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História Lua de Sangue - Segredos


Escrita por: fifthondrugs , Finallais e RenaTriz

Capítulo 7 - Segredos


Arabella

Hailey não havia voltado até agora e Enzo já estava ficando preocupado, mesmo com Tommy insistindo de que sua irmã estava bem e provavelmente se aproveitando da ingenuidade de algum mortal burro o suficiente para cair no papinho da primeira mulher bonita que lhes oferece um sorriso cativante.

— Se acalme, Hailey está bem — falei para que somente Enzo pudesse ouvir.

O lobisomem sorriu para mim e entrelaçou nossos dedos, não sei direito em que ponto da festa começamos com isso, mas acho que foi logo depois de Hailey dizer ao caçador que éramos um casal e Enzo tomar coragem para me beijar. Nunca tive nenhum tipo de relacionamento sério com um homem, a verdade era que havia mais bruxas do que bruxos em New Orleans e como minha família sempre foi muito tradicional acabei pulando as etapas da adolescência como, por exemplo, a dos namoradinhos. Inclusive, meu primeiro beijo havia sido com uma bruxa, seu nome era Ridley, mas nosso curto relacionamento chegou ao fim quando Rid se mudou para França com sua família. Desde então eu havia ficado com algumas bruxas e, raramente, alguns dos poucos bruxos da cidade, mas nada muito sério.

Enzo puxou-me para mais perto e grudou nossos lábios de maneira doce. Ele segurava-me com uma delicadeza incrível, como se eu pudesse quebrar a qualquer momento. Queria poder dizer a ele que podia me segurar com força e intensidade.

— Você tem razão, ela deve estar bem — Enzo disse quando nos separamos. — É que fico preocupado com esses caçadores por aí e bom, você acabou de ser atacada por um vampiro.

Pensei no caçador que havia me salvado há pouco, parecia que o destino estava querendo tirar uma onda com minha cara colocando Sebastian para salvar minha vida.

— Hailey sabe se defender. — Sorri confiante e desviei o olhar por um momento a fim de procurar por meu irmão.

Will estava em um canto conversando com Tommy, parecia estar divertindo-se com as histórias do vampiro, mas outra coisa me chamou atenção na cena. Havia uma mulher de longos cabelos pretos um pouco mais atrás dos dois e eu não pude conter a sensação de que a conhecia de algum lugar. Já estava prestes a dizer isso para Enzo, quando a mulher virou de modo que eu pudesse enxergar seu rosto.

— Selene? — Eu disse em voz alta reproduzindo meus pensamentos.

— O que disse? — Enzo encarou-me, a confusão estampada em seu rosto.

— Espere um segundo — falei e segui para onde a bruxa estava deixando Enzo para trás.

Selene era uma bruxa muito conhecida em nosso clã, era uma das mais promissoras e também possuí o dom da Visão. Até que um dia ela foi embora e ninguém jamais soube o motivo de sua partida.

— Quando você voltou? — perguntei assim que estava próximo o suficiente para que ela escutasse.

Selene me encarou supressa.

— Arabella? Como você cresceu! — Ela sorriu.

Eu ri.

— E você continua igualzinha — eu disse, reparando em sua pele tão jovem quanto a de uma adolescente.

— Uma das vantagens de ser bruxa. — Selene deu de ombros.

— Irina sabe que você está de volta? — perguntei não conseguindo conter minha curiosidade.

— Sobre isso, ahn, será que você poderia não comentar com ela que me viu?

— Você sabe que é uma questão de tempo até ela descobrir — falei a encarando seriamente.

Selene assentiu.

— Eu sei, mas preciso de mais um tempo — ela disse mais para si mesma do que para mim.

— Tempo? — Franzi as sobrancelhas

— Olha, preciso ir. Foi bom te ver, Arabella. — Selene parecia apreensiva e virou-se para ir embora.

— Espere! — Segurei seu pulso antes que ela se afastasse. Foi um erro, pois logo as imagens começaram a chegar em minha mente.

Haviam duas mulheres jovens conversando. Uma tinha pele branca e longos cabelos escuros, parecia muito com Selene, exceto os olhos, a outra jovem tinha pele negra e olhos violetas. Suas roupas eram antigas e de época, longos vestidos armados e corpetes, então eu soube que era uma visão do passado.

— Você sabe que isso não acabou, Josephine — a mulher de cabelos negros dizia para a de olhos violetas. — Temos que alertar o clã!

Josephine balançou a cabeça.

— Não podemos! Acabamos de sair de uma guerra contra os caçadores e se falarmos agora, será um pandemônio.

A outra bruxa balançou a cabeça.

— Sei que é arriscado, mas pode ser que essa visão esteja predestinada a acontecer em breve. Você sabe que não há como saber, mas podemos nos preparar! — Ela insistiu.

Josephine a encarou com uma expressão impassível.

— Joanne, eu sei que está preocupada, mas a lua...

Não soube o que Josephine estava prestes a dizer, pois Selene puxou o braço quebrando nossa conexão e consequentemente a visão foi interrompida. A olhei supressa e um pouco confusa. O que isso poderia significar?

