História Lucky One - imagine Xiumin - O Final. - Reencontro

------------------ Visão do Xiumin --------------------

Meu coração está congelado, eu não acredito no que eu acabei de ver, meu último amor aparece bem a minha frente depois de anos. Minha respiração fica ofegante, meus braços ficam trêmulos, e quando tenho que sair da sala em que encontro ela e vou em direção à sala de reunião, é como se eu deixasse um pedaço de mim com ela, ali naquela sala.

Enquanto vou em direção a outra sala, meus olhos se enchem de lágrimas, eu não consigo deixar de sentir isso mas tento me controlar. Passo por Sehun, ele está com um olhar de angústia, teria ele também a visto? Isso realmente é verdade? Que destino é esse? Estou tão confuso em meus próprios pensamentos que quando vou perceber, já estou dentro da sala de reunião.

-- Sr. Minseok? - Diz um dos outros empresários.

-- S-Sim. - Quando ele me chama, respondo e desperto de meus pensamentos.

-- Vamos começar a reunião? - Diretor.

-- Claro. - Digo com firmeza.

Todos começamos a discutir sobre o futuro desta empresa, como vai ser a filial, mas aquelas palavras parecem ser todas em grego para mim, simplesmente não consigo me concentrar no que eles dizem. Olho para Sehun, que também estava na sala e ele está inquieto, como quem queria sair correndo da sala e ir atrás dela, com certeza era isso.

Aquela reunião não acaba, o tempo não passa, quero sair daqui agora, quero beijar aquela garota...ou melhor, aquela que hoje, já é uma mulher.

Todos já falamos sobre o futuro empresarial e agora estamos falando sobre a turnê do Sehun aqui no Brasil, ele se levanta e diz:

-- Eu concordo com tudo, obrigado. - Ele diz isso com um tom meio desesperado e sai em direção a porta com pressa.

Todos na sala ficam sem entender essa atitude dele, em um momento de impulso, me levanto e digo;

-- Eu também. - Faço uma reverencia para as pessoas na sala e saio na mesma direção que Sehun.

Corro para a sala dela, não posso a deixar apenas com ele assim tão fácil. 

Chego na sala dela, Sehun não está lá, apenas uma faxineira está lá e eu digo com um tom de desespero:

-- Onde está ela?

-- Quem? - Diz a faxineira.

-- (__)! - Depois de anos, essa é a primeira vez que digo o nome dela em voz alta.

-- Acabou de sair pelo elevador, parece que ela não está se sentindo bem.

Antes mesmo que ela terminasse de falar, eu saio correndo (realmente correndo), em direção ao elevador, ele está ocupado, olho para o led dele e mostra que ele está descendo. Sem pensar corro para as escadas e as desso bem rápido, como se minha vida dependesse disso, eu precisava a ver.

Estou soado, mas não me importava com aparências agora, quando chego no térreo, o elevador se abre. Lá está ela, linda, nossos olhos se encontram, estou com a respiração ofegante e minhas mãos sobre meus joelhos, realmente me cansei, mas por ela, eu correria esse percurso por mais mil vezes.

Ela sai do elevador e junto com ela está Sehun, eu deveria ter saído antes dele, naquele momento tento não me importar com a presença dele perto dela, já que o importante para mim era ela. Agora que estou de frente para ela, não sei o que fazer, é como se minha mente se esvaziasse e eu não conseguisse mais dizer as palavras que sinto que estão me sufocando.

Ela vem em minha direção e eu vou em direção à ela, quando chego perto, Sehun do lado dela e digo:

-- Você está bem? - Minha respiração ainda ofegante.

Estamos perto da porta de saída da empresa, por um pouco de azar, a porta está aberta, as fãs de Sehun quando o vêem começam a gritar sem parar e querer entrar, felizmente os seguranças impedem que elas façam isso. Toda essa rebelião força o Sehun sair de lá, ele coloca uma máscara e um óculos escuros, e diz para ela:

-- Nos vemos por aí. - Depois disso ele sai e vai em direção a  outra saída da empresa.

Agora somos apenas nós dois e o barulho das fãs.

