesse no lugar dele, também iria preferir jogar, mesmo sem vontade, do que ficar ouvindo sobre as inúmeras maneiras inúteis que o Kris gasta dinheiro.

A noite já havia chegado e as luzinhas automáticas em volta da casa estavam acessas.

Jogamos apenas mais três partidas até a mãe do meu primo bater na porta do quarto e nos chamar pra jantar.

Eu, mais uma vez, comi como se não houvesse amanhã e taquei o foda-se pro olhar de Kris sobre mim. Eu só não entendi por que ele olhava só pra mim. Jongin também comia muito dessa vez. Eu me senti menos sozinho.

 

~~*~~

 

O jantar foi bem mais rápido do que eu esperava. Talvez por eu ter chegado hoje, minha tia não quis arrastar as “interações familiares” até a madrugada. Eram nove horas e já estávamos nos preparando pra dormir.

Eu tive que esperar Kris e Tao tomarem banho juntos e em seguida Minseok, para enfim eu conseguir ter o chuveiro só pra mim.

Embora isso aqui seja numa clareira no meio (do mato) de um bosque, é uma casa muito moderna e talvez até melhor que meu apartamento. Foi relaxante sentir a água quente percorrer todo meu corpo. Cheguei a esquecer que a pessoa que mais odeio estava sob o mesmo teto que eu.

Quando achei que já estava ali tempo demais, desliguei o chuveiro e me sequei, em seguida enrolando a toalha – que eu havia pegado no armarinho, pois sabia que minha tia sempre deixava toalhas limpas ali – na cintura. Tinha esquecido de levar as roupas pro banheiro. Ao abrir a porta, dei de cara com o namorado do Kris, que me olhou de cima a baixo. Qual o problema desse cara?

Ele parecia querer falar algo, mas eu não estava a fim de ouvir. Andei em direção ao quarto e, quando entrei, bati a porta sem querer, acordando Jongin que tinha adormecido sentado com umas roupas no colo, encostado no vidro da janela. Ele me encarou por alguns segundos antes de falar alguma coisa.

– Ah, você saiu do banho...

Ouvi sua voz soar baixo enquanto eu catava uma roupa qualquer na minha mala.

– Sim, pode ir.

Ele levantou sonolento e foi em direção a porta. Assim que saiu, me vesti e me joguei na cama, pegando meu celular. Havia mensagens da minha mãe, de Suho – apelido do JunMyeon – e de Baekhyun, um cara que eu estava pegando antes das férias começarem. Eu resolvi abrir primeiro as mensagens da minha mãe.

“Filho, chegou bem? Comeram algo gostoso? Sua tia disse que você comeu bastante no almoço e janta! Se precisar de qualquer coisa, me avise!”

Qual o ponto de me perguntar algo se ela já tinha falado com a minha tia? Nunca vou entender. Eu pediria pra ela me tirar daqui, mas não vai funcionar.

“Sim. Sim. Tá.”

Eu queria ver a mensagem de Suho, mas deixaria o que considero mais importante pro final. Então resolvi ver a do Baekhyun antes.

“Sehun, como você está? Já estou sentindo sua falta... minhas férias vão ser em casa mesmo, um saco. Mas pelo menos o KyungSoo vai estar comigo.”

Se eu não me engano, KyungSoo é o melhor amigo do BaekHyun. Ele parece um pinguim. É até fofo, mas é meio assustador. Voltei a ler as mensagens.

“Como está sendo aí na casa dos seus tios? Espero que consiga se divertir um pouco, você parecia bem cansado e frustrado nos últimos dias... Descanse bem, amor!”

É fofo a forma como ele é preocupado e carinhoso, mas acho meio exagero me chamar de amor sendo que apenas ficamos algumas vezes. Ele deve ser muito carente.

“Estou vivo. O cara que mais odeio está aqui, espero conseguir suportar ele. Ele está namorando, acredita? Teve a cara de pau de trazer o namorado dele pra cá. Bom, pelo menos eu posso me esconder no quarto do Jongin e jogar videogame. Descanse também, Baek!”

Finalmente, a mensagem de Suho.

“Hey, Sehun! :) ta tudo muito ruim como achou que estaria? Mexendo no Instagram descobri que o cara que você odeia está aí também, que merda kkkkkkkkkk só não arrume confusão com ele pra não dar problema com sua tia, afinal, iria ser muito ruim pro seu lado. Ah, o Lay aceitou meu convite pra sair. Ele é realmente muito inocente (na verdade, até chega a ser lerdo :/ ), quase me senti mal. Espero que isso não atrapalhe meus planos. Não que eu queira comer ele no primeiro encontro, mas queria ao menos beijar. Por que fui gostar de um cara assim? Tome isso como lição, não goste de ninguém. Nem do tal de Baekhyun. Pelo que eu soube, ele gosta de outra pessoa e está só usando você pra tentar esquecer o garoto.”

Ele fala como se eu estivesse apaixonado pelo Baekhyun como ele está pelo Yixing. Hilário.

“Sim, tá tudo uma grande bosta. Ele ainda te segue no instagram? É um fracassado mesmo. Vai ver ele só quer controlar em que lugares você vai, pra ir em lugares ainda melhores. Sabe como é, ele não consegue aceitar que é menos rico que alguém. Vou tentar não arranjar treta.

