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História Lua de Sangue - Alianças


Escrita por: fifthondrugs , Finallais e RenaTriz

Capítulo 25 - Alianças


Arabella

Enquanto Hailey ia ao encontro de Brad, me pus a ir atrás de Irina. A líder do clã de bruxas morava em uma casa afastada e próxima a floresta, eu nunca havia ido até lá, geralmente só a via durante as reuniões do clã ou quando ela aparecia para visitar minha mãe.

As ruas da cidade pareciam mais desertas que o normal e durante todo o caminho eu sentia como se estivesse sendo perseguida, mas é claro que era apenas paranoia de minha cabeça. Sempre que eu olhava por sobre o ombro não havia nada e acho que meus sentidos saberiam se alguém realmente estivesse atrás de mim. Bom, eu esperava que sim.

Quando cheguei na grande casa em estilo vitoriano, não precisei bater na porta ou qualquer coisa. A líder do clã se encontrava parada à soleira da porta me observando atentamente com aqueles grandes olhos violetas. Não fiquei surpresa por vê-la me esperando, Irina era uma bruxa poderosa, portanto já era esperado.

— Precisamos conversar — ela disse e virou-se entrando na casa sem esperar por uma resposta.

Respirei fundo e a segui fechando a porta atrás de mim.

Irina caminhou até a sala, que era um cômodo não muito grande com sofás vinhos e quadros com pinturas abstratas pendurados pelas paredes imaculadamente brancas. A bruxa sentou-se em um dos sofás e fez um gesto com a mão para que eu a acompanhasse.

— Eu já te esperava há um bom tempo — Irina disse enquanto pegava o bule, que se encontrava na mesinha de centro, e servia chá nas pequenas xícaras. — Não sei porque demorou tanto. — Estendeu uma das xícaras para mim.

— Tive alguns problemas — falei enquanto pegava a xícara de sua mão. — Você sabe, a morte de meu pai, a depressão de minha mãe e...

— Sua paixão por um caçador — ela completou e eu a encarei sem reação. — Por que a surpresa, querida? Nada passa despercebido por mim. — Sorriu e deu um gole em seu chá.

Eu não queria, mas a acompanhei dando um grande gole também. Pelo visto Irina sabia de tudo e já havia tomado sua decisão, só me restava perguntar qual era.

— Quero que esse confronto entre nós e os caçadores aconteça logo — fui direto ao ponto. — Noah acabou de morrer e se continuar assim nós iremos pelo mesmo caminho.

Irina assentiu.

— Então você veio aqui para pedir que eu a ajude?

— Sim. Essa guerra não é só minha, não é uma questão pessoal — eu disse a encarando. — Eles estão matando pessoas inocentes a troco de nada. Você sabe que se continuar assim logo não haverá mais de nós em New Orleans.

Irina me olhava atentamente, parecia capaz de enxergar cada pensamento meu e isso me deixava desconfortável. A bruxa inclinou-se para frente e pôs a xícara na mesa de centro.

— Não serão os caçadores que vão acabar com os seres sobrenaturais de New Orleans. — Ela encostou as costas no sofá. — Quando você me perguntou de Josephine eu soube que havia chegado a hora.

Franzi as sobrancelhas.

— O quê?

— A profecia vai se cumprir, Arabella e não há nada que possamos fazer para evitar. O fim chegou. — Por um momento seu olhar parecia distante, mas logo focaram-se em mim novamente. — Não me peça para lutar em uma batalha que não levará a nada.

Tentei assimilar suas palavras e conter o baque que elas foram. Então eu estava certa, a profecia tinha a ver com algo maior que um confronto entre nós e os caçadores. Observei Irina e cheguei à conclusão de que ela não iria dizer mais, porém havia outra pessoa que poderia falar: Selene. Minha vontade era sair correndo atrás dela, mas eu não podia perder o foco. A profecia poderia ser algo grandioso, mas no momento o que estava acontecendo era mais importante, uma guerra prestes a estourar, e mesmo que não levasse a nada, não havia mais como voltar atrás.

— Você não entende, mesmo que essa profecia aconteça temos que lutar. Não acho que os caçadores iriam aceitar uma trégua por causa de umas palavrinhas ditas por uma bruxa séculos atrás — falei e torci para que Irina visse o quão certa eu estava.

A líder do clã pareceu ponderar a situação.

— Posso fazer com que o clã lute, mas você sabe que tem alguém tentando tomar meu lugar, o clã está dividido.

