1. Spirit Fanfics >
  2. Lullabies >
  3. A quiet, gentle song sung to send a child to sleep.

História Lullabies - A quiet, gentle song sung to send a child to sleep.


Escrita por: VenusNoir

Notas do Autor


meu debut na categoria de got7, estou emocionada?
eu não queria já chegar avacalhando, daí eu só escrevi uma coisinha. bem simplória e tal.
espero que vocês gostem. me add no twitter, ahgases. arroba rainbownoire

Capítulo 1 - A quiet, gentle song sung to send a child to sleep.


Fanfic / Fanfiction Lullabies - A quiet, gentle song sung to send a child to sleep.

Jinyoung era um daqueles garotos que nunca frequentavam o culto, mas que todos os domingos se aglomerava na quadra aos fundos da igreja para jogar basquete ou futebol. O reverendo permitia a presença dos jovens incrédulos, apesar do desgosto e torcer de nariz de alguns membros da congregação – afinal, quando foi que a igreja fechou suas portas para alguém? Mas os ímpios são uma má influência para a nossa juventude, pastor – Im-ssi simplesmente balançava a cabeça, nem deixando que o reclamante prosseguisse. Os garotos apenas praticavam esportes e conversavam. A quadra da igreja era a única decente do bairro, de uma comunidade inteira, na verdade. Que mal poderia haver? E, além disso, quantas vidas eles não haviam salvado, quantos jovens eles não resgataram de uma vida toda errada e fora dos caminhos do Senhor? Im-ssi achava que valia a pena correr o risco. Havia quem concordasse e havia quem discordasse, e isso era perfeitamente aceitável; o que não conseguiam era fazê-lo mudar de ideia.

 

No fim do culto daquele domingo, aconteceu algo inesperado. O líder da juventude, Im Jaebum, que também era filho do pastor, se juntava ao grupo de ímpios. Junto consigo, ia Yugyeom, Youngjae e Kunpimook. Esse último tinha se mudado recentemente para a Coreia, acompanhando seus pais evangelistas. Ele mal falava o coreano, mas já era muito querido pelos seus hyungs e dongsaeng. E havia sido ele quem pedira por aquele encontro. O rapaz tailandês realmente queria aproveitar seu tempo na Coreia e conhecer mais pessoas, e calhava que, aos seus olhos, aqueles vadios que matavam tempo na quadra eram todos amigos em potencial. Por ele, Jaebum resolveu fazer aquele sacrifício. Não que ele se achasse melhor do que aquele bando, era só que eles o intimidavam. Fora da igreja, Jaebum não tinha amigos. Não estava certo de que podia lidar com pessoas tão diferentes. O que falaria com eles? O evangelho de Matheus de certo não podia ser um tópico válido. Os louvores que ele e Youngjae haviam cantado também não. Seus assuntos eram limitados, ele agora percebia.

 

“Yah!”, exclamou um dos garotos, já caminhando na direção deles. Ele vestia uma camiseta regata que deixava à mostra seus bíceps bem torneados e uma bermuda larga e folgada que, inesperadamente, só ressaltava ainda mais a sua silhueta perfeitamente desenhada. Youngjae, atrás de seu hyung, quase fugiu dali correndo. Nunca poderia vestir uma roupa como aquele sem dar a impressão de que era subnutrido e fraco. “Você é o filho do pastor, não é? Meu nome é Jackson. Esse é Mark”, ele disse, apontando para o garoto de cabelo descolorido ao seu lado. “E esse é Jinyoung”, o garoto agachado ao lado da trave apenas ergueu a mão, num aceno comedido. “Nós estávamos com Jooheon, Hyunwoo e Namjoon, mas eles já deram no pé. Depois de perder três partidas seguidas pra gente”

 

O tal Mark deu uma risadinha cúmplice, mas Jinyoung apenas acenou. Ele estava encarando Youngjae com um interesse gritante e óbvio – tão óbvio que chegou mesmo a chamar a atenção de Jaebum, mas este não falaria nada. Ele só estava olhando, e olhar não era proibido, era? Pelo menos não enquanto ele não estivesse incomodando seu dongsaeng.

 

Em resposta a Jackson, Jaebum só balançou a cabeça, declinando polidamente o convite. “Obrigado, mas nós ainda estamos vestidos com roupas formais demais pra isso”

 

“Hyung, por favor!”, Yugyeom exclamou, já tirando seu paletó e desfazendo o nó de sua gravata. Ao vê-lo, Kunpimook se animou e o imitou. “Eu prometo que, se você estragar suas roupas, eu te compro outras. Agora anda!”

 

“Ah, seu fedelho”, Jaebum reclamou. Odiava quando seus hyungs o tratavam informalmente. Mas a atmosfera estava leve e agradável, ele pensou que não tinha motivo para criar caso daquilo. “Tudo bem. Uma partida”

 

Não passou despercebido por ninguém o quão insistente era o olhar de Jinyoung sobre Youngjae. Sobretudo quando o jovem levita retirou seu paletó e arregaçou as mangas de sua camisa social. Ele era o pior jogador de basquete de todos os tempos, mas cada movimento seu provocava em Jinyoung alguma reação engraçada. Ele ria com gosto e, para se entrosar, começou a deliberadamente zombar daquele dongsaeng desajeitado. Ou então ele sorria, achando adorável o jeito de Youngjae, que parecia um trem desgovernado gingando com a bola pela quadra até levar um encontrão de Mark e se desequilibrar numa cena patética. No fim da noite, os sete garotos estavam rindo e compartilhando latas de refrigerante morno que Jackson trouxera. Ele nem tivera a ideia de levar num isopor, tinha carregado aquelas dez latas numa ecobag que pertencia a Mark.

