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História Luz entre Escuridão - O lapso da reminiscência


Escrita por: MayCSL-

Notas do Autor


Enfim 2017, mediante a correria não pude atualizar a fanfic por isso espero que compreendam (sim, o começo da vida adulta é cheio de responsabilidades ._.).
Começando o ano com um capitulo relativamente curto, mas prometo me empenhar para atualizar mais rápido e com qualidade.
Boa Leitura ^^
MayCSL

Capítulo 7 - O lapso da reminiscência


 

 

☽Capitulo 5☾

 

O laço da reminiscência

 

Apenas o faça.

 

Envolvida com a lama mirando o céu escuro, a chuva não tardaria a voltar, portanto se maravilhou com a imensidão do céu embora fosse tão borrado. A vontade de se mexer minimamente era para alcançar sua sombrinha e voltar ao topo.  Mais um combate havia terminado, e mesmo exausta teve êxito em vencer.

Tudo apenas por um prato de comida em sua jornada mercenária, os quais furtos e pequenos espaços de descanso eram necessários. E dentre suas diversas caminhadas avistou uma figura que coincidia com alguém do presente; Diversos cadáveres ao redor de um rochedo em que o ser estava sentado assoviando, despreocupadamente era um leviatã em forma de garoto cujo percebeu sua presença. Ele a intimidava, mesmo que esse tal assombro lhe enviasse um sorriso inócuo.

Ele desceu direcionando-se a menina que já estava em posição de defesa, colocando sua arma tradicional Yato acima de seu rosto. Ouviu a gargalhada dele pela preparação feita, sem nem contar a respiração direito ele já estava a sua frente. Negando a espera pelo pior ele a surpreendeu pela simples adulação em sua cabeça.

“O que uma menina faz aqui? Meninas são preciosas, então você não deveria ir à guerra”, ele era um pouco mais alto e logo se abaixou nivelando a altura admirando a careta emburrada feita por ela. “Ao que vejo você dará bons frutos. Por esse motivo lhe pouparei, espero que viva bastante e me de crianças dignas para enfrentar”, retirou da sacola dois bolinhos de arroz embrulhados estendendo a ela.

Tomando-os sem demora, correu e não olhou para trás por nenhum instante... O sentimento de medo revirou junto à gratidão, aconteceu que aquele breve encontro havia dando-lhe o mínimo de tolerância inescusável para prosseguir pelos longínquos dez anos.

Mizuki despertou num sobressalto colidindo com algo que fez sua testa doer bastante. Ao abrir os olhos descobriu que o culpado era Kamui, que estava sentado ao lado da cama resmungando pelo impacto.

“Ora senhor Kamui, tenha mais cuidado, por favor, vocês poderiam ter se machucado”, alertou Hikari retirando um par de luvas brancas de sua mão.

“Isso é irrelevante para um Yato, um ferimento qualquer logo iria sarar”, respondeu o rapaz.

A energia era estranha naquele recinto. Àquele calmante a havia dopado por completo fazendo-a perder a noção das coisas mesmo desperta. A visão escurecida pouco a pouco voltava ao normal, e esta então percebeu suas veias mais visíveis na vastidão de sua pele leitosa.

“Quanto a isto me perdoe Mizuki-chan, porém tinha que avaliar sua saúde e lhe dei o calmante para que não ficasse assustada”, relatou a mulher com  uma simpatia amistosa.

“E então, o que pode concluir sensei¹?”

“Não posso afirmar com tanta convicção, porém, mesmo com raças diferentes o corpo ainda tem voz..  Posso ver, por exemplo, que a nutrição é bem instável. Os Yatos precisam de uma gama superior de alimentos para equiparar sua energia gasta, no entanto, Mizuki-chan parece suportar grandes pressões sem essa reposição”.

A Yato permaneceu quieta, sua feição estava suavizando como se nada fosse estranho, esta tudo bom. Seria isso? A máscara dos sentimentos dela era profunda de mais para Kamui. Este se aproximou novamente do beiral da cama, estranhando a maneira como ela o fitava como se fosse a ultima incógnita, quando ele sorriu as pálpebras levemente fechadas arquearam-se.

