História Lucy Madness Returns - O começo da loucura

Era um dia chuvoso, o céu estava nublado em um tom de cinza tão triste que deixava a loira pensativa, mesmo com o tempo nublado e o ar de tristeza ela estava feliz. Enfim poderia sair da clínica e viver normalmente como qualquer outra pessoa. As mangas compridas do moletom cobriam as marcas de sua ira e magoa não queria que Natsu visse aquilo... logo ele que estava sempre se esforçando para faze-la sorrir.

-Talvez eu realmente seja maluca- pensou a garota, porque todas as vezes que fecho meus olhos me vem à cabeça a imagem de um incêndio, uma casa pegando fogo, pessoas urrando de dor e uma menina de olhar tão triste quanto aquela manhã que parecia me pedir socorro, mas, eu não conseguia ver seu rosto estava borrado toda vez que me lembro dessa parte abro os olhos rapidamente aquilo me machucava, nem mesmo voltar para o jardim eu podia me lembro vagamente de ir muitas vezes para lá quando era menor mas, onde fica esse jardim?... Por que todas as vezes que viajo na minha mente só vejo trevas e dor... meus únicos momentos felizes foram ao lado do meu irmão por isso, o amo tanto... quer dizer amor de irmãos certo?

-Lucy!

-Onii-chan

-Ainda me chama assim, você está meio grandinha não? Ele ria da forma como sua irmã o chamava.

-Só tenho 16 anos não sou tão velha. Falou emburrada.

-Nem tão nova-continuou tirando sarro.

-Você fica tirando sarro de mim, mas, você só é um ano mais velho. Sobre a escola nós ficaremos em salas diferentes- falou um tanto cabisbaixa.

-Não exatamente- disse ele sem graça.

-Você repetiu de ano?

-Bem, eh sabe... muitas coisas para fazer.

-Foi por causa de mim, não foi? –começou a chorar- você vinha me visitar todo dia e passava a tarde inteira aqui comigo, não precisava ter dado atenção a uma idiota como eu ninguém precisa da minha inútil presença.

-Eu vim porque quis ninguém me obrigou, não precisa chorar Lucy.

Lucy realmente era emocionalmente muito instável Natsu tinha que tomar muito cuidado com o que iria dizer qualquer palavra errada e Lucy mudaria de humor rapidamente.

-Desculpe, eu odeio quando me veem chorar me sinto fraca, e tão frágil. Nunca parou para pensar que ninguém está dando a mínima mas, se você começar a chorar todos tem pena de você... odeio quando sentem pena de mim preferia bem mais que não se importassem.

-Lucy... desculpe.

-Não tem problema, mas, e você como está na nova escola fez muitos amigos?

-Sim, tenho muitos amigos e sabe tem uma garota que eu gosto estou pensando em pedi-la em namoro.

-Eu não entendo muito disso... não conheço ninguém além de nossos pais, você e o psiquiatra que me atendia, sorriu fraco.

-Tudo bem... acho que você vai gostar de lá sempre tão alegre e vibrante.

-Eu não sei o que é alegria.

-Uh? Lucy? Disse alguma coisa?

-Nada- disse seco.

-Tudo bem.

 

Na casa dos Dragneel

-Lucy minha filha como você cresceu, é você mesmo? Você é tão linda, está se sentindo melhor? Disse um senhor de cabelos rosados.

-Aye, foi a única coisa que Lucy conseguiu pronunciar diante de tantas perguntas.

-Veja só como ela está linda... uma senhora de cabelos azuis vinha em sua direção. Desculpe por não ter a visitado minha querida, mas, estava cuidando de sua irmãzinha creio que não a conhece.

Nesse momento uma garota que aparentava ter uns 12 anos, muito kawaii veio descendo as escadas e a abraçou ela era bem simpática, tinha cabelos azuis e olhos castanhos... falava muitas coisas e disse estar contente em finalmente a ver bem.

-Bem, é verdade eu fui lá com ela para te ver, mas, o doutor disse que você tinha surtado então achei melhor não expor a Wendy você entende não é minha filha? Grandine falou como se buscasse um perdão.

-Não tem problema Grandine, bem eu vou subir para o meu quarto.

-Você vai dividir o quarto comigo, disse a garotinha sorridente.

-Não posso ficar no mesmo que o Natsu?

-Claro que não, irmã ele é um garoto, e garotos são irritantes.

-Ah é então vou lhe fazer muitas cócegas disse pegando a menina no braço.

-Não... disse em meio as gargalhadas.

Naquele momento Lucy se lembrou quando Grandine havia dito que sua mãe havia morrido no seu parto, foi difícil para a loira entender isso ainda mais sendo tão pequena e não tendo o carinho e apoio da sua família... desde que se lembra sempre viveu naquele quarto branco e apático a única coisa que trazia alegria era aquele dono de cabelos rosados que sempre vinha com um sorriso no rosto visita-la.

