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História Lucille - Mad Love


Escrita por: DannyDixon

Notas do Autor


Olá amores!!
Vocês são tão divos que eu nem sei como agradecer a cada comentário e a cada favorito de vocês. MUITO obrigado! Se preparem que é HOJE!!
Boa leitura!!

Capítulo 5 - Mad Love


Fanfic / Fanfiction Lucille - Mad Love

 

Lucille

 

O batizado foi um momento único, que emocionou a todos e nos encheu de esperança. Até mesmo eu que pensava que não existia mais nada de bom nesse mundo, agora acredito que pode sim, haver um futuro para nós.

Estavam todos leves e felizes como eu nunca havia visto antes, até mesmo a Maggie estava presente, claro que ela não estava cantando ou dançando, estava sentada um pouco distante, mas estava presente. Dancei muito com o Carl, aquele garoto precisava se divertir um pouco. Daryl só ficava sorrindo de lado me vendo dançar, nem tentei o chamar pra dançar, porque sei que seria demais pra ele e provavelmente ele me mataria rapidinho.

Rick dançou com Michonne, o que foi muito engraçado de ver. Shasha e Abe também se divertiram juntos, mas foi uma coisa mais particular, como uma fugidinha da festa antes que alguém pudesse ver que eles sumiram. Fiquei feliz por ele, Abe merece ser feliz.

Estava deitada na grama, vendo as estrelas no céu, me sentindo mais leve e feliz do que nunca. Apesar de sentir que algo estava faltando, que algo estava errado, mas mesmo assim me deixei levar pelo momento.

-Tá fazendo o quê aqui maluca? –ouço Daryl dizer, ele se aproxima e fica me olhando de cima. –Vai pegar um resfriado com esse vestido curto nesse frio.

-Estou vendo as estrelas, deveria fazer isso também. É bem relaxante e você parece muito sério sempre, ninguém vai rir de você eu prometo. –digo sorrindo e surpresa o vejo aceitar minha ideia e deitar-se ao meu lado.

Ficamos em silêncio por alguns minutos olhando para o céu, depois me viro para olhá-lo e o encontro olhando para mim.

-Tem razão, isso é muito relaxante. –diz sorrindo torto, não resisto e toco seu rosto com as pontas dos dedos. Ele fecha os olhos.

-Você sabe que não foi sua culpa não é?

-Do que esta falando?

-A morte do seu amigo. Não foi sua culpa. –digo, ele abre os olhos e me encara. –Abe me disse o que aconteceu e mesmo não estando lá, eu tenho certeza que não foi sua culpa. Aquele homem iria matar qualquer um mesmo se você não tivesse reagido, infelizmente foi o Glenn, mas está morte será carregada pelo Negan, não por você.

Ele fica em silêncio, sinto que passei um pouquinho do ponto. Daryl não gosta que se menta em seus assuntos, foi à primeira coisa que eu aprendi sobre ele, mas não poderia o deixar carregando essa culpa idiota pra sempre. Sua mão se ergue, toca meu rosto causando-me arrepios, ela desce por meu braço até chegar à cintura, onde ele me segura e me leva para seus braços.

-Às vezes acho que você é um anjo. –diz olhando-me nos olhos. –Um anjo que veio me resgatar da escuridão.

-Não sou um anjo. Estou longe de ser algo assim. –sussurro desviando o olhar, não poderia encarar ele agora. Daryl não parecia homem de dizer isso para qualquer uma, a qualquer hora, o que torna o momento ainda mais forte e intenso.

-É sim, um anjo. O meu anjo. –diz e me beija.

Retribuo com a mesma paixão que ele, ainda impactada com a intensidade do momento, que parecia surreal demais para mim, quase como um sonho. Nos separamos ofegantes, deito minha cabeça em seu peito, o abraçando e sentindo as batidas aceleradas de seu coração, que batia tão forte e rápido como o meu.

-Momentos assim deveriam durar pra sempre. –digo me sentindo estranha.

-Nada dura para sempre. A vida agora é feita de momentos, uns bons, outros nem tanto. –ele diz e eu concordo.

-Então esse vai ser meu momento favorito.

