Luna levantou da cama próximo das cinco da manhã, já que não dormiu nada durante a madrugada.
Estava decidida, depois de horas, dias, meses e anos, a garota não via mais função para existir. Nunca teve amigos fiéis, seus pais foram ausentes durante toda sua vida e ninguém nunca tentou se colocar em seu lugar. Porém, ela não os culpava, sabia que era culpa sua, afinal, era um ser repugnante, não merecia ser amada.
Foi para a cozinha em passos curtos e silenciosos para não acordar ninguém que morava na casa. Avistou o comprimido “Efexor Xr” que sua mãe tomava por conta do seu transtorno do pânico e pegou três cápsulas, o suficiente.
Com um copo de água, tomou os três comprimidos e voltou para seu quarto. Antes de fechar os olhos e esperar o efeito do remédio começar, desbloqueou o celular e viu a data. 30 de novembro. Era seu aniversário, mas Luna não sentia vontade de cantar parabéns para si mesma, na verdade, nunca sentiu.
Os olhos começaram a pesar e a aniversariante sabia que, finalmente, poderia descasar em paz. Poderia deixar seus pais terem sua vida, afinal, não deixaria saudades mesmo.
Bom, era o que ela pensava.
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