-Que legal ter uma irmã para falar sobre assuntos de meninas... como namorados.

A loira saiu dos pensamentos quando ouviu a voz da irmã mais nova.

-Nada de namorados até fazer 30 anos eu já disse, Natsu disse sério, mas, depois caiu na gargalhada.

Lucy riu juntos com os irmãos... talvez ela conhecesse a alegria só que a tristeza ofuscava isso.

-Os meninos da escola são bem bonitos sabe..., mas muitos são irritantes e teimosos o único legal é meu amigo Romeo.

-E eu? Natsu disse fingindo estar irritado.

-Vou pensar no seu caso. Disse a menina rindo.

-Acho melhor você sair do nosso quarto já passa da hora de dormir mocinho.

-Tá bom senhora minha mãe- disse rindo.

-Sai logo, Wendy arremessou um travesseiro nele.

Nesse momento Lucy havia se deitado na cama e se coberto estava cansada da viajem.

-Já vai dormir irmãzinha? A pequena perguntou com um sorriso no rosto.

-Você não se importa não é.

-Não, Boa noite.

-Boa noite

Nossa linda biblioteca era uma armadilha de fogo. A conflagração esperando para acontecer.

-Onde eu estou?

-Você me pergunta cara Lucy já se esqueceu do seu velho amigo. Um gato esquelético e com um sorriso no mínimo falso falava com a garota.

-Aonde estou? Não vou perguntar novamente... a menina parecia brava.

-Calma mocinha, não reconhece o país das maravilhas.

-Maravilhas? Esse lugar só me passa tristeza veja as flores estão murchas, e as pedras parecer chorar de dor. Não vejo o meu refúgio da paz nesse lugar. Só vejo trevas e tristeza.

-Tal qual seu coração jovem dama.

-Gato de Cheshire?

-Demorou... Lucy o tempo está correndo tão rápido quanto você declina na loucura.

-Não estou louca.

-É mesmo? Não sou eu que estou conversando com um gato em um lugar no mínimo bizarro.

O lugar não era o mesmo que Lucy se refugiava quando criança, mas, não chegava a horrorizar talvez só estivesse meio sombrio.

-Como espera que eu atravesse esse imenso lago não vejo o fim.

-Lago? Salgado não vê de que tipo de águas ele é formado.

-Minhas lágrimas? Sabia que não devia ter chorado tanto.

Atravesse os dominós e salve o pais das maravilhas você não vê, mas, ele está em colapso. Pegue essa faca para lutar contra os inimigos.

-Como espera que eu faça isso? -Você vai descobrir Lucy- desapareceu rindo.

-LUUUCYYY acorda -o rosado parecia preocupado

-Annn- oie Natsu.

-Aconteceu alguma coisa? Você está suada.

-Não, nada foi só um sonho estranho.

-Ei preguiçosa vá se arrumar hoje você vai conhecer a fairy tail.

Ela não podia acreditar no que estava vendo a escola tinha uma fachada enorme e estava cheia de estudantes conversando e namorando na frente da escola tinha uma estátua com um homem de bigodes muito grandes que era no mínimo bizarro.

Só foi chegar junto do irmão para que começassem as fofocas, e os cochichos parecia que Natsu era muito popular na escola principalmente se tratando do sexo feminino.

-Bonito não é senhor Natsu, conhece essa gostosa e não apresenta aos seus amigos.

Natsu dá um tapa na nuca do amigo.

-Deixa de ser idiota Gray essa é minha irmã Lucy.

-Então, apresenta a irmã gostosa- disse cínico.

-Você não tem medo de morrer? Natsu parecia furioso.

Lucy estava rindo da briga infantil do irmão, quando uma moça baixa de cabelos azuis falou.

-Você gosta de livros?

-Sim, esse é o meu favorito já li um milhão de vezes- disse mostrando um livro a garota.

-Alice no país das maravilhas? É um conto no mínimo intrigante não? Acho que nem todas as crianças entenderiam sua história.

-Até hoje não entendo talvez, Alice fosse só mais uma louca ou uma garota de imaginação muito fértil.

-Isso mesmo! Prazer em conhecer me chamo Levy.

-Eu me chamo Lucy.

-Legal, acho que somos da mesma sala te encontro lá, tchau.

-Natsu e Gray dá para parar já está quase na hora de bater o sinal e vocês ai brigando como dois garotinhos- Uma moça de cabelos escarlate e olhos acinzentados chegou separando os dois sua expressão era de botar medo em qualquer um.

- oi, você é novata?

-Sou sim, eu sou irmã do Natsu.

-Aí que fofa posso levar para mim Natsu? Vamos ser boas amigas. Disse apertando as bochechas da mesma.

