História Lucille, a filha do negan - Capítulo final

Ponto de vista Daryl

Morto, Negan está morto, salvou a filha, salvou todos nós,  no fim só posso agradecer a ele.

Depois de acabarmos com o resto daquelas pessoas e outras fugirem como os covardes que são,  pegamos o corpo dele, estamos apenas esperando Lucille acordar, olho para ela deitada na cama, a pele sem vida, mais branca que o comum, os lábios também sem vida, a pele cheia de cicatrizes, volto no tempo, estou de novo naquela luta dela com aquele morto, sinto meu coração se apertar, quase que ela não vence, ela poderia estar morta, eu poderia ter a perdido por nada.

-Daryl...

Sua voz falhada quebra meu momento de raiva, olho para ela, os olhos abatidos, me enchem de vida, ela está viva e isso já é o suficiente, ela tenta se levantar, a seguro negando com a cabeça.

-Você tá muito machucada, não levanta.

-O que aconteceu?

Ela pergunta, trava uma luta em sua  cabeça, parece tentar lembrar.

-Descansa mais um pouco, depois conversamos!

Alego e ela só se encosta mais no travesseiro se acomodando, me olha, tenta caçar em mim alguma reação diferente que possa lhe dar algum indício do que aconteceu.

-Quanto tempo eu to apagada?

-Quase dois dias!

Falo para uma Lucille totalmente surpresa, ela se cala, olha para lugar nenhum, tenta novamente caçar algo por sua memória.

-Meu pai estava com vocês, eles me pegaram e eu lutei com um morto cheio de estacas.

Ela vai constatando, olha para o seu corpo cheio de cicatrizes.

-Parece que eu estou certa, lutei mesmo com o espetadinho.

Ela fala soltando uma risadinha irônica, continua a se investigar, olha para a perna enfaixada.

-Eu cortei nos muros quandi fui descer, mas não estava desse tamanho.

Ela alega apontando para a perna.

-Um pedaço de vidro entrou na dua perna durante sua luta épica com o "espetadinho"

Ela concorda com a cabeça rindo do meu modo de falar, mas derrepente seus olhos se arregalam, e ela me olha meio assustada.

-Meu pai estava com vocês,  o que aconteceu?

Chegou a hora, fiquei o tempo todo que ela estava apagada ensaiando como falar isso e agora não sei nem por onde começar, engulo em seco e a encaro procurando o melhor jeito de falar.

-Vai Daryl desenbucha!

-Rick pediu a ajuda dele, e quando ele soube que tinham pegado você ele aceitou na hora.

Seus olhos marejam, ela tenta se levantar mais uma vez, mas só consegue sentir dor.

-Ele está aqui? chama ele Daryl!

Não me  movo,  fico ali olhando seu desespero para ver o pai, minha voz perdida em algum lugar, seguro sua não quando mais uma  vez ela tenta levantar, nego com a cabeça.

-O que foi? Você não vê? é uma chance de mudar tudo!

 ela fala e nego de novo.

-Olha pra mim!

Eu peço, ela solta um longo suspiro e me olha, caço dentro de mim um jeito de falar, seguro seu rosto com minhas mãos, faço um leve carinho, ela dá um sorriso.

-Ele... Lucille ele morreu.

Falo a ela que nega algumas vezes com a cabeça, os olhoa marejam e ela deixa que lágrimas caiam, coloca a mão no rosto e chora.

-Isso é mentira não é?

Ela fala depois de um tempo com o rosto mergulhado em suas mãos, apenas nego, não é o melhor momento para falar, ela volta a chorar compulsivamente, ela me abraça,  chora em meu peito, eu apenas aa abraço de volta e deixo que fique ali.

-Como... como ele morreu?

-Foi para salvar você,  todos nós!

Eu falo a ele que tenta conter as lágrimas, dá um sorriso minimo, beijo seus lábios, um breve baijo apenas um tocar de lábios.

-Deita e dorme.

ela apenas obedece, fico ali velando seu sono e remoendo o quanto eu a amo.

Ponto de vista Lucille

Fico até o ultimo punhado de terra ser colocado na cova onde meu pai foi deixado, eu tinha me preparado tanto para esse momento, em minha cabeça eu iria mata-lo, pensava que não ia sentir nada, mas foi tudo ao contrario, nunca senti tanta dor em minha vida, ele levou um pouco da minha vida com ele.

Estou apoiada em daryl, a perna lateja pelo tempo que estou em pé, só sobrou ele e eu, não houve palavras bonitas, não foi um enterro cheio de amigos, é o fim do mundo, meu pai não cultivou as melhores amizades, mas morreu por todos aqui, morreu por mim e só posso ser grata a ele por ter me dado uma segunda chance de viver.

-Vem vamos oara casa, os pontos vão abrir assim.

Daryl fala me tirando dos meus devaneios, concordo com a cabeça, a voz perdida em algum lugar, tudo que eu sei fazer agora é chorar, a tristeza me domina.

Chegamos em casa, ele me apoiando o tempo todo, tudo isso só me dá a dimensão do quanto eu o amo, de que ele é o homen perfeito para mim.

-Deixa eu te ajudar.

Ele me pega no colo e me ajuda a subir as escadas, são lá para umas três horas da tarde, mas isso hoje em dia não tem importância nenhuma.

Ele me deita na cama com todo cuidado, se deita ao meu lado, ficamos um tempo apenas nos olhando, toco seu rosto em um carinho leve.

-Eu vou me reerguer!

Aviso a ele que confirma com a cabeça, contínuo o carinho em seu rosto.

-Eu sei que vai, afinal você é a filha do Negan, Você é Lucille, a criação dele, não vai abaixar a cabeça para nada, só mais uns dias e a dor vai se acomodar e você vai usá-la como apoio para sua força.

Ele fala antes de me dar um longo beijo.

-E nos estaremos juntos em todo momento, eu Você e a nossa família do fim!

ele fala e sou eu a ir beija-lo, ele fica por cima de mim, e apenas esqueço da perna, nem doi tanto assim.

Seus olhos sorriem e aposto que os meus também, ele me faz um carinho antes de me beijar, quebra o beijo por um momento, me olha longamenta, vejo o desejo arder nele da mesma forma que arde em mim.

-Eu te amo.

Ele fala e meus olhos marejam, sorrio para ele, dou leve beijo nele.

-Eu também!