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História Lua de Sangue - Raiva


Escrita por: fifthondrugs , Finallais e RenaTriz

Capítulo 21 - Raiva


Arabella

Sei que prometi a Hailey que esperaria por um plano ou seja lá o que fosse, mas eu não podia me conter. Essa raiva que me dominava era incontrolável e eu tinha que encontrar Sebastian e confronta-lo, mesmo que isso significa minha morte... Ou a dele.

O momento que tivemos passou por minha cabeça e senti nojo de mim mesma por deixar o cara que matou meu pai me tocar daquele jeito, senti nojo por gostar de alguém com o coração tão ruim, alguém que mata pessoas apenas por serem diferentes.

Parei na porta de seu apartamento e fiquei observando a madeira antes de murmurar um feitiço para abri-la, não havia mais motivo para fingir. Não havia ninguém na sala, mas ouvi gritos e vozes vindas do quarto.

- Aguente firme, Lucy! - Sebastian dizia enquanto tentava imobilizar sua amiga que gritava de dor.

- Acho que preciso de um... - Lucy começou a falar, mas desmaiou no meio da frase.

- Não, não, não! Lucy, acorda! - Ele deu tapinhas no rosto dela, mas era inútil. - Merda! - Praguejou e levantou dando de cara comigo.

- Precisamos conversar - eu disse mais calma do que realmente estava.

Ele assentiu.

- Como entrou aqui? - Franziu a testa, mas depois balançou a cabeça. - Esqueça. Vou cuidar disso e depois conversamos - Apontou para Lucy.

Respirei fundo e estendi a mão para Lucy. Sebastian me encarou desacreditado enquanto eu sussurrava um feitiço de cura. O corpo de Lucy ficou tenso e ela emitiu um grito agudo de dor, Sebastian piscou algumas vezes e começou a andar em minha direção.

- O que você está fazendo com ela? Para!

Estendi minha outra mão para ele e o fiz levitar de modo que o mantivesse distante de mim.

- Estou curando sua amiga - eu disse o encarando. - Mesmo que você tenha matado o meu pai!

Sebastian arregalou os olhos.

- O que? Eu não.... - Parou de fala enquanto se dava conta de tudo.

- Ele havia descoberto o antídoto para aquele maldito pó e você explodiu ele por nada! - Cuspi as palavras e senti a raiva me dominando.

Sebastian balançou a cabeça.

- Eu não sabia, Arabella - ele disse calmamente. Calmo até demais. - Se você me tirar daqui nós podemos resolver isso e...

Eu ri de maneira falsa e debochada.

- Você acha que eu não sei que assim que eu te liberar você vai querer cravar uma adaga no meu peito? Não confio em você, Sebastian. - Falei. - E eu juro que vou matar você, como fiz com seu irmão.

Os olhos de Sebastian se arregalaram e ele começou a se debater no ar tentando se libertar. Eu sabia que não era um bom momento para isso, mas estou com tanta raiva que não consigo conter.

- VOCÊ MATOU JACOB? - Ele berrou depois de ver que era inútil tentar se libertar. - Esse tempo todo.... Você....

- Eu sou assassina do seu irmão - falei de maneira fria. - Sabe, ele foi muito mais inteligente que você. Descobriu o que eu era apenas tocando na minha mão, mas não era ágil o suficiente e...

Sebastian gritou de raiva me interrompendo.

- Eu vou te matar, bruxa!

Eu ri e o libertei. Sebastian caiu de joelhos no chão, ofegante. Seu olhar era pura raiva.

- Gostaria de vê-lo tentar - eu disse de forma desafiadora. Se algum de nós fosse morrer, esse seria o momento.

 

Sebastian

Eu já sabia! Eu sentia que tinha algo errado! Eu sabia que ela escondia alguma coisa! Eu acreditei na ilusão que eu criei sobre ela! E eu sentia ódio de mim mesmo por me deixar levar pelo coração. Arabella era um monstro e eu irei matá-la.

A cômoda foi lançada contra mim, eu me abaixei e peguei a arma que ficava debaixo da cama. Arabella levantou as mãos e as luzes começaram a piscar, eu mirei a arma para ela e atirei.

- Sério? - Ela parou as balas no ar e as fez cair sobre o chão.