Não sei quanto tempo ficamos ali, ouvindo as risadas e a música baixa que tocava ali perto. Mais foi o tempo suficiente para eu ter certeza de que eu queria tentar, eu tinha que recomeçar. Tinha que juntar todos os meus pedaços e construir uma coisa nova, uma nova pessoa que fosse boa o suficiente para merecer aquelas pessoas, merecer ter uma família e voltar a ter sonhos, desejos, voltar a amar.

E eu vou conseguir.

 

 

Abraham

 

 

Acordo cedo, quando os primeiros raios de sol batem contra minha pele. A primeira coisa que faço é tocar o lado esquerdo da cama para ter certeza de que ela está ali. E mais uma vez está, sorrio feliz. Pela primeira vez em muito tempo, as coisas pareciam estar dando certo para todo mundo. Se não fosse pela ameaça do Negan nos rondando o tempo todo, acho que estaria tudo perfeito.

Por falar em Negan, me levanto da cama num pulo. Hoje era o dia em que os Salvadores voltariam para pegar a parte deles dos nossos recursos, e isso queria dizer que minha amiga maluquinha estaria correndo perigo.

-Onde vai tão cedo? –ela me pergunta ainda de olhos fechados.

-Continue a dormir amor, tenho que resolver uma coisa com a Lucy. –digo, dou-lhe um beijo e saio do quarto.

Sigo o corredor até o quarto da Lucille, bato na porta porque não quero pegar ela e o Daryl em um momento constrangedor. Ela abre a porta com uma cara de sono, irritada e vestindo apenas a camisa dele.

-Que foi? Resolveu dar uma de pai hoje? Precisava me acordar tão cedo assim?

-Para de ser chata garota! O seu caçador não está dando conta do recado não? –provoco sorrindo, ela faz uma careta mal humorada.

-Você sabe que estamos indo devagar, então para de jogar na minha cara o quanto a sua noite foi ótima enquanto eu tive que apenas dormir com o meu caçador sexy, lindo e gostoso.

-Você está precisando de sexo. –digo rindo alto.

-E você está precisando de um soco nessa sua cara de pau! –diz brava. –O que você queria afinal?

-Pensei que gostaria de saber que é hoje o dia em que os Salvadores virão para Alexandria.

-PQP! Tinha esquecido que era hoje! –diz aflita. –O que eu faço agora?

-Vamos seguir o meu plano. Já deixei tudo pronto, a moto também para o caso de precisar fugir. Nos encontramos na sua árvore quando eles se forem certo?

-Certo. –fala parecendo meio aérea.

-Ei Lucy! –a chamo, ela me olha e parece uma garotinha indefesa. –Vai dar tudo certo.

-Sei que vai. –confirma com um sorriso triste. –Vou acordar o Daryl.

-Vai dizer a ele?

-Você sabe que não posso. Ainda!

-Tem que falar logo, seu namorado tem um código de honra muito sério, e não ficaria nada feliz em ser o último, a saber, a verdade sobre você. Ou até mesmo, saber disto por outra pessoa.

-Eu sei. –diz triste. –Mais ele não é meu namorado, idiota!

-Sei. –a empurro para o quarto. –Vá se aprontar logo! Temos pouco tempo.

-Já vou pai! –diz revirando os olhos.

-Pai? –ouço Daryl perguntar do quarto.

-Não esquenta não, que o meu pai tá morto e você não vai precisar falar com ele para me pedir em namoro. É só o Abe. –diz e fecha a porta na minha cara.

Acabo rindo das maluquices dela, Lucille é louca, mas uma louca divertida. Gosto dela, não apenas por ter me tirado dos Salvadores, mas porque ela parece muito comigo. Também estive muito tempo me sentindo perdido por ai, sem uma pessoa para me estender a mão, perdido em mim mesmo. Ela estava assim também, e eu não poderia deixa-la sozinha. Não era certo. Mesmo ela sendo quem é e mesmo sabendo que acobertá-la pudesse ser o caminho certo para minha morte, eu não a deixei.

-Tudo bem com a Lucy?

-Sim, ela só vai ter que sumir por um tempo. Esta precisando de ar puro sabe?