Suspirei e passei as mãos pelo rosto.

— Quem está fazendo isso? — perguntei e Irina fez uma pausa dramática antes de dizer.

— Margot.

Minha boca se abriu tamanha a surpresa. Tudo bem, Margot era jovem e cheia de ambição, mas tomar o lugar de nossa suprema? Isso era loucura.

— Eu sei — Irina balançou a cabeça como se estivesse lendo meus pensamentos. — Mas por incrível que pareça ela conseguiu atrair bastante gente para seu lado.

— Vou falar com ela — eu disse. — Margot está maluca, ela só tem dezesseis anos.

Irina sorriu.

— Está tudo bem — disse de forma serena. — Ainda estou no comando e já previ o que vai acontecer.

— Ela vai...? — Ergui as sobrancelhas.

— O destino muda o tempo todo, não posso dizer com certeza. — Deu de ombros. — Em todo o caso, irei convocar o clã e tomarei a liberdade de espalhar a notícia para os sobrenaturais. Você sabe que ainda possuo credibilidade com certos clãs não só de bruxas.

Assenti e coloquei a xícara de chá na mesinha antes de levantar.

— Obrigada — foi tudo o que eu consegui dizer.

Irina concordou com a cabeça e levantou-se também.

— Quando tudo estiver pronto entrarei em contato. — Ela pôs a mão em meu ombro e apertou levemente.

Eu sentia confiança em cada palavra sua e enquanto voltava para casa pensei que talvez poderíamos vencer essa batalha facilmente. A imagem de Sebastian veio em minha cabeça e senti um misto de emoções me dominar, não sabia o que faria se tivesse que lutar com ele novamente. Balancei a cabeça como se isso pudesse me livrar desse pensamento e senti algo às minhas costas, mas quando virei não havia nada. Eu realmente preciso de um boa noite de sono, pensei enquanto voltava a caminhar.

 

Sebastian

Coloquei as balas nas armas e as guardei uma em cada bolso do sobretudo, separei as trouxinhas com pó de girassol e de diamante, afiei as minhas adagas e facas e as coloquei no suporte da cintura. Martin já estava pronto e me esperava do lado de fora do quarto com outros dois caçadores. Olhei para o arco e flecha e achei melhor leva-lo também, as pontas estavam banhadas com um ácido fabricado com vilosa, era quase mortal para vampiros.

Sai do quarto e cumprimentei o homem negro com dreads que empunhava um bastão de beisebol de ferro, o que me chamou a atenção.

— E aí mano? – Ele disse com a voz rouca. – Sou Vitorius. – Esse nome era lendário entre os caçadores, surgiram boatos que ele massacrou sozinho um clã de vampiros, eu pagaria para ver.

— Sebastian – eu disse.

— Mel. – Uma mulher com cabelos ruivos até a cintura sorriu para mim, ela segurava uma besta e me lembrava um pouco a Lucy pelas roupas que estava usando, são...nossa, ela é muito gostosa. – Prazer...

— O prazer é meu – falei.

— Os outros caçadores vão rondar a cidade, nós vamos pela floresta – Martin disse.

— Todos aqui vamos pela Lucy. – Vitorius falou.

— Eu dirijo. – Mel disse enquanto balançava as chaves do carro.

Fomos para o carro, o hotel era um pouco distante da floresta e por isso nós tivemos tempo de nos conhecermos melhor.

— ... Ela era minha garota. – Vitorius sorria ao dizer. – Minha namorada morreu em batalha e eu fiquei um tempo com Lucy até bem...esses filhos da puta. – Ele apertou a mão em um punho.

— Ela era minha amiga. – Mel olhava para pista. – Lutamos várias e várias vezes juntas, aí você apareceu e ela me trocou, mas eu não guardo rancor. – Ela me olhou pelo retrovisor. – Fofinho.

— Ela me salvou. – Martin abaixou a cabeça e respirou fundo. – Minha família era humana e humilde, um vampiro invadiu a minha casa e... – Ele colocou a mão sobre o rosto como se estivesse segurando as lágrimas. – Até o meu irmãozinho de 4 anos foi hipnotizado e morto. – Ele não se conteve e começou a chorar. – Lucy chegou a tempo de me salvar pois eu estava escondido debaixo da cama, ela o matou e me levou para a sede. – Ele limpou as lágrimas. – Ela me treinou, cuidou de mim e me ensinou tudo que eu sei, desde então eu luto para proteger outros Martins, luto para ser como Lucy. – Ele se recompôs. — Ela era como uma irmã.

