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História Lua de Sangue - Erro


Escrita por: fifthondrugs , Finallais e RenaTriz

Capítulo 33 - Erro


Arabella

— Arabella, você está bem? — A voz de Sebastian soou do outro lado da porta. 

— Estou bem, só um minuto! — falei alto para que Sebastian ouvisse. 

Encarei meu reflexo no pequeno espelho do banheiro e respirei fundo. Já haviam três semanas que estávamos todos convivendo juntos em minha casa e tirando as provocações constantes entre Tommy e Sebastian, até que estava sendo suportável. Estávamos tentando ser os mais cautelosos possíveis com os planos de matar Margot e por mais que eu não concordasse com isso, não podia ir contra todos, não depois de tudo. Brad vinha aqui sempre que possível, o que achei estranho de início, mas logo sua presença já era tão constante que era até estranho não o ter por perto. Ele e Hailey vinham se falando bastante, talvez a dor de perder o Noah os tenha feito amigos. Selene também aparecia as vezes, estava bastante impaciente com toda essa situação, mas conseguimos convence-la de que ir com calma era a melhor forma. 

Liguei a torneira e comecei a escovar os dentes para tirar o gosto amargo de minha boca. Acho que todas essas emoções que vínhamos passando acabaram me afetando mais e bom, não foi nada agradável colocar todo meu almoço para fora. Will já foi logo tratando de me dar um remédio para estomago e seu ar preocupado me fazia lembrar de nosso pai, era incrível como meu irmãozinho estava tão maduro. Ele vinha assumindo muitas responsabilidades e por mais que eu não quisesse envolve-lo, não podia tirar o direito de sua escolha, não podia o privar de crescer. Ele parecia tão feliz em ajudar e Wes acabava embarcando junto, era estranho ver que eu não era mais a pessoa para quem meu irmão ligaria em caso de qualquer emergência, mas eu não podia culpa-lo, não quando eu sabia exatamente o que era esse sentimento. Sempre imaginei que Will fosse hétero, não que ser gay fosse um problema, principalmente para nós bruxos que somos um povo bastante liberal, mas quando o questionei sobre sua relação com Wes, tudo o que recebi como resposta foi:

— Não escolhi sentir isso, Arabella. Simplesmente aconteceu, nós ficamos amigos e quando vi estava apaixonado. Não pelo Wesley homem, mas o Wesley pessoa, entende o que digo? Não me apaixonei por um gênero e sim por uma pessoa com ideias e sentimentos incríveis.  

Eu apenas assenti e disse que estava tudo bem, eu sempre estaria ali para ele e que o amava de todo o coração. 

Lavei minha boca mais uma vez antes de sair do banheiro e dei de cara com Sebastian me esperando do outro lado da porta. Sua expressão de preocupado me fez sorrir, nós estávamos tão bem um com outro e eu sei que havia muita coisa entre nós dois, mas esse sentimento que tínhamos um pelo outro era tão forte e estávamos tão cansados de lutar contra que simplesmente começamos a ignorar todos os contras que haviam em nossa relação.... Pelo menos por agora. 

— Não ria, eu fiquei preocupado de verdade — ele disse segurando meu rosto entre as mãos.

— Você ouviu o que Will disse. Foi só um mal-estar por toda essa situação. — Fechei os olhos sentindo o seu toque. 

— Não vejo a hora de isso tudo acabar e nós podermos viver em paz, sem preocupações com bruxas malucas e vampiros caçadores — Sebastian disse e eu abri os olhos.

— Você consegue ver um futuro para nós? — Eu odiava ter que cortar o clima, mas nos dois sabíamos o quanto isso era improvável. Quer dizer, depois que tudo estiver resolvido será que algum de nós iria abdicar sua vida para viver conforme a do outro? Será que seríamos capazes de viver com o peso das mortes de nossos parentes? Tudo isso ficava subentendido ente nós. 

— Arabella, eu... Não sei. — Ele respirou fundo e encostou nossas testas. — Podemos não pensar nisso agora?

Eu assenti e grudei nossas bocas. Não pensar era fácil quando estávamos juntos. Não pensar era fácil quando suas mãos passavam por debaixo de minha camiseta e alisava minha barriga, quando minhas pernas entrelaçavam em sua cintura e pressionava nossos corpos. Era muito fácil. 

