História Lua Azul - Âncora

5º Dia da Lua Azul

Peter sentia como se tivesse lutado contra vários búfalos, mas se bem que era quase isso, porém ao invés de búfalos eram lobisomens. Peter tinha vagas lembranças da noite anterior e as que ainda vagavam em sua mente, era a pior que ousou ficar guardada, a que ele havia machucado Stiles. Peter sentia seu lobo uivar em desgraça e seu semblante se tornou algo deplorável. Estava mais do que triste ou arrependido, se sentia quebrado por dentro. Seu peito era preenchido por uma dor avassaladora. Por um momento seu único desejo era correr e uivar. Sentia dor, fúria de si mesmo e a única coisa que queria era saber como seu companheiro estava. 

- Você está fedendo a desgraça. 

 Com todo seu desespero, Peter não havia notado Derek sentado enfrente as grades da sua pequena prisão. 

- Obrigado. 

Derek ergueu uma sobrancelha, confuso. 

- Por ter dito que está fedendo a desgraça? 

Peter rolou os olhos, mas em meio a esse processo, ele se permitiu sorrir, nem que fosse por míseros segundos. 

- Por tê-lo salvado... – Peter engoliu a seco. – De mim. 

- Se eu não tivesse feito isso, você se odiaria pelo resto da vida e morreria amargamente sufocado por seu lobo. – Derek deu de ombro. – Digamos que salvei seu investimento. 

Peter sorriu. 

- Sei que foi mais do que isso. Eu lembro perfeitamente. 

- O que está insinuando, Peter?

- Que você desmanchou essa pose de ranzinza e ajudou seu tio com todo seu coração. 

Derek riu. Não era uma risada forçada, mas uma risada cômica como se as palavras de Peter não fizessem nenhum sentindo no vocabulário de Derek. 

- Vá sonhando tio. Agora, tenho que trazer Stiles até...

- Não! Eu não quero vê-lo. – Derek não só ergueu uma sobrancelha, como as duas, sua testa estava franzida em total surpresa. Seus lábios formavam uma linha dura. 

- Não seja tonto! – Derek rosnou. – O garoto passou a noite toda aqui e ainda a metade do dia. Você ficou a metade da noite e o dia dormindo e durante esse tempo, ele não saiu daqui. Ele pediu que melissa cuidasse dos seus machucados aqui, só para não perder o momento para vê-lo acordar. – Derek agarrou as grades de ferro em fúria. – Não seja idiota. 

Derek deu uma olhada a Peter antes de sair. 

- Não me importa, eu vou chamá-lo. 

- Derek. 

Derek continuou parado, não ousou se virar. 

- Derek, eu quero que me prometa que não me deixará machucar ele. Se vir que estou ficando fora do controle, a um passo de machucá-lo, por favor, o afaste como da última vez. Prometa-me. Eu não posso pensar em perdê-lo ou machucá-lo. 

O lobo apenas rosnou em resposta e seguiu seu caminho até a porta. 

Peter se encolheu e se permitiu um sorriso travesso ao lembrar-se das palavras de Derek. Seu menino havia ficado todo tempo o esperando. Ele havia se preocupado com o lobo, mas será que havia o perdoado. Aquilo doía e parecia corroer seu peito. Só em pensar em perder cada momento que tinha com Stiles, cada traço, seu sorriso, seus olhos brilhantes, sua boca chamativa ou os momentos carnais onde tinha total prazer para desfrutar do corpo de Stiles. Em pensar que poderia perder tudo, Peter se desesperava e seu interior se repudia, gritando e dizendo como um mantra que seria bom, não o machucaria mais. Parecia loucura, mas Peter faria de tudo e mais um pouco, apenas para ter certeza que Stiles era seu. 

Quando se tem um mate, como era a ocasião de Peter e Stiles, não se pode simplesmente terminar como se fosse simples. Um nasceu para o outro e desde que eram bebê são considerado almas gêmeas. Por isso, para Peter que machucara Stiles, seus sentimentos o feriam, o picavam como se estivesse deitado e rolando por uma cama de alfinetes. O lobo de Peter era o que mais sofria. Só em pensar que poderia perder Stiles para sempre, o seu lobo se agitava, se sufocava em seu próprio mar de tristeza. Aos poucos Peter entraria em depressão e seria consumido por uma cortina de escuridão, que se negaria abrir e ver a luz, ao menos que seu companheiro volte. Isso, o tornaria frágil e invulnerável. Portanto, quando um lobo perde ser parceiro de alma, é o mesmo que se entregar aos poucos e dolorosamente a morte.  

A porta do porão rangeu. Peter se encolheu no fundo da sua pequena prisão. Abraçou seus joelhos como se dependesse deles para não cair. Ele tinha medo de ter de encarar Stiles, medo do que veria. Bem, ele teria medo de vê-lo irritado. Mas não fora o que imaginou. Ao ver o corpo magro e pequeno de Stiles mancar até próximo às grades de ferro, enquanto consigo carregava uma muda de roupas, ele se descontrolou ao sentir o cheiro do menino invadir seu olfato. Peter arremessou-se até as grades como se fosse atraído. 

