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História Lua de Sangue - Verdade


Escrita por: fifthondrugs , Finallais e RenaTriz

Capítulo 20 - Verdade


Arabella

Enquanto arrumava a prateleira da loja, não parava de pensar na noite em que eu encontrei com Sebastian, a dor de perder o meu pai ainda vivia dentro de mim, mas ele conseguiu me fazer esquece-la por um momento. Eu me senti eu mesma naquela noite e daria qualquer coisa para esquecer tudo novamente.

- Oi! - A amiga de Sebastian entrou na loja sorridente, o que me parecia um sinal do universo. - Eu vim pedir a sua ajuda. Sebastian não está falando comigo desde que...bem... - Ela abaixou o tom da voz. - Eu peguei vocês transando.

- Nós não... - Eu senti o meu rosto esquentar de vergonha, mas antes que eu pudesse me justificar, ela me interrompeu.

- Eu não quero saber dos detalhes. - Ela jogou o cabelo para trás de um modo natural. 

- Mas o que você quer que eu faça? - Mudei de assunto.

- Qualquer coisa. Eu só quero que ele me desculpe e que veja que eu me importo. 

- Eu não sei como eu poderia... - O barulho do sino da porta me roubou a atenção.

- O que você está fazendo aqui, Lucy? - Sebastian entrou na loja batendo os pés com força no chão, ele realmente estava com raiva.

- Vim pedir ajudar para a sua namorada. - A amiga de Sebastian sabia ser bem inconveniente quando queria.

- Ela não é... - Ele me olhou e depois mudou o rumo da conversa. - Só vai embora.

- Eu não vou sair daqui até você resolver falar comigo de novo. - Lucy caminhou até ele e disse algo baixo demais, eu só consegui entender algumas palavras. - Eu não vou lutar sozinha... rancoroso... problemas... bruxa... eu sei... - As palavras dela me assustaram um pouco, eu gostaria de ter escutado tudo e não meias palavras.

- Ok. - Sebastian tocou o ombro de Lucy que me olhou, sorriu e acenou antes de sair da loja. - Me desculpe por isso. - Ele soltou o ar. 

- Está tudo bem. - Eu sorri, estava feliz por vê-lo. - Mas o que você veio fazer aqui? Quer comprar mais discos? 

- Não. - Ele riu e eu quis beija-lo, os meus sentimentos por esse caçador estavam fora de controle. - Eu vim te convidar para um passeio. 

- Para a sua sorte, eu saio daqui a cinco minutos. - Eu não tinha motivos para não querer sair com ele, pelo contrário, eu queria me deixar levar por ele.

- Eu te espero lá fora. 

Liguei para o Will e avisei que eu chegaria mais tarde em casa, o que era um alivio, as coisas estavam tão ruins dentro de casa quanto na minha vida. Minha mãe ainda estava com depressão e se não fosse por Sebastian, eu sairia daqui e me juntaria a ela. 

- Só não volte muito tarde, as coisas estão ficando perigosas para nós. - Will estava sendo tão responsável, a cada dia ele se parecia mais com nosso pai.

- Pode deixar. Te amo. - Eu disse.

- Também amo você. - Então ele desligou.

Peguei as minhas coisas, fui até a porta e pude ouvir Sebastian falando ao telefone.

- Como você pôde deixar o mapa lá e não ter tacado fogo em tudo? E o corpo? - Ele andava de um lado para o outro. - Faça isso agora e depois nos encontramos. - Ele desligou o celular e o guardou no bolso.

- Está tudo bem? - Eu me aproximei.

- Sim, são só problemas com o trabalho. - Ele sorriu. - Para onde vamos?

- Para a cachoeira. - Eu queria ficar com ele no meu lugar especial. - Você nunca me contou sobre o seu trabalho. - Achei que seria engraçado escutar a explicação dele.

- Eu não posso falar, é sigiloso. - Ele disse sério enquanto caminhávamos. - Só posso dizer que eu ajudo pessoas... como um justiceiro.

- Ora, me conte. - Insisti.

- Se eu te contar, vou ter que te matar. - Ele sorriu, mas eu sabia que no fundo era verdade.

Caminhamos pela trilha sombria até chegarmos na cachoeira, o Sol esquentava o ambiente, mas sem exageros. Sebastian segurou na minha mão e eu me senti tão em paz que não ligava para as nossas diferenças, não ligava para os segredos entre nós e nem para as tristezas e eu sentia que ele também estava tão bem quanto eu. 