— Vamos para o quarto — eu disse um pouco ofegante e Sebastian assentiu, mas antes que pudéssemos se quer fazer algo fomos interrompidos por pigarros. 

— Desculpe atrapalhar o casalzinho, mas temos uma bruxa vagabunda para matar hoje a noite — Hailey nos encarava com um sorrisinho. — Então controlem esse fogo, por favor. 

Revirei os olhos e me soltei de Sebastian. 

— Selene está aqui? — perguntei.

Hailey assentiu.

— Infelizmente. 

— E o seu namorado hibrido? — Sebastian perguntou e eu ri.

— Brad não é meu namorado! E sim, ele também já chegou — ela disse irritada. — Portanto, tratem de irem para a sala agora. — Hailey nos deu as costas e começou a se afastar. 

— Ela precisa de um namorado, esse mau humor todo não é normal — Sebastian disse.

— Eu ouvi isso, caçador! — Hailey gritou do final do corredor e nós rimos.

Revirei os olhos e peguei a mão de Sebastian para que fossemos encontrar os outros. Era melhor acabarmos logo com isso de uma vez. 

 

Sebastian

Finalmente havíamos descoberto o paradeiro e Margot, a tal bruxa malvada. Depois de dias discutindo sobre o plano, resolvemos usar Ruby, a pequena bruxinha, como isca falsa.

— Tommy, não vamos leva-la a lugar nenhum, entendeu? – Hailey repetia pela milésima vez. – Só iremos dizer que estamos com a irmã dela, aí ela vai aparecer, vamos matá-la e pronto.

— Mas... – Tommy iniciou a frase, mas Arabella o interrompeu.

— Ela vai ficar aqui com você, Tommy. Só será uma pista falsa para ela vir até nós. – Ela explicou.

— Tudo bem. – Ele assentiu finalmente.

— Até que enfim... – Me pronunciei revirando os olhos.

— O que foi, caçadorzinho? – Tommy ergueu sua postura e me encarou.

— Parem, pelo amor de Deus, vocês são chatos. – Wes, raramente falava conosco.

— Wes. – Will sorriu achando graça da impaciência de Wes.

— Tio Tommy, podemos fazer bolo hoje? – Ruby apareceu sorridente na sala onde estávamos discutindo.

— Já acabou de brincar com os livros voadores? – A bruxinha tinha mania de fazer os livros de Will voares pela casa. Era meio bizarro e de vez em quando até me assustava, era difícil me acostumar a conviver com esse tipo de coisa. Tommy segurou a pequena bruxa no colo.

— Sim. – Ela respondeu. – Mas queria comer bolo... – Ela tocou no nariz dele e sorriu. – Por favor, por favor, por favor... – Ela implorava.

— Tudo bem, vamos lá! – Tommy se fazia de forte, mas são nessas horas que eu descubro o quão fraco sentimentalmente ele era.

— Eba! – Ela gritou e ambos foram para a cozinha.

Quando começamos a executar o plano, era simples. Conseguimos mandar uma carta, usando magia, para Margot. Estava escrito: "Querida Margot, encontramos Ruby perdida na floresta. Ela está bem mas gostaríamos de usa-la como meio de paz. Se você estiver disposta a negociar uma trégua em troca da sua irmã, por favor, nos comunique. Atenciosamente, Arabella e amigos. " Eu particularmente achei a carta formal demais. Hailey achou ridícula e queria queima-la assim que a leu, mas Arabella achou que estava boa, então...

Após alguns dias, ela retornou a carta: "Nos encontramos na minha casa amanhã, traga a minha irmã e eu pensarei se vocês merecem misericórdia". E aqui estamos nós. Hoje era o dia do encontro e a parte difícil era enrolar Margot até conseguimos ataca-la desprevenida. 

Já estávamos preparados, cada um com uma arma. Tommy, Ruby, Will e Wes ficaram em casa cuidando das coisas. Brad, Selene e eu éramos as armas secretas. E apesar de eu não ter intimidade com nenhum deles e nem me familiarizar, eu fazia o que era necessário para acabar com essa ameaça em comum. 

Enquanto Hailey e Arabella conversavam com Margot, nós três iriamos ataca-la.

Arabella e Hailey seguiram até a casa da bruxa e nós a seguimos com um pouco de distância e cautela. Quando elas chegaram no local, se entreolharam e viram que a casa estava abandonada, mas assim que elas passaram pela porta, a mesma se fechou rapidamente em um estrondo. Meu coração apertou ao ver Arabella presa lá dentro. Nós rondamos até encontrarmos porta dos fundos da casa. 