- Stiles! Como você está? Desculpe-me – Peter implorava e chorava ao mesmo tempo. Ele se sentia culpado e arrependido e por isso não parava de se lamentar e pedir desculpas. 

Stiles abriu a portinha de ferro com uma chave que pegara “emprestada” de Derek. Ele queria poder abraçar Peter e conter aquela loucura de lamentação. Não fora nada, apenas um arranhão. Era o que Stiles pensava. 

- O que está fazendo? – Stiles ignorou o desespero de Peter. – Não, fique longe de mim...

Quando as portas de ferro se abriram, Stiles se jogou ao corpo de Peter sem temer que pudesse cair ao chão e machucar-se. Peter agarrou o corpo de Stiles não permitindo o menino ter contato com o asfalto. Ele apertou Stiles junto ao seu peito e aspirou ao máximo do seu cheiro. Agarrou o cabelo de Stiles e sem aviso prévio, beijou com desejo, amor, paixão e desespero os lábios do garoto. Stiles soltou um baixo gemido ao ter o contato dos lábios de Peter ao seu. O beijo era necessitado e cheio de amor. Stiles correspondeu com todo seu amor. Agarrou os cabelos de Peter e aprofundou o beijo, fazendo as bocas se fundirem uma nas outras. As línguas travavam uma dança incrível que quando se chocavam, trazia gemidos de ambas às partes. Por falta de ar, o beijo teve de cessar, mas Peter não ousou separa o contato com Stiles, distribuiu beijos por seu maxilar e descendo até seu pescoço, onde beijou, mordeu, lambeu e fungou o máximo do cheiro do menino que lhe era permitido. Stiles agarrou-se ao lobo e gemeu. 

- Peter. 

Stiles desceu por todo o corpo de Peter. Por um momento ele não notara a nudez de Peter, talvez por está tão inebriado pelo o desejo e saudades. Sua mão desceu até a bunda de Peter onde foi apertada com bastante prazer. O lobo rosnou baixo. Peter sabia onde isso daria e por isso, decidiu separar aquele pequeno contato. 

- Stiles, não. – O lobo gemeu quando sentiu os lábios úmidos de Stiles raspar pelo o lóbulo de sua orelha. – Eu... Nós não podemos você está machucado. 

- Não, eu estou bem. 

Stiles voltou seu trabalho onde devia, beijou cada parte do corpo de Peter. O lobo estremece quando Stiles beijou o abdômen e desceu vagamente. Peter fechou os olhos e com um sorriso bobo deixou-se levar pelas sensações, principalmente quando Stiles abocanhou o seu membro de imediato. O lobo rosnou em meio a um gemido. Aquilo era incrível. 

De repente, Peter sentiu suas garras tomar forma, seu lobo arranhava seu interior. Novamente, Peter estava perdendo controle do seu corpo. Em um impulso, o lobo jogou-se para trás batendo suas costas na parede sólida, mas que junto a ela continha algo que o lobo não poderia quebrar. Tramazeira. 

- Stiles para trás. – Peter rosnou quando sentiu seu corpo estalar. 

Stiles olhava aquilo desesperado. Peter gemia e rosnava, enquanto seus ossos eram estalados de uma forma grotesca, como se o estivesse os quebrando, mas a verdade é que estavam deslocando para que Peter pudesse se tornar um lobo inteiro. 

- Peter eu...

- Não! – A voz animalesca gritou para o menino. 

Stiles sentia-se incapaz de se mexer. Ele sentia um aperto no peito por ver a dor do seu lobo. Ele queria correr e abraçá-lo, fazer o possível para aliviar a sua dor. Stiles sentia raiva de si mesmo por se sentir tão incapaz de ajudar o seu lobo. 

- Por favor, eu não quero te machucar.  – Choramingou Peter.

Stiles correu até o seu lobo e o abraço. Peter tentou empurrar o garoto, mas era como se ele estivesse grudado em si. Peter rosnou e por dentro se sentia sangrar por pensar que pudesse machucar o seu menino. Ele rosnava para o seu lobo que insistia em sair. 

- Por favor...

- Shi... Está tudo bem, eu estou aqui. – Stiles passou a distribuir carinhos pelo o cabelo de Peter que choramingava baixinho. 

O lobo respirou fundo, trazendo o cheiro do garoto para si e quando menos esperou, sentiu seu lobo se aquietar. Peter estava sendo domado por Stiles de uma forma inexplicável. Seu lobo se sentia calmo, como se tivesse voltado a dormir e parado de tentar lutar em seu interior por controle. O cheiro, a presença de Stiles, fazia o lobo ficar ainda mais relaxado. Stiles estava aos poucos se tornando a sua âncora e naquele momento ele havia exercido sua função como âncora acalmando seu lobo. 

- Você é tudo para mim, garoto. – Peter pressionou Stiles em seu peito aspirando ao máximo que podia do cheiro do garoto. Peter sorriu. – Não me deixa hoje. 

Peter sabia que era lua cheia e pedir por o menino ficar era perigoso, mas ele sentia que a presença de Stiles poderia ajudá-lo a controlar parte do seu lobo. 

