História Lucy In The Sky With Diamonds - Capítulo Oito

Capítulo Oito

Depois de Lucy e Ringo conversarem muito e comerem, a garota ligou para John que veio buscar Ringo. Os dois tiveram uma pequena discussão que logo foi resolvida. Com Ringo tendo que contar para John sobre oque acontecera entre ele e sua ex-namorada. E com John contando para os outros dois sobre tal assunto.

Lucy tinha acabado de dobrar a calça e camisa de George e deixá-las sobre o sofá, quando ouviu alguém batendo no vidro da porta do clube. Era George.

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Eu corri para atendê-lo, quando abri a porta sorri, e dessa vez, ele me deu um beijo na bochecha. Ele trazia uma mochila nas costas. O ofereci uma cerveja, ja que ali só tinha álcool, servi duas grandes canecas e coloquei o dinheiro da bebida no caixa. Enquanto fazia isso o pedi para deixar o vestido na sala.

Ele demorou mais do que eu esperava, saiu quando eu estava colocando as duas canecas numa mesa. O encarei.

—Pegou suas roupas? -Ele sorriu pra mim e piscou.

—Peguei. -Ele se sentou do meu lado.

Conversamos um pouco sobre algumas coisas, principalmente sobre os Beatles, ele estava realmente afim de levar a banda para frente. E em algum momento começamos a falar sobre família.

—Tem mais irmãos? Ou só...aquele.-Eu ri da cara que ele fez ao se referir a Andrew.

—Eu tinha. -Ele me encarou confuso.

—Como assim?

—Arthur. Ele era incrível comigo, fugiu de casa quando tinha 18. Prometeu que, assim que arranjasse um lugar me buscaria. Ele morreu no trem que o levava para Hamburgo. -Eu falei, sentia meus olhos marejados, eu encarava minha caneca de cerveja quase vazia. Tomei o resto.

—Sinto muito. -George Disse. Me levantei e peguei as duas canecas ja vazia, as levei para o balcão, George me seguiu.

—O pior é que, meu pai se negou a fazer um enterro. Disse que "Um filho que foge, deixa de ser filho". Quando fiz 18 também fugi de casa, mas eu vim pra cá. Queria ter ido para Hamburgo. -Falei, quando me virei, vi George próximo de mim.

Quando encarei seus olhos esqueci completamente do que falávamos antes. Ele se aproximou lentamente e levou uma de suas mãos a minha cintura, tão levemente quanto o pouso de uma borboleta. Com a outra ele acariciou meu rosto e colocou os fios soltos do meu cabelo para trás de minha orelha. Apreciei seu toque, de olhos fechados.

—Você é tão bonita. -Ele sussurrou. Eu sentia sua respiração quente e descompassada, estávamos a centímetros.

Foi quando a porta se abriu, e Paul entrou pela porta, animado, George se afastou rápido e eu considerei jogar uma das canecas de cerveja na cara de Paul. Só conseguia pensar em como eu queria ter lembrado de trancar a porta depois de te-la aberto para George

—Vamos sair, Ringo precisa se divertir e vamos levar ele para um lugar legal, você vai junto Lucy e... -Só então ele notou George. —O que faz aqui cara? -Perguntou, George o olhou com raiva.

—Pra onde vamos Paul? -Perguntei ainda querendo esgana-lo.

—Não sei. John não disse, mas ele esta aqui na frente com o carro dele e com Ringo. -Ele abriu a porta do clube. —Vão. -George saiu, batendo os pés e eu saí atrás dele. Quando Paul saiu eu tranquei a porta e entrei no carro. Paul se sentou entre mim e George.

Eu sei que ele não fazia de propósito, mas ele estava sendo extremamente inconveniente.

—Que caras são essas. Nem Ringo que levou um pé na bunda está assim. -Disse Paul, olhando para mim e George. John riu.

—Você deve ter atrapalhado algo, Paul. -Disse malicioso, logo todos no carro faziam piadinhas. Eu dei um tapa em John, o xinguei e mandei ir logo para onde queria ir. Ele como sempre, riu, fez uma piadinha, e deu partida no carro. Indo sei lá pra onde.

Não importa quão idiota John fosse. Tinha que admitir que o lugar onde ele havia nos levado era incrível. Eu não sabia que Liverpool podia ter lugares ainda mais bonitos.

Era um rio, profundo e grande. A água era cristalina, tinham pedras maiores, para saltar de lugares mais altos. Mas nós, obviamente, escolhemos o mais baixo, deveria ter uns dois metros, do topo da pedra onde estávamos, até a água.

Os garotos tiraram as roupas,e eu também, eu não estava com medo de pular, só não estava afim de entrar naquela água fria. Assim que Ringo tirou a roupa, Paul o empurrou pra água. Quando Paul foi empurrar John, John o segurou e os dois foram juntos. Encarei vitoriosa a pedra deserta, os três estavam lá e eu aqui.

Parei de sorrir. Onde estava George? Senti George passando um dos braços por baixo das minhas pernas, e com o outro me segurando pelo tronco, me pegando no colo. Agarrei em seu pescoço. Não houve tempo para lutar contra, quando me dei conta ele já estava pulando da pedra. Comigo no colo.

Admito que a sensação da água gelada foi maravilhosa, ainda assim, eu distribui alguns tapas no peito de George, ele segurou meus pulsos com delicadeza, e aproximou seu rosto do meu, lentamente. E de novo fomos interrompidos.

John surgiu do nada ao nosso lado, sacudindo os cabelos molhados, espirrando água na nossa cara, sorrindo ele disse:

—Atrapalho? -George bufou e jogou água em John, John revidou, e quando notei, estávamos todos nós. Jogando água um no outro, gritando e rindo.

Eu já sabia que eles eram doidos. E já havia constatado também, que eu adorava isso. Mas ainda assim, aqueles quatro garotos não paravam de me surpreender. E o melhor, era que eu adorava surpresas.