— Está trancada. – Brad anunciou ao tentar abrir. 

— Deixa comigo. – Selene tocou a madeira. – Aperi Modo. – Ela disse em latim, mas nada aconteceu. – A magia dela é muito poderosa, não consigo abrir.

— Foda-se, vou arrombar. – Brad anunciou.

— Não, vai chamar muita atenção e precisamos ser discretos. – Selene disse.

— Como vamos entrar então? – Perguntei. 

— Vou tentar outro feitiço. – Selene tirou uma pequena faca do bolso e cortou a palma da mão colocando-a sobre a porta. — Omne quod corrumpitur aperite tenebrarum. Dabo potestatem. – Ela citou as palavras e um vento forte se iniciou somente onde estávamos. – Dabo potestatem. – Ela repetiu e então a porta abriu. 

— Vamos. – Eu disse.

Entramos pela cozinha sem fazer nenhum barulho. Conseguíamos ter a visão da bruxa psicopata sentada em uma poltrona com as pernas cruzadas. Margot estava rindo histericamente.

— Vocês pensam que eu sou tola? – Ela ria mais. – Vieram sem a minha irmãzinha. 

— Só queríamos ter certeza de que você não iria tentar nada sem antes ouvir o que temos para dizer. – Arabella começou dizendo.

— Não tem o que negociar. – Margot ergueu as mãos e o grito de Arabella me fez sentir pavor. 

Eu segurei a minha adaga com firmeza e lancei em direção a ela. Mas Margot parou-a no ar e a fez cair sobre o chão.

— Visitas... Que surpresa adorável. – Ela continuou sentada na poltrona.

Selene correu até ela dizendo algo que eu não conseguia entender e então as facas da cozinha flutuaram e foram em direção a Margot. A bruxa simplesmente moveu a prateleira de livros e colocou-a na sua frente fazendo as facas atingirem a superfície. Enquanto todos lutavam contra Margot eu fui atrás da Arabella.

— Sebastian? – Ela estava com um corte profundo no braço, o sangue praticamente jorrava. 

— Mas que droga... – Eu tirei a minha camisa, rasguei a mesma e amarrei no corte de Arabella. – Sai daqui, deixa que a gente resolve isso.

— Não! Eu vou lutar. – Ela se levantou, mas antes de eu poder impedi-la, vi o corpo de Selene ser lançado pela janela fazendo o vidro se estilhaçar. 

— Próximo... – Margot sorria como se isso fosse um jogo divertido para ela.

Arabella jogou a mesinha de centro contra Margot.

Brad e Hailey conseguiram acertar alguns socos na bruxa enquanto ela desviava dos objetos que Arabella lançava contra seu corpo. Eu peguei o machado que estava no meu cinto e corri até ela. Quando me aproximei o suficiente, notei os pescoços dos híbridos serem quebrados. Forcei o machado para baixo, mas ela o parou e mesmo eu fazendo toda a força possível, nada o fazia se mover. 

— Idiotas. – Ela limpou o sangue da boca devido aos socos.

Eu soltei o machado e agarrei no pescoço dela. Arabella pegou uma das facas que estava no chão e atingiu a barriga dela. Seu grito quase não pode ser ouvido pois eu ainda estava enforcando-a. Mas então eu senti uma dor aguda nas costas, afrouxei a mão e Margot se soltou. 

— Sebastian! – Arabella gritou. 

Por um segundo eu não estava entendendo o que estava acontecendo. Margot retirou a faca de si e cambaleou para longe. Arabella correu até mim e foi então que cai de joelho e a dor se alastrou pelo meu corpo. O machado estava preso nas minhas costas.

— Sebastian, por favor. – Ela estava chorando.

Meu corpo caiu para frente e meu rosto bateu no chão. Tudo estava escuro, mas eu ainda podia ouvi-la.

— Hailey... – A voz de Arabella estava ficando cada vez mais distante. – Cure-o.

 

Hailey

Eu abri meus olhos rapidamente e pude ver Margot cambaleando para trás com a mão na barriga, sua roupa estava manchada com sangue e eu me levantei para correr em direção a ela e machuca-la o máximo que eu conseguisse, mas Arabella chamando por meu nome fez que eu não me movesse. 