Peter abraçou o menino e o colocou em seu colo. Afagou os cabelos do garoto enquanto Stiles tinha a cabeça no peito de Peter. O lobo sentia seu coração disparar com aquela proximidade.  Seu lobo interior ronronava tranquilamente como se estivesse voltando a entrar em um sono calmo e profundo.  Era o que a presença daquele garoto humano trazia a Peter, segurança, controle e uma grande e incontrolável felicidade. 

- Você não vai se vestir? – Perguntou Stiles risonho. 

Peter sorriu.

- Está incomodando a minha nudez?

O menino jogou a cabeça para trás, apoiando-a no ombro do lobo.

- Não, mas eu não gostaria que ninguém aparecesse e visse você nu. 

Peter riu da cara emburrada que Stiles fez. Peter não se importava, mas não ousaria desacatar seu menino, principalmente naquele momento tão íntimo. 

O lobo levantou-se e vestiu a roupa que Stiles trouxe. Parecia ter sido lavada. Tinha um cheiro bom de roupa recém-lavada. Esse odor acalmava o lobo dentro de si, pois lembrava a Peter casa e família.  

Passaram alguns minutos e o casal entrou no sono, em meio a afagos e palavras doces, Stiles caiu no sono e Peter sentiu-se sonolento, afina encarar Stiles dormindo tão calmamente o fez dormir agarrado ao menino de uma forma possessa e protetora. 

~*~*~ 

Scott havia ouvido o barulho dos rosnados e gritos para Stiles e com isso, o lobo estava preste a correr para o porão onde Peter estava preso, mas fora barrado por Derek. Scott rosnou e ascendeu seus olhos para o lobo carrancudo a sua frente. 

- Qual o seu problema? Stiles deve está em perigo. – Scott empurrou Derek tentando o tirar da sua frente. 

Derek revirou os olhos. Agarrou o jovem Mccall pelo o pescoço e o prendeu na parede rosnando revoltado para o garoto. Scott deu um chute em Derek se desvencilhando dos braços do lobo. Scott ignorou as lamúrias de Derek e correu até a entrada do porão. 

O lobo irritado saltou até Scott e o jogou para longe da porta. Scott gemeu quando sentiu suas costas baterem com força no chão. Rosnados uns aos outros. Um Derek sem paciência e um Scott furioso marcava quase o começo de uma briga ali. 

- Não posso deixar que...

- Para que? Para que seu tio descontrolado mate meu amigo? – Scott rosnou e atacou. 

- Não! – Derek desviou das investidas ferozes. – Para que Stiles controle Peter. Qual é ele é a ancora de Peter. 

Scott parecia não dar ouvidos e partiu para cima de Derek desferindo golpes. O lobo cansado de explicar ao garoto atacou. Desviou das investidas de Scott com facilidade. Quando viu umas brechas atacava, Scott não conseguia acertar Derek por o lobo ter grande agilidade. Em um movimento, o Hale apertou forte o ombro de Scott e o impulsionando para frente, usou-o para dar um salto para trás do jovem Mccall. Scott cambaleou, mas conseguiu ficar de pé. Derek aproveitou as costas de Scott desprotegidas.  Saltou agarrando-se as costas do garoto, pressionando seus braços no pescoço de Scott, enquanto mantinha suas pernas entrelaças ao redor da cintura do outro, jogou seu corpo para trás levando o garoto ao chão. Arrastou-se para o lado, saindo de trás do menino e se pôs a sentar sobre Scott e com uma de suas mãos pressionou a garganta do Mccall o fazendo se calar e prestar total atenção a Derek.

- Nem tente Scott, sabemos quem ganha nessa briga. – Derek não parecia nenhum pouco cansado comparado a Scott que estava ofegante. 

- Eu não quero brigar, apenas salvar meu amigo. – Derek rosnou e pressionou mais forte a garganta de Scott. 

- Eles estão bem, não pode sentir? Desculpa, mas não posso deixar estragar os momentos deles. – Derek respirou fundo – Eu prometi ao meu tio que afastaria Stiles quando visse que Peter poderia machucá-lo. Mas eu senti que Stiles acalmou o lobo de Peter. Stiles é a âncora de Peter e se o tivesse afastado naquele momento o garoto e nós estaríamos mortos. – Derek praticamente gritou. – Quando surgir perigo, eu não hesitarei em ajudar o garoto, mas agora acalme seus hormônios de lobo adolescente e tente sentir o ambiente ao seu redor. 

Scott fez como Derek havia lhe dito e quando sentiu, percebeu o que o lobo queria dizer. Ele sentiu Stiles se acalmar, assim como Peter. Era como se eles estivessem...

- Dormindo. 

 ~*~*~ 

Stiles abriu vagamente os olhos, a sua volta tudo era cercado por um campo florido. Ele aspirou o ar fortemente sentido o cheiro das rosas recém colida. Era magnífico como o campo brilhava intensamente com os raios de sol sobre as flores. O menino caminhou até onde pôde ver uma linda árvore que balançava suas folhas com a leve brisa do vento. Stiles andou devagar sentindo o cheiro doce das rosas que o vento lhe trazia. 

Quando Stiles sentou-se debaixo da árvore, avistou a distancia onde estava cercado por altas árvores, um brilho vermelho que o encarava fixamente. Stiles levantou-se em um salto e caminhou até o brilho vermelho como estivesse hipnotizado, seu coração retumbou em seu peito, não de medo, mas em expectativa. 

