História Luke Sykes - Sozinho

Logo no amanhecer, acordei e Millie estava acordada ao meu lado.
- Bom dia, senhor Sykes. - Ela disse rindo.
- Bom dia, senhorita Scarpelly. - Eu disse com muito sono ainda. - Tenho que ir para casa.
- Nos vemos segunda no colégio. - Ela disse.
- Adeus, Millie. - Eu lhe disse.
- Adeus é uma palavra forte demais para se dizer, Sykes. Até logo. - Ela me disse.
  Sai da casa, e o ar gelado da manhã não me incomodava. Não tinha certeza se todas as coisas tinham acontecido realmente, mas se fosse apenas sonho, foi um sonho bom.
  Cheguei em casa primeiro que Nathan, disse para mamãe que ele tinha ido ao mercado com Ed. Passei o resto do dia, no meu quarto, fazendo pesquisas, e tentando descobrir mais sobre o que tinha assombrado Millie naquela madrugada.
  Tentei ligar um pouco de tudo, cheguei a simples conclusão que tinha algum tipo de demônio, e ele precisava de mim, da minha alma. E ele odiava Millie, com todas as forças possíveis. Esse demônio queria roubar Millie de mim, ou alguma coisa parecida.
  Mas eu iria fazer de tudo, pra que não acontecesse nada de ruim.
  Minha dor de cabeça estava tremenda nesse dia, eu precisava me aliviar, lembrei do sangue de Millie, mas eu não poderia machuca-la novamente. Esperei escurecer e então peguei minha mochila, coloquei umas coisas que iriam ser preciso, e saí pela porta dos fundos.
  Corri pela Floresta das Sombras, até o momento em que ouvi vozes e risadas. Um grupo de amigos estava por ali. Eu não podia matar ninguém lá, eles não tinham culpa de nada. Então me sentei debaixo de uma grande árvore, e comecei a pensar em algumas coisas, olhando para o céu cheio de estrelas. Fiquei lá por muito tempo. É legal ficar sozinho, ninguém te atrapalha, ninguém se importa com você, e você não precisa ficar perdendo seu tempo para se importar.
  Até o momento em que encontrei Mark Swarck, ele estava completamente bêbado, batendo em sua namorada. Ele me viu, e tentou disfarçar. Sua namorada correu para longe, tentando fugir.
  Mark veio para cima de mim, e logo tirei uma lâmina do meu bolso.
- Larga isso, seu moleque idiota! - Ele me disse com raiva.
- Não! E foda-se você! - Eu falei com muita raiva.
  Mark achava que eu era apenas um garoto nerd, inocente, que não sabia de nada. Ele veio para cima de mim, e começou a apertar meu pescoço com força.
- Fracote, não consegue nem se soltar. - Ele disse rindo para mim.
  Peguei minha lâmina, e fui fazendo um corte profundo em todo seu braço, deixando a lâmina enfiada em seu braço.
- MERDA, SEU FILHA DA PUTA. - Mark gritava.
  Seu braço sangrava muito. Me virei, e saí como se nada estivesse acontecido.
- Não ouse falar disso que aconteceu para ninguém, pois da próxima vez, Swarck, irei matá-lo. E acredite, irá morrer aos poucos, e apodrecer no inferno.
  Não sei o que aconteceu com Mark depois nessa noite, mas eu estava me sentindo muito bem. Afinal, não é todos os dias que você corta o braço do maior filha da puta do colégio.