— Ela era como uma irmã para mim também. – Eu disse. – Por isso vou matar quem a transformou e todos os envolvidos.

— Martin nos contou o que aconteceu, você foi a salvação dela. – Mel falou. – No seu lugar eu não conseguiria.

— Outras pessoas também queriam vir conosco, mas as tropas já estavam divididas. Lucy era bastante conhecida. – Martin disse.

Conversamos um pouco até que paramos na entrada da floresta, descemos e seguimos a pé.

Não demorou muito para avistarmos um vampiro, ele era um daqueles vegetarianos bizarros, Vitorius gargalhou ao ver o vampiro mordendo um cervo.

— Que princesa. – Ele gritou e o vampiro soltou o cervo e se preparou para fugir, mas Mel mirou a besta em sua perna e atirou.

O vampiro caiu gritando sobre o solo.

— Surpresa! – Nos aproximamos dele. — É banhado com vilosa, coisa linda. – Ela pisou com o coturno na garganta dele e enfiou outra flecha, mas dessa vez, próximo ao coração. — Então, conta para a gente onde podemos achar mais de vocês ou talvez uns híbridos...

— Eu...eu não sei. – O vampiro disse então eu peguei a minha adaga e afundei no coração dele.

— Ele não sabe. – Eu repeti.

— Nem teve graça. – Vitorius disse.

— Eu acho... – O barulho de um galho sendo quebrado tirou a atenção de Martin.

Eu sinalizei para o lugar onde o som veio, caminhamos silenciosamente até eu ver Hailey caminhando com a garota que eu vi no bar junto a ela. Eu abri um sorriso que expressou toda a minha felicidade. Armei o meu arco e mirei, acertei Hailey na costela, Mel mirou na outra vampira, mas ela segurou a flecha antes de acerta-la e jogou ela de volta, mas acertou somente uma arvore.

Corremos em direção a elas e a amiga de Hailey acertou um soco no rosto de Vitorius, que revidou com o taco em sua costela, eu corri cegamente até Hailey, meu coração acelerava somente por pensar em matá-la.

— Eu pensei em faze-lo sofrer antes de matá-lo. – Ela puxou a flecha da costela e grunhiu um pouco alto.

Ela ergueu os punhos e eu estalei o pescoço e a chamei com o meu indicador.

— Vamos ver quem vai sofrer. – Eu disse.

Martin estava ajudando Vitorius que estava apanhando com a própria arma, Mel correu e saltou em uma voadora para cima de Hailey que segurou a perna dela no ar e a lançou para longe, eu peguei a minha arma e descarreguei contra ela. Hailey se jogou no chão desviando das balas e puxou meu pé me jogando no chão também, ela subiu em cima de mim e socou o meu rosto, eu tateei meu sobretudo e peguei a outra arma, atirei contra a barriga dela que caiu ao meu lado sangrando e depois eu atirei na cabeça dela. Ela apagou. Eu peguei a minha adaga e posicionei em cima do peito dela.

— Ei! – A amiga da Hailey gritou e eu olhei para trás. – Larga ela se não ele morre. – Ela segurava a cabeça do Martin e estava prestes a quebrar o pescoço dele.

— Nós somos três, querida, você não vai sair viva dessa. – Mel disse enquanto mirava a besta para ela.

Vitorius estava se levantando do chão, estava repleto de sangue e talvez com o braço quebrado. Essa vampira era antiga, tinha muita força pois Vitorius não parecia ser um homem que apanhava com facilidade.

— Mata logo ela, Sebastian. – Martin gritou.

— Solta ele. – Eu larguei a adaga e me levantei. – Eu não vou matá-la... de novo. – Eu sorri.

— Então gatinha, solta o nosso amigo ou... – Mel não conseguiu terminar a frase.

A amiga de Hailey torceu a cabeça de Martin com rapidez, ele caiu no chão morto. Mel atirou diversas flechas contra ela, mas sua velocidade deu vantagem. Peguei a minha flecha e atirei acertando apenas uma em seu ombro, ela pegou Hailey no colo e correu para longe, eu gritei de ódio e corri em direção ao Martin ainda tendo esperanças de poder ajuda-lo, mas já era tarde.

 

Hailey

Eu parei de correr quando me encontrei na clareira, soltei Ally e ela pareceu estar um pouco desnorteada.

— Você poderia ter vindo um pouco mais devagar, não acha? — ela disse passando a mão no rosto.