Ao longe um lobo de pelagem caramelo surgiu com um brilho vermelho no olhar. Stiles se assustaria se não tivesse conhecido esse lobo antes. Ele se aproximou do lobo com certo receio, mas tentou ignorar, se fosse o lobo que ele conhecia, jamais iria o machucar. Stiles já estava bem próximo do lobo. Para surpresa ele viu o lobo abaixar a cabeça. O menino acariciou a cabeça do lobo a sua frente sentindo a maciez do outro. Era brilhoso e sedoso. Stiles riu por imaginar o xampu que o lobo poderia usar para manter aquele pelo daquela forma. 

- Peter. – O lobo rosnou. 

- Não só o lobo dele. 

Stiles deu um passo para trás caindo desajeitadamente no chão. Ele arrastou-se para trás mantendo distância do lobo. 

- Por favor, não tenha medo eu jamais lhe machucaria. – O lobo tentou se pronunciar. 

- Você fala. – Stiles parecia mais surpreso do que assustado. – Eu sei que você não me machucaria, então não fique com medo... Só surpreso. 

O lobo sentou-se sobre as patas, apenas olhando atentamente para o garoto ainda esparramado sobre o chão florido. O garoto engatinhou até o lobo e acariciou a sua testa. 

- Você é lindo. – O menino sorriu gentilmente. 

- Sempre quis conhecê-lo. – O lobo roçou levemente o focinho na face do garoto. – Você é incrível. – O lobo parecia feliz. Se pudesse, o lobo de Peter estaria sorrindo. 

- E-eu... 

O menino não teve tempo de terminar sua fala, um uivo sombrio foi ouvido pelo o lobo. Stiles gelou quando ouviu. Era sombrio e parecia irradiar certo tom de maldade que fez os pelos dos braços de Stiles eriçar. O menino sentiu uma dor vinda do uivo, uma dor que ele ouviu de quando Peter estava se transformando. Stiles ajoelhou-se e se pôs apertar o pescoço sentindo o ar parecer se acumular em sua garganta e sufocá-lo. 

- Eu preciso que respire. – O lobo parecia preocupado e Stiles percebeu isso. A última coisa que Stiles queria era preocupar o lobo a sua frente. 

O lobo sabia bem o que o menino sentia, era toda a dor e mágoa de Peter. Era a escuridão que fora guardada por um lobo negro. Aquele lado obscuro estava afetando Stiles, assim como poderia afetar qualquer outro ser humano. 

Dor, ódio, mágoa e sofrimento eram tudo reunido em um sentimento só. Era tão intenso que Stiles malmente conseguia respirar. Sentia suas entranhas doerem como se estivessem a rasgando lentamente. Seu pulmão queimava como se todo o ar que estivesse nele, virasse uma bagunça dificultando sua respiração. Toda a dor que ele sentia através daquele uivo, toda a escuridão ou sofrimento, atingia-o em cheio e passava pelo o seu corpo como eletricidade em alta voltagem. Mesmo que tentasse se apoiar sobre os joelhos ele não conseguia respirar. 

Então tudo cessou, o uivo parou e Stiles pôde voltar ao normal. Sentia seu corpo destruído como se acabasse de ter se jogado dentro de um furacão e tivesse sido desmembrado aos poucos.  Sua cabeça doía, seu peito ardia como se acabasse de ter corrido por horas. Stiles sentia-se completamente destruído. 

- O que foi isso? – Perguntou ao lobo a sua frente. 

O lobo abaixou a cabeça e olhou o menino com os enormes glóbulos vermelhos. 

 - Isso é todo o lado obscuro de Peter, aquele que se soltará diante da lua cheia. 

- Como impedimos isso? Isso é... Horrível. 

- Isso é nossa maldição. Para que Peter não se transforme em um lobo desse jeito que você sentiu, precisará de uma ancora, a qual o salvará de afundar nesse mar obscuro. – O lobo olhou a figura negra descer a montanha. 

- C-como eu irei fazer isso?

- Isso é com você. 

 O lobo se afastou. Stiles gritou por ele, mas sentia tudo a sua volta chacoalhar. As coisas mudaram de foco e todas as flores, as árvores foram escurecendo e o cenário foi mudando lentamente até voltar ao de antes. A pequena prisão a qual antes estava com Peter. 

O lobo gemia algo incompreensível. Stiles tentou acordá-lo, mas era como se Peter estivesse em estado de transe total. O menino deu uma rápida olhada para a janela de grades que era a única que iluminava a pequena prisão com a intromissão da lua. A noite já havia sido tomada e aos poucos a lua cheia tomava sua forma. O menino se levantou em um salto quase que desesperado. Havia dormido muito. Já estava de noite e a lua cheia tomava foco. 

- Peter, acorde. – Stiles chacoalhou o corpo de Peter na tentativa de acordá-lo, mas o lobo ainda gemia algo baixo. 

Stiles lembrou-se claramente do que o lobo de Peter havia lhe dito. Se realmente aquele “sonho” havia sido real, Peter estava preste a se transformar em uma besta cheia de sentimentos negativos. E para piorar, se fosse verdade, Stiles poderia está correndo perigo com Peter ali dentro. 

