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História Lua de Sangue - Começo


Escrita por: fifthondrugs , Finallais e RenaTriz

Capítulo 36 - Começo


Arabella

Sebastian acariciava meu cabelo enquanto eu descansava em seu colo, antes eu poderia estar feliz em apreciar um momento como esse, mas desde que descobri minha gravidez a única coisa que eu vinha fazendo era descansar e, para ser sincera, isso era bastante irritante. Todos pareciam ter entrado em um acordo de ''não vamos deixar a Arabella fazer nada que não seja ficar deitada'' ok, eu agradecia por serem tão cuidadosos comigo, mas a sensação de ser um peso e de não poder ajudar em um momento tão crítico quanto esse era esmagadora.

— Você acha que será um menino ou uma menina? — Sebastian disse subitamente fazendo com que eu o encarasse.

Eu ri. Sebastian ainda era novato em nosso mundo e não sabia direito como as coisas funcionavam, mas a gravidez para nós bruxas não era como as das mortais onde estas faziam exames para descobrir o sexo do bebe. Para nós bruxas é diferente, chega um momento em que simplesmente sabemos e o meu já havia chegado há meses, mas até agora ninguém sabia.

— Do que você está rindo? — Estreitou os olhos. — Não vai me dizer que... —Ri mais ainda e Sebastian me olhou indignado, mas com um sorriso largo. — Você sabe! Não acredito que escondeu isso de mim!

Eu me sentei de modo que ficássemos frente a frente.

— Pensei em fazer uma surpresa — falei com um sorriso. Ver Sebastian sorrindo me deixava feliz, era bom ver que toda a preocupação com sua nova condição vinha se dissipando com o passar do tempo.

Sebastian franziu a testa.

— Odeio surpresas. Além do mais preciso saber o sexo para poder escolher o nome — disse como se essa fosse uma questão já resolvida.

Levantei as sobrancelhas.

— Escolher o nome do bebe que EU estou carregando? — eu disse e ele riu.

— É que é meio que uma tradição entre os caçadores o pai escolher o nome do filho — Sebastian deu de ombros, o sorriso em seu rosto se apagando. — Não que eu seja um agora...

Me aproximei e segurei suas mãos.

— Ei, não fique assim. Podemos pensar em um nome, mas adianto logo que vai ser difícil já que todos parecem querer ter o privilégio de escolher o nome — falei em uma tentativa de anima-lo. — Hailey tem até uma listinha.

Sebastian riu e segurou meu rosto com as mãos.

— Você é maravilhosa.

Eu sorri mais ainda.

— Tento não ser, mas é automático — falei e ele revirou os olhos antes de grudar nossas bocas.

Era incrível como meu coração batia forte com um simples toque de Sebastian, nossa química era algo incrível, algo que eu pensava que todo mundo deveria sentir pelo menos uma vez na vida. Aquele amor que apesar de tudo continua puro, continua existindo diante de qualquer circunstância.

— Eu te amo — ele disse quando nos separamos e foi inevitável não sorrir. — Mas preciso ir, combinei de encontrar Tommy para fazermos um reconhecimento da nova sede dos caçadores.

Meu sorriso se desfez e meu corpo ficou tenso.

— Não acha arriscado esse plano de invadir o lugar? Só você, Tommy, Hailey e Brad são muito pouco diante de um exército de caçadores vampiros. Eu posso ajudar! — Me levantei e Sebastian fez o mesmo.

— Já discutimos isso, Arabella. Você fica — ele disse sério.

Respirei fundo e coloquei as mãos na cintura.

— Isso tudo é um saco, eu não estou doente! Ainda consigo usar meus poderes e sei que posso ser útil.

Sebastian negou com a cabeça, estava irredutível.

— Sei que você nos ajudaria muito, mas precisa pensar no nosso filho. — Se aproximou e segurou meu rosto com as mãos. — Se eu pudesse ficaria aqui com vocês até tudo se resolver, mas essa luta é minha. Eu preciso resolver.

Nos encaramos em silencio. A possibilidade de que algo de ruim poderia acontecer era assustadora, mas eu tinha que acreditar nas habilidades de meus amigos, tinha que acreditar que tudo daria certo no fim. Eles só precisavam chegar até Grifh e tudo estaria resolvido.