— Cure-o. — foi o que eu ouvi. 

Ao voltar os olhos para onde antes Margot estava eu me deparei com o nada, e logo vi Brad também sumir de minha visão provavelmente indo atrás da bruxa. Cerrei os punhos com certa força de raiva e corri até onde Arabella estava com Sebastian no colo. 

— Nós perdemos ela! — eu disse irritada. 

— Podemos pega-la depois. Salve Sebastian, por favor. — Minha amiga parecia desesperada. 

Os sentimentos de Arabella por ele as vezes me irritavam, eu perdi tantas pessoas em batalhas e nunca deixei de lutar, mas era só o caçadorzinho dela se ferir que tínhamos que abrir mão de lutar, eu estava realmente puta. 

— Hailey, ele está morrendo. Por favor. — Ela quase me implorou.

Eu fiquei parada olhando para o corpo e minha raiva estava gritando para que eu ignorasse a dor do caçador e o deixasse para morrer, mas o amor que eu sentia pela minha melhor amiga fez com que eu mordesse meu pulso e levasse até a boca do homem. 

— Obrigada. — Arabella suspirou aliviada. 

Eu virei Sebastian com certa brutalidade e retirei o machado de suas costas sem pensar duas vezes.

 — Não tem de quê. — Soltei o machado no chão 

Eu saí da casa e vi o corpo de Selene estirado no chão, a minha cota de salvar pessoas que não tinham valor para mim já havia se estourado e então a deixei onde estava. Segui até a casa de Arabella correndo o mais rápido que eu consegui, estava verdadeiramente preocupada com Tommy e todos os outros que ficaram em casa, agora Margot sabia que tínhamos sua irmãzinha e talvez ela não fosse pensar que fosse apenas um blefe. 

Ao chegar na casa tudo parecia em paz, Wes e Will estavam sentados no sofá conversando sobre alguma coisa e Tommy e Ruby estavam no andar de cima da casa correndo pelos cômodos. 

— Larkin! — Gritei e meu irmão parou de correr.

— O que foi? Você não parece muito contente, cadê os outros? — Ele pareceu preocupado. 

— Eles já devem estar chegando, tivemos alguns imprevistos e falhamos. — Soltei o ar de forma pesada. 

— Minha irmã machucou vocês? — Ruby perguntou cabisbaixa. 

— Acontece, Ruby. — Dei de ombros. 

— Ela não é assim, ela costumava ser legal, mas... — a pequena pareceu triste. 

— Hey, não fique assim. — Meu irmão se ajoelhou do lado dela. — As pessoas mudam Ruby. — Ela assentiu. 

— Minha irmã se tornou um monstro, pessoas estão morrendo por causa dela. Eu vou ficar que nem ela? — Ela perguntou assustada e começou a chorar. 

— Ruby. — Andei até ela e me abaixei do lado do meu irmão. — Você nunca será um monstro. Isso não está circulando no seu sangue, nós — coloquei a mão no ombro do meu irmão — não vamos deixar isso acontecer.

A criança lançou seu corpo contra o meu me dando um abraço apertado. Eu nunca tive nenhum contato afetivo com ela, eu estava cansada de me apegar às pessoas e perdê-las e eu sabia que era muito provável de Ruby simplesmente ser tirada de nós por sua irmã louca, por isso sempre evitei maiores contatos. 

Depois de algum tempo ela me soltou e Tommy a pegou no colo, meu irmão sorriu para mim e eu retribui um sorriso antes de me virar para sair dali. 

— Eu amo você. — Ouvi a voz da criança. 

— Eu te amo. — Meu irmão respondeu.

Naquele momento eu tive a certeza que tirar Ruby dele seria uma grande tragédia para ele e eu não queria ver meu irmão triste, eu iria matar Margot nem que fosse sozinha, mas ela não mexeria mais com os meus. 

— Hey, vocês. — Chamei atenção do dois. — Arrumem suas coisas, nós vamos sair daqui. 

— O que? Por que? — Tommy pareceu confuso. 

— É mais seguro, depois explico. — Ele assentiu. 

Eu deixei os dois e desci as escadas. 

— Will, ligue para a sua irmã e mande ela nos encontrar na minha casa. E ahh, os pombinhos podem arrumar a mochila que todos vamos para minha casa. — Eles ficaram me encarando.

— Mas essa casa é melhor Hailey, ela é maior e... — O interrompi. 