Stiles chacoalhou Peter mais uma vez. Dessa vez, Peter abrira os olhos, mas não eram os olhos que Stiles esperava ver. 

- Peter? – Chamou Stiles.

 Um rosnado baixo ecoou de Peter fazendo o menino se afastar e se encolher no canto da parede. O lobo levantou o olhar para Stiles, farejou o ar e rapidamente se acalmou.

- Eu não machucar Stiles. – Disse o lobo. 

- Lobo? 

Stiles se levantou sentindo-se mais aliviado. 

- Sim. – O lobo de Peter aproximou-se de Stiles tocando seu rosto. Acariciou levemente a bochecha do Stilinski. – Tão lindo. – O lobo aproximou-se dos lábios de Stiles provando-os. – Tão doce. 

De repente, o lobo de Peter pareceu tenso o que acordou Stiles da pequena hipnose pelo os olhos vermelhos do lobo. 

- Menino precisa sair daqui. – O lobo se afastou. – Menino não pode ficar lobo não quer machucar. 

- Não! 

 Stiles tentou se aproximar, mas mãos fortes o agarraram e o tiraram de dentro da pequena prisão. Stiles gritava e implorava para que fosse solto. 

- Não... – Stiles olhou para trás procurando do autor que o tirara de perto de Peter lobo. – Por favor, me deixe perto dele, ele precisa de mim... Derek me solta!

- Não posso. – Respondeu de forma ranzinza. 

- Não Derek! Peter precisa de mim, por favor, não me afaste dele! Por favor... – Stiles sentia seu peito apertar e doer de uma forma esmagadora. Lágrimas teimavam em escorrer livremente pela a maça de seu rosto. 

Saíram do porão e encaminharam até a sala da antiga mansão Hale. Stiles se deixou cair no chão e soluçava incansavelmente. Quando ouviu os uivos de dor, sentiu seu corpo gelar, seu coração retumbava no peito, sua respiração já não conseguia mais acompanhar os ritmos cardíacos. Stiles tinha a sensação que seu corpo estava sendo pisoteado e seu peito sendo perfurado por uma furadeira. Aquela sensação estava o desmembrando de dentro para fora.  Stiles não conseguiu mais segurar e deixou as lágrimas virem, junto de soluços de desespero. Os uivos tornaram se rosnados ferozes, mas Stiles sentia que diante daqueles rosnados, havia dor. 

- Por favor, ele está sentindo dor. – Stiles disse tentando correr até onde Peter estava, mas novamente Derek o segurou. 

Quando Derek iria responder a Stiles, um barulho alto fez ambos travarem. Scott surgia da escadinha do porão, suas roupas estavam rasgadas e alguns arranhões superficiais marcavam o seu peito. Mccall estava ofegante como quem acabara de se exercitar. 

- Ele fugiu. – Disse antes de tombar. – Desculpa, mas ele era muito forte. – Dito isso Scott caiu desacordado. 

- Droga! – Rosnou Derek. – Stiles fique...

Derek teve sua estrutura petrificada quando não encontrou o menino onde deixara. Mordeu os lábios e passou sua mão pelos cabelos negros tentando conter a raiva que lhe sucumbia. Stiles havia ido atrás de Peter. Se o lobo de Peter não o encontrasse primeiro, outro lobo descontrolado pela lua cheia o encontraria. 

- Porra Stiles! – Resmungou Derek. 

~*~*~

Stiles corria desesperadamente, ele sentia seu pulmão queimar implorando por ar, suas pernas doíam querendo ceder a seu peso, mas mesmo diante a tudo isso não parou. A noite não estava tão fria, principalmente porque estava correndo e isso aquecia seu corpo. Stiles não se importava com a dor, apenas queria seguir aqueles uivos que cortavam a noite, uivos cheios de ódio, sofrimento e dor. Ele precisava acabar com toda aquela dor, precisava segurar Peter que se afundava naquele mar obscuro a qual decidira mergulhar.

Stiles parou perto de uma árvore quando perdeu os uivos de Peter. Sentia as lágrimas voltarem, mas não era por ainda está sentindo a dor de Peter, mas sim por está sentindo-se inferior, não conseguia encontrar seu companheiro. A floresta estava escuro o que fazia tropeçar em todo o caminho. 

Parou diante a um rio que tinha a água azul assim como a cor do céu. A água corria lentamente o que trouxe uma pouco de calma. Ali, Stiles sentou-se no chão e chorou, frustração era o que sentia por não conseguir acalmá-lo e ser a âncora que Peter precisava. Se realmente companheiros é a melhor coisa que um lobo poderia ter, eram suas âncoras a qual o salvavam da pressão da lua cheia, porque ele não conseguia realizar esse pequeno papel? Era frustrante para o menino e isso lhe trazia vontade de se estapear. 

De repente, um barulho próximo soou. Um barulho de algo mexendo nos arbustos as costas de Stiles. Fora rápido demais para que o menino tivesse tempo de reagir e logo teve suas costas chocando-se junto às pedrinhas no chão. Stiles gemeu quando um choque percorreu toda a extensão da sua coluna por causa do impacto.  

