Acordei com uma fome gigantesca, precisava colocar algo bem doce e calórico na minha boca. Levantei-me lentamente pelo fato de ainda estar com sono e vi que eram 5:46 da manhã, eu tinha dormido por apenas três horas. Me arrastei até a cozinha e comecei a mexer nos armários em busca de comida. Abri a geladeira, que iluminou todo o local com seu interior, e encontrei sorvete nela. Tirei o sorvete dali, peguei uma colher na gaveta, abri o pote e para minha felicidade era de creme, meu favorito. Fiquei ali mesmo na escuridão da cozinha, me deliciando com aquele doce maravilhoso. Eis que algo entra na cozinha me causando um susto, como estava escuro, não conseguia ver o que ou quem era, apontei minha colher na direção da “coisa”, na intenção de me proteger.
-Q-quem ta ai? – fui me aproximando lentamente do interruptor e quando o apertei, me mostrou um Kook, com cara amassada, cabelos bagunçados e usando apenas uma bermuda. Ele fez uma cara de desgosto por causa do incomodo que a luz acesa causava em seus recentes olhos acordados. – você quase me matou do coração demônio. – coloquei a mão no peito e suspirei de alivio.
-E você ia me atacar com uma colher, sua jamanta? – ele perguntou enquanto abria a geladeira e tirava uma garrafa d’água. – O que esta fazendo acordada a essa hora? Achei que estivesse cansada ontem – pegou um copo no armário, encheu de água e tomou tudo em um gole só.
-Eu acabei acordando com fome, vim até aqui comer sorvete e o açúcar me ajudou a perder o sono. – peguei uma colher enorme de sorvete e coloque tudo na boca.
-Perdi o sono também, Nam e Jimin estão travando uma competição de ronco. Da pra ouvir do meu quarto – dei risada da careta que ele fez. – bem, quer fazer alguma coisa? – ele perguntou parando em minha frente
-Eu vou lá pra fora um pouco, só pra eu pensar em mim e na minha borboleta, ta? – perguntei me afastando e indo até a geladeira, para guardar o sorvete.
-Quer que eu vá com você? – ele perguntou.
-Adoraria – sorri e fui caminhando para fora da cozinha.
-Vou só colocar uma blusa e já vou – ele disse e subiu a escada.
Abri a porta que dava para fora e olhei para aquele jardim cheio de rosas. Depois que a mãe de Tae foi para a cadeia, a casa ficou em nome dele, e como ele estava muito deprimido e sozinho, os meninos vieram pra cá e agora, moram todos os sete, sobre o mesmo teto. Quando eu era criança, sempre vínhamos para cá e brincávamos pelo quintal, jogando bola ou esconde-esconde. Nunca pude reclamar da infância que tive, porque meus pais não eram muito presente e os meninos substituíam eles. Sempre fui feliz com eles e essa falta de interesse em meus pais sobre mim, nunca me afetou, pois eu só queria os meninos e ponto final. Mas os meninos, eram totalmente ao contrario, as famílias deles não eram unidas e tinha sempre algum problema com elas. Tae, como eu disse, tinha problemas por conta de sua mãe, que apesar de ser um amor de pessoa, se envolvia com drogas e pessoas erradas e depois que ela matou seu marido, não sei se a vida de Tae foi mais fácil ou mais difícil. Jimin e Yoongi tinham problemas parecidos, seus pais não apoiavam seus sonhos. Jimin queria dançar e Yoongi, queria se expressar através da musica, mas seus pais queriam que eles fossem empresários e pessoas envolvidas com negócios, e a única saídas deles foi vir para cá, viver em um lugar onde os apoiavam e os ajudavam. Kook sofreu por causa de seu pai, que por toda a sua vida, lutou contra um câncer e veio a falecer ano passado e agora, como Kook diz, somos a única família que lhe sobrou. Hope teve depressão quando sua irmã gêmea, Jung Yuri, morreu em um acidente de carro com o namorado, que estava vivo, mas paraplégico do pescoço para baixo. Jin e Nam, apesar de negaram, sentem uma certa atração um pelo o outro mas não querem admitir . E esse é o grande problema, sua família é daquelas conservadoras, que apenas aceitam uma família composta por um marido que trabalha e uma mulher que fica em casa cuidando de seus filhos. Tirando a mãe de Tae, o pai de Kook, que gostava de mim e falava que deveríamos ficar juntos e a avó de Hope, que cuidou dele e da irmã durante toda a vida, o resto dos familiares me odiavam porque achavam que eu que estava levando eles para esses caminhos, que segundo eles seriam errados. Não é a toa que já ouvi alguns deles me chamando de Filha do capeta, menina desregulada entre outros apelidos “carinhosos”. Por causa desses fatos e de outros, que eu tento não atrapalhar a vida deles, ele já sofreram demais para ficarem se preocupando com uma atrapalhada como eu.