“V-você”, ela proferiu em gaguejo.

“Algum problema Mizuki-chan?”

“Nada que seja da sua conta”, proferiu com escarnio, ele não a levava tão a serio já acostumado com seu temperamento rudimentar, por isso gracejou baixinho apreciando o rubor de irritação dela. “Você nunca muda?”.

O lapso ensina a peripécia a brincar com as chamas.

Você ainda esta sob efeito do calmante? Esta falando coisas estranhas”, ele tinha parado de rir naquele momento. Como assim nunca muda? Ela falava como se o conhecesse de antes de seu recrutamento.

“Devo estar mesmo”, ela voltou a ignorá-lo impondo o ceticismo. “É impossível ser verdade”.

Soou decepcionante aquela pequena frase– O que deu nela? –, Kamui refletia com uma pontada de irritação por da importância a algo tão bobo. Era engraçado, pois ele encarava isso como uma pequena crise de personalidade, estaria ele perdendo a lealdade ao sangue que corre em suas veias? Quanta asneira.

Os ouvidos dele filtraram o relatório continuo da médica terráquea, sua mente se expandia em duvidas e inquietações. Ele admitia ser um cabeça oca como Abuto sempre se referia em suas retóricas, no entanto, era apenas uma desculpa esfarrapada para evitar o emocional.

“Né Mizuki-chan... O que você quis dizer com nunca mudar?”

“Acharia que eu sou louca?”, ele negou com a cabeça, ouvindo pela primeira vez um sorriso abafado dela. “Seu senso de superioridade é tão irritante que eu irei um dia lhe socar”.

“Você nunca chega ao ponto para manter o mistério, por que não abre o jogo?”, inquiriu por não entender um palmo das referências esquisitas dela.

“Retorno a pergunta, com que objetivo eu falaria tudo para alguém que me matará caso eu vacile?”, respondeu com frieza. “Isso não é da sua conta almirante, veja só, enquanto fazia questionamentos dispensáveis Hikari foi embora”.

Inconformado ele levantou pegando seu guarda-chuva apoiando-o, mesmo com dureza ela aparentava tristeza quando o assunto foi tocado. Decidiu não insistir em lhe fazer perguntas, desde quando ele foi tão paciente?

“Realmente interessante”.

Direcionou seus olhos no dela em quando saia da sala, viu esta segurar o lençol com rigidez.

Era estranha...

Após sua saída encontrou no corredor uma jovem de cabelos longos, ondulados e negros como a noite sem estrelas, um complexo em que até a lua escondia-se em seu eclipse total. Seu nome era Yoi, fazendo jus a sua descrição aquela “Nascida na noite” nutria indiscretamente seu amor a Kamui; devoção a seu líder que não hesitaria em eliminar, o ciúme de um relacionamento inexistente a fez perseguir suas possíveis rivais. Não hesitar em eliminar era pródigo a Kamui, desde que sua presa vital não fosse atacada como a perfumada shinigami desejava.

“Não acho certo tentar eliminar minha presa Yoi-chan, afinal, ela é especial o bastante para cair em seus truques baratos”, ele não era recíproco do amor daquela jovem mesmo em suas desesperadas tentativas de mostrar devoção. “Dou-lhe um conselho sincero. Não se meta com a Mizuki-chan, ou farei com que meu docinho deixe de existir”.

“O que você vê de tão importante nessa mulher?”, perguntou ela firmemente.

“Vocês duas são um paradigma interessante. Uma escuridão que aceita qualquer ordem, e uma lua rebelde a debater-se em minha teia; que tipo de diversão você pode me conceder Yoi-chan?”, disse pausadamente as ultimas frases enquanto passava por ela, soprando o ar gélido que estremecia a pele de Yoi. “Cumprir suas missões já é o suficiente”.

Se de por vencida.

 


Notas Finais


¹: Significa professor em japonês, porém é bastante utilizado ao falar com um médico (isha).


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