Os pássaros voavam sobre nós, o final de tarde deixava o céu colorido numa mescla de amarelo, rosa e azul, andamos até a macieira e nos sentamos ao pé dela.

- Eu me sinto tão bem aqui. - Confessei.

- Eu me sinto bem quando estou com você. - Ele disse me fazendo sorrir.

Ele segurou no meu queixo e me beijou, nossas línguas já se conheciam, dançavam em um ritmo lento. Ele me deitou na grama macia da floresta e grudou nossos corpos. Toquei seu rosto gentilmente, alisei seu maxilar com o polegar, ele subiu um pouco a minha blusa e alisou a minha barriga. Eu sentia sua mão percorrer pelas minhas coxas, seu toque me fazia arfar. Tirei a blusa dele e espalmei minhas mãos em suas costas, ele desceu o beijo para o meu pescoço de um modo calmo e logo depois levantando a cabeça de modo que nossos olhos se encontrasse, um pedido silencioso. Não disse nada e nem ele, era um momento em que palavras não se faziam necessárias.

Sebastian voltou a beijar a minha boca enquanto abria a minha calça, tirei a minha blusa e o meu sutiã, ele puxou a minha calça para baixo junto com a calcinha até tira-las. Ele ficou parado me olhando por alguns segundos como se estivesse em admirando. Eu o puxei para perto de mim alisando seus braços delicadamente. Seu membro já estava duro debaixo da calça, eu o toquei com firmeza antes de tira-la com a cueca. Ele tocou o meu rosto com as duas mãos, nos olhamos, ele alisou os meus cabelos gentilmente e então me beijou ferozmente. Nossos corpos roçavam um no outro, ele desceu uma das mãos até a minha boceta e me estimulou. Seu toque era incessante até eu estar totalmente molhada, ele segurou em seu pau e encaixou em mim. Eu senti uma dor forte no início, ele mexia o quadril lentamente, eu fechei os olhos com força, mas logo a dor se tornou prazer. Eu mexia meu quadril fazendo um movimento continuo de vai e vem. Estávamos em sintonia, eu podia sentir seu pau dentro de mim e a sensação era maravilhosa. Ele agarrou em minhas coxas com força e meteu mais rápido. Eu gemi sentindo a satisfação de estar me sentindo viva. Não queria que esse dia acabasse.
 

Sebastian

Depois do meu encontro com Arabella eu não tive dúvidas do quanto ela era especial para mim. Eu havia tirado a virgindade dela, era incrível ter a sua confiança. A despedida foi longa, eu não queria deixa-la mas tinha coisas para resolver.

Fui até a loja onde Lucy e eu tínhamos matado a bruxa para descobrir sobre o homem que tinha descoberto o antidoto do pó de girassol.

- Finalmente apareceu. - Ela disse ao me ver.

- Eu não acredito que você foi tão incompetente. - Eu disse irritado.

- Eu escondi o corpo da bruxa e trouxe as coisas para atear fogo em tudo, mas aí, Katie me ligou pedindo ajuda e eu fui até ela deixando isso - Ela apontou para a loja bagunçada. - Para depois. Ela estava em uma luta contra vampiros, entenda, Theo... 

- Não me chama assim, você sabe que é ridículo. - Revirei os olhos. - Tá, vamos torcer para ninguém ter notado nada. 

Jogamos álcool em toda a loja e depois jogamos o fosforo aceso no chão, as chamas se espalharam rapidamente, saímos da loja e entramos no carro para irmos para a casa.

Mas então o celular de Lucy tocou.

- Atende, por favor. - Ela disse com as mãos no volante. 

- Quem é? - Eu atendi. 

- Sebastian? - Uma voz masculina perguntou do outro lado da linha. - Preciso de ajuda, venham para delegacia, tem dois... - O telefone ficou mudo.

- Vamos para delegacia. - Disse descontraidamente. 

Lucy virou o carro bruscamente e fomos em direção a delegacia. Quando chegamos, eu abri a mala pegando facas, adagas e meu arco e flecha. Lucy pegou pó de girassol e de diamante pois não sabíamos com o que iriamos lidar e sua espada. 

Entramos na delegacia e os policiais apontaram as armas para nós.

- Vão embora ou vamos atirar. - Eles disseram em coro.

- Vampiros. - Eu disse. 

- O que vamos fazer? Não somos aprova de balas e não podemos matar humanos. - Lucy segurava a espada pronta para qualquer coisa. 

Um barulho de vidro quebrando se fez presente ao fundo da delegacia.

- Vamos por trás. - Eu disse.