— Só toma cuidado, ok? — eu disse por fim.

Sebastian assentiu e depositou um beijo em minha testa, mas quando ia se afastar o puxei para um abraço, o apertando o máximo que minha barriga gigantesca permitia.

— É menino — sussurrei em seu ouvido e quando nos separamos Sebastian estava com um sorriso bobo na cara.

Eu ri e a porta do quarto se abriu.

— Que cara de idiota é essa, caçador? Estamos atrasados — Tommy disse enquanto entrava no lugar.

Sebastian balançou a cabeça e trocamos um olhar cumplice.

— Nada, vamos — falou e me deu um beijo rápido antes de sair com Tommy.

Depois de algumas horas sozinha no quarto, resolvi ir até a sala, onde Will e Wes ensinavam Ruby tudo sobre feitiços e poções, coisas de bruxos... O lugar estava abarrotado com frascos e livros que Will havia trazido de nossa casa, no começo Hailey ficou meio irritada, mas depois acabou acostumando-se.

— O que estão a ensinando hoje? — Eu disse enquanto pulava uma caixa cheia de livros com capa dura.

— Feitiço de cura — Ruby disse desanimada e eu ri.

— Ah, esses são os mais úteis, mas também os mais chatos — falei enquanto lembrava da época em que meu pai me ensinava.

— Agradecemos o seu incentivo — Will disse sarcasticamente.

Sorri de forma falsa.

— De nada, maninho.

— Então Ruby, o grande segredo para conseguir executar esse feitiço e a sua dedicação, sei que vai conseguir. Mas lembre-se que terá momentos que somente poções serão eficazes diante da gravidade do ferimento ou a.... — Wes explicava para a garotinha que ouvia tudo atentamente.

Andei pela sala enquanto olhava os livros de forma despretensiosa, era só uma forma de me manter distraída. Havia uma outra caixa, mas essa só continha três livros: Um de capa de couro, que parecia um diário, um outro que falava de plantas raras e o que me chamou atenção pelos desenhos dourados na capa.

— O que isso faz aqui? — Virei-me para o Will com o livro de capa dura em minhas mãos.

Meu irmão lançou um olhar para Ruby e Wes, que estavam entretidos em uma conversa sobre feitiços de cura, e veio até mim.

— Eu tinha esquecido de esconder isso. — Tentou pegar o livro de minhas mãos, mas eu o impedi.

— É um livro de feitiços proibidos, Will. Só podem ser encontrados na biblioteca e precisa ser um bruxo que estuda sobre para ter acesso — eu disse baixo para que Wes w Ruby não ouvissem.

Meu irmão assentiu.

— Eu sei disso tudo, Arabella. Esse livro estava comigo fazia algum tempo porque o encontrei na bolsa de Margot — meu irmão falou e eu o olhei sem entender nada. — Escuta, lembra de quando eu frequentava a biblioteca direto e de vez em quando esbarrava com ela lá? E um pouco antes da morte de nosso pai eu havia falado com você sobre uma conversa estranha que tive com ela...

Assenti recordando-me de quando Will havia dito que Margot andava falando de roubar poderes de outros bruxos.

— Sim, eu até pensei que você estava interessado nela —falei e meu irmão revirou os olhos.

— O ponto é que em um desses encontros aconteceu dela esquecer a bolsa e eu encontrar o livro. Era para ter devolvido, mas acabou que com tudo que aconteceu depois acabei o esquecendo.

Olhei para o livro em minhas mãos e o abri passando algumas folhas.

— Está escrito em uma língua muito antiga — Will explicou e eu assenti.

— Sim, só reconheci do que se tratava pelos símbolos — falei e encarei meu irmão. — Eu fico com isso.

Ele abriu a boca para protestar, mas eu o deixei falando sozinho e voltei para o quarto com o livro em mãos. Se Margot estava com esse livro é porque algo nele a interessava e se isso é verdade eu precisava saber o que era. É claro que primeiro irei ter que aprender uma língua nova, mas isso não era nada já que eu estava impedida de sair de casa ou fazer qualquer outra coisa.

