História Luz e Trevas... Por que não? - À procura

Ano de X791.

Já fazia sete anos desde o desaparecimento dos principais magos da guilda Fairy Tail. Nesse tempo Macao assumiu o cargo de mestre e tratou de levar adiante a guilda, muitos magos saíram e fama começou a cair. Em pouco tempo a Fairy Tail passou de destruidora para perdedora, fazendo muitas dividas até mesmo perderam a sede principal tendo que se mudar para uma mini fazenda localizada nos limites de Magnólia. Os poucos magos que ficaram eram o mais fieis e acreditavam verdadeiramente no retorno de Makarov e os outros, eles não eram de perder as esperanças mesmo que já tenha se passado tantos anos.

Com a queda da Fairy Tail outra guilda surgiu, com um nome forte e bastante amedrontador, que chamou a atenção de todos imediatamente, Sabertooth, seu lema era ser forte, não se deixar abalar por sentimentos frívolos, ganhar sempre. O mestre Jiema, um homem robusto e ligeiramente assustador, não tolerava qualquer erro e sempre que ocorria punia qualquer mago que fosse até mesmo o mais forte deles.

E foi nessa guilda que os mais famosos e fortes magos entraram os chamados de dragões gêmeos. Sting Euclifer e Rogue Cheney. Ambos também criados por dragões, luz e sombras, além de ter lacrima de dragão dentro do corpo reforçando ainda mais o poder que tinham. Apesar da imagem que tinha diante da população a personalidade deles era completamente diferente, principalmente o Rogue, com pose sempre seria e calada, um pouco assustador na visão de alguns, no entanto não chegava nem perto de como é de verdade.  E para provar isso eis os acontecimentos dos últimos seis anos.

Desde que soube do desastre com o desaparecimento da Tenroujima, o jovem mago Cheney entrou em pânico, com a possível morte dos magos da Fairy Tail, nesse tempo já estava na Sabertooth, seu comportamento desde esse dia mudou. Já não conversava com quase ninguém, agora mal abria a boca, somente ia a guilda pegava missões e ia sozinho, melhor dizendo acompanhado de seu gato Frosh, não se alimentava e também mal dormia, a noite tinha contínuos pesadelos, os mesmo de quando tinha somente quatro anos, antes de repentinamente se separar de seus amigos e família. Mesmo que agora já estivesse com seus onze anos ainda não podia controlar certos sentimentos, era somente uma criança, mas estava sozinho, não tinha ninguém para poder conversar.

Sting seu companheiro de quarto estranhou, ainda era novo para poder entender aquilo e mesmo que quisesse dizer algo não tinha coragem, porque não sabia do passado de Rogue e ele também não parecia disposto a contar, assim como nunca esteve. Então percebeu que o comportamento do colega se tornou ainda mais suspeito quando toda semana ele saia no meio da noite.

Curioso para saber aonde ia Sting resolveu seguir o Rogue, teve uma grande dificuldade, pois não podia deixar que ele sentisse seu cheiro muito menos os seu poder, foi uma missão quase impossível. Andou entre arbustos onde se arranhou, vários insetos o picaram além do aroma forte de terra em suas roupas. Ficou todo machucado no final, mas valeu a pena, pois finalmente viu o amigo parar em frente a um bar. Estranhou o fato, já que não era um bar qualquer, o grande símbolo estampado no alto declarava que ali era o território da Blue Pegasus. Devagarzinho se aproximou e entrou passando despercebido o local estava cheio e barulhento então não perceberam a entrada de alguém suspeito. Seguiu Rogue por mais um pouco até chegar a uma espécie de escritório, escorou o corpo na porta que foi fechada e passou a escutar toda a conversa vinda dali, agradecia a sua boa audição.

Por outro lado Rogue sequer desconfiou que estivesse sendo seguido. A inquietação dentro do pequeno garoto o fez deixar a guarda baixa, naquele momento tudo o que pensava era a busca incessante por novas informações, ficaria mais tranquilo se escutasse uma boa noticia. Assim que chegou a uma grande construção, tratou de entrar e correr para o escritório. Não foi estranho ter sido visto lá dentro algumas pessoas já o conheciam e sabiam o motivo de ele estar ali.

Dentro do grande escritório, sentado a uma poltrona espalhafatosa estava um excêntrico homem. Ele vestia uma roupa exageradamente rosa, cheia de plumas. Em sua cabeça não havia cabelo e ele era em demasiado sorridente. Quando Rogue entrou na sala ficou extremamente tenso, pois em meio segundo já estava sendo abraçado e apertado como um boneco.

– Ojii-san! Poderia me soltar, por favor... – pediu meio sem ar

– Oh! Pequeno Rogue-chan, que bom que veio hoje novamente. Você é bem dedicado e não perde as esperança. Tenha certeza de não entrar em uma confusão enquanto vem até aqui.

– Sim... Então... Ojii-san conseguiu descobrir alguma coisa?

Em sua voz havia uma esperança enorme de que tivessem encontrado algo, mesmo que a chance fosse mínima. O brilho nos olhos dele fez o Mestre Bob recuar consideravelmente, não sabia como falaria aquilo, porém não poderia simplesmente mentir para o garoto, ele toda semana ia até lá apenas para saber novidades, sempre oferecendo ajuda para procurar pelos amigos perdidos, nada poderia fazer a não ser dizer a verdade.