Saímos e demos a volta até entrarmos pelos fundos. Armei o meu arco com a flecha e Lucy segurava a espada com firmeza. De repente alguém gritou e um corpo voou pelo vidro de uma sala, corremos até lá e eu encontrou a amiga da Arabella com o rosto ensanguentado e segurando o coração de um caçador nas mãos.

- Mas que droga! - Ela disse ao me ver. 

- Merda. - Eu disse. 

- Noah! Temos que ir! - Ela gritou.

Eu atirei uma flecha no coração dela, mas ela segurou-a antes de atingi-la. A amiga de Arabella correu atravessando a janela para o lado de fora. Lucy pulou a janela e eu fui atrás de sobreviventes. Mil pensamentos e dúvidas bombardeavam a minha cabeça, pulei os corpos dos policiais no corredor e analisei os caçadores mortos. 

Sai atrás de Lucy e a vampira. Ambas estavam lutando entre si, joguei inúmeras flechas em direção a amiga de Arabella, algumas a acertaram, Lucy veio até mim com as mãos sobre a costelas, ela estava ferida. Um homem apareceu e veio para cima de mim, era um hibrido, pois, suas presas estavam a mostra e seus olhos amarelados, seu rosto era familiar.

- Não! - A amiga de Arabella gritou. 

Então os dois sumiram de vista. Eu segurei Lucy no colo e corri com ela para casa, tinha que cura-la logo, não podia perder tempo, acho que as costelas dela estavam quebradas.
 

Hailey

Noah reclamava de alguma coisa que eu nem mesmo estava ligando, a única coisa que eu me concentrava era em conseguir me controlar e não voltar na delegacia e matar o queridinho de Arabella. 

- Por que não me deixou matar o caçador? Vocês são amigos? - me perguntou e eu revirei os olhos. 

- Acha que eu seria amiga de um caçador? Sério? - Parei cruzando os braços. 

- Eu só achei estranho você não ter matado ele. - Deu de ombros. 

- Quem sabe um dia você não vai entender o motivo ou quem sabe resolve pensar um pouco e se lembrar da importância que ele tem para Arabella? - Abri um sorriso falso e continuei a andar. 

Continuamos o percurso até a casa de Arabella e ao bater na porta Will foi quem nos atendeu. 

- Olá bruxinho. - Apertei sua bochecha. 

- Oi Hailey. - Ele sorriu afastando minhas mãos. - Arabella está no quarto, entre. 

- E aí. - Noah bateu na mão de Will. 

O mais novo abriu mais a porta e deu espaço para que a gente entrasse na casa, seguimos diretamente para o quarto de Arabella e a encontramos sentada em sua cama com um olhar pensativo. 

- Arabella? - Ela parecia distante. 

- Ah, oi! - Ela abriu um sorriso de lado. 

- Encontramos o seu amado pelo caminho. - Noah se sentou ao lado dela e ela apenas o encarou. 

- Meu amado? - Arqueou a sobrancelha. 

- É, o seu caçador. - Me sentei do outro lado. 

- Sebastian? Onde ele estava? Eu estava com ele quase agora e... - Suspirou. 

- Ele nos encontrou na delegacia enquanto nós fodíamos. - Noah disse serenamente e eu o repreendi com um tapa no ombro. 

- Delegacia? Então era esse o "trabalho" que ele tinha. - Ergueu sua coluna e se levantou. - Eu ouvi ele falando alguma coisa sobre um mapa e... - Antes que ela pudesse completar a frase eu a interrompi. 

- MAPA? - Praticamente gritei. - O que ele falou a respeito de um mapa? 

- Eu não entendi muito bem, ele estava falando algo sobre um mapa que não atearam fogo e um corpo. - Na hora arregalei meus olhos. 

- Ah sim. - Me fingi desinteressada. 

- Por que? - Me perguntou curiosa. 

- Nada, será que podemos beber alguma coisa? - Perguntei me levantando da cama. 

- Tá, eu vou pegar o meu casaco. - Ela andou até o armário e puxei Noah para mais perto. 

- Noah, acho que encontramos um dos nossos assassinos. - Uma expressão confusa tomou conta de seu rosto. - O mapa que encontramos Noah, ele era uma das provas que os caçadores esqueceram de eliminar. 

- Então você poupou a vida de um assassino? - Ele deu um sorriso. 

- Eu... Eu não sabia. - Suspirei. - Mas não terá próxima vez, eu irei mata-lo ou deixarei que Arabella tenha a honra de fazê-lo. 

- Fazer o que? - ela perguntou parada em minha frente. 

