História Luke Sykes - Borboletas No Estômago

Ficamos um bom tempo conversando.
- O que você faz na sua casa? Ela é isolada de tudo, não tem ninguém lá por perto. - Perguntou Millie com curiosidade
- Ah, nada de legal. - Eu respondi meio assustado. Pois se eu contasse ela sentiria medo de mim.
- Você consegue ser mais misterioso que eu. - Ela disse rindo.
- Millie é melhor você ir dormir, faltam 10 minutos para dar 03:00 da manhã. - Eu disse preocupado.
- Relaxa Luke, já estou indo. Você vai ficar aí? - Millie me perguntou indo para o quarto.
- Sim, Millie, boa noite! - Eu respondi.
  Eu não conseguia acreditar que eu estava na mesma casa que Millie Scarpelly. Só de pensar, me dava borboletas no estômago, uma coisa que eu nunca tinha sentido antes. Passei 20 minutos totalmente concentrado, olhando para o teto, e pensando em como eu iria fazer aquela dor de cabeça passar. Eram 03:22 da manhã quando Millie grita do quarto.
- LUKE! LUKE! SYKES! TEM ALGUMA COISA NO MEU QUARTO. - Ela gritou desesperadamente.
  Eu fui correndo para o quarto, quando cheguei lá, Millie estava assustada.
- O que aconteceu, Scarpelly? - Eu perguntei.
- Eu não sei, Sykes, eu realmente não sei. - Ela disse quase chorando. - Tinha alguém do meu lado, uma mulher, não sei, me olhando, dizendo que eu estava deixando ela morrer. Eu não entendo, Sykes!
- Merda, Millie! Eu não deveria ter vindo pra cá! - Eu disse estressado. - Mas calma, está tudo bem agora.
  Eu não sabia muito bem o que estava acontecendo, mas alguma coisa ali, odiava Millie, e precisava de mim para sobreviver.
- Obrigada, Luke. - Ela agradeceu, me dando um abraço apertado.
  Eu acho que nunca tinha sentido um abraço sincero desse jeito na minha vida. E mais uma vez, senti borboletas no estômago. Eu olhei para Millie, e não conseguia segurar, ela conseguia ser linda de qualquer jeito. Peguei em seus cabelos com força, e lhe dei um beijo, Millie por sinal continuou.
- Eu não sei o que está acontecendo Luke, é como se você estivesse penetrando em minha mente. - Ela disse, me dando outro beijo em seguida.
- Não podemos Millie, não podemos. Isso é impossível. Eu posso ser um dos seus piores pesadelos. - Eu lhe disse.
- Podemos sim, Luke. - Ela me disse, pegando uma lâmina.
  Millie tinha erguido as mangas de seu moletom. Seus pulsos eram repletos de cortes. E aquilo me excitava muito.
- Eu sei que você gosta da dor, Luke. Eu sei que você quer sentir a minha dor. Eu sei que você gosta de ver as pessoas sangrarem. - Millie disse com um tom macabro.
  Pegou sua lâmina e fez um corte profundo. Ficamos admirando a beleza de seu sangue. Até o momento em que ela pegou um pouco de sangue com os dedos, e passou em meus lábios. Nos beijamos novamente.
- Vá em frente, Luke, brinque com meu sangue. - Ela me disse.
  Eu não conseguia resistir, o sangue de Millie era um tom vermelho escuro, e eles brilhavam. Mas eu sabia que a partir do momento que eu tocasse naquela lâmina, iria machucar Millie.
  Lhe fiz um corte muito fundo, ela sentiu um pouco de dor, mas gostava daquilo.
  Nossa mente dizia que não podíamos, mas não escutávamos, Millie não fazia idéia das coisas que eu já tinha feito. Eu estava entrando na mente dela, a possuindo pouco a pouco, e no final eu poderia acabar machucando ela. Eu amo Millie Scarpelly, não de um jeito normal, mas amo. Talvez esse amor, e toda essa obsessão, iria acabar matando Millie. Mas ela gostava disso, e afinal, o amor acaba sempre matando no final.