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História Lucy Madness Returns - Resquícios de memórias


Escrita por: Arthemisax

Notas do Autor


Gostaria de pedir desculpas por qualquer erro não tive tempo de revisar mas, ta ai né.

Capítulo 2 - Resquícios de memórias


Depois do incidente, Natsu achou melhor levar a irmã para a casa, sem dar muita satisfação a ninguém além do diretor da escola, ao chegar em casa Grandine e Igneel pareciam preocupados.

-Aconteceu alguma coisa meu filho?

-Nada de mais pai, hoje era o primeiro dia de aula, fomos liberados mais cedo- mentiu.

-Tudo bem filho, onde vai?

-Vou tomar banho, eu e a Lucy vamos sair, ela merece já que é o primeiro dia dela longe daquela clínica psiquiátrica.

-Vão levar a Wendy? Grandine perguntou curiosa.

-Não, precisamos de um tempo a sós.

Lucy escutava tudo em silêncio, mas, Natsu que a conhecia acima de tudo sabia que ela estava escutando.

-É...Natsu- Lucy parecia inquieta.

-O que foi?

-Onde fica o banheiro?

-A esquerda do seu quarto, algum problema?

-Só que eu nunca tomei banho sozinha antes... bem sempre eram as enfermeiras que me lavavam.

Natsu pensou em ajudar a irmã, mas, ao notar o corpo desenvolvido da sua irmãzinha ficou vermelho imaginando na possibilidade de dar banho nela.

-Aconteceu alguma coisa, onii-chan...você está vermelho.

-Nada... por que não pede ajuda a Grandine...- tentou fugir do assunto.

-Não tem problema eu posso fazer isso sozinha.

-Tudo bem então...ainda atordoado.

Lucy entrou no banheiro, deixando a porta aberta, logo ficou deslumbrada com todos os produtos de Grandine que se encontravam dentro de um armário. A loira, no entanto, não fazia a menor ideia de como usá-los. Enchendo a banheira com água, ela entrou até que alguém entrou sem avisar... era a Wendy.

-Lu-chan...porque você deixou a porta aberta? Perguntou a pequena tapando os olhos.

-Eu não tinha a necessidade de a fechar, somos  garotas não?

-Tem o Natsu e o papai.

-Me desculpe, Wendy não sabia

-Não tem problema como você disse somos garotas-  Dissse Wendy bem mais à vontade com a irmã.

-Você vai sair, precisa ficar bonita, além do mais você não pretende tomar banho só com água né? Disse a menina com os olhos fixados na banheira.

-Preciso colocar mais alguma coisa? Lucy parecia confusa.

-Claro! Disse a pequena rindo.

Wendy mostrou a Lucy todos os produtos e como deviam ser usados enquanto, conversavam sobre como foi a vida da loira na clínica psiquiátrica.

-Pronto, já terminou o banho, Nee-san.

-Obrigada, Wendy.

-Lucy, você só tem roupas tristes? Perguntou Wendy ao abrir a parte da cômoda onde estavam suas roupas.

-Bem, eu nunca saio para comprar roupas, essas são as que as enfermeiras dão a todos os pacientes sem distinção.

-Isso é muito triste, precisamos fazer umas compras qualquer dia desses.

-Se fizer você feliz- respondeu Lucy apática.

Nesse momento Natsu bateu na porta do quarto e Lucy mandou um automático entre. O mesmo entrou rapidamente e corou violentamente ao ver sua irmã apenas de toalha.

-Natsu seu idiota não pode entrar enquanto a Nee-san não estiver vestida- disse Wendy o colocando para fora.

-Me desculpem, espero lá fora.

-Qual o problema Wendy?

-Ah céus será que eu tenho que te ensinar tudo- disse colocando as mãos na cintura.

Lucy ficou em silêncio apática e Wendy a ajudou a vestir um vestido preto com babados e mangas fofas, muito lindo, no entanto, triste.

-Lucy-chan vou prender seus cabelos com essa fita, vai ficar linda- disse Wendy com uma fita preta nas mãos.

-Tudo bem.

Após Lucy vestir adequadamente suas roupas, Natsu a tomou pela mão e a levou até o bonde que os levaria a ilha de sal.

-Sinto muito... o dia hoje está nublado e triste duvido que a praia esteja convidativa.

-Não importa... não é como se minhas roupas fossem adequadas para ir à praia.

Natsu acabou concordando com a loira ao ver seu vestido negro apático.

-Sabe Natsu me perdoe por machucar sua amiga infelizmente isso é uma coisa comum pra pessoas em estado psicológico como o meu.

-Lucy você está perfeitamente bem...não ouviu o psiquiatra?

-Odeio ele, por favor não me lembre.

-Por que?

-Eu não sei, mas, cada fibra do meu corpo físico odeia ele e todos os seus gestos e palavras.

-Eu não posso perguntar como foram seus anos naquele lugar...?

-Você está disfarçando a sua pergunta curiosa por meio de uma colocação confusa...bem não me lembro de muita coisa nos meus piores dias passei dopada tomando todos os tipos de medicamentos e ainda que boa parte da minha infância esteja completamente apagada da minha memória, lembro-me das vezes que foi me visitar sendo sempre tão afetuoso nunca me esquecerei Natsu.

-E nossos pais...quer dizer meu pai e a tia Grandine...nunca foram lhe visitar?

-Não, nos dias que foram me viram apenas pelo vidro do quarto de experimentos.

