História Lucille, a filha do negan - Oito

Já fazia uns dois ou três dias que eu estava enfurnado no quarto que era de Lucille, meus homens já estavam enchendo o Simon, o taco estava ao meu lado, Não sei se vou conseguir chamá-la  de Lucille de novo ela repudiava isso, seria em forma de respeito, Mas era a única forma de mantê-la viva, pego Lucille e a seguro firmemente na mão, a bro a porta do quarto e começo a caminhar para o refeitorio do santuario, a luz que emanava da janela machucava meus olhos, estava a dias preso naquele quarto sem comer ou beber direito, chego até o refeitorio e vejo um de meus homen incitando uma rebelião contra minha liderança

-Aquela garota já foi tarde, era uma vagabunda, não fazia nada de util, e até morta atrapalha agente!

Ele grita para os outros que ouviam ele, vejo a cara de Simon quando ele fala de Lucille, ele ia pegar a arma para atirar mas me vê atrás do homen e recua, seguro firme lucille junto toda minha força e bato na cabeça do homen, não sei quantas vezes foram nem quanto tempo durou só sei que estou agora tentando recuperar o folego com o corpo do homen já sem cabeça a minha frente, todos me olham aterrorizados mas não ligo, não era minha vingança nem nada era a vingança dela, de Lucille, mesmo morta ela a chingou e ela mereceu isso, o taco vai continuar a se chamar de Lucille ela estara para sempre comigo

-Mais alguém? se tiver me avisa que aproveito que Lucille já está suja!

Pergunto em tom de deboche, todos me olham com medo, Simon dá as ordems e todos seguem para o seus postos

-Vamos para Alexandria

Falo com um sorriso no rosto, Lucille odiaria ele mas estou voltando ao meu posto por ela, para honra-lá mesmo que seja da forma que ela mais repudiava, era tudo por ela, entro em um dos caminhões acompanhado de Simon e outros homens, algumas horas depois e estavamos em Alexandria Rick nos abre o portão, entro aspirando o ar daquele lugar, era maravilhoso não posso negar, o lugar que Lucille adoraria viver, balanço a cabeça tentando afastar aqueles pensamentos, alguns minutos depois o grupo estava me rodeando, Rick dá um passo a frente tentando saber o que se passa, já que furei de vir por conta do luto

-Perdi a pessoa mais importante da minha vida, fiquei mal sabe, mas já estou de volta por ela

Falo olhando para Rick que apenas acenti com a cabeça, tenho certeza que lá dentro estava feliz por eu ter sofrido, pudia até estar achando que eu estava fraco, mas isso só na cabeça dele vou continuar lutando pela Lucille

-Quem morreu?

Um cara me pegunta, eu o olho meio em dúvida se conto ou não, oque isso vai mudar? vai traze-lá de volta? acho que não, então dane-se!

-Minha filha, a pequena Lucille

ele me olha e depois olha em direção a Lucille que estava em minhas mãos, achou que eu estava brincando, dou uma risada alta que ecoa pela comunidade

-Não, não é está Lucille que vocês estão pensando, era minha filha! Lucille

Falo enquanto balanço o taco, me lembro do colar de Lucille que tinha uma foto dela e da mãe

-Quer ver uma foto? vamos lá, deixa eu te mostrar

Começo a caminhar pra ele que me olha em duvida

-Que bom que morreu... melhor morta do que viva... sendo um projeto de você, devia ser um monstro feito você

Ele despeja todas essas palavras pra cima de mim, se ele estivesse falando a verdade até deixaria barato mas como Lucille estava longe disso não vou deixar que ele machuque o nome da minha filha desse jeito, Lucille era um doce de menina estava longe de se parecer comigo, caminho até o homen, Rick dá um passo em minha direção mas Aarat segura ele, meu olhar sintilava de tanta raiva

-Não fale assim dela!

Falo enquanto levanto Lucille e dou na cabeça dele, novamente não sei quantas vezes bati ou quanto durou mais só sei que parei quando perdi senti meus braços formigarem e começarem a doer, me viro pra Rick que tem aquele olhar de cachorro que caiu da mudança,  Mas o garoto que tanto me fascinava me olhavá com ódio, só faltava o caipira, aquele ali tinha contas a acertar  comigo Não esqueçi aquele soco que ele me deu! Sorrio para Rick

-Seu filho é mais corajoso que você, precisa rever isso!

