História Luxury Prisoner (Imagine Jimin) - Encounter with the devil

(Jimin P.O.V)

-Ele está atrasado!

Foi a única coisa que pude dizer, afinal, era a única coisa que me importava no momento.

-Acha que eles desistiram?! -Perguntou Jungkook enquanto estalava os dedos junto a batida do relógio.

-Claro que não! -Disse confiante debruçando meu corpo mais fundo na cadeira de couro escura -Apenas aquele pedaço de trapo está atrasado como sempre, afinal, quando ele não está?!

-Tem razão! -Riu soprado, se levantou e seguida -Onde está a garota?

-Isso lhe importa no que?! -Virei a cadeira em sua direção

-Eu estou apenas tentando lhe ajudar e lhe livrar de uma audiência judicial, lembre-se do que aconteceu da outra vez! E se ela morrer aqui?! Acha que é assim tão fácil esconder um cadáver  -Disse sério com os punhos sobre a mesa -Seu silencio será entendido como um sim! Nossos pais sempre estiveram certos -Riu soprado- Sempre fui mais responsável que você!

Levantei de minha cadeira o encarando, um sorriso superior estava estampado em seu rosto, parei a centímetros do mesmo e disse:

-Não sei se, por alguns segundos, isso deixou de ser de seu consentimento, mas -Ri fraco -Você mora debaixo de meu teto! Vive as minhas custas! -Disse sério, seu sorriso se desfez -Foi você quem gastou sua parte da herança com...

-Já discutimos isso, e você já sabe que isso não é problema seu! -Interrompeu-me e caminhou até a porta do escritório -Apenas se certifique de que essa nova garota seja ciente de tudo, não quero fantasmas me assombrando se ela morrer! Espero que ela já tenha começado a rezar desde o segundo que chegou aqui, pois, se for começar apenas agora, não vai funcionar! -Saiu batendo a porta

No fim das contas, eu tinha de admitir, mesmo que fosse doloroso demais para mim.

Ele estava certo e eu não podia ignora-lo.

Se eu não tomasse alguma atitude logo, teria com certeza, problemas bem breves.

Eu preciso ir logo para minha casa, cansei de me esconder por aqui.

(Quebra de tempo)

Eram dez em ponto, eu não havia jantando ainda e acredito que os outros também não. Aquele desgraçado ainda não havia chego, mas, felizmente assim.

Mil coisas atormentavam minha mente, ele agora só chegaria com mais problemas.

Porém, finalmente estava pronto, impresso em tinta preta e em uma folha branca firme, fiz como necessidade uma cópia para mim e a outra seria dela.

Haviam diversos tópicos, observações, determinadas palavras em letras grandes, grifadas , fácil entendimento, só faltava uma coisa para estar finalmente pronto, sua assinatura, pois a minha já estava la.

Jungkook estava certo, isso era minha única opção.

Depois do que houve prefiro não me arriscar novamente, se as coisas estivessem no preto e no branco, talvez teria tido um fim melhor.

Não que eu quisesse aquilo, apenas, era minha única opção.

Eu jamais daria o luxo a alguém de dizer que eu estou errado.

Mas, devo pensar no agora, e agora, eu devo encontra-la.

(Fim Jimin P.O.V)

Estava deitada a cama de solteiro, com pingos de sangue, do pequeno quarto, a janela estava aberta e a lua observava tudo de longe.

Eu não chorava mais, afinal, não havia mais o que chorar, não haviam mais lágrimas.

Observava o teto a um longo tempo, não pretendia sair dali tão cedo, afinal, não conseguia mexer meu corpo mais do que para se respirar.

Não sentia fome, frio e nem sede. Sentia dor, muita dor, dor no corpo, dor no coração, dor na alma.

Minhas roupas íntimas cobriam o que era meu porém era obrigada a dar as outros.

Eu tinha certeza de que, se ela pudesse falar, até a lua teria pena de mim, ou talvez, nojo.

"Como é fraca!"- Ela poderia dizer...Mas, talvez fosse mais cruel...

"Não sente vergonha de sí, olhe para esse corpo marcado, sua puta, sei que gostou"

De fato, sexo sempre foi algo bom, mas, ultimamente anda sendo tão repugnante. Toda vez que penso que as coisas vão ser melhores, que ele no fundo é uma boa pessoa...toda vez que penso olho para mim...e então esqueço completamente de tudo isso...de tudo...pois nem que valesse sua vida ele deixaria de ser cruel.

Park Jimin é tão bom quanto o próprio diabo.

Em meu corpo havia machucados superficiais, porém, haviam machucados sérios.

Meu pescoço estava extremamente machucado, minhas coxas sangraram por um longo tempo depois que ele saiu, cheguei a pensar que iria morrer ali mesmo, quem diria, sangrar até a morte, porém, infelizmente, não foi isso que aconteceu.

Infelizmente o sangramento cessou mesmo que a perda de sangue tenha sido grande, porém, não o suficiente para me fazer desmaiar ou morrer.

Estava perdida em meio a meus pensamentos quando ouvi uma voz baixa dizer:

-Sra Park, posso entrar?!

Surpreendi-me com tal fato, sentei na cama cobrindo meu corpo e disse em seguida:

-Pode entrar.