-Experimentos?

-Bem temos que servir para algo e mesmo que não seja encontrada uma cura temos o dever de ajudar a comunidade científica a compreender nossas síndromes.

-Para uma garota que nunca estudou e passou a vida em uma clínica psiquiátrica até que você é inteligente.

-As palavras que eu usei me definiram como inteligente? Nos meus dias sóbrios costumava passar as tardes lendo na sala da enfermeira Grace, ela era uma boa mulher que sempre me tratou bem... segundo ela eu já sabia ler desde muito nova e a mesma apenas, aguçou meu apetite pela leitura com todos os tipos de livros que possa imaginar.

-Às vezes me pergunto se conheceu alguém que amasse, lá.

-Impossível todo meu amor estava voltado para uma única pessoa e eu não podia amar ninguém mais do que ela.

-Posso ousar perguntar que ela é?

-Já está perguntando... é você.

Natsu se sentiu confuso, sua irmã o amava acima de qualquer coisa, mas, qual era o sentido desse amor.

-Faz sentido...você é minha irmã- disse sorrindo.

-Não, Natsu você me perguntou sobre amor entre homem e mulher...e minha resposta continua indissolúvel.

-Lucy você está com os sentimentos confusos, você mesmo disse que me amava como irmão diversas vezes que estivemos juntos no passar desses anos.

-Natsu... apesar dos meus leves deslizes mentais eu tenho consciência de várias coisas e a primeira foi que o meu reencontro com você me deixou extremamente balançada e depois que eu pensei na possibilidade de perde-lo pra Lisanna percebi que o que sinto por você é algo diferente.

-Lucy...eu... eu te amo- disse chorando.

-Lucy isso não é certo, é loucura, mas, eu te amo...te amo desde que te vi pela primeira vez na clínica quando tínhamos nove anos.

-Choras, por que se culpa? Perguntou Lucy

-Eu choro porque isso é totalmente incorreto... desde a minha adolescência eu passei a repugnar esse sentimento afinal, você é minha irmã.

-Sabe Natsu a Grace me disse uma vez que queria ser como os loucos, afinal não temos princípios a ser seguidos, temos uma luta constante com nós mesmos, no entanto, nunca negamos nossos sentimentos.

-Lucy...- Mesmo julgando aquela situação extremamente inapropriada Natsu beijou a Lucy de maneira que nunca imaginaria beijar ninguém e a mesma correspondeu o beijo.

-Lucy...o que eu fiz... é tudo muito errado.

-As concepções de errado foram impostas por outras pessoas, formule as suas.

-Lucy...eu

~ Wonderland ~ (N/A: Eu vou usar isso para as vezes em que a Lucy será “transportada” para o país das maravilhas).

-Onde estou? De novo?

-Pensei que soubesse que você deve restaurar esse lugar, sinceramente está um caos.

-Duquesa?

-Não fique parada aí menina junte os cacos da sua mente.

“O propósito de uma flor é simples e imutável. O propósito humano é inconstante porque é um escravo da memória. As memórias devem ser rigorosamente administradas, Lucy. Os improdutivos devem ser eliminados. ”

-LUCY- Natsu grita desesperado.

-Eu estou bem, foi uma crise, leve.

-Você desmaiou.

-Bem melhor desmaiada do que esfaqueando pessoas não acha?

-Certo, vamos para casa.

-Natsu o que pretende fazer?

-Vamos esquecer tudo que aconteceu aqui hoje, certo? Com um pouco de sorte podemos voltar a nossas vidas normais.

-Natsu, sinceramente eu não desejo esquecer mais nada- disse o beijando inesperadamente.

-Você mudou, parece a menina sem medo que conheci há sete anos atrás.

-Eu preciso voltar a ser destemida se quiser concertar as coisas.

-Sobre o que se refere?

-A wonderland.

-O país das maravilhas? Você não fala mais nisso desde criança, há algo errado com você?

-Eu preciso ajuda-los tudo está em ruínas.

-Lucy esse lugar é apenas...

-Fruto da minha imaginação? Pode até ser, mas, ele se encontra tão horrível que me faz pensar se minha mente também não se encontra assim.

-Tome cuidado irmã...

-Não é como se eu fosse pra lá quando quisesse... é involuntário assim como minhas crises espero não machucar ninguém se não eu serei obrigada a...

-Voltar para a clínica? Jamais deixarei que algo assim aconteça.

-Ironia trágica?

-?

-Quando prometemos algo que não podemos cumprir e que acontecerá em um futuro seja ele próximo ou distante.

-Não acontecerá- disse a abraçando.

-Lucy temos que esconder isso do nosso pai.

-Por que?

-Bom isso seria meio moralmente incorreto.

-Isso é moralmente incorreto- disse rindo.

-Você é muito cruel Lucy- disse fazendo bico.

-Olha ele tentando ser fofo- disse rindo.

Eu não estou sendo exagerada em dizer que entre os raros momentos em que Lucy estava sã e feliz eram com o Natsu, no entanto, um romance totalmente improvável entre os dois, sofreria muito com diversos problemas pois, era como Lucy dissera moralmente incorreto. Se Lucy pudesse reunir os pedaços de sua memória ou os pais resolvessem dizer ao menos o pouco que sabem sobre a verdade. Enquanto esses eventos não podem acontecer resta a Lucy e Natsu esconder a relação proibida entre eles.

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Bom é isso espero que gostem...


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