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História Luz entre Escuridão - Misteriosa


Escrita por: MayCSL-

Capítulo 3 - Misteriosa


☽Capitulo 1☾

 

Misteriosa

 

“Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam”. (Paulo Coelho).

 

Do resplendoroso luxuoso ao desagradável lamentável, nunca mudando a sua aura sombria nos primeiros atos. Respirar o céu daquele planeta a qual a imundice de viver na escuridão era compartilhada por todos, não importava a classe eram como se fossem apenas ratos escondidos em seus confortáveis lixões. Ratos em forma de coelhos em maior preciso, com suas orelhas pontudas a procura de suas presas.

Poderosos sempre caem pelo choque de seu orgulho, e era o que aquela raça amaçava a fazer entre os seus. Incontáveis guerras e revoltas civis, invasões com ataques violentos providos da tecnologia superior de outros Amantos e até mesmo uma doença misteriosa¹  fizeram a população ajoelhar-se perante a um líder tirano como Hosen.

Mesmo diante de correntezas contrárias e desfavoráveis houve aos chamados de Yatos a graça de vender seu poder de batalha por míseros centavos, ou até mesmo na mais profunda insanidade, afiliar-se a facções como o Harusame; que a propósito tal organização sempre estava aberta para a temida divisão conhecida por seu líder o “Lança do relâmpago”.

Aquela gigantesca nave pousou novamente naquele planeta exibindo sua bandeira facilmente reconhecida, escoltado pesadamente sendo até exagerado desceu o jovem líder de cabelos vermelhões trançados. Ele trajava suas vestes tradicionais pretas encoberto por seu inseparável manto branco, exibiu o leve sorriso entre os lábios indo para fora da rampa ao encontro da terra molhada.

Há muito tempo para que se tivesse uma vaga no pelotão era necessário mostrar força e aptidão, porém de tempos para cá com a ameaça de extinção o menos criterioso se tornou ponto para absurdo. Doavam o ultimo de sua riqueza escassa, mulheres, crianças e idosos para escravidão... Totalmente ridículo Kamui, não os aceitava e tão pouco os dava atenção quando seus argumentos eram nestes.

“Almirante e capitão, eles estão de novo com essas mesmas oferendas. O que faremos quanto a isso?”, perguntou um dos subordinados da fileira a frente.

“Veremos o que irão mostrar. Este planeta está numa séria situação, depois de uns tempos deixará de ser interessante”, contou animado mesmo sabendo que havia de vir o de sempre sem alguma batalha.

“Meu senhor, a frente mais um dos homens que deseja participar oferece uma mulher para aceitação dele. O que faço quanto a isso?”, agachou-se o subordinado a sua frente contando a mesma de sempre. Sequestravam as mulheres ainda mais que as outras classes abastardas por acreditarem que elas serviriam de lucro mais fácil.

“Mande-o aqui junto com o que ele tem a oferecer, não queria perder meu tempo com estes, mas me vejo sem opção”, executou o comando com uma voz monótona, sem demais surpresas. Ele já esperava, embora tivesse a pequenina esperança de algo realmente interessante.

O subordinado então abriu o espaço ao homem que trazia consigo um garotinho acorrentado nos pés e mãos, a mesma coisa de sempre, esperava trocá-lo como um escravo qualquer que chegava a dar nojo de tanta inutilidade. O homem estava risonho enquanto falava sobre a saúde intacta da criança para dar mais interesse Kamui, porém, o ignorou– Deixando como sempre o árduo trabalho para Abuto avaliar.

“Deixo com você Abuto, pois não tenho nada para aturar desses caras. Imagino que Shinsuke ficará bravo de eu ter desviado a tropa de seu grupo para algo tão inútil”,  ele bufou sem ânimo para subir a mediana colina.

Já na parte de cima encontrou o mesmo bando estavam a cercar uma garota, a sombrinha da mesma teria sido largada longe por algum deles o que a fez ir recuperá-la sem devaneios. Sua falta de preocupação parece que os irritou profundamente – Típico orgulho masculino fraco–, foi o que Kamui concluiu. 

Ele agiria em resgate da mulher como sempre fez, por acreditar que estas serviam para a não extinção puramente de sua raça que quase o impulsionou a fazê-lo. Entretanto, aqueles bárbaros foram mais rápidos sedentos por captura-la para como sempre a vender como vaga em sua organização.