Me aproximo bem do ouvido dele com Lucille em minhas mãos o que o fez gelar

-Bundão

Falo soltando a minha melhor risada

-Vamos embora... salvadores

Todos me seguem até a saída de Alexandria, entramos nos nos caminhões e nos retiramos do lugar,  tudo aqui está feito, eu agora só quero acertar ninjas contas com o caipira, olho para Lucille, ou ela que vai acertar as contas por mim,  dou um belo sorriso com o pensamento

Ponto de vista Lucille

Judith me encarava enquanto eu lhe dava de comer, Eu me perdia facilmente naquele par de cristais azuis, Carl lia alguns gibis no canto da sala e Rick tinha saído para procurar suprimentos com o Daryl, há dias que Daryl me atormentava e me enchia de perguntas sobre o que aconteceu naquele dia e por conta disso nossas brigas são constantes que ninguém mais se importa com elas, Rick entra na sala acompanhado de Daryl, os dois tinham uma cara nada feliz, estava tentando segurar minha curiosidade mas não aguentei quando vi um belo corte no braço esquerdo do Daryl, eu me coloco de pé com Judith nos meus braços, me aproximo dos dois que estavam escorados na bancada de mármore da cozinha bebendo água

-Problemas?

Pergunto olhando para Rick, ele me olliga depois olha para Daryl e seu braço!

-Só um grupo de três pessoas,  nós deram problemas, Mas já cuidamos deles, eu vou subir!

Fala ele pegando Judith e a mamadeira de mim e subindo as escadas

-Brigado por ter cuidado dele pra mim!

Ele fala parando no meio da escada, Judith  com a cabeça afundada na curvatura do pescoço dele, a pequena estava cansada mas sem Rick por perto não dormia

-É pra isso que servem os amigos

Falo dando a ele o meu melhor sorriso me encostando  no balcão de mármore

-você não é só uma amiga Lucy,  você faz parte disso... entende? Da família, você é uma de nós

Ele fala e sou um sorriso, posso sentir meus olhos marejarem, ele me sorri e volta a subir as escadas, me viro e vejo Daryl na torneira molhando o machucado e fazendo algumas caretas de dor, aquela medra vai precisar de pontos! Me aproximo dele sem que ele me veja e pego seus braços, vejo seus pelos se ericarem, ele me olha um tanto confuso

-deixa eu te ajudar, vou ter que dar uns pontos nisso... senta ali!

Falo apontando para uma cadeira que estava lá na cozinha, pego o kit de primeiro socorros que tinha no armário e caminho pra ele, pego no braço dele é mais uma vez vejo seus pelos se ericarem, ele me olha mas depois desvia o olhar, começo a limpar  a ferida, dele só dava pra ouvir alguns gemidos de dor de vez em quando, pego a agulha e começo a dar pontos, alguns minutos depois eu termino o curativo

-É só trocar o curativo e vai ficar bom logo logo, não foi um corte tão vindo

Falo pra ele que volta a me encarar, dessa vez ele não desvia o olhar fica apenas ali me olhando e eu faço o mesmo, me perco em seus olhos e o mar de mistérios que eles significam, quando ele olhava pra mim daquela forma eu viajava pra outro mundo, saia da minha órbita, gostava daquilo, mesmo que só tenha acontecido  uma três ou quatro vezes,  Mas eu queria mais daquilo, aproximo meu rosto do seu, sinto sua respiração se chocar contra o meu rosto, a minha respiração ficar descompassada, ele também se aproxima

MEU RECOMEÇO,  MEU RENASCER
DO QUE ADIANTA ESTAR VIVA OU SOBREVIVER SE VOCÊ NÃO VIVE PLENAMENTE?  NÃO ADIANTA DE NADA, NUNCA TEM UM AMANHÃ, NUNCA TEMOS CERTEZA, ENTÃO VOU VIVER O HOJE, O AGORA,  AFINAL NÃO TEMOS AMANHÃ,  VIVEMOS NA ERA DOS MORTOS ONDE OS NOSSOS MONSTROS DE INFÂNCIA SAÍRAM DEBAIXO DAS NOSSAS CAMAS E DOMINARAM O MUNDO!