Estava sentado em meio às rosas e já podia ver o Sol Iluminado toda a cidade, acho que eu já estava ali pensando a um certo tempo. Olhei para os lados e vi que todos os meninos estavam sentados ao meu lado, para criarmos mais um belo momento naquele jardim tão especial para nós.
-Meninos – os chamei e senti os olhares todos em minha direção – por que me chamaram para brincar naquele dia? Por favor, não digam que foi por pena de ver uma garota depressiva sentada em um banco, sozinha.– perguntei fazendo careta, sem desviar o olhar do amanhecer.
-Sabe, - Yoongi começou – estávamos brincando com algumas meninas, e elas começaram a sussurrar e apontar para você. – ele disse apoiando suas mãos na grama verde.
-Então, nos entreolhamos e decidimos que seria legal te chamar para ficar conosco, ao invés de você ficar sozinha com seus pensamentos misteriosos. – Nam concluiu – mas, por que a pergunta?
-Só queria entender – suspirei profundamente – por que mesmo com tanto problemas, vocês resolveram me ajudar? Tipo, eu não consigo me ver como alguém que ajudou vocês, eu acho que eu sempre tentei evitar causar qualquer tipo de problema, mas eu fiz totalmente o contrario. Tudo bem que nosso pais se conheciam e que vivemos juntos praticamente a vida inteira juntos, mas vocês tem vidas incríveis pela frente, e agora estão aqui, sentados na grama, se preocupando comigo e com meu bebê, enquanto podiam estar vivendo momentos incríveis, com alguém especial. Engraçado, que tudo que eu menos queria, aconteceu. Meninos – lágrimas silenciosas corriam pelas minhas bochechas – eu sinto muito, por tudo que vocês passaram, por cada sofrimento ou momento difícil, desculpe por não dar o melhor de mim e conseguir ajudar vocês. Vocês me ajudaram em tantas coisas, eu não seria ninguém sem vocês. – soltei um riso lembrando do dia em que me chamaram para brincar pela primeira vez. Aquele foi o dia onde finalmente nos unimos.
-Sami, olha... – Jin ia começar a falar, quando reparei que um menino, que deveria ter entre seis ou sete anos, jogava bola no meio da rua. Todos nos assustamos quando ouvimos um barulho extremamente irritante de pneu derrapando no asfalto .O carro que estava em alta velocidade ia acertar a criança se não diminuísse. Quando percebi que ele não ia parar, entrei em desespero.
-MEU DEUS!!!! – corri rapidamente até a criança e a puxei pela camisa, ficando contra meu peito, fazendo com que o carro passasse raspando por nós.
Minha respiração estava acelerada e a criança me abraçava, enquanto derramava rios de lagrimas por causa do susto. Levantei sua cabeça, e olhei profundamente em seus olhinhos vermelhos.
-Qual seu nome pequeno? –perguntei passando o polegar em suas lagrimas que desciam rapidamente.
-Y-yurin – ele soluçava a cada segundo.
-Certo Yurin, meu nome é Sami, e agora vai ficar tudo bem, ok? – ele assentiu de leve – onde esta sua mãe?
-Ela me deixou aqui. Ela disse que iria a um mercado que tem aqui perto – ele disse ainda soluçando.
- Certo, - eu ia ficar de olho nele até ela voltar, mas eu não poderia levar ele para dentro de casa. De repente me veio uma ideia - esta vendo aqueles caras ali? –apontei para os meninos, que me olhavam assustados e aliviados – vamos ver se ganhamos daqueles manes? – perguntei tentando anima-lo.
-Vamos acabar com eles – ele disse dando um sorriso super fofo.
-Ai bobões – chamei e vi eles prestarem atenção no que eu falava – eu tenho certeza que eu e Yurin ganhamos de vocês em um jogo de bola, o que acham? – perguntei, pegando ele no colo.
-Olha, vocês sabem que derrotamos vocês de olhos fechados certo? – Jimin disse entrando na brincadeira.