— E agora temos uma bruxa louca que vai vir atrás de nós! Anda logo Will. — Revirei os olhos e fui pegar minhas coisas. 

— Eu perdi ela. — Brad entrou esbaforido na casa. 

— O que? — perguntei confusa. 

— Margot, eu perdi ela de vista. Mas acompanhei ela até a entrada da floresta. — Assenti.

— Pegue suas coisas, estamos indo para minha casa. — Ele não contestou.  

Ouvi Will falando no telefone com Arabella e comecei a jogar tudo dentro da minha mochila, até que meu celular começou a tocar e vi o nome de Arabella. 

— O que foi? — Atendi. 

— Precisamos de você Hailey, Selene está muito ferida e não quer acordar. — Respirei fundo 

— Não acha que já tive misericórdia demais salvando seu queridinho? Selene não serve mais para a gente Arabella. — Ia desligar a chamada quando ouvi sua voz. 

— Você não era assim Hailey, ela esteve do nosso lado enquanto lutamos e viver é o mínimo que você pode ajudar ela a fazer. — Fechei os olhos e respirei fundo. 

— Eu te odeio, encontro vocês em pouco tempo. — Desliguei. 

Terminei de colocar as coisas na minha mochila e coloquei nas costas, bati no quarto de Will e avisei que encontraria eles na minha casa, avisei também a Tommy e antes de bater no quarto que Brad ficava quando vinha nos ver, ele abriu a porta. 

— Já sei e estou indo com você. — Ele disse colocando a mochila nas costas. 

Eu deixei que ele me acompanhasse e então corremos até a casa de Margot, Sebastian estava encostado num carro abandonado e Arabella olhava para o corpo desacordado no chão. Andei até o corpo e coloquei os dedos em seu pulso afim de checar sua pulsação e ela ainda estava viva, abri sua boca e mordi meu pulso deixando pingar o sangue. Logo ela abriu os olhos e começou a tossir, seus machucados começaram a desaparecer. 

— Pronto Arabella, agora vamos para meu apartamento enquanto não decidimos para onde vamos. — Comecei a andar. 

— Hailey. O que houve? Por que está agindo assim? — Arabella correu para me alcançar. 

— Por que eu estou cansada Arabella, cansada de tudo sempre dando errado. — Cruzei os braços. — Eu podia ter matado Margot, e agora todos estamos vivendo sob uma ameaça maior. — Neguei com a cabeça. 

— HAILEY! — Brad gritou e assim que me virei vi uma mulher. 

Uma adaga vinha em minha direção e eu me desviei puxando a Arabella comigo.  

— Sebastian. — A mulher fechou a cara. — Então está do lado deles? 

Sebastian não respondeu nada, pegou uma adaga em seu cinto e correu na direção da mulher que facilmente desviava de seus golpes. Selene estava atordoada demais para nos ajudar, Arabella desmaiou de repente e eu e Brad éramos a única ajuda que Sebastian possuía no momento, respirei fundo e os meus pensamentos diziam que o certo era lutar e ajudar Sebastian, mas quando estava prestes a desistir eu senti a mão de Brad me puxando para mais perto dele e assim que me puxou uma estaca passou direto acertando o vidro do carro. 

— Obrigada. — Sorri para Brad que piscou para mim. 

Resolvi então entrar para a luta quando percebi que a mulher era nada mais nada menos que a líder dos caçadores. 

— Soube que matou Charlie Larkin, menina de coragem. — A mulher falou e então parei de lutar. 

— Ele mereceu. — Dei de ombros — assim como você. 

Voltei a atacá-la e Sebastian gritou para que eu me abaixasse antes de lançar a adaga contra a mulher. 

— Tire Arabella daqui. — Gritei para ele. 

— Eu não vou deixar você sozinha aqui. — Ele respondeu. 

— Ela não está sozinha. — Brad disse pegando um pedaço de madeira e quebrando o mesmo na perna. — Ela está comigo. 

Sebastian assentiu e correu até o corpo desacordado de Arabella, mas antes que pudesse alcançar a mulher que estava na minha frente correu na direção do homem e quebrou seu pescoço como se fosse fácil. O corpo de Sebastian desmoronou no chão e eu arregalei os olhos correndo até ele. 

— A próxima a morrer pode ser você. — Foi o que eu ouvi antes da mulher correr.



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