(Harumi p.o.v)
-Você já pode se deitar, está tarde! -Disse assim que entramos no quarto dele.
Poderia dizer que era parecido com o que eu estava antes, e não fosse pelo fato de ser muito maior que o anterior.
As cortinas transparentes com detalhes em dourado, a colcha da cama comprida e escura, o piso de madeira polido, tudo era tão, elegante.
-Eu falei grego? -Ergueu uma sobrancelha, me sentei na cama rapidamente enquanto o via caminhar até o outro hemisfério do quarto que parecia ter quilômetros; ele se sentou em uma cadeira acolchoada de frente a uma bagunçada mesa.
-Espero que as novas acomodações estejam de seu gosto! -Disse e ouvi barulho de papéis. -Ah, e não pense você que me esqueci de sua punição! -Olhou-me -Ainda não se deitou?!
Tirei meus sapatos com pressa e me deitei de lado cobrindo-me até o pescoço.
Ouvi o ranger da cadeira e o olhei de canto de olho, ele havia voltado sua atenção a mesa.
Depois de toda aquela conturbação ainda não conseguia relaxar, mesmo com a cama mais macia que já me deitei debaixo de mim e minha cabeça em uma travesseiro de plumas. Ele era o motivo do meu medo e da minha guarda.
-Prefere rosas ou tulipas? -Disse calmo.
-Rosas! -Disse baixo.
-Rosas…-Disse baixo
-Vermelho ou dourado? -Prosseguiu.
Eu não entendia o que estava acontecendo, em um minuto segurava uma arma cuja o cano gelado estava sobre minha cabeça, no outro perguntava-me sobre rosas e cores!
-Será que eu terei de repetir? -Disse mais alto.
-Dourado! -Disse rápido e respirei fundo -Dourado!
Ouvi sua risada anasalada.
-Pensei que fosse mais curiosa, Margaret, disse que era! -Disse
Eu sempre fui curiosa, lembro-me que passava todos os fins de semana no castigo arrumando a grande casa pois durante a semana fugia de meus clientes para explorar a cidade, observar as flores crescendo, ver as nuvens correndo pelo céu, ser livre.
-Eu sou! -Não havia ideia de onde havia tido coragem pra dizer aquilo.
Talvez por apenas míseros segundos o medo tinha sido deixado de lado. Apenas por míseros segundos.
-Permita-me perguntar, quantas vezes fugiu de Min Yoongi? -Disse.
Como ele sabia disso? Provavelmente Yoongi jamais teria dito isso a ele, eles não parecem ser dar bem.
-C-como sabe disso? -Respirei fundo quando percebi seus passos, fechei os olhos esperando as novas marcas.
-Eu sou meticuloso com minhas...coisas! -Disse se sentando no pé da cama -Eu te observei de longe o mês todo, seus costumes, traços, trejeitos, tudo que englobe você é de meu conhecimento! -Sorriu maldoso -Deveria ter visto a cara de otário de Yoongi quando desceu as escadas e você já estava longe! -Riu soprado e tirou um maço de cigarros do bolso acendendo um em seguida -A cara certa para um verme asqueroso!
Ele se levantou e em passos leves e calmos voltou até sua ainda bagunçada mesa.
-Sabe, as coisas acontecem, porque tem de acontecer, entende?! -Ouvi algum liquido se mexer em algum vidro -Um dia se está feliz e sorridente, no outro, triste e vazio! -Se virou em minha direção -Entende?
Eu assenti com a cabeça, a última coisa que eu gostaria era que Park Jimin me machucasse novamente, então entrei em sua loucura.
Ele caminhou até a cama e se deitou ao meu lado sorrindo.
-E no final das contas…-Alisou meu rosto mesmo com a meus olhos estando arregalados diante de sí -Só se resta fechar os olhos!
Ele segurou forte minha cabeça e colocou um pano molhado sob meu rosto.
Eu o arranhei forte e debati todo o meu corpo, porém sua força, e sua raiva, eram muito maiores do que eu e logo quando percebi tudo ficou negro.
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