– Rogue-chan... Encontramos alguns pertences no fundo do mar, mas estavam ensanguentados, não há garantia de que estejam vivos.

Bob anunciou com pesar, mas isso não fez Rogue desanimar, pelo contrario um grande sorriso surgiu nos lábios infantil.

– Ojii-san! Então eles podem estar vivos. Não encontraram os corpos, certo? Então podem estar vivo. Deixe-me ajudar na próxima expedição, por favor, preciso encontrar o Natsu e a Lucy.

Ao terminar de pronunciar os nomes houve um pequeno estrondo, a porta do escritório foi aberta bruscamente e no chão havia um garoto loiro com o rosto vermelho e o nariz arranhado. Ao vê-lo uma expressão sombria tomou o rosto de Rogue, aquele era a pior hora e a pior pessoa para aparecer. Certamente seria punido caso o colega dissesse ao mestre sobre o seu envolvimento com outra guilda.

Sting sorriu constrangido e rapidamente se levantou do chão nervoso, em sua cabeça se passava que havia feito alguma besteira.  A tensão que se estabeleceu no local fez o garoto prender a respiração por instantes, que desculpa daria para sair daquela situação constrangedora, nem mesmo se deu ao trabalho de pensar profundamente nisso, apenas ficou ali e esperou pela bronca que iria receber.

– Sting o que faz aqui?

– Ah.... é... bem...

– Estava me seguindo de novo?

– Desculpa!

– Mas que droga. Já te falei para não fazer isso. – respirou fundo um tanto irritado e voltou-se mais uma vez para o mestre Bob. – Ojii-san, desculpe pelo transtorno, estou de saída agora.

– Não se preocupe Rogue-chan. Volte semana que vem e te digo tudo o que iremos precisar para a expedição.

Tão rápido como entrou, Rogue saiu, arrastando consigo o irritante e pentelho Sting que não aprendia a lição e vivia lhe seguindo. O caminho foi inteiro tenso, nada foi dito por nenhum dos dois, teriam muito que conversar quando chegassem ao dormitório e seria uma longa noite sem dormir. O pequeno Cheney sabia que se escondesse algo, provavelmente seria perturbado eternamente por Sting, e isso seria levado mais rapidamente ao conhecimento do mestre da Sabertooth, deveria evitar isso o máximo possível.

Tinha medo do mestre Jiema, um homem temível, provavelmente ficaria a beira da morte se lhe contassem sobre a amizade e o passado que tem com Natsu Drageel e Lucy Hearthfilia, não por serem eles em si, mas sim pela guilda a qual fazem parte, seria terrivelmente amedrontador, o mal que ele poderia fazer aos seus amigos.

Chegando ao dormitório, entraram devagar e em silêncio. Tudo estava calmo, provavelmente por causa do horário a maioria dos magos estaria dormindo. Não sabia que tipo de desculpa dar se fossem pegos. E como a sorte estava ao vosso lado, chegaram ao quarto sem mais nenhum problema. Dois gatinhos dormiam tranquilamente em cima da cama, Frosh e Lector ronronavam em um sono tranquilo, nem sequer haviam percebido a ausência dos donos.

Respirando fundo então Rogue sentou no chão a espera que Sting lhe fizesse alguma pergunta.

– Então o que quer?

– Bem...

– Fala logo Sting, para de enrolar. Por que estava me seguindo?

–Por que sai toda semana à noite? Por que está indo até a Blue Pegasus? Que expedição é essa? Como conhece o Natsu-san? Você também é fã dele? Qual seu envolvimento com a Fairy Tail? Por que não me contou nada? Não confia em mim? E...

– Ok! Já entendi, por isso fique quieto. Eu irei te contar, mas tem que me prometer que nunca, nunca irá contar para o mestre nem para ninguém. Se contar eu matarei você

– S-sim...

– Então... Sabe que os magos da Fairy Tail desapareceram, certo?

– Certo!

– Então sabe que entre eles está o Natsu e a Lucy. – instigou, Sting apenas assentiu. – Eles são meus amigos de infância.

O Euclifer ficou chocado, não teve reação sobre o que acabara de ouvir, em sua concepção é praticamente impossível. Existe uma diferença de idade de sete anos, então seria possível eles serem amigos de infância. Rogue é somente uma criança, então como isso poderia ter acontecido, isso rodava em sua mente e ficou cada vez mais tonto com tantas possibilidades.

– Nos separamos eu tinha somente quatro anos, no entanto as minha lembranças estão confusas, não sei exatamente como nos separamos e o que ocorreu depois. Mas quero encontra-los para poder entender isso, por isso os estou procurando. Entende? Eles são as únicas pessoas em quem confio, são meus únicos amigos.

– Eu não entendi nada. Isso é muito complicado. E o que quer dizer com únicos amigos? Também sou seu amigo.

– Sim, sim.

Apesar da confusa história, Sting não deixou escapar uma vez sequer sobre esse segredo, jurando ajuda o amigo sempre que possível. Desde esse dia se passaram sete anos, conforme o tempo se passava o as expedições se tornavam cada vez menos frequentes e rápidas. Nada poderiam fazer, apesar de tudo não existia rastro dos corpos dos magos, nem sequer magia poderia ser detectada no local. Então depois de tudo foi decidido uma ultima expedição, se nela não encontrassem os magos, eles iriam desistir e dá-los como mortos.

 A ultima procura. Estaria grupo principal da Blue Pegasus e os dragões gêmeos, em busca de uma ultima esperança.