— Arabella, não se envolva nisso — Selene disse antes que eu conseguisse formular qualquer palavra e logo deu-me as costas indo embora.

Fiquei parada a observado misturar-se na multidão. Selene não havia voltado a New Orleans por saudade ou algo do tipo, essa visão só fazia-me ter mais certeza. Mas o que poderia significar a conversa de Josephine com Joanne? Em que eu não deveria me envolver?

— Arabella? — A voz de Enzo chamando por meu nome trouxe-me de volta à realidade. — Quem era essa? — ele perguntou referindo-se a Selene.

Balancei a cabeça.

— Uma amiga, só isso. — Paguei em sua mão e o arrastei comigo para outo lugar.

 

Sebastian

Eu estava cansado e repleto de sangue de diversos membros do submundo, Bjorn estava tão cansado quanto eu, estávamos sentados em um bar bebendo um copo de whisky depois de termos uma briga no banheiro com um feiticeiro.

— A noite parece que não vai acabar. – Bjorn fez uma careta ao engolir de uma vez só o liquido do copo. – Nem mijar em paz a gente pode.

— Eles são muitos – eu disse bebendo mais um gole. — Não sei quantos já matamos só essa noite. – Engoli o resto do whisky de uma vez e bati o copo na bancada.

— Que se foda, cara... – Ele se levantou e estalou as costas. – Que se foda tudo isso.

— Que se foda – repeti e me levantei.

Andamos pelas ruas e o festival ainda estava animado, o que me deixava ainda mais exausto, eram três horas da manhã e as pessoas ainda dançavam pelas ruas.

— Vamos nos separar – Bjorn disse, mas antes que eu pudesse responde-lo ele já estava longe.

Estava tão focado em meus pensamentos que acabei esbarrando em uma mulher de cabelos curtos que vestia uma fantasia de policial.

— Venha comigo. – Ela segurou em minha mão e eu soube na mesma hora que ela era uma vampira assim que notei suas presas, então fui com ela. – Você é bonitão. – Ela passou a mão pelo meu antebraço e caminhando até um prédio com um letreiro que brilhava escrito "motel", entramos e ela pediu um quarto para nós. – Você me ama? – Ela me olhou com expectativa e eu segurei uma risada. – Diz que me ama.

— Eu te amo – eu disse forçadamente.

— Eu também te amo – ela disse eu percebi que ela era uma vampira louca.

Entramos no quarto e ela tirou toda a roupa ficando completamente nua, seu corpo era voluptuoso, ela passou a língua nas presas e jogou o cabelo para o lado.

— Ai amor... – Ela sentou na cama e começou a se tocar. – Você não vem?

— Não — eu disse enquanto olhava os dedos dela entrando e saindo da buceta, era instigante, mas além de louca ela era uma vampira. – Você não faz o meu tipo. – Sorri.

— Vem agora! – Ela se levantou e gritou.

— Então "amor", eu vou te contar uma história longa. – Ela arregalou os olhos ao ver que eu não fiz o que ela queria. – Eu sou um caçador... – Comecei e ela tentou correr até a janela, mas eu peguei a minha faca e taquei em direção ao pescoço dela, ela segurou a faca com a mão fazendo-a parar antes de atingi-la, corri e ela veio em minha direção com a faca na mão.

— Maldito! – Ela gritou e tentou me acertar um soco no rosto, eu desviei e ela levou a faca até o meu ombro, eu me abaixei e segurei seu braço rapidamente enquanto pegava a estaca que estava no bolso do meu sobretudo e acertei no coração dela antes que ela tentasse algo novamente.

— Desculpe por ser imune aos seus encantos, gracinha. – Eu empurrei ainda mais a estaca no peito dela. – Você é um desperdício de mulher... – Larguei o corpo dela no chão.

Retirei a estaca do peito dela e limpei no lençol da cama a guardando novamente. Abri o frigobar e retirei a garrafa de vodka que estava dentro, dei uma grande golada e depois joguei sobre o corpo da vampira e em cima da cama, larguei a garrafa no chão e peguei o meu isqueiro do bolso, acendi e taquei em cima do corpo, logo tudo estava em chamas, saí do quarto fechando a porta atrás de mim. Quando a porta do elevador se abriu em um andar antes do térreo um casal entrou.

— Edward – ela disse sorrindo para o homem com quem ela estava. – Não se esqueça do que eu pedi.

— Eu sei, Selene. – Ele envolveu os braços na cintura dela e a beijou no rosto.

O elevador se abriu no térreo e eu sai indo direto para a rua, retirei a máscara e joguei no chão.

— Que inferno de cidade – eu disse para mim mesmo.

 

Hailey

Noah e eu estávamos andando em meio as pessoas enquanto ele tentava explicar o motivo do atraso.

— Eu não me importo. – Dei de ombros cortando o que ele falava.

— Sei. – Desdenhou.

— Quer fazer o que? Já que a festa está quase acabando...

— Vamos beber. – Ele passou o braço pelos meus ombros.

— Tá. – Olhei para a mão dele no meu ombro e neguei com a cabeça.