A janela do quarto abriu e um vento forte invadiu o quarto, eu corri para a sala e abri o armário de armas. Mas de repente o abajur atingiu a minha cabeça me fazendo cambalear para o lado, só deu tempo de eu pegar uma faca e lançar contra Arabella, ela desviou a faca com a mão e gritou de raiva como se os meus ataques aumentassem sua fúria. A parede que dividia o quarto da sala quebrou em um estrondo e os tijolos vieram para cima de mim. Eu corri para debaixo da mesa da sala, mas os tijolos a quebraram em cima do meu corpo, eu senti o peso sobre as minhas costas, mas me arrastei até sair debaixo dos escombros.

- Você acha que tem chance? - Ela gritou, eu me levantei e estalei o pescoço.

Ela mirou a mão para o armário de armas e todas as facas, adagas e espadas levitaram e voltavam para mim. Fodeu, eu me joguei no chão deitado, mas uma faca cravou a minha coxa e uma no meu antebraço, o resto atingiu a televisão e a parede atrás de mim. Me levantei com custo e peguei as facas que estavam no um corpo e lancei contra ela, fui pegando as adagas da parede e lançando também, mas ela desviava todas com as mãos. Eu precisava alcança-la para brigar corpo a corpo pois teria mais chance de matá-la, mas eu sabia que seria difícil porque ela era muito poderosa, não devia subestima-la por vender discos. Então eu me lembrei que tinha pó de girassol escondido na dispensa da cozinha, talvez ela não esteja imune, tenho que tentar.

Minha coxa sangrava sem cessar, eu sentia muita dor, mas não poderia me dar ao luxo de desistir. Corri com dificuldade desviando dos objetos que eram lançados contra mim e literalmente me joguei para dentro da cozinha. Me levantei e arrastei o armário de talheres para frente da porta, tirei a minha camisa e a amarrei na coxa.

- Está ficando divertido! - Gritei para ela.

- Se você parar de fugir e lutar como um homem, ficará mesmo! - O armário começou a tremer, eu corri para a dispensa, peguei o pó e voltei para a cozinha.

Peguei uma faca de carne que estava na pia e esperei. O armário explodiu e a madeira se desfez em pequenas farpas que atingiram boa parte do meu corpo, assim que vi Arabella joguei o pó contra o rosto dela ignorando a dor que eu estava sentindo, ela passou a mão sobre o rosto, mas não mostrou fraqueza, mesmo assim eu não perdi tempo, joguei o meu corpo contra o dela e caímos juntos no chão. Nossos corpos estavam grudados, eu segurei a faca no pescoço dela e a olhei.

- Parece que você perdeu. - Eu disse sorrindo.

- Me mata logo! - Ela disse. - É isso que você quer.

O sorriso do meu rosto sumiu, ela havia matado o meu irmão e agora eu tinha tudo em mãos para me vingar como havia prometido para Jacob, respirei fundo, mas não consegui afundar a lamina contra a pele dela, eu não tinha forças. Mesmo querendo matá-la eu também estava apaixonado por ela. Arabella percebeu que eu hesitei e me lançou contra a parede, tentei me mexer e não consegui, a faca saiu da minha mão e se colocou na frente do meu pescoço.

- Você é um fraco. - Ela gritou, mas eu percebi que seus olhos brilhavam com lágrimas.

Eu não disse nada, não conseguia matar a Arabella e agora eu iria morrer por isso, por ama-la. Eu realmente era um fraco.

- Você não vai fazer isso. - Lucy mirava uma arma na cabeça de Arabella.

- Eu salvei a sua vida, sua ingrata. - Arabella disse sem perder o foco de mim.

- Abaixa essa faca e solta o Sebastian e eu te prometo que a sua morte será rápida. - Lucy engatilhou a arma.

Arabella desviou o foco para Lucy tirando a arma das suas mãos e eu caí no chão.

- Já cansei desses joguinhos. - Lucy disse e socou a cara de Arabella. - Briga que nem mulher e não como a aberração que você é! - Lucy acertou outro soco.

Arabella pareceu se encher de raiva, seu corpo levitou e suas mãos se fecharam em punhos, uma neblina se formou dentro do apartamento e eu não consegui enxergar um palmo a minha frente.

Eu levantei e fui em direção a Arabella mesmo sem enxergar.

- Sebastian! - Lucy gritou e de repente a neblina se dispersou e tudo ficou nítido.

Olhei em volta, mas não encontrei Arabella e nem Lucy.

- Que porra...? - Camila apareceu na porta e jogou as malas no chão. - Sebastian! - Ela gritou e correu até mim. - O que aconteceu com você?

Foi quando deixei a dor me domar e cai no chão desacordado.

