História Lucille, a filha do negan - Vinte e oito (parte dois)

ponto de vista Daryl.

Tento correr até Lucille, fui entrando adentrando no lugar com cautela, tive que ter força para deixar a luta de Lucille de lado e dar um jeito de tira-lá de lá com vida.

O grito de Lucille ecoa pelo lugar e meu coração se aperta, lembro da cena, ela totalmente pálida um pedaço de vidro enorme atravessado em sua perna.

Quando vou entrar no lugar alguém segura meu ombro me fazendo parar, olho para trás e é Negan, coloco o dedo na boca em um pedido mudo por silêncio, e ele apenas confirma com a cabeça em resposta.

-Vou pegar aquela mulher, tira minha filha dali!

Ele fala é afirmo, dou as costas a ele, espero um tempo, de cima de um dos muros de lixo ele me faz um sinal, entro no lugar enquanto ele corta com uma faca um pescoço, chego ao corpo estendido de Lucille no chão, ouço a respiração fraca, ela trava uma luta entre ficar acordada ou apagar de vez, a dor parece ser enorme, já que hora ou outra ela fecha os olhos mas depois volta.

Levanto ela no colo, da perna o sangue escorre, é sei que é isso que pode mata-lá, está perdendo sangue de mais.

-Daryl...

-Shiuu... estamos chegando vai ficar tudo bem.

Corto ela com o coração a mil, a adrenalina é grande, Rick se aproxima com Carl, olha para ela e depois para mim e aponta para o carro com a cabeça.

-Daryl... Eu...

Ela tenta mais uma vez antes de desfalecer por completo, o rosto ficando cada vez mais palido, a respiração parando, o corpo ficando frio a cada segundo que passa.

Olho para trás e Negan vem correndo,  tiros ecoam por todo o lugar, entro no carro com Lucille em meu colo ainda, acaricio seus longos cabelos castanhos sujos de sangue e barro, ainda continua linda, a mulher mais linda que  já vi, ela abre os olhos de novo mas não dura muito e volta a fecha-Los.

Ouço o gatilho de uma arma soar ao meu lado, olho para o lado e Jases estava a apontar uma arma para minha cabeça, Rick, Carl e Negan  ajoelhados, rendidos por outros membros do grupo.

Um homem retira Lucille dos meus braços sem jeito nenhum e a joga no chão, Negan tenta se mecher mas leva um soco no rosto, sangue escorre pelo canto do nariz.

Jades aponta uma arma para a cabeça de Lucille, meu sangue ferve, tento me mecher mas o barulho do gatilho faz eu parar, Jades me olha, sorri de lado com escárnio.

-Vocês mataram muitos meus, agora a vida dela vai pagar pela deles!

Ela Fala mirando mais uma vez em direção à cabeça de Lucille.

-Sangue com sangue.

Um homem fala a ela que concorda sorrindo, quando ia apertar o gatilho e por fim a minha vida e a tudo que me testou de bom nesse mundo, Negan pula em cima dela, começam ali no chão uma luta corporal, Negan usa sua força para  agarra-lá pelo pescoço e aperta-ló com tudo que pode.

Só para quando a mulher desfalece sem vida ao seu lado, ele se joga ao lado dela, reconheço sangue, muito sangue sai da região de seu abdômen, ao lado uma faca ensangüentada, Rick se aproxima tentando ajudar mas ele impede.

-Já deu Rick, Lucille tinha razão, só cuida bem dela, dê a ela o amor que eu não sei desde que o mundo virou isso!

Rick nega com a cabeça, tenta estancar o sangue com as mãos, mas sei que tudo aquilo é em vão, nem lutar pela própria vida Negan está lutando, ele está pronto, quer ir, quer descansar, é uma escolha dele, pego o leve e frágil corpo de Lucille do chão.

-Só cuida dela Rick, você e o caipira ali!

Ele fala sorrindo, gospe algumas gotas de sangue, e então é o fim, a cabeça pende para o lado, os olhos abertos sem vida nenhuma.

Dou as costas, salvar Lucille agora é a prioridade,  me parte o coração saber que vou ter que contar a ela, que ela não teve tempo de se despedir do pai, mas eu não só posso como vou mantê-lá viva, é uma promessa!

Ponto de vista Negan.

Abro os olhos, estou de novo naquele Jardim aconchegante da minha velha casa, olho para as ruas silenciosas, apenas alguns cachorros andando livres, velhinhos sentados em suas cadeiras na porta de casa olhando a vida passar.

-Papai.

A voz suave e doce de Lucille me tira dos meus devaneios, Lucille corre pra mim, os olhinhos brilhantes, os longos cabelos  Castanhos voando conforme o vento vai batendo contra seu rosto, ela sorri e vejo os dois dentinhos da frente faltando.

Minha menininha toda linda, vestida com um vestido rosa até os joelhos, toda suja de barro, brincando uma hora de boneca e na outra de zumbis ou alienígenas, o rostinho como de um anjo travesso, ela é linda, minha menininha, tudo o que há de bom em mim.

-Papai vamos almoçar, a mamãe está brava.


Ela fala enquanto me dá um longo abraço, Sorri olhando para a janela da cozinha enquanto sussurra sobre a mãe estar brava.

-E porque ela está brava?

Pergunto a ela que sorri Travessa, coloca as mãos na frente do rosto,  para depois tirar e se aproximar do meu ouvido.

-Quebrei o abajur da sala.

Ela fala rindo, beijo sua bochecha, jogo ela no gramado e a e encho de cócegas, ela se contorce de rir, grita algumas coisas, sinto uma mão pousar em meu ombro, me viro e lá está Ello, com aquele sorriso, o cabelos descendo longos e lisos cacheando nas pontas, emoldurado o sorriso angelical da minha esposa.

-Vamos comer ou vão ficar aqui o dia todo?

Ela nos pergunta fingindo estar brava, Olho para Lucille, sorrio a ela que sorri de volta entendendo meu plano, Puxo Ello para o gramado, Lucille e eu iniciamos uma sessão de cócegas nela que se contorce de rir, paramos para recuperar o fôlego.

três tolos deitados na grama tentando recuperar a respiração, viro para ela é dou um beijo em seu lábios.

-Te amo

Falo a ela que me beija mais uma vez, Lucille pula em cima de nós é nos enche de beijos.

-E eu amo vocês.

Ela afirma e reconheçamos a brincadeira, e sei que ali é meu lugar até a morte!