-Eu e a tia vamos acabar com vocês. – Yurin disse saindo do meu colo e indo até a bola, que ficou na grama.
-Isso é o que vamos ver – Tae disse se aproximando.
-Bem, eu vou fazer alguns lanches e um suco. – Jin disse puxando Nam pela camisa, o levando consigo para dentro de casa.
-Eu vou ficar aqui observando vocês, ainda estou com sono. – Yoongi disse se sentando novamente na grama.
-Ok, pedra – Jimin disse e recebeu um dedo do meio.
-Yoongi, temos crianças aqui – falei brava, apontando com a cabeça para Yurin.
-Não tem problema tia, meu pai sempre faz esse dedo pra minha mãe – ele disse da forma mais inocente do mundo.
Olhei para os meninos, e eles me devolveram o mesmo olhar de surpresa.
-Yurin, seus pais discutem muito? – Kook se agachou perto dele e perguntou.
-Bastante. Meus pais sempre estão brigando e gritando, minha mãe fala alto e meu pai bate nela. Mas depois eles sempre estão bem de novo, ela fala que ele não faz por mal e que ela ama muito ele. – ele disse enquanto olhava para a bola em suas mãos – mas ela sempre parece triste e com dor. Eu não gosto de vela assim, e não gosto quando ele faz essas coisas. Homens de verdade nunca encostam um dedo em uma mulher. Às vezes acho que ela é meio burra. Mas não digam para ela que eu falei essas coisas, por favor. – ele me olhou com desespero.
Eu não conseguia imaginar, ela era igualzinha a mim. Eu não respondi Yurin, parecia que eu tinha congelado no tempo com todas aquelas informações. Saber que outra pessoa sofria a mesma coisa que eu sofri, e só queria encontra-la e conversar com ela.
-Não vamos contar nada Yurin – Kook disse, bagunçado os cabelos do menor – agora vamos jogar? – ele falou se levantando.
-Sim, você vem tia? – perguntou me tirando dos pensamentos.
-Eu vou ficar um pouco na grama com aquele tio pedra ali – apontei para Yoongi, que se encontrava com a cabeça apoiada nas mãos.
-Tudo bem – ele disse e foi brincar com Tae, Jimin e Kook.
Fui andando até grama e me sentei ao lado de Yoongi e de Hope, que acabara de chegar.
-Onde estava? –perguntei o fitando.
-Tive que me aliviar – ele disse e eu arregalei os olhos – caralho, eu precisava mijar, não bater uma. Que mente mais poluída. – disse cruzando os braços irritado me fazendo rir.
-Vindo de um punheteiro como você, a gente até desconfia – Yoongi disse ainda de olhos fechados.
-Cala a boca açúcar, porque semana passado eu ouvi uns barulhos “peculiares” vindos de seu quarto – Hope disse e eu só dava risada.
-Semana passada? – Yoongi abiu os olhos e ficou com cara de duvida – acho que foi quando eu trouxe aquele ruiva, qual era o nome dela?
-Sei la, tava ocupado com a do cabelo rosa no andar de baixo. – ele deu um riso, provavelmente lembrado da tal garota.
-Você transou no sofá senhor Hoseok? Quer dizer que tem restos seus e dela lá? – falei com raiva e com muito nojo.
-Não transamos, só ficamos na base da pegada – ele disse simplista.
-E você senhor Yoongi? Transando demais? – perguntei olhando para ele.
-O que você queria? – me olhou de soslaio – eu sou irresistível a qualquer mulher. – ele falou dando de ombros e com um ar convencido.
-Tudo bem então – dei risada e voltamos a observar a partida que rolava ali.
Jin e Nam apareceram muito tempo depois, chamando todos para tomar suco e comer alguma coisa. Sentamos todos na grama e ficamos ali comendo e conversando com o pequeno que aparecera. Depois que comemos, deitamos na grama para podermos descansar. Quando percebemos que uma menina, que parecia ter minha idade, ruiva e com uma roupa extremamente grande e quente, apareceu na nossa calçada, segurando varias sacolas de compras.
-MÃÃÃEE !! – Yurin foi correndo ate a mulher/menina e abraçou sua perna. Ela largou as compras no chão e o pegou no colo.
-Oi meu amor, brincou bastante? – ela perguntava com um grande sorriso no rosto. Ela era realmente bonita.
-Sim, eu e o tio Kook vencemos o tio Jimin e o tio Tae no futebol. – ele disse com muita animação.