 

Hailey

Eu estava contando para o meu irmão sobre a ira que Arabella sentiu e ele foi rir dela, mas logo levou a mão para onde havia sido atingido.

- Achei que já estava 100%. - Disse me aproximando dele.

- Eu estou ótimo, é só que.... Quando eu faço algum movimento dá uma certa pontada. - Deu de ombros.

- Vou te levar para ver o Will, ele pode saber alguma coisa para te curar de vez. - Ele assentiu. - Falando em Will. - Mostrou meu celular tocando com o nome dele no visor.

- Hailey? - Ele parecia agitado.

- Fala comigo bruxinho - disse me apoiando no meu irmão.

- Arabella não está no quarto, ela não está em cômodo nenhum da casa, ela simplesmente sumiu e eu tenho uma péssima intuição de para onde ela pode ter ido. - Ouvi barulho de alguma coisa caindo.

- Bella está louca se tiver ido atrás do caçador, mas não se preocupe porque eu vou atrás dela - ele agradeceu e então finalizei a ligação.

Andei até o sofá e peguei a jaqueta que eu havia jogado nele quando cheguei em casa e segui até a porta.

- Aonde vai Hailey? O que aconteceu? - Tommy disse se encostando no portal da cozinha.

- Vá dormir Tommy, eu vou ter que ir atrás da Arabella. - Dei de ombros.

- Eu vou com você. - Ele começou a se aproximar.

- Não. - Coloquei a mão em seu peitoral o parando. - Você não vai a lugar nenhum até estar 1000%.

- Eu estou bem Hailey. - Soquei o local do ferimento e ele gemeu de dor.

- Não está. - Abri um sorriso e sai da casa.

Toda hora eu olhava para os lados e para trás para ver se não estava sendo seguida por meu irmão, mas depois de algum tempo andando percebi que mesmo se ele fosse o mais ninja possível eu já teria o percebido.

Parei de andar quando vi Sebastian acompanhado de uma menina, antes que eu pudesse ir para cima dele meu celular disparou a tocar no meu bolso e eu corri me escondendo no beco. Retirei o celular rapidamente do bolso e encontrei o nome de Lauren no visor.

- Ainda tem meu número? - perguntei irônica.

- Me desculpe Hails, eu recebi muito trabalho e não tinha tempo nem para respirar. - Revirei os olhos.

- Vejo que arrumou tempo agora. - Me encostei na parede.

- Eu só liguei para saber como você está.

- Eu estou bem, e você? - Antes que ela pudesse responder Sebastian e a menina que o acompanhava passaram em frente ao beco e olharam para mim.

Sebastian sabia bem o que eu era, e eu me preparei para um ataque dele, mas tudo que ele fez foi lançar uma adaga contra mim que foi fácil de desviar, e para minha surpresa quem correu para cima de mim foi a menina.

- Falo com você depois bae, beijos. - Desliguei o celular colocando de volta no bolso.

A menina retirou uma espada do suporte em suas costas e fez o movimento com a lâmina para cima de mim, me movimentei rápido e parei do seu lado.

- Lenta demais. - Dei de ombros rindo.

- Ela me olhou com raiva e voltou a tentar me atacar.

Enquanto voltei toda a minha atenção para ela, acabei me esquecendo de Sebastian e não demorou para que eu sentisse uma faca entrando em minhas costas. Ele havia lançado de longe, me virei para ele e meus olhos já assumiam a tonalidade amarela, corri em sua direção e pulei em cima dele que caiu facilmente no chão.

- Que feio Sebastian, primeiro manda uma menina me atacar e agora se mete na briga de meninas? - Neguei com a cabeça. - Você já foi melhor caçador.

Ouvi os passos da menina mais próximos de nós e rolei para o lado rapidamente a fazendo quase acertar a espada nele.

- Onde está Arabella? Eu sei que ela veio atrás de você. - Disse de pé em cima de uma lata de lixo.

- Arabella? - A menina olhou para ele confusa.

- A bruxa que me atacou e levou - ele a respondeu.

- Pelo visto tomou uma surra da minha amiga - eu disse rindo me sentando.

- Vocês todos vão morrer, eu vou matar um por um. - Caí na gargalhada.

- Você já percebeu que está me dizendo que vai matar todos os meus amigos e eu enquanto está jogado no chão apenas por um de nós? - Revirei os olhos e respirei fundo. - O mal dos caçadores é que se acham os fodas quando não passam da classe lixo dos humanos.