— Eu não posso perder nem mesmo um segundo Alysson, e você sabe que as ruas de nossa cidade não estão boas para se ficar de passeio a uma hora dessas. — Dei de ombros me encostando em uma das árvores.

— O que precisa que eu faça, Larkin? — ela perguntou andando até o meio da clareira.

— Eu preciso que localize alguém para mim. — Ela assentiu.

— E o que nós temos para localizar? Preciso de alguma coisa da pessoa para que eu te dê a localização correta — perguntou olhando para o céu.

— Eu não tenho nada da pessoa, mas ela é bruxa como você e eu acho que você pode achá-la com facilidade já que ela não está esperando que ninguém a rastreie. – Ally fez expressão confusa.

— Essa bruxa seria Arabella? — Neguei com a cabeça rindo.

— Se fosse a Bella, bastava uma ligação e eu teria sua localização. — Ela assentiu.

— Então quem é a outra bruxa que você tanto quer encontrar? — Cruzou os braços.

— Selene — disse séria.

— Selene? Ela não está na cidade, isso eu lhe dou certeza então se prepare para uma viagem. — Ela me alertou.

— Ela está muito mais perto do que você imagina. — Negou com a cabeça.

— Não se aproxime de mim. — Eu apenas assenti.

Alysson deu alguns passos e teve a certeza de que ela se encontrava exatamente no meio da clareira, olhou para o céu e fechou seus olhos enquanto começou a pronunciar algumas palavras em latim. Seus olhos voltaram a se abrir e dessa vez eles estavam completamente brancos, o fogo tomou conta do chão e vi o mesmo ficar no formato de um dos bairros da cidade.

— É isso! — exclamei animada.

Ally soltou um grito alto e logo caiu ajoelhada fazendo o fogo se apagar, seus olhos se abriram e estavam normais.

— Me desculpe, mas algo muito forte me bloqueou. Eu não consigo a localização dela com precisão, isso é tudo que temos. — Ela apontou para a grama queimada.

— Creio que já seja o suficiente Ally, muito obrigada e eu estou te devendo uma. — Ela assentiu. — Agora deixe eu te levar para casa e vou resolver algumas coisas.

A bruxa não me fez muitas perguntas pelo caminho, se aproximou de mim e eu corri com ela até estar em frente sua casa.

— Eu vou aparecer aqui para te levar para um jantar ou algo do tipo, não pense que eu esqueci a respeito disso. — Pisquei para ela antes que ela entrasse em casa.

Ela acenou de longe e então eu segui até o bairro que me foi indicado pelo fogo, eu estava procurando por uma agulha em um palheiro pois o bairro era um dos maiores da cidade.

— Como eu queria poder rastrear essa bruxinha vagabunda. — Bufei.

— Procurando por mim?! — Uma voz feminina se fez presente atrás de mim.

Eu corri rapidamente e me pus de pé atrás da pessoa e ao se virar eu reconheci ser Selene, eu já havia visto ela com Noah no restaurante.

— Na verdade, estou sim. — Abri um sorriso cínico.

— Foi você quem usou magia para encontrar a minha localização? — perguntou.

— Sim, eu preciso falar com você. — Dei de ombros.

— E não poderia pedir para Noah vir me encontrar? Nós temos coisas para terminar. — Ela deu um sorriso safado.

— Uma pena te informar, mas estou aqui justamente por causa de Noah. Ele foi morto hoje por uma caçadora. — O sorriso da mulher se desmanchou na mesma hora.

— O que está me dizendo? — Ela se aproximou de mim.

— Seu namoradinho está morto.

— Noah não morreria na mão de qualquer caçadorazinha. — Ela voltou a sorrir.

— Não era uma caçadora qualquer Selene, e precisamos conversar sobre mais algumas coisas então me encontre amanhã na clareira da floresta porque tenho umas propostas para você. — Ela pareceu não se importar.

— Se eu fosse você não teria tanta fé sobre minha presença amanhã. — Eu assenti.

— É sua escolha, mas saiba que se não aparecer amanhã você estará declarando que é mais um inimigo para mim e sabe o que acontece com todos os meus inimigos? — Cruzou os braços. — Eles morrem. — Me aproximei dela e trinquei os dentes.

Eu não queria mais ter que ficar ali e aturar a cara daquela mulher, então eu tomei distância e logo tomei velocidade até estar dentro da minha casa. Não iria sozinha até a clareira, eu sabia que Selene não era para se confiar e se ela aparecesse depois de eu tê-la ameaçado ela poderia aparecer com umas surpresinhas para mim. Procurei pelo número de Lauren no meu telefone e pensei um pouco antes de clicar, já que já estava bem tarde.