-Sei. –diz e me beija. Shasha já tinha certa ideia do porque da Lucille sumir antes do Negan chegar, mas não contei nada ainda.

-Vou indo na frente pra ajudar a Maggie, você sabe como ela fica quando o assunto é aquele homem.

-Certo. Nos vemos daqui a pouco. –faço o sinal que estabelecemos para nos despedir, ela retribui.

Ajudo Lucille a sair de Alexandria sem que ninguém a veja, depois vou até onde todo o grupo se reuniu. Acendo meu charuto e espero aquele bando de veados chegarem, o que não demora muito. Dessa vez o líder babaca deles, preferiu ficar no carro e não fazer um de seus discursos fodões. Vai ver está num mal dia.

Eles pegam tudo os que acham que os pertencem, depois vão embora. Dessa vez foi tranquilo, sem ameaças ou mortes. Acho que estamos mesmo no nosso dia de sorte.

-Viu o Carl? –Rick me pergunta, enquanto observamos os carros saírem de Alexandria.

-Não.

-Deve estar com a Lucy, aqueles dois são grudados. –diz Michonne.

-Não está. Lucy saiu bem cedo hoje. Eu que abri os portões pra ela.

-Vamos procura-lo. Obrigado Abe.

-Abe?

-Desculpe, é que ouvimos a Lucy te chamar assim o dia todo, acabamos pegando isso também. –ele diz rindo.

-Sem problemas.

Espero todos irem embora para poder ir até onde Lucille está, passo pela passagem no muro, entro na floresta e a encontro marretando a cabeça de um errante que já estava mais parecendo um pudim de carne podre.

-O que está fazendo?

-Carl. –responde ainda socando a cabeça do errante.

-Você o viu? Rick o estava procurando...

-Ele foi com o Negan. –responde finalmente me olhando. Seu olhar é louco e quase insano. Parecia fora de si, o olhar brilhando de ódio, raiva e desespero.

-Como assim foi com ele?

-Ele entrou em um dos caminhões do Negan. Eles ainda não perceberam o garoto, mas quando o encontrarem, não vai restar um pedacinho do Carl para contar a história.

-Temos que fazer alguma coisa. –digo e ela fica em silêncio, me encara e não precisa dizer nada, já sei o que passa naquela cabecinha louca. –Não! Nem pensar! Não vai ajudar o Carl sendo pega pelo Negan! Eu não vou deixar. Você não fugiu esses anos todos para se entregar tão facilmente assim.

-Eu sou a melhor chance que ele tem! Confie em mim quando digo isso, pode ter passado muito tempo, eu posso morrer, mas ainda tenho o Negan em minhas mãos. Ele ainda é meu brinquedinho. –diz sorrindo sádica.

-E o Daryl?

-Nada dura para sempre Abe. Ele sabe disso, vai ficar bem.

-O que pensa em fazer? Se entregar? –pergunto a seguindo até a moto.

-Acho que está na hora de fazer uma visitinha para o Negan. Acha que ele vai gostar? –sorri e eu acabo sorrindo da maluquice dela. –Nos vemos por ai Abe!

-Até logo, majestade! Se cuida. –digo dando-lhe um beijo na cabeça.

-Sempre. –responde dando a partida e sumindo pela estrada.

Ela pode até não perceber ainda, mas ela conseguiu o que queria. Não existe apenas maldade em Lucille, ela é uma boa pessoa também.

 

 

Lucille

 

 

Tento relaxar e não pensar no que estou prestes a fazer, mas é impossível. Anos de fuga, sendo jogados pelo ralo, só porque inventei de fazer parte de um grupo que eu já sabia que seria a minha ruina. Ótima ideia essa minha!

Acelero a moto, sentindo o vento bater forte contra meu rosto, quando avisto do comboio dos Salvadores, coloco meu capuz e passo por eles acelerando e fazendo barulho. Paro no meio da estrada, quando os deixo para trás e os espero vir até mim. O primeiro carro para, desço da moto segurando minha marreta atrás de mim.

-O que pensa que está fazendo seu maluco? –um dos homens grita.