-Que legal meu anjo – ela virou o rosto para nós - ele deu muito trabalho? – perguntou preocupada.
-Que nada, ele é um amor de menino – me aproximei e estendi minha mão a ela – prazer, sou Sami.
-O prazer é meu, me chamo Coralina – ela apertou minha mão e formou um belo sorriso nos lábios.
-CORALINA!!! –Hope gritou como se tivesse resolvido um mistério.
-O que tem eu? – ela olhou assustada para ele.
-É mesmo – Yoongi disse se levantando – era esse o nome da ruiva que...... – ele e ela se olharam e arregalaram os olhos. – não acredito! – ele deu uma pequena recuada.
-B-bem... – ela interrompeu o grande silencio que havia se formado - agradeço bastante por tomarem conta de Yurin, mas eu tenho que ir embora – ela disse pegando as compras no chão. Parecia extremamente nervosa.
-Posso voltar mais vezes mãe? – Yurin perguntou a olhando.
-Vamos Yurin – ela disse apressada – diga tchau e agradeça por terem brincado com você.
-Tchau tios, tchau tia Sami - ele acenou e foi embora junto com a mãe.
Quando perdemos eles de vista, encaramos Yoongi quase que todos ao mesmo tempo.
-Vai explicar? – cruzei os braços.
-Ok – ele suspirou e se deitou de novo, senti que ele estava realmente preocupado – fomos em uma balada semana passada e eu fiquei com ela. Depois viemos pra cá e transamos – ele falou passando as mãos no rosto.
-Mano, - Hope deu uma leve risada – cê ficou com uma mina casada e que tem um filho.
-Eu não sabia disso e nem iria imaginar, pois uma mulher casada e com um filho não iria a uma boate certo? – realmente, Yoongi tinha razão.
-Mas ela não tem cara de mãe – Kook disse.
-Bem, isso não tem nada haver com a gente. – Jin falou e me olhou. – você deve explicações mocinha.
-Olha – suspirei – eu adoraria ficar aqui e discutir a minha saída ou papo de agora pouco, mas eu realmente tenho que tirar essa camisa e... – só tinha me tocado que eu havia ficado apenas de camisa na frente de uma criança e uma mãe. – PUTA QUE PARIU!!! – disse puxando minha camisa para baixo.
-Se fizer isso, vai acabar ficando sem ela também – Yoongi disse rindo.
-Cala boca açúcar. Alguém pode me levar pra casa? – supliquei com os olhos.
-Eu te levo – Nam disse.
-Então vamos logo, preciso das minhas roupas. – eu disse indo até a caminhonete preta.
-Com roupas você quer dizer fantasias, certo? – Jimin perguntou e eu apenas mostrei o dedo de meio.
-Espera, onde a Sami vai colocar as roupas dela? E as coisas do bebê? – Kook falou.
-Não tinha parado para pensar nisso – Jin falou preocupado.
De repente, um carro preto bem grande, para na nossa calçada. Um homem muito bem vestido sai do banco do motorista e vai até os de trás, abre a porta e dele sai duas pessoas bem conhecidas. Uma mulher super elegante com um vestido preto e com saltos altos, com seu cabelo comprido e preto e um homem, usando um belo terno e com um ar de superioridade. Lhes apresento Sr e Sra. Park.
-Mas que merda – ouvi Jimin sussurrar.
-Jimin, venha ate aqui agora! – seu pai lhe ordenou e mesmo relutante, deu um passo a frente.
-O que vocês querem aqui? – perguntou rude.
-Olhe lá como você fala conosco mocinho – sua mãe disse irritada. Jimin nem se preocupou e cruzou os braços. – bem, viemos aqui para te levar embora. – Jimin soltou um riso de deboche.
-Se vocês vieram achando que eu toparia, sinto em lhes informar que perderam a viagem. – ele disse os encarando.
-Por que esta fazendo isso filho? – sua mãe perguntou manhosa, mas bem falsamente – é por causa dessas pessoas que vai arruinar nossa família? – falou apontando para nós com nojo.
-“Essas pessoas” são a minha verdadeira família, a única coisa que me liga a vocês é o sangue. – ele cuspiu as palavras na cara deles. – eu não vou embora, aqui é o meu lar. Não vou ir trabalhar na sua empresa pai e não vou ser o seu modelo famoso mãe. Eu vou ser dançarino, vou dançar pelo mundo, quer vocês queiram ou não. – sabia que queria chorar, mas seu orgulho falava mais alto – agora a única coisa que eu peço é para que vão embora e nunca mais voltem.