“Vamos lá mocinha, nesse planeta você nunca conseguirá sobreviver a não ser que se venda a uma amante ou reprodutora de algum homem por está galáxia”, tentou convencer um deles utilizando o mais patético dos argumentos que por incrível que pareça já fez iludir pobre jovens a realidade. Entretanto, era bem mais cruel onde se achasse um ponto defeituoso era sacrificada, ou, morria pelos fatores naturais com doenças ainda não conhecidas por elas.

“Morrer de fome e sede por mim é tudo melhor que abaixar a cabeça para a morte instantânea que muitas mulheres já provaram nas mãos de estrangeiros, vocês apenas querem viver sob uma riqueza falsa e deixar seu povo para trás. Então por que não mostrar capaz com sua própria força?”, desafiou retirando a proteção e arma que estava enfiada no lamaçal.

Aquela mulher cujo vento bailava com seus logos cabelos azuis escuros, fitava com veemência os homens através de seus orbes verdes como uma densa floresta tropical, não emitia qualquer medo naquela palavra de afronta deliciado de sua indiferença a tentar sair daquela situação como não fosse nada demais.

“Que mulher mais petulante, eu tentei ser bonzinho, já que não é assim que quer resolver as coisas então faremos por mal. Peguem-na homens”, mandou um deles para que seguisse o ataque e assim se fez deles correrem a direção da mulher.

“Não tem jeito... Essa mulher dará boas crias, então terei que salvá-la desses idiotas”, concluiu já em decida pela colina.

Ele pretendia realmente ajuda-la, porém estatizou com a reação da mesma que em sua calmaria os reduziu a nada com uma frieza inimaginável. A poça carmesim se fez prática nas mãos sujas daquela mulher, seus cabelos de aurora iam avoaçados junto a seus movimentos que agilmente derrotou todo aquele comboio como não fosse nada.

Força... Mesmo vindo de uma garota que parecia ser inofensiva, a força somente por ela despertou a atenção maior de Kamui, que resolveu se aproximar para conferir melhor. Aquele movimento brusco entre o subir da colina tomou a atenção dela a ele, com seus instintos a flor que transpassavam a tentativa de uma inexpressão intimidadora.

“Por acaso é um deles?”, perguntou sem rodeios.

“Isso cabe a você decidir, afinal mesmo sem querer saber quem eu sou você tem ânsia por lutar, e eu gosto disso”, retrucou a aplaudi-la exibindo um sorriso prazeroso em tenta-la ao ataque.

E se sucedeu ao esperado, quando ela veio como os ataques letais somente em tentativa, pois Kamui desviou de todos eles com facilidade; por ela ser uma garota, parecia que seu instinto não acordava por completo levando-o a ser até mais racional no processo. Portanto, num vacilo de guarda da jovem agarrou-lhe o pulso esquerdo que servia como base de equilíbrio derrubando-a firmemente no chão depositando um soco nocauteado no rosto dela.

“E eu me perguntando onde você estava o que diabos pretende afinal?”,  perguntou Abuto que se aproximava com uma carranca no rosto.

“Encontrei algo divertido que desejo levar”, avisou a pegar o corpo desacordado da garota depositando em seu ombro. “Acredito que essa peça rara serviria até para um bom negócio”.

“Somente respeito sua opinião estúpida por ser seu subordinado, mas saiba que eu acho que seria mais correto esperar o ‘despertar’ dessa garota e ver o que acontece”, sugeriu a dar os ombros sem ter esperança de ser acatado.

Mesmo um pirata que já conviveu com batalhas ferozes até a morte e totais situações de risco, Abuto era o freio ético que regia o Harusame como capitão sendo o braço direito de Kamui, cujo sempre lhe corta a diversão boba para não atrapalhar seus negócios. O jovem líder mesmo sem vontade, sempre admitia que suas ideias fossem melhores e as aceitava. Sedo assim, aceitou a condição do despertar.

Sua volta à nave despertou muita atenção indesejável, principalmente de homens que a mirava com uma ânsia perturbadora. Ignorando-os, ele seguiu para sua cabine despejando a desconhecida no futon² parecendo que ela havia derretido como seu corpo tão bem entrou em contato com o acolchoado. Levantou, fechando assim a porta da cabine exibindo um sorriso de ansiedade, ansiedade pelo despertar... A ansiedade de mudará tudo.

“Tenha maus sonhos garota atrevida”, pronunciou antes de trancar a porta.

 

 

 

 

 

 

[1] Uma referência a hanseníase.

[2] Edredom japonês.


Notas Finais


¹: Uma referência a hanseníase.
²: Edredom japonês


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