Depois do acontecido os irmãos voltaram para casa embora, estivessem felizes pelo sentimento compartilhado carregavam consigo o peso da culpa de uma relação proibida.
-Mamãe eles chegaram- disse Wendy ao abrir a porta.
-Onde estão com a cabeça? O sol já se pôs, você não deve expor sua irmã a nenhum risco Natsu, isso foi demasiado perigoso.
-Me desculpe Grandine, nós não vimos a hora passar.
-Posso saber o que faziam de tão interessante que fez com que não percebessem o anoitecer? Igneel, aparecendo de repente, perguntou.
Antes que Natsu com sua incapacidade de mentir formulasse uma resposta completamente estúpida, a loira respondeu calmamente.
-Estávamos conversando e observando o mar, acho que nunca o tinha visto de tão perto, a praia parecia tão bela mesmo com o dia triste, acho que a praia notou minha presença e se entristeceu.
-Que bom que estavam conversando, mas, por que diz que a praia se entristeceu.
-Todos que sabem que passei minha vida internada em uma clínica sentem pena e mesmo que falsamente demonstram tristeza.
-Natsu por que não leva sua irmã para o quarto? Vocês podem dividi- ló. Disse Grandine acreditando que Lucy estava confusa e não querendo uma possível aproximação entre ela e sua filha.
-Não- disse Natsu nervoso.
-Ele está certo Grandine não dará certo é melhor que as meninas fiquem juntas.
-Lucy como conseguiu não expressar medo algum ao mentir, quer dizer qualquer um diria que você estava falando a verdade.
-Quando passamos muito tempo convivendo com loucos acabamos não tendo medo de “mentir” porque as vezes precisamos fazê-lo para conseguir entrar no pequeno paraíso de cada mente.
-Eu não me lembro de você ser corajosa assim quando criança. Se bem que só te conheci quando você já tinha seis anos.
-Por que nunca me visitou antes?
-Eu não sabia onde ficava a clínica até que eu descobri e pedi ao papai que me levasse.
-Essa é a mamãe? Disse Lucy pegando um porta-retrato que estava próximo a cama do Natsu.
-Sim, você nunca tinha visto fotos dela?
-Não... eu nunca a tinha visto antes, o rosto dela não me diz nada.
-Isso é porque ela morreu quando você nasceu.
-E você lembra dela?
-Não...infelizmente não possuo lembrança alguma.
-Mesmo assim não me acho parecida com ela nem com o papai.
Nesse momento Natsu encarou a loira como se quisesse a comparar com a foto da mãe foi quando percebeu que seus rostos estavam muito próximos, sendo surpreendidos por uma certa azulada que entrou no quarto.
-O que vocês estão fazendo? Perguntou Wendy curiosa.
-Natsu estava vendo se me pareço com nossa mãe.
Lucy salvando o dia como sempre Natsu pensou.
-Ah a mãe de vocês... ela era muito bonita se parece muito com o Natsu.
-Isso é verdade- disse Lucy sorrindo.
Um sorriso sincero da Lucy, aquele movimento de seus lábios foi suficiente para deixarem Natsu com o coração acelerado, o mesmo preocupou-se com o rumo que aquela situação estava tomando.
-Vamos brincar nee-san- chamou a Wendy que subiu rapidamente na cama espaçosa do Natsu e começou a pular.
Lucy a seguiu e começou a pular também, Natsu teria reclamado pela bagunça, mas, estava muito satisfeito com o sorriso no rosto das irmãs.
“Você é parte sapo Lucy....eu juro você pula tão bem”. Se você pular da mesa novamente você ficará de castigo, você é muito imprudente”.
-Lucy? A loira foi acordada pela voz do rosado que a chamava.
Wendy pareceu preocupada já que Lucy tivera uma crise mesmo que leve.
-Não foi nada Wendy eu só não comi direito, vou conversar um assunto importante com o Natsu e já vou dormir.
-Tudo bem. – disse Wendy desconfiada.
-Lucy você teve uma crise? Não pareceu você só estava brincando e de repente desmaiou.
-Ainda bem, não sei o que faria se eu machucasse a Wendy.
-Por que você desmaia?
-Porque eu tenho sonhos, ou vou para o país das maravilhas.
-Sério, são como visões.
-E o que você viu?
-Uma menina mais velha do que brincava pulando sobre uma cama comigo e depois uma senhora me dava bronca por estar pulando de uma mesa, e eu era uma criança de cinco anos.
-Isso é impossível você estava na clínica, e bem você não conheceu nossa mãe, devem ser só...
-Alucinações? Não me diga que você é como meu psiquiatra prepotente que diz que não pode confiar nos delírios de uma “louca”.
-Eu não disse isso é que você não conheceu nossa mãe, vai ver é alguém da clínica a menina uma amiga sua talvez?
-Eu já vou Natsu, durma bem.
-Lucy...eu- antes que terminasse a loira já havia saído do seu quarto em direção ao dela
~Na sala~
-Grandine dê um tempo a menina ela está bem, não vê?
-Eu não quero que minha filha conviva com uma garota com problemas psiquiátricos sérios.
-Atrapalho? Disse Natsu interrompendo os dois.
-Claro que não meu filho- disse Igneel sem jeito.
-Seu pai não te deu modos? Nãõ vê que estamos conversando.
-Eu vi, mas, com todo respeito a conversa de vocês é desnecessária Lucy é uma menina normal como qualquer outra e sempre está cuidando da Wendy como uma irmã mais velha.
-Eu não vou discutir com você- disse Grandine se recolhendo para seu quarto.
-Viu o que você fez? Não pode ser um pouco mais discreto?
-Não, ela já impediu que a Lucy vivesse conosco por tempo demais. Pai porque nunca me levou para vê-la quando nasceu eu sei que era um bebê também, mas, queria tanto.
-Ela nasceu fraquinha meu filho.
-Onde ela ficou quando era um bebê? Não me diga que na clínica psiquiátrica isso é horrível e cruel demais.
-Não, ela ficou com uma tia até que eu pudesse cuidar dela.
-Mas, você nunca pode não é mesmo? Por isso a deixou naquele lugar asqueroso ela nem era maluca só ficou assim por causa dos remédios que teve que tomar lá.
-Você não sabe de nada é só um adolescente a Lucy tinha tendência a sociopatia não podia viver com a gente.
-Sociopatia? Nunca conheci ninguém mais doce que ela, nunca houveram registros de violência por parte dela.
-Ela entrava em transe dizia estar em um lugar mágico e...
-Machucava as pessoas?
-Na verdade não mas, o psiquiatra disse que esse seria o próximo passo então eu fiquei desesperado e a internei.
-Claro, a senhorita Grandine jamais aceitaria cuidar de uma “sociopata”, você sabe que a Lucy não é assim você a privou de ter uma vida comigo.
-Com você? O que você quer dizer com isso?
-Por que os gritos? Disse Lucy serenamente.
-Não é nada filha.
-Vocês não deveriam gritar a Wendy já está dormindo. Natsu me conta uma história como você fazia quando erámos crianças, eu não consigo dormir.
-Tudo bem.
-Depois terminamos essa conversa Natsu Dragneel.
~No quarto~
-Qual história quer que eu conte?
-Não sei só te tirei daquela situação.
-Obrigado.
Não demorou muito para Lucy adormeceu Natsu não contou história alguma pelo contrário se retirou do quarto com medo dos seus próprios desejos.
“A indústria prospera em sofrimento, obsolescência e ruína, Lucy. É feito o East End em um privado! Considere uma vida de fazenda simples, na Austrália, talvez. Podemos liquidar o que resta da sua herança.”
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