 

Kunpimook chegou tarde em casa e, de tão satisfeito por ter feito novos amigos, nem ligou para a bronca que levou de seus pais. Yugyeom tinha perdido a carona de seus pais e teve que dormir na casa de Jaebum. Já Youngjae tinha um papel amassado no bolso de sua calça. Jinyoung tinha enfiado seu cartão ali quando todos estavam distraídos com as despedidas e brincadeiras. Youngjae não podia imaginar que tipo de jovem de vinte e poucos anos anda com cartões, pronto para distribui-los a desconhecidos. Mas nem por isso ele jogou fora. 17161509. Park Jinyoung. Cantor. Casamentos, festa de aniversário, confraternizações e eventos em geral. No escuro de seu quarto, Youngjae se perguntou como a voz de Jinyoung devia soar. Quer dizer, ele o tinha ouvido falar, mas sabia que se surpreenderia ao ouvi-lo cantar.

 

X

 

[Número desconhecido] olá

vc me deu seu número

youngjae, da igreja, lembra?

13 de novembro, 11:20 pm

no seu cartão tem dizendo que vc é cantor?

eu meio que tb sou

13 de novembro, 11:21 pm

 

X

 

O frio estava de matar. Youngjae se encolheu em seu abrigo, lamentando por ter escolhido um dia tão ruim para o seu primeiro encontro. Era a única tarde em que estaria livre, no entanto. O próximo feriado viável seria no natal e nos fins de semana ele sempre estava ocupado demais com seus afazeres na igreja. Por sorte, Jinyoung compreendia. Ele era muito gentil. E bonito também. Youngjae não conseguia nem pensar por muito tempo no que estava fazendo. Quando a lembrança de que havia marcado um encontro com um garoto lhe vinha à mente, ele a bloqueava de pronto e só negava de si para si. É um encontro entre amigos, nada mais. Então por que vai só você e ele? Por que você fez questão de fazer disso um segredo? Por que você se perfumou, fez a barba e vestiu suas roupas mais legais? Ele tinha todas as respostas para cada uma dessas perguntas, mas não queria lidar com elas. Não queria ter que encarar o fato de que, sim, poxa vida, ele estava a fim de um garoto. A quem interessa se, antes de dormir, ele imagina a si mesmo beijando Jinyoung? De verdade, a quem interessa? Talvez a Deus. Não, não, pare – Não há pior hora pra se lembrar que ainda tem uma consciência aí, em algum lugar.

 

“Eu já sabia que você era cantor”, Jinyoung disse, seu hálito saindo numa fumaça branca enquanto ele falava. Ele também estava prestes a congelar ali. Mais alguns passos e eles chegariam ao shopping, o que já era um consolo. “Eu ouvi você cantando. Várias vezes”

 

Youngjae baixou a cabeça, sentindo suas bochechas corarem de súbito. “Me desculpe!”

 

“Por que você está se desculpando?”, Jinyoung perguntou, com um sorriso adorável e tão charmoso. Youngjae olhou para ele de esguelha, mordendo o lábio inferior. Ele era tão bonito que chegava a ser injusto.

 

“Eu não sou um cantor profissional”, ele se explicou, quase tropeçando nas próprias palavras. “Eu não tenho nem técnica, nem experiência. Jaebum-hyung, sim. Ele é muito melhor que eu. É por isso que quase sempre é ele quem canta e eu só faço backing vocal. Eu e Yugyeom”

 

Ao dizer isso, Youngjae parecia um pouco desapontado consigo mesmo. Jinyoung não pôde deixar de notar. O que, no fim das contas, não queria dizer muita coisa. Ele sempre estava vidrado em Youngjae. Desde aquela noite em que haviam jogado na quadra da igreja, não conseguia desviar dele. Quando estava na presença de seu dongsaeng, seus olhos o seguiam sem cessar.

 

“Eu dei meu cartão pra você, não foi?”, Jinyoung sorriu. Youngjae sentiu seu peito esquentar, seu coração falhar uma batida. Como encarasse Jinyoung, nem percebeu que ele tirava sua luva e esfregava as mãos uma na outra, criando atrito, antes de tocar as bochechas alheias. Tal gesto foi totalmente desnecessário, segundo a opinião de Youngjae. Suas bochechas já estavam mais que aquecidas.

 

“Yah!”, ele reclamou, se afastando bruscamente. “Não me trate como se eu fosse uma garota indefesa e você fosse o galã do dorama. Ande mais depressa, eu quero chegar logo ao shopping. Estou congelando aqui fora!”

 

Jinyoung não fez força para acompanhá-lo. Pelo pouco que conhecia Youngjae, já sabia que ele devia estar vermelho até à ponta das orelhas e não pretendia deixá-lo ainda mais constrangido. Mantendo alguma distância, ele o acompanhou. Youngjae estava errado, Jinyoung nunca o vira como uma garota indefesa. Ele estava mais para um moleque pouco gracioso e tímido demais. Quando chegassem à praça de alimentação, Jinyoung faria questão de comprar um daqueles hot-dogs de meio metro. Se tinha alguma expectativa quanto a esse encontro, era ver Youngjae se lambuzando de ketchup e molho de salsicha. Talvez o convencesse a ir a um karaokê. Depois de várias noites cantando ao telefone para Youngjae dormir, achava que não seria abuso de sua parte pedir para que ele cantasse um pouco. Talvez nem precisassem de um karaokê. Talvez Youngjae concordasse em cantar só pra Jinyoung ouvir. Talvez. Se tivesse sorte.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...