 

Sebastian

Os seres sobrenaturais andavam livremente pelas ruas de New Orleans sem se preocuparem com quem possa os reconhecer, brigas e desordem se tornaram frequente no dia a dia da cidade. Tommy e eu, andávamos lado a lado e Hailey e Brad nos seguiam logo atrás, passamos na calçada do outro lado de onde seria a nova sede dos caçadores. O estabelecimento tinha um letreiro gigante brilhando em rosa escrito "Drinks Lounge", dois seguranças cercavam a entrada com os rostos focados em quem passavam por eles. Segundo as informações que Brad tinha no passado, o lugar tinha uma passagem pela área VIP que dava diretamente para um quartel secreto dos caçadores.

— Não podemos entrar assim... Eles irão suspeitar ou até mesmo te reconhecer. – Hailey se pronunciou e olhou para mim. – Se matarmos os seguranças não sabemos quem poderá está lá dentro para tentar nos impedir.

— E como você pretende invadir? – Perguntei erguendo uma das minhas sobrancelhas.

— Bom... – Ela não soube responder.

— Podemos nos disfarçar. – Brad disse. – Passamos pelos seguranças, pagamos ou hipnotizamos alguém para entrar na área VIP, procuramos a entrada para a sede e de lá teremos chance de um ataque surpresa.

— Está achando que somos agentes secretos? – Tommy cruzou os braços e encarou Brad.

— Você tem uma ideia melhor? – Brad o encarou.

— Podemos entrar agora, matamos todo mundo e poupamos tempo. – Todos nós encaramos Tommy. – Que foi? – Ele nos olhou de volta. – Tudo bem, é um péssimo plano. Talvez Will possa nos ajudar com algum feitiço para nos tornar invisíveis ou... – Tommy insistia nas próprias ideias.

— O disfarce é a nossa melhor opção no momento – respondi frio.

— Então vamos voltar para casa e nos preparar – Hailey disse.

— Hoje a noite voltaremos para atacar – falei.

— Estou com fome – Brad disse calmo.

— Acabaram as bolsas de sangue lá de casa, temos mais vampiros do que o estoque suporta. – Hailey disse me encarando.

— Que tal uma parada para um lanchinho? – Tommy sorriu maliciosamente e pareceu que finalmente ele tinha tido uma boa ideia.

Todos concordamos e seguimos a rua na procura de humanos. Eu ainda não havia me acostumado a beber sangue, era algo que eu tentava reprimir dentro de mim. Mas tem horas que eu anseio por essa vontade louca de sentir o gosto do liquido em minha boca e não tenho como evitar. Pelo menos, aprendi a me controlar para não matar ninguém. Passamos alguns minutos sem ao menos sentir o cheiro de qualquer ser humano na rua, o fato das mortes brutais devido a guerra, acabou afastando 90% dos habitantes mundanos de New Orleans, o que dificultava a nossa alimentação balanceada.

— Tem dois ali na frente. – Brad apontou para o casal que carregava as compras em suas mãos.

— Não vai dar pra todo mundo – Tommy disse. – A não ser eles morr...

— Nem pense nisso, Tommy, se mais algum deles morrer, poderemos ficar com mais dificuldade de nos alimentar de sangue fresco. – Hailey alertou. – Deixa esses para o Sebastian e para o Brad, vamos continuar, acho que vi alguns adolescentes ali na esquina.

Tommy assentiu e seguiu o caminho com Hailey. Me aproximei da mulher e Brad do homem.

— Não grite. – Segurei no rosto assustado da pobre moça e a hipnotizei. – Tudo vai ficar bem, não precisa sentir medo. – Ela concordou com a cabeça e então eu tirei seu cabelo cacheado da frente do pescoço.

Minhas presas apareceram, eu segurei na nuca da mulher com delicadeza, cravei meus dentes na veia do pescoço e comecei a sugar o sangue para dentro da minha boca. A sensação era sempre prazerosa, cada gole que eu dava era um alivio para essa necessidade.

— Ei, vamos? – Brad disse e limpou a boca ensanguentada com as mãos. O homem estava parado com os olhos arregalados olhando para a mulher ao seu lado.

Soltei a moça e olhei nos olhos dela.

— Esqueça que isso aconteceu. – Voltei a minha atenção para o homem. – Siga o seu caminho e esqueça de nós.

