História Lucy In The Sky With Diamonds - Capítulo Nove

Capítulo Nove 

Já passavam das nove e meia da noite quando Lucy e os garotos ja estavam no carro, a levando para o Cavern Club. John disse para George ajudar Lucy a abrir o clube, garantindo que traria os instrumentos com a ajuda de Ringo. Obviamente não foi necessário muito esforço para convencê-lo.

Assim que John deixou os dois no clube, eles já começaram a arrumar as coisas para abrir. Quando deu dez e meia ambos abriram e clube e não demorou muito para Rick e os funcionários chegarem, mas não haviam nem dez pessoas ali ainda.

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Eu e George fomos para os fundos do clube. Acendi um cigarro e o fumei inteiro, e nem um de nós havia falado nada, quando joguei o cigarro no chão e o apaguei com o salto George me olhou. Enfiou a mão no bolso e tirou uma cartela de chicletes de menta.

—Quer? -Me estendeu, eu o olhei.

—Não. Obrigada. -Ele assentiu e guardou a cartela de volta. Ia me virar para entrar. Quando George se virou para falar comigo. Ficamos próximos de novo, meu coração acelerou.

Ele colocou a mão na minha cintura, e acariciou meu rosto, do mesmo jeito que havia feito mais cedo, no clube. Ele se aproximou lentamente, sentia a respiração dele. Ele se aproximava tão lentamente que estava me irritando.

—Meu Deus, George. Como você é lento. -Sussurrei e o puxei pela gola do casaco. Selando nossos lábios. Levei minhas mãos para a nuca dele. Senti ele se arrepiar. Só não sabia dizer se era pelo beijo, ou pelas minhas mãos frias.

Ele puxou meu rosto para mais perto, aprofundando o beijo, o tornando necessitado. Apertou minha cintura, colando nossos corpos. Não havia como ficarmos mais próximos. Arranhei de leve sua nuca com minhas unhas pintadas de azul escuro quase preto, e o senti arfar. Nos separamos, ofegantes.

Ele encostou nossas testas, acariciando minha bochecha. Ele respirava ofegante de olhos fechados, com um sorriso singelo nos lábios avermelhados.

Ele abriu os olhos lentamente me encarando, levantou o rosto. Segurou meu rosto entre suas mãos, e com o polegar contornou meus lábios.

—Você é tão bonita. -Repetiu o que havia dito antes, no clube. Eu o encarei e sorri, ele se aproximou de novo me dando um beijo leve nos lábios. Quando se separou de mim acariciou meu rosto e prendeu meus fios soltos atrás da orelha.

Não sei dizer exatamente quanto tempo ficamos nos olhando, minhas mãos continuavam na nuca de George. E ele acariciava meu rosto. Só voltei para realidade quando ele me revelou sua descoberta, em voz baixa :

—Meu Deus, Lucy. Eu te amo -Senti o ar faltar e o encarei surpresa. Ele sorriu decepcionado quando eu não retribui as palavras. —Tudo bem. Você não precisa falar. -Ele disse ainda acariciando meu rosto.

—George...-De novo fomos interrompidos, dessa vez por Rick, que veio dizendo que eu precisava me trocar. Por que o movimento estava começando. Encarei George que sorriu e me soltou.

Corri para sala de porta azul e me vesti, rápido. Quando fui pegar o batom vermelho que estava em cima do sofá, vi a camiseta de George ali.

"—Pegou suas roupas?

Ele sorriu pra mim e piscou.

—Peguei."

Eu sorri e peguei a camisa em mãos, esquecendo do batom. Abraçei a roupa. Tinha o cheiro de George. O mesmo cheiro do perfume amadeirado que ele usava, o cheiro que eu acabara de descobrir que adorava.

—Eu também te amo George. -Sussurrei para mim mesma, sozinha na sala, o que eu repetiria pra ele depois, no final dessa noite.

O show dos garotos tinha sido um sucesso, como sempre. E o meu trabalho de garçonete cansativo, como sempre. Mas meu sorriso se mantinha, estava ansiosa para que a noite acabasse, queria repetir para George oque ele havia me falado nos fundos do clube.

Rick ja tinha ido embora, o clube estava vazio, e os garotos colocavam os equipamentos no carro quando eu corri para a porta do clube. George estava de costas para a porta.

—George. -Ele se virou quando eu gritei. —Posso falar com você? -Os garotos o encaram, maliciosos e eu revirei os olhos.

Ele vinha em direção a porta quando John ia soltar alguma piada.

—Calado John. -Falei autoritária, ele levantou as mãos em forma de rendimento. George entrou no clube e fechei a porta.

—Lucy, me desculpe lá atrás... -Eu o iterrompi.

—Calado. -Disse e ele me olhou surpreso. —Eu vou falar.

—Eu só queria que você soubesse que, não quero te pressionar...

—Calado. -Eu estava irritada.

—Eu disse que te amava, e amo. Mas você não precisa se sentir...

—George. -Gritei, e ele calou-se. -Calado. -Falei baixo. Ele assentiu.

Eu suspirei e me aproximei dele, segurei em seus ombros e sussurrei perto da orelha dele:

—Eu também te amo. -Disse. Senti ele ofegar, e sem nem mesmo me dar tempo para respirar, ele segurou meu rosto entre suas mãos e me beijou, desesperado.

Senti ele sorrir durante o beijo, e por alguns segundos me esqueci que a porta do clube era de vidro. Só me lembrei disso, quando ouvi os gritos e palmas de John, Paul e Ringo. Me separei de George, que sorria bobo. Ele me abraçou encaixando seu rosto na curva do meu pescoço, senti sua respiração quente.

—Meu Deus. Você disse que me ama. -Ele riu animado, ainda abraçado comigo. —Eu te amo, caramba, eu te amo muito. -Ele se soltou do abraço e me deu um beijo suave e rápido. Abri a porta do clube para ele e ouvi de novo os gritos de comemoração dos três idiotas.

—Te vejo amanhã George. -Acenei.

—Até Lucy. -Me mandou um beijinho, eu ri.

Quando se aproximou dos garotos começou a gritar e pular junto deles, eu ri. Eles entraram no carro, comemorando.

Eu tranquei a porta do clube. Limpei tudo sorrindo, me sentindo uma garotinha apaixonada de 12 anos. Quando acabei fui para sala de porta azul, tomei um banho rápido e coloquei a camiseta do George para dormir.

Adivinhem só com quem eu sonhei?