-Você ainda está inteira Lucy? Disse Natsu rindo.

-Acho que sim.

Enquanto isso uma moça de cabelos azuis observava tudo escondida atrás de um armário.

-Ah não aquela stalker de novo não- Gray disse impaciente.

-Eu vou falar com ela.

-Oi meu nome é Lucy e o seu?

-Juvia... você gosta do Gray-Sama RIVAL NO AMOR.

-ann.... calma ok! Eu não gosto do Gray só quero ser sua amiga.

-Tudo bem.

 

~toca o sinal~

Alunos eu quero apresentar a nova aluna, Lucy espero que tratem ela bem você quer se apresentar Lucy?

-Não, obrigada.

No fundo da sala um grupo de garotas debochavam da menina.

-Fala sério? Quem é essa retardada? Lisanna ria.

-Se eu fosse você Lisanna eu abria o olho pois, ela veio acompanhada do Natsu para escola. Minerva estava a alertando.

-Como é? Ele vai ter que se ver comigo.

~Intervalo~

-Lu-chan sente aqui com a gente- Levy acenou para ela que se sentou junto com a galera.

-Nossa que chato... Gajeel como sempre entediado.

-Você está sempre entediado brutamontes.

-E você sempre tão intrometida baixinha.

-O que? Baixinha é a sua vó.

Eles continuaram brigando até o sinal tocar.

-Eu preciso ir no banheiro- disse a loira interrompendo a algazarra... volto logo.

Lucy se dirigiu ao banheiro feminino e lá   encontrou com a Lisanna.

-Quem você pensa que é para dar em cima do meu namorado?

-Eu não sei de nada eu juro.

-Resposta errada- Lisanna junto com suas amigas começaram a bate-la.

-Onde eu estou?

-Meu Deus Lucy o tempo só fez com que se tornasse mais burra.

-Gato? O que são essas criaturas?

Monstros bizarros feitos com cabeças de bonecas envolvidas em uma gosma preta estavam de aproximando da mesma. (N/A tô jogando demais eu sei)

-O que eu faço?

-Use a faca Lucy.

Lucy esfaqueou as criaturas até a morte.

...

-O que você fez sua idiota? Minerva gritava com raiva.

Lucy olhou para frente e viu que havia perfurado Lisanna com um estilete e a mesma estava sangrando. As meninas saíram do banheiro prometendo contar tudo ao diretor.

-O que está acontecendo comigo? Eu sou louca?

Ela se levantou com dificuldade estava toda machucada e pode ouvir a voz do diretor acompanhado das meninas, mas, logo desmaiou.

-Lucy!- Natsu estava desesperado.

-Natsu? Onde eu estou?

-Na enfermaria da escola. O que aconteceu?

-Eu não me lembro muito bem... umas meninas me bateram no banheiro e.. bem eu... tive uma outra crise e não sei mais o que aconteceu.

-Lucy... você não vai voltar para a clínica vai?

-Acho que sim eu não quero machucar ninguém eu sou uma ameaça para todo mundo a minha volta- estava chorando.

Natsu abraçou a loira e pode sentir a dor que ela estava sentindo.

-Não acredito Natsu -Lisanna entrou na enfermaria

-Essa puta tenta me matar e você ainda está cuidando dela.

-Como assim tenta te matar Lisanna.

-Ela me cortou com um estilete no banheiro feminino.

-Então quer dizer que foi você que bateu nela.

-Nã-ão Natsu não foi o que eu quis dizer... eu

-Lisanna eu não imaginava que você machucaria minha irmã por causa de ciúmes tão bobos... logo ela que sempre foi tão gentil com os outros.

Lucy parecia estar em uma espécie de transe... como se ela não estivesse ali naquela sala.

-Natsu sua irmã vai ser expulsa! Disse com raiva... ela tentou me matar.

Nesse momento o diretor entrou na enfermaria chamando todos para diretoria inclusive Natsu para falar sobre o comportamento agressivo de sua irmã.

-Natsu você tem em mente a consciência de que sua irmã tentou matar sua colega de classe?

-Primeiro diretor essas meninas a agrediram tanto que ela está toda machucada e segundo... diretor podemos falar a sós- disse ao ver o interesse de Lisanna na conversa.

-Lisanna saia por favor.

-Tudo bem-disse desapontada.

-E segundo minha irmã tem problemas psicológicos ela passou a vida inteira em uma clínica e só agora teve alta e como as meninas bateram nela... ela acabou tendo uma crise, mas, antes disso não tinha demonstrado recaída quanto ao estado clinico.

-Eu entendo... a daremos mais uma chance...cuide para que ela não se machuque nem entre em colapso de novo certo?

-Tudo bem, obrigado mesmo diretor.