-- Preciso sair desse barulho. - Ela diz com um tom de incômodo.

Pego em sua mão e a puxo para outro canto, onde há apenas nós dois, percebo que ela fica um pouco nervosa quando pego em sua mão. 

Os anos se passaram mas suas mãos ainda são macias como as nuvens. Já estamos sozinhos e digo:

-- Aqui é bem melhor. 

-- Pois é. - Ela diz .

Ela me parece diferente, aliás, ela está diferente. Está fria, mas isso eu já esperava, eu fui embora por cinco anos e nem dei notícias, acabei com nosso amor, mas no fundo ela sabe, que eu fui forçado a isso. Eu realmente não sei o que dizer agora, o que devo fazer? Quando estou pensando no que dizer para ela, escuto sua doce voz dizendo:

-- Preciso ir, já que estou em meu horário de almoço, não quero descontos no meu salário depois. - Ela diz isso e faz uma reverência. 

Fico espantado quando ela diz isso, antes mesmo dela sair, eu a respondo:

-- Tire o dia de folga, já que não se sente bem hoje.

Ela se vira para mim e não diz nada, creio que está formulando algo para me dizer, e eu continuo:

-- Não vou descontar de seu salário fique tranquila.

-- Não precisa.

-- Sou seu chefe e isso... é uma ordem. - Digo isso com um tom agradável, para que não pareça que estou sendo mal educado.

-- Ok, obrigada. -  Ela faz a reverência e sai sem ao menos olhar para trás.

------------ Visão da personagem principal -------------------

Saio sem olhar para trás para que ele não veja que estou chorando.

Eu não consigo evitar, saio o mais depressa possível em direção a saída de trás da empresa para que eu não seja atacada pelas fãs do Sehun. Me belisco várias vezes para ter certeza de que não estou sonhando e pelo que parece, realmente não estou. Consigo sair da empresa em segurança e vou em direção ao ponto de ônibus. 

Enquanto estou esperando pelo ônibus, pensamentos invadem minha cabeça e me fazem cair em lágrimas. Eu não quero me iludir de novo, com certeza ele vai ter que voltar para seu país, comandar sua empresa, e eu vou continuar aqui no Brasil, sendo apenas uma simples estudante, secretária que não sabe como vai ser seu futuro e Sehun... simplesmente está quase no topo do mundo, eu já não sou mais apropriada para nenhum dos dois.

Meu ônibus chega e entro nele, sento em um banco, coloco meus fones de ouvidos e começo a pensar em minha vida, desde quando eu tinha 16 anos e parece que um filme se passa em meus pensamentos.

----------------------- Visão do Sehun ------------------------

Estou no hotel onde estou me hospedando, deito em minha cama e começo a pensar no que aconteceu naquele elevador.

"Sehun entra no elevador juntamente com ela. Ele entra em um desespero que assusta a garota, os dois entram no elevador e começam a se encarar, não conseguindo segurar as lágrimas ele diz:

-- Você continua linda.

A garota olha para ele com seus olhos vidrados, se sente tão sufocada com tudo que está acontecendo que não consegue pronunciar sequer nenhuma palavra, aquele novo Sehun estava diferente e mais maduro em sua aparência, mas continuara sendo o mesmo em sua personalidade.

Quando ela pensa em dizer algo para ele, o elevador se abre, ela olha para frente e seus olhos vão de encontro aos de Xiumin.

Sehun, pouco satisfeito com isso, limpa suas lágrimas e sai juntamente com ela do elevador e vão em direção à Xiumin..."

Meus pensamentos estão tão confusos, não consigo dizer uma palavra sequer, nem mesmo estando sozinho.

Levanto da cama e vou em direção a sacada para sentir a brisa um pouco gelada, estou olhando para baixo, vendo todos aqueles carros andando e passando pelas ruas de São Paulo e me imaginando com uma vida "normal" com ela, onde eu possa andar livremente com ela sem ser incomodado por fãs loucas, mas, mais difícil que isso acontecer, é apenas acontecer uma coisa...que ela venha verdadeiramente me amar.

                                                                                 Continua.

                                                                                         Leiam as notas finais, por favor ~~