Os dois continuaram caminhando com seus pescoços mordidos e uma leve marca de sangue nos mesmos. A única vantagem de toda essa bagunça é que não precisávamos nos esconder para nos alimentar, o que facilitava um pouco, mas os caçadores ficavam sempre alertas.

— Corram! — Hailey corria ao lado de Tommy em nossa direção.

— O que foi? – Perguntei, mas logo notei uma dúzia de caçadores portando suas armas e correndo atrás de Hailey e Tommy.

Antes, eu sentiria orgulho de vê-los tão bravamente destemidos lutando por seus ideais, mas agora eu tinha que simplesmente correr de volta para casa.

 

Hailey

Corremos até estarmos "seguros" dentro de casa e a primeira coisa que eu fiz foi ir até meu quarto para trocar minha camisa que agora estava suja de sangue. Estava insuportável de viver em New Orleans, as coisas estavam extremamente erradas.

— Ah, oi Arabella — disse assim que encontrei minha amiga deitada na minha cama.

— Hailey. Onde está Sebastian? — perguntou se sentando.

— Na sala. — Dei de ombros.

Arranquei minha camisa e joguei no cesto de roupas sujas, procurei por uma nova no armário e logo vesti a escolhida.

— Vocês conseguiram chegar na sede? — perguntou me analisando.

— Sabemos onde é e agora temos um plano para entrar. — Me sentei do lado dela.

— Eu não quero que vocês façam isso sozinhos. — Revirei os olhos.

— Sério, sozinhos? Nós conseguimos dar conta, Bella. — Segurei em sua não. — A única coisa que você tem que se preocupar é com o que você está carregando dentro da sua barriga. — Ela sorriu.

— Eu confio em vocês, Hailey, só estou preocupada com o que pode dar errado. — Ela suspirou.

— Você na verdade está preocupada com o seu caçador, mas você sabe que agora ele é um de nós e luta do nosso lado. Logo, ele estará seguro com a gente. — Tentei convencê-la.

— Vocês deveriam esperar mais um tempinho, aí eu poderia ir lutar com vocês. Eu me sinto extremamente inútil. — Ela se levantou da cama com a mão na barriga.

— Mamãe do ano, você não está saindo nas ruas para querer falar que deveríamos esperar. Está um verdadeiro caos, nossa cidade já não existe mais. — Expliquei. — Já perdemos tempo demais.

— Qual o plano de vocês? — me perguntou curiosa.

— Bem, nós vamos... — fui interrompida pela porta do meu quarto sendo aberta.

— Arabella. — Sebastian abraçou Arabella por trás. — Como você está? — Eu não suportava como eles eram melosos.

— Bem casal, vou com Brad ver o que falta para conseguirmos invadir a sede. — Sai do quarto e pareceu que eu falei sozinha.

— Acho que o estilo suja de sangue te deixa sexy, por que trocou a blusa? — Encontrei Brad encostado na parede ao lado da porta.

— Não é legal ficar andando pela casa com sangue estampado na blusa branca enquanto se tem uma criança morando aqui. — Dei de ombros.

— Então além de sexy temos uma mulher que se preocupa com crianças? — Ele sorriu e me puxou para a perto.

— Digamos que sou perfeita. — Sorri de lado.

Ele envolveu minha cintura e deixou nossos corpos colados antes que pudesse colar nossos lábios. Minhas mãos subiram por seu peitoral até alcançar sua nuca, entrelacei alguns dedos em seus fios de cabelo e puxei sem muita força. Acontece que quando Brad e eu nos encontrávamos sozinhos por mesmo que fosse curto período de tempo, nossos corpos eram como imãs e não conseguíamos controlar isso. Ele foi rápido mudando de parede, dessa vez me deixando imprensada contra a parede e seu corpo. Suas mãos foram ágeis entrando por debaixo da minha camisa até alcançar meus seios, eu mordisquei sua língua logo a sugando para dentro da minha boca. Escorreguei uma de minhas mãos de sua nuca até o cós de sua calça, deslizei os dedos pelo cinto até encontrar o fecho e então afastei um pouco o corpo para tentar abrir o mesmo. Nossas bocas não descolavam, suas mãos apertavam meus seios de uma forma deliciosa e eu não demorei para conseguir me livrar do cinto. Abri sua calça e a mesma caiu um pouco até seus joelhos, apertei sua parte intima por cima da cueca, mas logo ele tirou minha mão de lá e voltou a colar o corpo no meu, me fazendo sentir seu volume. Ele me pegou no colo me fazendo abraçar sua cintura com as pernas, tendo assim mais contato com seu pênis. Eu não estava ligando se Arabella e Sebastian iriam sair do quarto a qualquer momento, eu estava excitada demais para conseguir pensar em algo. Com os pés eu desci bem pouquinho sua cueca, fazendo seu pênis quase saltar para fora.

