História Luke Sykes - Páginas e mais páginas

  O livro era cheio de sangue, e tinha um cheiro horrível. Lá havia segredos obscuros, curiosidades sobre tudo. Me desculpe, mas não lhe poderei dizer tudo desse vez.
  Charles falava de tudo lá, desde a morte da sua esposa, até o dia de sua morte.
  Além de todas as coisas que já lhe disse sobre Charles, ele gostava muito de insetos, pegava lagartas pela Floresta das Sombras, e as transformavam em imortais. Ele não apenas dopava as mulheres, faziam elas comerem uma de suas lagartas, pois sabia que elas eram imortais, e aos poucos iriam comer seu corpo por dentro.
  Entendo a parte de Charles, ele só queria alguém para ama-lo, ele só queria ser amado novamente. Ele não queria passar o resto de sua vida sofrendo, escolheu fazer as pessoas sofrerem no lugar dele, pois elas mereciam.
  Lá ele contava tudo, era como se fosse seu diário, todas as mortes, todo seu sofrimento. Tudo mesmo.
  Charles não teve uma morte muito das inusitadas. Quando ele soube, que as pessoas desconfiavam dele, fechou essas passagens, pois não queria que ninguém ficasse sabendo de suas coisas, pois a única pessoa que iria saber, iria continuar fazendo o trabalho dele.
  Em algumas partes, ele dizia que tinha medo dos espíritos da Floresta das Sombras, pois tinham espíritos perturbados e maldosos, que já tinham tentado entrar na cabeça dele a qualquer momento. Não acreditei, ele era esquizofrênico.
  Charles se matou exatamente na noite de 19 de Outubro, o mesmo dia em que matei meu pai. Arrancou seus próprios olhos, e tomou o máximo de remédios possíveis. Sim, ele se matou em sua principal sala de morte, que por pura coincidência, é o meu quarto hoje em dia.