Seguimos para um pequeno bar que estava todo customizado com enfeites de Halloween e até os barmen estavam em trajes fantasmagóricos. Nos sentamos na bancada e Noah fez um pedido para nós dois.

— O que fez na minha ausência? – perguntou brincando com os dedos na bancada.

— Nada demais. Quando me encontrou estava apenas começando a me divertir...

— Ah sim, pelo menos sua noite foi melhor que a minha. – Ele sorriu.

O barman nos trouxe a bebida e logo tratamos de virar um grande copo de uma só vez. Ficamos por um bom tempo conversando e comecei a me sentir observada. A luz do dia já começava a atravessar as grandes janelas de vidro do bar e muitas pessoas que estavam presente acabaram indo embora, presumo que muitos eram vampiros e não poderiam ficar expostos ao sol.

Após alguns drinks, o barman que nos trouxe as bebidas não foi o mesmo que havíamos feito os pedidos antes, estranhei e peguei o copo quando foi oferecido. Noah levou o líquido até sua boca sem pestanejar e notei que o barman não tirava os olhos de nós dois.

— Puta que pariu. – Noah tossiu e se segurou com força na bancada.

— O que foi? – perguntei assustada passando uma mão em suas costas.

— Villosa – ele disse em meio a uma crise de tosse.

Assim que levantei o olhar para procurar o barman, ele já não estava mais lá. Pulei a bancada e segui em direção a uma minicozinha interligada ao bar. Encontrei o corpo do barman que antes me atendia totalmente sem vida no chão da cozinha, o local parecia ter sido cenário para uma briga. Ao me abaixar para me aproximar do cadáver, notei quero ferimento só existia na direção do peito e a pele do menino estava muito esbranquiçada dando visão as veias de seu corpo, tive a certeza de que era um vampiro. Me levantei e continuei andando pela cozinha, mas nada encontrei. Resolvi voltar para onde havia deixado Noah, quando fui interrompida por uma faca voando na minha direção.

— Procurando por mim? – Me virei para trás e vi o homem que havia nos dado o drink envenenado.

— Olá, precisamos bater um papo. – Arqueei a sobrancelha e retirei a faca que havia cravado em meu braço.

— Sim, me espera no inferno para a gente conversar. – Ele abriu um sorriso e partiu para cima de mim.

O homem tentou derrubar-me no chão e pelo modelo de sua lamina percebi se tratar de um caçador. O peguei pela camisa e lancei seu corpo com força na direção do bar onde Noah estava. Noah se assustou, mas logo se posicionou para lutar com o filho da puta.

 

Noah

Ainda estava fraco por causa do efeito da villosa. O caçador veio para cima de mim e me jogou no chão. Tentava estrangular ele, mas minha tentativa foi em vão, estava recuperando minhas forças ainda. Então Hailey segurou em seu pescoço e o tirou de cima de mim.

— Bora seu filho da puta, isso é tudo que você tem? – Ela disse para o homem e fez um gesto de "vem" com uma das mãos.

O caçador tirou um recipiente que continha um pó azul de dentro do bolso e jogou em cima dela. Hailey começou a perder os sentidos e cambalear de um lado para o outro, até que caiu desacordada. Eu precisava fazer algo antes que o pior acontecesse. Me levantei, peguei uma das garrafas que estava em cima da mesa, quebrei e fui o mais rápido para cima dele. Joguei seu corpo contra a parede, enfiei a garrafa em um de seus olhos e o sangue começou a jorrar. Logo em seguida mordi seu pescoço, porém não bebi uma única gota de seu sangue tóxico. O joguei em cima de uma das mesas e ele a quebrou com seu peso, fui até ele, segurei em seu pescoço e levantei seu corpo até que seus pés não tivessem mais tocando o chão. Ele estava quase desmaiando, mas preferia mata-lo enquanto ainda estivesse acordado. Com minha mão que estava livre, enfiei onde ficava seu coração, mas antes de arrancar, fiz que ele sentisse muita dor. Depois fui puxando devagar e quando faltava pouco para acabar com a vida dele, puxei de uma vez só. Logo que ele estava morto, voltei minha atenção para Hailey.

— Hailey, acorda! – Mexi seu corpo de um lado para o outro e nada. Então a peguei no colo e resolvi leva-la para o meu apartamento. Pensei que talvez Selene pudesse ajudar.

Ainda tinham muitas pessoas na rua, eu tentava aparentar o mais normal possível. Na minha roupa tinha um pouco de sangue, mas era Halloween, então deu para disfarçar legal.

— Bebeu demais – disse a um casal que passou ao meu lado me olhando torto.

Assim que achei meu carro, coloquei ela deitada e fui em direção a minha casa. Quando chegamos, pensei em coloca-la para dormir no sofá, mas considerando tudo o que tinha acabado de acontecer, achei melhor ceder um espaço na cama para ela. Tirei sua mini fantasia e a deixei de calcinha e sutiã. Coloquei uma coberta nela e me deitei ao seu lado. Estava torcendo para que acordasse com ela me xingando por ter tirado sua roupa.



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