Ainda de olhos fechados, ele não vira o motivo de ter sido jogado contra as pedras. O que fez abrir os olhos era o peso que se apossava sobre sua barriga. E lá estava aquele quem o fez correr por toda a floresta escura. 

- Peter. 

Um rosnado. 

Stiles suspirou e fechou olhos. O lobo parecia encarar bem o menino. Stiles imaginou que ele não faria nada, mas quando o viu levantar a mão cheia de garras, se adiantou em falar. 

- Eu sei que não faria isso. – Stiles tocou o rosto de Peter. – Você não é assim. – Lágrimas desciam por toda a face de Stiles. – Você não precisa carregar toda essa dor sozinho, eu estou aqui. – Um sorriso sincero se apossou dos lábios do Stilinski. 

Peter travou nas palavras do menino. Os olhos marejados e as lágrimas do garoto fazia algo remexer-se dentro do lobo. 

- Eu sei que não irá me machucar. – Stiles segurou em cada lado do rosto de Peter. – Eu te amo, Peter. 

O menino fechou os olhos esperando as garras de o lobo rasgar a sua garganta, mas quando se passou dez segundo e não sentiu nada, abriu os olhos e o peso em sua barriga cessara. Peter estava apoiado sobre os joelhos, às mãos apoiadas na cabeça como se travasse uma luta intensa entre sua consciência. Stiles tentou se aproximar e ajudá-lo, mas recebeu um rosnado de advertência. 

- PETER! – Gritou o menino esperando sua voz alcançá-lo. – Eu sei que você é mais forte que isso. Não se perca. – Stiles lembrou-se do sonho a qual o lobo de Peter falara sobre âncora e rapidamente teve uma ideia. – Segure-se em mim! Pensei em mim! Peter me deixe compartilhar de toda a sua dor, me deixe compartilhar de toda sua felicidade e agora... Apenas tente se apoiar em mim como uma... Âncora. 

Bem distante, diante de um mar escuro, Peter ouvia claramente as palavras de Stiles. Fechou os olhos e lentamente tentou entregar-se a elas. Pensou no menino com ele havia comentado. Lembrou-se dos momentos com Stiles, quando teve a primeira vez do menino, quando dormiu com o mesmo em forma de lobo. Os momentos que compartilharam juntos. Peter usou as lembranças de seu companheiro para se apoiar nelas como uma... Âncora. 

Aos poucos os traços de Peter foram suavizando. As presas e garras se encolheram, os pelos na face foram se dissipando.  Agora Peter estava totalmente controlado. 

Stiles percebendo que o seu lobo havia retornado ao controle, correu até ele e se jogou em seus braços. O menino ainda soluçava agarrado ao peito de Peter que lhe afagava os cabelos e dava leves batidinhas nas costas. Peter estava feliz por ter o menino ao seu lado e agora ele sentia que todo aquele problema do seu lado obscuro estava controlado, agora que Stiles se autonominava sua âncora. Bem... Peter também se agarrou a ele nesse mesmo propósito, então praticamente o menino já era sua âncora. 

- Obrigado. – Dizia Peter. 

Stiles iria responder, mas fora interrompido pelos os beijos de Peter que era distribuído por todo seu rosto e que terminaram em seus lábios. O beijo fora calmo, apenas onde ambos podiam compartilhar os sentimentos de cada um, os gostos. As línguas travavam uma pequena batalha. Stiles gemeu baixinho quando sentiu seu lábio ser sugado. O beijo perdeu a calma a partir dos gemidos, agora era um beijo mais intenso, cheio de desejos e paixão. 

- Peter... – Sussurrou Stiles. 

- Sim...

- Eu que você... 

Peter retirou a blusa de Stiles e a usou para deitar o menino no chão. As pedrinhas incomodariam mesmo sobre o tecido. Peter retirou sua blusa e a pôs por cima da camisa de Stiles. Deitou o menino. Por alguns segundos deixou-se levar pela visão do peito desnudo de Stiles. As pintinhas que salpicavam em sua pele branca que era iluminada pela a lua. Peter beijou os lábios de Stiles enquanto seus dedos desciam e subiam vagarosamente pelo o peito dele.  O menino sentia um leve arrepio por onde os dedos de Peter passavam.  

Peter desceu os lábios até abaixo do umbigo de Stiles. Desabotoo a calça do menino sem tirar os olhos dos dele, Peter desceu os lábios até a brecha da cueca que estava descoberta. Retirou o resto da calça e em um rápido movimento, olhou para o membro do menino marcado pela cueca e lambeu os lábios. 

Stiles ofegava. 

- Peter, por favor.

Peter sugou o membro de Stiles por cima da cueca. 

- O que você quer Stiles? – O lobo passou os dedos pelo o elástico da cueca. – Diga-me, o que você quer...

- Me chupa. – Stiles disse de uma vez com a face ruborizada. 

- Com prazer. – Peter sorriu e lambeu os lábios. 