- Nada, vamos beber. - Abri um sorriso. 

- Acontece Arabella, que.. - Noah falou antes que pudéssemos sair do quarto. - Acho que seu queridinho está de alguma forma envolvida com o assassinato de seu pai. 

Arabella rolou seus olhos de Noah até mim e tudo que fiz foi abaixar a cabeça. 

- Eu não queria que soubesse assim. - Falei baixo. 

- Iria esconder isso de mim? - Me perguntou. 

- Não, eu iria esperar a hora certa. - Dei de ombros. 

- Você ia me privar de saber que o homem com quem eu transei hoje provavelmente está envolvido com a morte de meu pai? Hailey, você não tem o direito de decidir o que eu devo saber sobre isso... - ela bateu os pés com força no chão. - Eu quero saber tudo, TUDO que vocês sabem a respeito da morte de meu pai. 

Will apareceu atrás dela na porta e logo se juntou a nós, onde fiz questão que Noah fosse o encarregado de contar cada mínimo detalhe que sabíamos a respeito do caso.
 

Noah

Arabella tinha criado um furacão, literalmente um furacão, dentro do quarto, a raiva dela aumentava em cada palavra que saia da minha boca. Will tentou acalma-la antes que a ela destruísse o próprio quarto ou até mesmo a casa, bruxas são criaturas realmente perigosas.

- Eu vou mata-lo! - Ela gritou. 

- Eu também quero mata-lo mas precisamos de um plano. - Hailey disse calma.

- Agora que ele já sabe sobre nós, não vai demorar para vir atrás de você. - Eu falei.

- Primeiro para essa ventania aqui dentro. - Will exigiu e Arabella obedeceu. - Temos que juntar forças para atacar, ele não anda sozinho. 

- Isso é pessoal. - Arabella cuspiu as palavras. - Eu que terei o privilégio que mata-lo, assim como fiz com seu pobre irmãozinho. - Eu estava gostando do jeito assassina dela. 

Meu celular tocou e o nome de Selene apareceu na tela.

- É a namorada? Será que ela não te deixa em paz um minuto? - Hailey ficava muito gostosa com ciúmes.

- Eu tenho que atender. - Eu sorri ao dizer para provoca-la.

- Que seja. - Heiley revirou os olhos.

Me levantei, fui até a janela do quarto de Arabella e pulei, não queria Hailey escutando a minha conversa. 

- Onde você está? - Foi o que ela disse assim que atendi. - Estou te esperando a horas... - Merda, tinha esquecido que havia marcado com ela.

- Oi, amor. - Tentei forçar uma simpatia. - Estou na casa do Brad, ele precisava da minha ajuda para resolver uns problemas.

- Por que não me avisou? - Selene parecia estressada. 

- Eu me esqueci, desculpa. Amanhã eu te recompenso. - Eu teria que adiar o nosso "término", os problemas de Arabella me foderam. 

- Amanhã eu vou me encontrar com um caçador para discutir os limites de... - Ela começou a falar e eu quis desligar, mas prestei atenção. - ...então eu te ligo quando acabar. - Ela finalizou.

- Ok. - Respondi.

- Tchau querido, beijos. - Ela disse e eu desliguei.

- Que chateação... - Hailey estava debruçada na janela e me encarava como se estivesse entediada. - Volta logo, temos um plano.

- Você não tem mais o que fazer além de ouvir a conversa dos outros? - Disse enquanto pulava de volta para o quarto.

- Assim que o Will criar o antidoto para aquele pó azul que eles tacam na gente, vamos matar não só o namoradinho de Arabella como todos os caçadores. - Hailey parecia decidida. - Juntamos um grupo de amigos, vampiros e bruxas, e, limpamos a cidade dessa praga.

- Esse é o liquido que não deixa o pó de girassol nos fragilizar. - Will segurava um frasco contendo um liquido verde vivo e com um cheiro nojento de lodo. - Mas vocês ainda podem ser imobilizados, então irei começar as experiências hoje mesmo, só preciso de um pouco do sangue de vocês.

Eu mordi o meu pulso concordando com o plano, o sangue pingava no chão do quarto. Will pegou um frasco e coletou o meu sangue. Hailey mostrou as garras e fez um leve corte na palma da mão, Will também coletou o sangue dela. Nós dois nos olhamos e sorrimos, a vingança que tanto esperávamos, irá acontecer em breve.

- A brincadeira começou. - Hailey disse calma.

- Eu não vou parar até que Sebastian pague pelo que fez. - Arabella olhava pensativa pela janela.



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