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História Lucky one - First love


Escrita por: Kairyu

Notas do Autor


Hello, hello, olha que apareceu XD
Eu percebi que eu sumo e broto bem do nada, mas sempre estou por aqui kkkkkk

Enfim, essa fic me veio enquanto eu estava vendo um vídeo do Buzzfeed de "Os seis/sete tipos de garotas que você conhece" e suas variantes (Conheça Julia, a maior viciada nos vídeos desse canal). Parei então pra pensar que nesse site as pessoas veem muito pelo lado dos amores que deram certo na vida ou nos que deram errado e por que não contar todas as histórias? Uma vida é composta por bem mais de um amor e... É

Vamos lá, nossa primeira cobaia é o menino que assopra flautinhas.

Capítulo 1 - First love


 

 

O primeiro amor 


 

Seu nome era Luhan. Um chinesinho que morava na mesma rua e estudava na mesma escola que eu, coisa que só fui descobrir muito tempo depois de tê-lo conhecido.

Na época, tinha uns dez ou onze anos e um coração enorme, o qual aceitava tudo o que viesse. Pense numa criança gentil e multiplique por dez, esse era o Baekhyun antes dos tantos baques emocionais da adolescência.

Da primeira vez que o vi, seu cabelo ainda era comprido, batia nos ombros, e o rosto tão feminino quanto poderia ser. Não sou capaz de me recordar de todos os seus detalhes, porém, seu jeito delicado me encanta até hoje. Apesar de não nos falarmos tão frequentemente quanto na nossa tenra juventude, ainda mantemos um esparso contato. Bem… coisas acontecem.

Quando me mudei para a casa ao lado, fiquei muito feliz ao saber que havia um garoto para brincar junto comigo. Não me levem a mal, naquela época as garotas não chegavam tão perto. Uma guerra que nunca cheguei a entender de verdade.

Na primeira noite, vi sua silhueta por trás da cortina de seu quarto: esguia, pálida, quase como um dançarino (algo que ele realmente era). Observei-o por um longo tempo, imaginando como seria poder transmitir tanta sensação com um simples movimento de braços. Por um momento tudo parou. Luhan abriu as janelas e deparou-se comigo estupefato olhando-o através do vidro. Hesitou um pouco e acenou. Retribui-o tão envergonhado que não pude sequer fitá-lo no dia seguinte, quando minha mãe resolveu visitá-los.

Logo nos tornamos melhores amigos. Daqueles de pular a cerca do quintal só para mostrar uma figurinha nova. Mesmo que fosse mais velho que eu, Luhan parecia entender tudo o que se passava na minha cabeça infantilíssima, ao passo em que eu começava a compreender seus dramas de pré-adolescente. Nunca tivemos tanto em comum, mas sempre acabávamos deixando isso de lado e brincando de algo bobo, próprio de nós dois.

Ele gostava de balé e filmes de ação, eu assistia desenhos animados de fantasia e colecionava pôsteres do homem-aranha (prática que não perdi até hoje). Eu arrumava o cenário para nossos embates épicos de cavaleiros enquanto ele bolava uma história. Saíamos em aventuras pelo bairro e ouvíamos músicas em seu walkman. Nós divertíamos entre danças loucas na sala e maratonas de jogos no Atari dele. Era tudo mirabolante com um pé na realidade, acho que isso foi o que mais me chamou atenção nele, mesmo sem desconfiar.

Com doze anos, eu comecei a perceber que aquele rapaz de quinze não me deixava nos meus eixos normais. Ele me causava arrepios, sensações estranhas demais para um garoto entender. Nós éramos amigos, não era usual querer abraçá-lo a todo momento ou tocá-lo?

Sei que a partir dali, sobre suas ações e seu caráter, dos quais já havia me prendido, reparei em seu corpo e na forma em que se moldava. Talvez fosse só a puberdade afetando meus hormônios, porém foi libertadora a sensação de ver quem eu era de verdade. Eu gostava de Luhan de um jeito que ultrapassava a barreira de nossa amizade.

Levei isso por mais uns anos. Até que, aos 13, ele me dissesse que se mudaria de volta para a China. Num surto de coragem e desespero, despejei tudo o que sentia. Com a cabeça girando e os olhos ardendo em lágrimas, sussurrei um “eu gosto de você” meio enraivecido, meio entristecido, completamente cego pela paixão. Essas são as ações dos despreparados para esse tipo de coisa.

Lembro-me da sensação cálida de suas mãos nas minhas bochechas limpando a água que caía de meus olhos, da textura de seus lábios em minha testa e, principalmente, do timbre de sua voz murmurando-me um “obrigado por gostar de mim”.

E deixou-me ali. Sem ninguém para conversar, desabafar ou falar sobre as figurinhas novas. Sem ninguém para observar pelas frestas da cortina ou trocar acenos envergonhados depois de ser pego no flagra.



 

Eu ainda sinto falta dele, foi um amigo precioso indo embora.

Sabe, nenhum vizinho chegou a ser tão legal quanto Luhan e suas peculiaridades.


Notas Finais


Ah, o primeiro amor, que lindo. Você é novo, inocente, não sabe nada da vida e quebra a cara.

E sim, todos os capítulos serão pequenininhos assim.
Querem tentar descobrir quem será o próximo? Dou um doce pra quem acertar <3

Até semana que vem <3


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