— Hails? Aconteceu alguma coisa? — Sua voz estava lenta e arrastada.

— Não Lauren, eu só queria pedir para que você fosse comigo amanhã na floresta e não me pergunte para que. — Ela suspirou.

— É claro que eu vou, Hailey, estamos prestes a entrar em guerra e eu não quero você andando sozinha.

— Obrigada Laur, te vejo amanhã então. — Ela se despediu e encerrei a chamada.

Me deitei em minha cama e diferente do que eu estava pensando eu dormi que nem uma pedra, eu estava verdadeiramente cansada e precisava de sangue no meu corpo para estar pronta para qualquer luta. Quando acordei pela manhã e a primeira coisa que eu fiz foi procurar por uma bolsa de sangue, peguei uma e suguei todo o líquido na mesma hora. Tomei uma ducha rápida e me chequei no espelho antes de sair de casa, peguei a moto de Tommy que estava praticamente abandonada na garagem do meu prédio e dirigi até a casa de Arabella. Dei algumas batidinhas na porta e para minha surpresa quem veio me atender foi Tommy que aparentava estar bem melhor do que a noite.

— Como você está? — disse o abraçando.

— De 0 a 10 eu estou um 9. — Ele deu de ombros sorrindo.

— Isso é ótimo, preciso do meu guerreiro lutando comigo. — Ele beijou minha testa.

— Mesmo se eu estiver morrendo eu vou lutar do teu lado, Hails. — Foi minha vez de sorrir.

— Bem, eu só vim checar como você estava... Agora eu vou dar uma volta com Lauren pela cidade e de noite eu volto para te buscar, está bem? — Ele assentiu.

Eu saí da casa e ele fechou a porta atrás de mim, subi na moto e segui até a casa de Lauren que parecia já estar me esperando a algum tempo na janela. Ela abriu seu melhor sorriso e se aproximou de mim na moto, levantou o visor do meu capacete e me roubou um selinho.

— Bom dia, Hails. — Eu sorri.

— Bom dia, Laur, e obrigada por vir comigo.

— Não há de que. — Ela deu de ombros e subiu na moto.

Acelerei e ela abraçou a minha cintura um pouco mais forte, dirigi até a beira da estrada onde dava entrar para a floresta e assim que eu estacionei esperei que Lauren descesse da moto para que eu pudesse também sair.

— Sabe, eu estive pensando durante a noite e eu acho que lhe devo desculpas. — Ela cortou o silêncio enquanto caminhávamos pela mata.

— Por que? — perguntei confusa.

— Minha reação ao te segurar a princípio foi por egoísmo meu. — Abaixou a cabeça.

— Você está me dizendo que não me segurou por proteção e sim por ciúme? — ela negou.

— Não era ciúme, eu só não quis que... — antes que ela pudesse continuar a falar os caçadores vieram nos atacar.

Eu procurei rapidamente com os olhos por Lucy, mas não havia nem sinal dela e então eu me garanti mais em lutar e matar alguns caçadores. Sebastian foi quem veio em minha direção mais uma vez e eu estava preparada para matá-lo, mas depois de travar uma batalha com ele seus amigos o ajudaram e eu simplesmente apaguei.

Acordei depois de algum tempo com o corpo deitado no mato e Lauren sentada do meu lado olhando para mim.

— Pensei que não fosse acordar mais. — Ela disse com o cenho franzido.

— CADÊ OS CAÇADORES? — Me pus de pé rapidamente e olhei para os lados.

— Tá tudo bem, Hails, eles não estão aqui. — Ela deu de ombros e se levantou. — Para onde você queria me levar?

— Merda. — Bati a mão na testa. — Preciso que corra o mais rápido que você puder.

— Isso é mole. — Ela se gabou de sua rapidez.

Eu corri em sua frente e ela veio me seguindo, cheguei na clareira e não tinha ninguém lá.

— Eu sou muito idiota. — Neguei com a cabeça.

— O que foi? — Lauren acariciou minhas costas.

— Eu esperava encontrar uma pessoa hoje para que se aliasse a nós nessa guerra. Mas pelo visto ganhamos mais um inimigo. — Dei de ombros e respirei fundo.

— Eu estou aqui. — A voz prepotente de Selene se fez presente.



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