Eu estava cansada de olhar para cara dele, então virei as costas e corri para longe dali afinal meu objetivo era procurar por Arabella que estava sumida e pelo visto sua ira estava realmente incontrolável. Ela estava perdida em algum lugar e estava com uma caçadora, eu achava que podia saber onde ela estava e então segui para a floresta.

 

Noah

Era o terceiro copo de Martini, o blues tocava suavemente pelo ambiente, eu finalmente estava calmo em meu apartamento cuidado somente da minha vida. Mas foi quando o meu celular tocou e eu quis quebra-lo ao meio.

- Que foi? - Atendi Selene com repulsa.

- Grosso. - Ela era a última pessoa que eu pretendia ver hoje. - Abre a porta para mim.

- Ah que maravilha. - Ironizei e torci para ela ter achado que não.

Abri a porta e ela entrou na sala vestindo um vestido curto branco que deixava boa parte dos seios à mostra.

- Olá! - Sorri olhando para os seios dela.

- Oi, senti sua falta. - Ela beijou a minha boca rapidamente. - Andou bebendo?

- O que você acha? - Fechei a porta e voltei para o meu Martini. - Você quer? - Ofereci.

- Não, obrigada. - Selene tinha um péssimo habito de não beber.

Enchi o meu copo e estiquei as pernas no sofá, Selene me olhava com expectativa.

- O que foi? - Perguntei.

- Você não parece tão animado com a minha presença. - Ela disse enquanto deitava por cima do meu corpo.

- Bom, na verdade eu tenho que conver... - Ela me interrompeu beijando a minha nuca. - Selene, tenho que...- Ela grudou nossos lábios e nossas línguas se encontraram.

Coloquei o copo no chão e espalmei minhas mãos em sua bunda, a calcinha dela era minúscula, aproveitei para apertar com força a sua pele exposta. Selene tirou a minha blusa e encheu minha barriga de beijos molhados, eu arfei, queria que ela me chupasse, mas não podia adiar essa conversa mais uma vez.

- Selene, espera. - Eu puxei seu corpo para cima e a parei. - Eu preciso... - Ela tirou o vestido e eu me desconcentrei. - Deixa.

Puxei seu cabelo a trazendo para mim, minhas mãos deslizaram pelas costas dela até eu encontrar a sua bunda de novo. Puxei a calcinha para o lado e comecei a deda-la, dois dedos não pareciam o suficiente para satisfaze-la, enfiei 4 e ela mexia os quadris ensopando a minha mão com a sua lubrificação. Ela jogou o cabelo para o lado e deixou o pescoço livre, eu não perdi tempo, minhas presas apareceram e eu cravei as mesmas no pescoço dela, seu sangue deixava tudo mais calmo, as cores mais vibrantes e tudo mais, digamos, alucinante.

Soltei o pescoço dela e abri a minha calça, meu celular tocou, mas eu ignorei. Selene abaixou a minha cueca e segurou no meu pau, eu sabia que era errado fazer isso com alguém que eu iria terminar, mas que se foda.

- Fica de quatro. - ela empinou a bunda para mim.

Eu me coloquei de pé mas vi o nome de Hailey aparecer na tela, era a sétima chamada não atendida.

- Mas que merda! - Falei alto demais.

- O que foi? - Selene me olhou.

- Eu tenho que atender, é importante, ou tomara que seja. - Eu disse.

- Sério? - Selene se sentou no sofá.

Eu peguei o celular e fui para a cozinha.

- Será que não tinha outro hibrido para você ligar hoje, não? - Atendi.

- Preciso da sua ajuda, Arabella sequestrou uma caçadora. - Ela disse. - Estamos na floresta perto da casa dela, não sabemos o que fazer...

- Mata ela. - Eu disse. - Precisa de mim para isso?

- Não podemos, é complicado. Vem logo. - Ela desligou.

- Porra! - Respirei fundo.

O sangue de Selene estava me deixando meio grogue. Essa é uma péssima notícia para quem tem que lidar com caçadores.

- Eu tenho que sair, você pode ficar se quiser.

- Deixa eu adivinhar? Brad? - Ela cruzou os braços. - O que você não está me contando?

- Não é o Brad, é uma amiga. - Eu disse.

- Que amiga?

- Não é hora para ciúmes. Tenho que ir. - Disse vestindo a blusa.

- Se você sair por essa porta sem me dar explicações, eu não volto mais aqui. - Ela gritou.

- Ah tá. - Eu sai pela porta e me senti aliviado.

E aqui vou eu para mais uma merda que não é da minha conta, mas eu adoro me meter.



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