História Lucy In The Sky With Diamonds - Capítulo Dez

Capítulo Dez

Lucy acordou bem disposta sentindo o cheiro que a camisa de George exalava. Ela adorava aquele cheiro. De imediato veio a mente de Lucy a lembrança de seu beijo com George. Ela sorriu, se abraçando.

Levantou da cama e muito a contra gosto se vestiu, para ir almoçar na lanchonete que, agora, ia sempre. Eram quase meio dia quando saiu do clube, quando ia levar a mão até o bolso para pegar um cigarro. Sentiu alguém a agarrando pela cintura.

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Pensei em gritar, mas então senti o cheiro amadeirado de George. Ele apertou minha cintura, e encostou sua boca em meu ouvido, sussurrando, ele disse :

—Não proteste. Isso é um sequestro. -Disse, eu ri baixo.

—Oh socorro. Ajudem essa indefesa dama que lhes fala. -Eu falei baixo, encenando. George riu e me soltou, só para me virar para sí e segurar-me pela cintura novamente.

—Bom dia Lucy. -Ele sussurrou com seus lábios perto dos meus, senti sua respiração quente. Ele selou nossos lábios, iniciando um beijo necessitado. Quando nos separamos eu arfei.

—Bom dia George. -Ele acariciou meu rosto, sorrindo. Ouvi gritos e revirei os olhos. George parou de sorrir. Nos separamos e vimos os três idiotas ali.

—Que lindos. -Disse Paul, aplaudindo.

—Eu levo um pé na bunda. E George arruma uma garota. A vida é sacana. -Disse Ringo, rindo.

—Me de um beijinho também Lucy. -John riu da cara emburrada de George. E mais uma vez, eu mandei um beijinho no ar para John. —Quero um beijo como o do George Lucy. -John reclamou, brincando. Rimos e George me puxou pela cintura. Nós todos rimos ainda mais, menos George.

—Vamos comer. -Falou Ringo, George imediatamente se animou, assim como todos nós. Entramos no carro de John.

Diferente do que eu pensei, Eles não foram para um restaurante nem nada assim. Passaram pela lanchonete, compraram comida e foram para casa de George. Dessa vez a casa não estava sozinha. Enquanto subíamos a escada em silêncio, para não sermos notados, vi de relance um garoto levemente parecido com George, um homem mais velho e uma mulher. Vi também uma garota de cabelos castanhos e olhos da mesma cor, agarrada ao braço do garoto que se parecia com George.

Quando entramos no quarto George começou a me explicar quem era quem. O garoto era o irmão mais velho dele a garota era namorada dele, ele contou que tinha mais um irmão, e uma irmã, mais ambos não se encontravam em casa. Paul insistiu que eu fosse apresentada a família de George, ou a parte presente no momento. E depois de muita insistência dos quatro. Eu cedi. Terminamos de comer e descemos a escada, nós cinco. Agora eles estavam na sala.

A garota estava sentada no colo do irmão de George _Que eu descobri se chamar Peter_ numa poltrona. Em outra poltrona, se encontrava o pai de George, a mãe dele estava sentada numa terceira poltrona. Havia também ali um sofá de três lugares. Quando chegamos na sala, todos nos encararam.

—Mãe. Essa é Lucy, minha... -George se enrolou com as palavras, e antes que John fosse inconveniente eu intervi.

—Amiga. Sou amiga de George. —Disse, a mãe dele se levantou para me cumprimentar. —Prazer senhora Harrison. -Disse, agradeci internamente a Paul por ter me revelado o sobrenome de George.

George me apresentou para o resto deles, quando foi me apresentar para seu irmão pôs a mão na minha cintura. Junto com os garotos fomos para fora. John fez sinal, dizendo que estaria no carro. Já que ele daria carona pra mim, Paul e Ringo. George me encarou, emburrado.

—O que foi? -Eu perguntei, ele passou a mão pelos cabelos.

—Amiga? Meu irmão, mesmo com a namorada ali estava babando em você. E você se diz minha "amiga"?- -Disse rápido, gesticulando.

—Ah George, é sério? -Eu perguntei cruzando os braços. Ele me encarou confuso. —Você está com ciúmes? Do seu irmão? -Perguntei retórica, ele corou.

—Mas você disse que era minha amiga. -Falou, baixo. O encarei impaciente.

—E somos! Você não me pediu em namoro em nenhum momento. Ou pediu? -Ele negou e eu suspirei. —Até mais tarde George. -Disse e fui para o carro. Sentei na frente com John, e os dois garotos atrás. John deu partida e eu pude ver pelo retrovisor George, com as mãos nos bolsos da calça e uma cara decepcionada. Suspirei e os três garotos se entreolharam, mas não falaram nada.

Admito que fiquei surpresa _E aliviada_ por John não ter feito nenhuma piadinha sem graça. Ele deixou Ringo e Paul em casa primeiro, e só depois, me levou para clube. Parou com o carro em frente ao local e me encarou.

—Por que discutiram? -John se virou me olhando.

—Por que George deu piti. -Cruzei os braços, encarando a minha frente.

—Por que ele deu piti?

—Por que eu disse que era amiga dele.

—E por que você falou isso?

—Droga John. É o que somos. -Falei me virando pra ele. John riu.

—George é meio idiota mas, ele gosta de você. Tem medo que te tirem dele. -Falou baixo.

—Eu não sou um objeto do George. -Falei saindo do carro. John logo pulou para fora, me impedindo de me afastar.

—Hey calma, não quis dizer isso Lucy. E nem George. Ele só, tem medo entende? -Perguntou, gesticulando. Suspirei.

—Tudo bem. Acho que exagerei um pouco. -Abri o clube. —Até mais tarde. -Mandei um beijinho no ar para John, que sorriu fingindo que o pegava.