Não respondo, vejo todos os carros parados, os homens fora do carro, Negan sai do último com seu taco na mão, um tremor percorre meu corpo. Então antes que alguém pudesse fazer qualquer coisa, acerto a marreta na cabeça do primeiro homem, cabeça essa que sai rolando pelo asfalto. Acerto o segundo, meu capuz cai, os tiros começam, uso o terceiro como escudo até chegar ao quarto e arrancar sua cabeça. Pego a arma dele e atiro no quinto e no sexto.

Um a um eles vão caindo, até que um grito faz os tiros pararem.

-Chega! –gritou Negan com a voz dura.

Respiro fundo, solto o corpo do homem no chão, tiro o cabelo do rosto e levanto a cabeça encarando Negan pela primeira vez. Seus olhos negros encontram os meus e o mundo parece parar, nada mais existe.

-Olá amorzinho! –digo sorrindo abertamente, o coração aos pulos, as mãos geladas e aquela velha ligação me puxando para ele. –Sentiu minha falta?

-Lucille? –diz como se não acreditasse no que seus olhos viam.

-Nossa só isso? Nenhum beijinho? Abraço?

-Vem aqui baby! –chama com a mão estendida. Seu sorriso é enorme, seus olhos brilham de prazer, amor, loucura. Foi assim que me apaixonei por ele, e vendo-o agora, sei que nunca seria capaz de deixar de amá-lo.

Corro para abraça-lo, me jogo em seus braços que me apertam firmemente, minhas pernas ao redor de sua cintura, o rosto apertado contra seu pescoço, o cheiro dele me embriagando, me tomando de volta para ele.

-Minha Lucille! Você voltou para mim, sabia que um dia voltaria. –diz, sinto suas mãos passeando por todo o meu corpo como se quisesse comprovar que eu estava ali mesmo. –Você tinha que entender que eu não fiz aquilo para te machucar, o médico disse que você não conseguiria resistir, que morreria no parto, pois não tínhamos condições naquele momento. Nunca faria mal a você, sabe disso não é Lucille? Não poderia te perder.

-Já passou! –digo acariciando seus cabelos. –Nós somos um só, lembra? Não existo sem você e você não existe sem mim. Vamos ficar bem agora.

-Já estamos bem. –afirma sorrindo e me beija.

Tudo em mim explode, me sinto viva, o sangue corre forte em minhas veias. E eu odeio isso, odeio sentir isso, mas Negan faz parte de mim. Uma parte que tentei tirar, mas não consegui. E que apesar de tudo, não posso negar que o amo. Pode ser apenas loucura, dependência ou qualquer coisa, mais é forte e está em mim.

-Então seus idiotas, a rainha de vocês está de volta! –ele grita, me abraçando de lado. Seu sorriso é grande e satisfeito. –Se ajoelhem agora! –manda.

Sorrio me sentindo a mulher mais poderosa do mundo, eles vão se ajoelhando e baixando as cabeças. Negan sorri triunfante e orgulhoso, o que acaba me fazendo sentir o mesmo.

-Chefe, olha o que encontramos em um dos caminhões. –diz Simon, arrastando Carl pela camisa. –Estava até armado! Será que é um plano dos idiotas para nos matar? Mandar uma criança? –ele ri.

Carl me olha em choque, seu olhar cai sob a mão de Negan me segurando, depois volta seu olhar para mim, parece confuso, assustado e com raiva.

-Que foi garoto? Gostou da minha mulher? Ela é muito velha pra você não acha? E também, ela gosta de homens de verdade, não é baby?

-É sim amorzinho! –digo sorrindo. Pela visão periférica vejo Carl ficar horrorizado. Não queria que ele me visse assim, mas não tinha mais jeito mesmo.

-Lucy? Porque ele está te chamando de Lucille? –pergunta confuso.

Sinto a mão de Negan apertar minha cintura com força, quase me machucando.

-Conhece esse garoto Lucille? –pergunta furioso. –Responda Lucille! Ou eu mato ele agora mesmo! Conhece ele de onde?


Notas Finais


Gostaram?? Negan agora tem a Lucille de volta, o que será que vai acontecer? E como fica o Daryl nessa história?
Até o proximo!
Beijos!


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