Peter arrancou a cueca do menino e de uma vez abocanhou o membro de Stiles. O menino arqueou o corpo e gemeu alto. Peter subiu para a glande onde passou a distribuir lambidas pela cabeça e alternava entre sugadas. Peter levou seu dedo à boca o babando e logo depois o empurrou vagamente na entrada de Stiles que soltou um baixo gemido. Peter sugava o membro de Stiles com volúpia, enquanto travava de bombear seu dedo na entrada apertada do garoto. Stiles gemida alto. Peter agradeceu por estarem uma floresta e ninguém poder ouvi-los.  

Peter percebeu o membro de Stiles pulsar e parecer mais duro que o normal, as bolas do menino pareciam pesadas. Foi ali que o lobo cessou com a boca. Retirando o dedo de dentro de Stiles, Peter levou outro dedo à boca e o chupou e o empurrou para dentro de Stiles. O menino choramingou. Empurrando fundo, Peter alcançou o ponto sensível do menino, onde passou a acertar constantemente. Stiles gemia ainda mais alto, seu corpo pedia liberação, mas Peter o impedia de gozar o que levava a loucura. 

- Por favor, Peter me fode logo. – Stiles praticamente gritou. 

- Se é o seu desejo.  

Peter livrou-se da calça e quando deixou a cueca sair, seu membro caiu pesado. Veias grossas eram distribuídas envoltas. Stiles passou um tempo o admirando. Era másculo e grosso. O menino não sentia medo, já havia o sentido dentro de si e isso não o perturbava. Stiles implorou mais uma vez para que Peter o fodesse. O lobo cuspiu em sua mão e passou em toda a extensão de seu membro, mas via que não estava muito lubrificado. 

- Stiles, se ajoelhe. – Ordenou. 

Stiles ajoelhou-se a frente de Peter. O brilho que exalava dos olhos de Stiles fazia Peter sentir-se completamente inerte em seu desejo.

- Me chupa. – Ordenou Peter. – Deixe-o bem babado. 

Stiles fez como foi lhe tido. Chupou a glande de Pete com desejo, sugava e lambia. Desceu por toda a extensão do membro babando-o completamente. As salivas e o pré-gozo se misturavam e desciam para as bolas do lobo. Stiles as massageou enquanto tinha o membro de Peter em sua boca. O lobo sentiu seu corpo esquentar e sua coluna corria leves fagulhas elétricas. Estava quase lá, mas não queria ter de gozar ainda. 

- Pare e deitei-se novamente, agora quero lhe foder. 

Stiles sentiu um arrepio correr seu corpo. Seu membro latejou e mais que qualquer coisa, ele queria Peter lhe fodendo. 

Stiles deitou-se e abriu as pernas. Peter posicionou no meio delas, posicionou seu membro na entrada rosada do garoto e vagamente empurrou sentindo a entrada do menino pressionar sua glande. Stiles estava tão apertado. Devagar, Peter empurrou seu membro, Stiles gemia e reclamava, mas isso não impediu o lobo de continuar. Quando estava totalmente enterrado na entrada pulsante e apertado de Stiles, ele permaneceu parado. Peter rosnava ao sentir aquele interior pressionar sem dó seu pênis. De olhos fechados ele deixou as sensações o levarem.

- Está sentindo? Meu pau pulsando dentro de você? – Perguntou Peter. 

Com isso, o lobo começou a se movimentar. Stiles agarrou-se as costas do lobo arranhando-as.  Peter aumentou os movimentos, aos poucos as investidas foram tornando-se mais fortes e mais rápidas. Quando Stiles já estava todo aberto para si, Peter aumentou a velocidade. Agarrou as pernas do menino, abriu-as mais um pouco e aumentou a movimentação. Com a força era escutado o barulho do choque de ambos os corpos. 

Em um movimento rápido, Peter agarrou o jovem Stilinski pelo os calcanhares e o virou de quatro. O Penetrou junto de um tapa forte em sua nádega que rapidamente tomou uma colocarão rosada no lado atingida. Stiles gemeu alto quando outro tapa alcançou o outro lado da sua nádega e junto dele Peter o penetrou profundamente. Peter abriu bem as nádegas do menino e bombardeou para dentro do seu interior, surrando a próstata de Stiles que gemia e gritava o nome de Peter. 

Stiles sentia seu orgasmo próximo. Ele imaginou que com aquela posição ele gozaria, mas fora surpreendido quando Peter o ergueu, sentando-se sobre as camisas e fazendo menino sentar-se sobre o comprimento pulsante do lobo. Stiles enterrou a cabeça no ombro de Peter quando sentiu seu interior ser preenchido pelo membro pulsante do lobo e seu ponto sensível atingido. O menino cavalgava em movimentos rápidos o que fazia sua próstata ser alfinetada pelo pênis de Peter. 

- Eu estou perto. 

Peter agarrou o membro de Stiles. 

- Agora não...

Stiles choramingou ao sentir novamente seu orgasmo ser abolido por Peter. Ele queria gozar, mas Peter o impedia de tal proveito. 

- Depois de mim. 

Stiles passou a cavalgar mais rápido. Peter sentia seu corpo inteiro quente como se estivesse preste a entrar em combustão. Seu corpo tremeu e seu interior remexia-se inquieto. Enterrou a cabeça no pescoço de Stiles. 