— Oi tia Hails. — A voz de Ruby soou no final do corredor.

— HAILEY. — Tommy me repreendeu.

— Fomos pegos. — Brad sussurrou no meu ouvido.

Eu deslizei meu corpo pelo dele até alcançar o chão com os pés.

— Sorry. — Eu me direcionei a meu irmão.

— Gostei da cueca, Brad. — Wes disse atrás do meu irmão.

Na mesma hora vi um livro voando com força e acertando a cabeça de Wes.

— Então agora fica olhando para bunda dos outros? — A voz de Will se fez presente.

— Você está louco? Eu falei da cueca dele. — Wes apontou com a mão na cabeça pra Brad que agora vestia sua calça.

— Vamos Ruby. — Tommy estava realmente revoltado com a cena. — Vocês dois, espero que aprendam que não estão sozinhos na casa.

— Pode deixar — Brad respondeu antes de Tommy sumir.

— Bem, vamos procurar algumas roupas de caçador por aí? — perguntei para sair do assunto.

— Temos que ter o caçador do nosso lado para isso. Ele sabe o mal gosto que eles têm para se vestir. — Deu de ombros.

— Quer arriscar abrir a porta? — perguntei cruzando os braços.

— A grávida não pode estar querendo fazer outro neném. — Ele deu de ombros e abriu a porta. — Retiro o que disse.

Brad pareceu mais constrangido do que antes e pegou na minha mão me levando para a sala, onde Will não parava de olhar para Wes com certa raiva. Brad e eu começamos a relatar tudo que lembrávamos para Wes, assim ele criou uma lista das armas e algumas roupas que já vimos caçadores usando e logo conseguimos dividir as roupas para cada um. Os caçadores tinham um gosto um tanto quanto gótico, e até que eu gostava daquilo. Brad e eu saímos numa missão suicida atrás das armas e roupas, matamos alguns caçadores e pegamos tudo deles, mas para minha sorte ainda não havíamos matado nenhuma caçadora.

— O que eu vou vestir? — disse emburrada.

— Vamos arrumar alguma coisa para você. — Brad fez carinho no meu rosto.

— Eu realmente espero que a gente encontre alguma coisa. — Apontei para ele.

— A culpa não é minha se as caçadoras não estão na rua. — Deu de ombros.

— Podemos comprar uma roupa para mim. — Parei de andar. — Ou simplesmente pegar emprestado. — Eu sorri ao ver uma loja de roupas fechada.

— Todos usaremos roupas usadas, mas a princesa não pode? — Ele arqueou a sobrancelha.

— Você é tão gostoso, mas tão irritante. — Bufei. — Vem logo.

Eu peguei velocidade e atravessei o vidro rapidamente, alguns cacos me feriram, mas nada que fosse me matar.

— Você está louca? — Brad entrou logo atrás.

— Escolha o que você quer, e não esqueça. Preto! — Ele revirou os olhos.

Nós pegamos algumas peças que condiziam com o que precisávamos e saímos da loja rapidamente. Chegamos em casa e jogamos as roupas para cada um que iria se juntar a nós dois. Eu vesti o cropped preto e joguei a jaqueta de couro por cima, uma calça colada chamava atenção para minha bunda e ao olhar no espelho percebi: que caçadora gata do caralho eu seria. Meus pensamentos foram interrompidos por Brad pigarreando do meu lado, olhei para ele e ele estava vestido com um sobretudo preto o deixando gato para cacete também. Até que formávamos um belo casal. Casal? Não! Não pense em se apaixonar Hailey.



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