Uma velha baixa entrou ao quarto, ela estava de cabeça baixa e segurava uma maleta, parecia cansada, suas roupas, se é que posso chamar assim pois pareciam mais trapos, eram muito semelhantes a de uma empregada domestica.

-Quem é você?! E porque me chamou de Sra. Park?! -Perguntei.

-Eu sou uma das empregadas do Sr. Park, ele pediu que eu viesse apronta-la para o jantar! -Disse caminhando em direção ao banheiro -Venha, eu vou cuidar de seus machucados!

Levantei ainda enrolada no lençol sujo de sangue e segui até o banheiro o arrastando, vi a idosa encher a banheira com água e sabão, em seguida ela sentou-se no vaso e abriu sua maleta.

-Tome um banho, fará bem a você e seu corpo! -Disse retirando gazes e álcool da maleta.

Soltei o lençol e entrei na banheira, de fato, ela estava certa, a água quente acalmou meu corpo, sentia o sabão lavar o sangue que, mesmo que ardesse um pouco, estava grudado em meu corpo.

-Como foi que chegou aqui?! -Perguntei -Não a vi aqui quando cheguei!

-O Sr. Park vai partir, quando ele sai eu fico para cuidar dessa casa dela! -Disse me olhando.

-Dessa casa?! -Perguntei sentando na banheira de mármore.

-Sr.Park tem várias casa menina, deveria saber disso, em breve será a nova Sra. Park! -Respondeu sorrindo brevemente.

-Com todo respeito, nem que os porcos voem minha senhora! -Disse séria.

-Espere aqui, eu vou buscar uma toalha e suas roupas! -Ela disse e saiu do banheiro

-Nova Sra.Park! Hunf! -Questionei baixo -Essa mulher está ficando louca!

Afundei meu corpo dentro daquela água morna, e voltei em seguida, passei a mão por todo o meu corpo o lavando, dando atenção em especial a meus machucados.

Encostei meu rosto ao gelado mármore da banheira e suspirei alto.

-Onde você pode estar agora Hoseok?! -Senti meus olhos lagrimejarem -Tudo seria melhor que você estivesse aqui!

Ouvi passos se aproximando, lavei meu rosto rapidamente e sentei novamente.

-Sra.Park, o Sr. Park mandou que depois que estiver com suas roupas e para ir até seu escritório! -A velha adentrou a bainheiro dizendo, ele carregava uma toalha e roupas

-Já disse para não me chamar de Sra.Park! -Bufei e sai da banheira -Eu não iria jantar?!

A velha me enrolou a toalha e me secou, colocou gaze e pomada em todos os meus machucados e disse em seguida entregando-me uma muda de roupas:

-Ele disse que o jantar será servido em seu escritório! Eu preciso ir agora! O escritório é a única porta do segundo andar! -Saiu do quarto em passos leves

Saí nua até o quarto e joguei a muda de roupas na cama, as encarei.

-Ele está aprontando alguma coisa! -Pensei alto.

Havia um vestido preto que ia até os joelhos, roupas intimas e um par de sapatos estava ao lado da cama, eram saltos pretos estilo boneca.

Vesti-me e voltei ao banheiro, olhei-me ao espelho, em meu machucado abaixo do olho havia apenas uma band-aid rosa claro que incomodava um pouco minha pele, mas, eu sabia que se o tirasse o machucado em breve iria infeccionar, então, o deixei de lado.

Como não havia encontrado nenhum pente ou escova de cabelo penteie meus cabelos escuros e curtos com meus próprios dedos, ato rápido.

Calcei os sapatos e respirei fundo, eu sabia que estava indo de encontro com o demônio, só não sabia que voltaria viva para contar a história.

Em passos calmos eu subia a escada do segundo andar, o corredor era pequeno, ao final do mesmo havia apenas uma porta de madeira.

Caminhei até a mesma e quando ergui minha mão para bater a mesma ouvi do outro lado:

-Pode entrar, está aberta!

Abri a porta e me deparei com uma mesa de jantar com dois pratos já com comida, Jimin estava sentado a ponta, do outro lado da mesa.

-Entre e feche a porta, por favor! -Disse com um sorriso fraco nos lábios.

Assim fiz, parei logo após a mesma e observei o lugar, havia estantes escuras repletas de livros e papéis soltos.

-Perdoe minha bagunça, sente-se por favor! -Disse e assim fiz.

Como eu pensava, aquilo estava muito suspeito.

-O que quer?! -Perguntei olhando em seus olhos.

-Ora, eu não posso simplesmente jantar com você?! -Perguntou em tom sarcástico sorrindo

-Não, não pode, isso não seria você! -Disse e seu sorriso se desfez

-Vejo que a vadiazinha é mais esperta do que pensei! -Disse erguendo levemente a cabeça.

-Ou talvez você seja burro demais! -Disse com toda coragem que encontrei.

-TEM UM PINGO DE NOÇÃO DO QUE ESTÁ DIZENDO GAROTA?! -Gritou com seu corpo debruçado sobre a mesa e com seus punhos de apoio na mesma.

-Eu..eu..

Um tapa ardido me derrubou da cadeira me calando no mesmo instante.

-EU ESTAVA DISPOSTO A TENTAR FAZER ISSO DE UM JEITO PACIFICO, MAS, VOCÊ NÃO ME DA ESCOLHA! -Retirou um revolver da cintura e carregou -Sente-se ai, vamos conversar! -Seu olhar frio me fuzilou