- Porra Stiles! – Gemeu ele quando o seu orgasmo o atingiu fortemente. 

Soltando o membro latejante do menino, sentiu o outro deixar seu orgasmo fluir em uma explosão gostosa que fez Stiles arquear todo seu corpo e morder fortemente o ombro de Peter para reprimir um gemido, mas não conseguiu reprimir o nome de Peter que saiu em um grito. Seu gozo jorrou por todo o abdômen de Peter que pouco se importou, pois poderia lavar-se nas águas do rio. 

- Isso foi bom. – Sussurrou Stiles no ouvido de Peter. 

O lobo acariciou as costas do menino, enquanto fungava o cheiro do seu companheiro. 

- Obrigado por me salvar.

Stiles sorriu. Saiu do membro desfalecido do lobo, mas não ousou levantar-se do colo dele. 

- De nada. – Stiles acariciou a face de Peter. O lobo fechou os olhos e deixou-se entregar as carícias. – Agora eu estou aqui e vou ser seu porto seguro. 

O lobo agarrou o corpo do menino em um abraço apertado. O lobo sentia seu interior aquecer só em ter a presença de Stiles ali consigo. Queria aproveitar mais daquele momento. 

- Eu te amo. – Disse Peter. – Se não fosse por você estava perdido. 

Stiles riu. 

- Eu sei disso. – O menino mostrou-lhe a língua. 

- Convencido. 

Peter levantou-se para limpa o abdômen sujo, mas enquanto estava jogando água em sua barriga, sentiu um cheiro que não reconheceu. Correu até Stiles, jogando-o por sobre o ombro sem se importar se havia ou não limpando seu abdômen direito. 

- Ei! O que está fazendo? 

- Quieto. 

Peter correu para trás de uns arbustos e depositou Stiles ali. O menino reprimiu um gemido ao sentir o chão frio chorar em suas nádegas. 

Peter voltou a onde estavam as roupas que deixara largada. Farejou o ar. Tinha alguém próximo. Olhou mais uma vez para os arbustos e se transformou em um lobo enorme de cor caramelo. Rugiu alto.  Seu pensamento era em proteger seu companheiro que estava escondido nos arbustos. 

- Peter? – A voz de Derek fez o lobo parar de rosnar. – Calma. Está tudo bem, você está na influência da lua cheia...

Peter voltou a sua forma humana. Ignorou completamente a sua nudez e se pôs a encarar o sobrinho que ergueu uma sobrancelha. 

- Eu estou bem...

- Tem certeza? Stiles! Ele saiu a sua procura...

- Eu estou aqui. – Stiles tinha a metade do corpo para fora dos arbustos. A sua face estava mais corada que o normal. Stiles queria poder cavar um buraco e enfiar sua cabeça dentro, mas diante aquela cena ele não deixou de reprimir um riso da expressão surpresa e envergonhada de Derek. Bem, para piorar, Stiles viu Scott junto dos gêmeos surgirem em meio à floresta. 

- Ah pelo amor de Deus! Vocês podem ao menos nos dar privacidade? – Questionou Peter, irritado. 

- Escutamos uns gemidos de Stiles...

Os gêmeos gargalharam. 

- Acho que os gemidos de Stiles não tinha nada haver com perigo... Ou talvez um pouco já que estava sendo devorado por...

- Chega Ethan! – Gritou Peter. 

Stiles escondeu a metade do corpo nos arbustos deixando apenas a cabeça para fora, onde pode visualizar bem a cena a sua frente. 

- Ele está bem? Você o machu... – Tentou perguntar Scott, mas fora interrompido por Peter.

- Mccall, Ethan, Ainda e Derek podem esperar mais distante, por favor. 

Quando Scott percebeu o que acabara de acontecer, sua face se tornou algo como horrorizado e envergonhado. 

- Oh céus. – Ele tampou os olhos e deu meia volta. 

Os gêmeos saíram rindo, apenas Scott e Derek saíram envergonhados. Não apenas por ter pegado o momento, mas por ter corrido em meio à floresta quando ouviram os gemidos e gritos de Stiles. Eles imaginavam o garoto em perigo, a preocupação se tornara tão alarmante que ignorou completamente o cheiro de sexo no ar. 

Depois de alguns minutos, Stiles e Peter foram ao encontro dos lobos. Já estavam vestidos, mas Stiles não pôde segurar a tamanha vergonha que sentia. 

- Desculpa... Eu... – Scott tentou se desculpar, mas não sabia o que dizer. 

- Já foi. – Comento Aiden. – Os gemidos foram altos e na próxima vez que estiverem juntos e Stiles gemer ou gritar alto saberemos que o perigo é outro. 

Stiles corou. Peter rosnou para Aiden que passou a sair rindo junto dos outros. Até mesmo Derek que era o mais ranzinza do grupo não segurou o riso. 

O caminho de volta fora tranquilo. Ambos brigavam, pois o Camaro de Derek virou uma caixa de sapato com todo aquele pessoal amontoado dentro do carro. No começo Derek tentou reclamar, mas depois de Peter dizer que não aditaria reclamar, ele apenas dirigiu sem mais resmungar, mesmo que no caminho ainda se podia ouvir Derek reclamando baixinho.