-Você vai se arrepender, seu bastardo – sua mãe disse indo na direção do carro, sendo seguido por seu pai.
-Da unica coisa que me arrependo, é de ter nascido do seu útero – falou e entrou na casa, nervoso.
Eles entraram no carro e foram embora. Entramos correndo na casa quando ouvimos um grito do quarto de Jimin. Fomos até lá e a porta estava trancada.
-Jimin, abra a porta, por favor!! – bati na porta sem parar. – estamos aqui para te ajudar. Eu sei que você esta decepcionado e magoado por seus pais não te apoiarem, mas quem precisa deles? Tenho certeza que você não precisa. Se você quer apoio, vamos estar aqui pra dar para você, temos tanto orgulho de você. Eu não conheço nenhum dançarino melhor que você. Por favor, não fique assim por causa deles, eles não merecem suas lagrimas ou sua tristeza. – eu estava apenas esperando ele abrir a porta. – Jimin, pode ter certeza que se eu pudesse, pegaria toda a dor e tristeza que vocês tem e colocaria em mim. – falei me sentando em frente à porta, encostando minha cabeça e fechando os olhos.
Não gostava nem um pouco de ver os meninos chorando, me doía no fundo do coração. Eles eram minha família, porque depois que meus pais voltaram para o Brasil e me largaram aqui, eu só tinha eles para me ajudar.
Senti a porta abrir e eu apenas olhei para cima. Ali tinha um Jimin que quase ninguém via além de mim e dos meninos. Ali tinha um Jimin frágil, que queria apenas o amor da família. Ali tinha um Jimin com um rosto vermelho e respirando rapidamente, por causa da raiva que havia em seu coração.
-Não fale isso – ele disse me olhando de cima – porque você acha que atrapalha nossa vida? Sami, - ele soltou um riso – você acabou de salvar a vida de uma criança, você poupou a ruína de uma mãe que ama o filho, que iria sofrer mais do que já sofre com o marido idiota. – ele falou passando a mão nos cabelos nervoso.
-Jimin esta certo – Jin disse – você não trouxe problemas para nós, você fez com que eles não acontecessem. Se você não tivesse me dito para seguir meu coração, eu estaria a milhões de quilômetros daqui, casado com uma mulher que eu nem sequer conheço. – ele falou sorrindo.
-E você fez com que eu e Hope seguíssemos em frente, depois de perdas horríveis. Fez com que acreditássemos que tudo iria ficar bem, e realmente ficou – Kook completou.
-Você foi comigo visitar minha mãe, quando eu estava com medo de ir e acabar chorando e não conseguindo conversar com ela. Você esteve lá, me segurando com todas as forças, até mesmo com as que você não tinha. – Tae disse afagando meus cabelos.
-Fez com que eu e Jimin não desistíssemos dos nossos sonhos, o que fez com que eu escrevesse uma musica sobre você – Yoongi falou envergonhado.
-Quem realmente deve desculpas, somos nós – Nam falou me encarando – nós desistimos de tentar fazer você ficar longe daquele cara. E por não fazermos nada, você sofreu nas mãos daquele cretino. Nós desistimos de você, enquanto você nunca desistiu de nós. – ele falou tristemente, encostando-se à parede.
-Nam esta certo – Hope falou – nos desculpe por não fazermos o possível para não te ver sofrer. Você é nossa irmãzinha, vamos fazer de tudo pra te proteger de qualquer coisa. – eu passei meu olhar por todos.
-Sabe, – eu disse soltando uma risada – a única coisa para que aquele imbecil servisse de fato, foi dessa vida que agora esta aqui. – falei olhando minha barriga e fazendo carinho – meninos me prometam que, mesmo que algo no caminho de errado, vocês vão cuidar da minha borboleta e não vão permitir que aquele homem tirem ela das nossas vidas. - Pedi olhando para a janela do quarto de Jimin e pensando no futuro que viria.
-Nada de errado vai acontecer Sami – Jin falou se agachando e segurando meus ombros por trás.
-Ninguém sabe Jin, infelizmente não podemos saber o que nos espera no futuro. Só quero que me prometam isso, sabe, para eu me sentir segura e confiante. – falei sorrido para o chão.
-Prometemos com nossas vidas – Jimin falou e eu olhei para trás e vi aqueles anjos olhando para mim.
Era isso que eles eram, anjos que me ajudaram a viver a vida da forma mais bela.
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