Não fale como se não quisesse comer esse chinês, você quer sim. Para de agir como se fosse bonzinho. O virgem aqui sou eu, nada te impede de comer o Lay. Só a lerdeza dele. Mas isso você resolve sendo direto e dizendo suas intenções.

Não estou gostando do Baekhyun. Está tudo bem ele me usar, porque eu estou fazendo a mesma coisa. Eu só precisava de uma boca pra beijar e uma bunda pra apertar, nada além disso. Vou tentar dormir, pois sei que amanhã provavelmente vão me acordar cedo pra fazer algo inútil. ”

Na verdade eu não iria dormir, iria jogar. Eu precisava pegar minha recompensa diária no Knights’n Squires.

Kai adentrou o quarto usando pijama e seus cabelos estavam secos. Aliás, quem diabos usa pijamas hoje em dia? Que brega.

– Pegou as roupas do vovô pra dormir? Ele deixou roupas aqui na última vez que visitou?

Sim, eu iria implicar com ele. Vou dormir achando que tem um idoso do meu lado? Não não não.

Ele suspirou e sentou na cama.

– Se te incomoda, devo trocar? Coloquei por ser confortável...

– Pode dormir até pelado, mas não usa essa coisa ridícula.

– C-como assim pelado? Ah... eu vou trocar, já volto!

Ele pegou roupas no armário e correu pra fora do quarto. Provavelmente foi pro banheiro. Não entendi o motivo do nervosismo. Ele tem vergonha ou algo assim?

Quando voltou, pausei o jogo e larguei meu celular para bater palmas. Ele estava de bermuda e uma camiseta comum preta.

– Muito melhor! Que evolução, eim Jongin! Fica menos ruim dormir com você assim.

– É ruim dormir comigo?

Ele deitou na cama e pegou seu celular, parecendo bem concentrado, mas notei que apenas deslizava o dedo pela tela, sem fazer algo realmente. O clima devia estar desconfortável pra ele.

– Sei lá, é estranho, depois de tanto tempo. Tudo por culpa do Yifan. Se ele não estivesse aqui eu teria meu próprio quarto. Fora que, se você se mexer demais igual fazia na nossa infância, vai ser um saco!

Jongin suspirou e bloqueou a tela do seu celular. E eu voltei a jogar no meu.

– Quem se mexia demais era você... bem, se quiser eu durmo no sofá da sala.

Eu que me mexia demais? De qualquer forma, fiquei até sem jeito. Eu não queria fazer ele se sentir mal com isso. Nem era culpa dele. Quem tinha que dormir no sofá da sala era o Kris. Na verdade, ele merecia ir dormir com a Jollie.

– Tá tudo bem, é a sua cama, eu to invadindo seu espaço, eu nem deveria estar reclamando...

Respondi sem tirar os olhos da tela, estava matando um boss importante no jogo e não podia perder. Seriam sete energias perdidas! Ouvi outro suspiro e Jongin se virou pro lado.

– Boa noite, Sehun. Fico feliz que veio.

– Boa noite, Jongin. Hm... obrigado...?

Eu não sabia o que responder. Nós nem éramos muito próximos hoje em dia, de qualquer forma. Simplesmente voltei a me concentrar apenas no jogo.

 

~~*~~

 

Não faço a mínima ideia de quando acabei adormecendo, só sei que acabei de acordar ouvindo dois sons muito estranhos. Um deles consegui identificar serem gemidos. Eca. Kris e Tao devem estar transando. Quem diabos iria querer dar pro Kris? Ou será que ele que dá? Mesmo assim, quem iria querer comer aquela bunda? Que nojo. Mil vezes nojo.

Bem, o outro som parecia alguém cantarolando. Era uma voz fina, mas não chegava a ser a voz de uma garota, muito menos de alguém que eu conheça. Olhei as horas, três da manhã. Me sentei na cama e, prestando mais atenção, a voz vinha lá de fora.

Olhei pela janela e a floresta parecia muito escura, assustadora. As luzes automáticas tinham apagado. Tudo estava apenas sendo iluminado pela luz da lua. O vento fazia as árvores se mexerem, me deixando nervoso. Por que caralhos fui acordar as três da manhã? Dizem que essa hora é que os demônios saem por aí.

A cantoria continuava mas, muito mais assustador do que as árvores se mexendo la fora – e os gemidos do casalzinho no quarto ao lado –, e que fez meu corpo gelar por completo (e olha que eu não sou cagão) foi ver um garoto com chifres usando roupas brancas surgir, caminhando entre as árvores mais próximas.

– Mas que porra...?

Continua...


Notas Finais


Então, vocês já devem saber quem é que apareceu, certo?
Tem muito mistério por trás desse serzinho :3
O joguinho "Knights'n Squires" que o Sehun joga existe! Eu jogo hahaha ~
Eu pretendo fazer no máximo seis capítulos, mas vamos ver no que dá, certo?
Não tenho previsão pra postar o próximo capítulo... vai depender do meu ânimo e criatividade ;u; me animem por favor TuT ~
Vejo vocês no próximo episódio!
Beijinhos de bacon~~~~


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