1. Spirit Fanfics >
  2. Luz ou Trevas >
  3. Tramas

História Luz ou Trevas - Tramas


Escrita por: DayanaEspinoso

Notas do Autor


Oi oi gente.
Mil desculpas,
Aconteceram uma série de coisas que me atrapalharam nessas ultimas semanas.
Quebrei o pc, fiquei sem net, roubaram meu cel, fiquei sem inspiração.
Coisa de outro mundo. kkk
Mas em fim gente, aproveitem esse capítulo.
bjocas :P

Capítulo 12 - Tramas


 

Após esclarecer para os meus amigos o que se passava comigo, voltamos para a aula da professora Duvessa, faltavam apenas alguns minutos para a aula dela acabar, mas ela não se importou de nós termos voltado tarde, na verdade parecia feliz por termos voltado, ela terminou de explicar sobre os riscos da canalização de energia, fechou seu livro e começou a organizar suas coisas. Luna não esperou nem saímos da sala para me bombardear de perguntar. Na verdade, acho até que foi um milagre ele ter esperado a aula acabar.

- O que houve? Você está bem? Está sentindo alguma coisa? É tontura? A Enfermeira disse que poderia sentir tonturas de vez em quando... Tomou remédio? Não acha que devia descansar ao em vez de ir para outra aula? Eu tentei ir à enfermaria, mas a professora não deixou sair da sala.

- Luna calma. Eu estou bem. – Disse pondo as mãos em seus ombros. – Respira fundo! – Ela respirou – Está mais calma? – Ela fez que sim com a cabeça enquanto Jason ria dela e guardava seu livro. Seguimos para a próxima aula com o professor Rômulo Gaho, como eu queria que os alunos não precisassem trocar de salas, os corredores não ficariam tão tumultuados. A sala do professor Gaho ainda não estava completamente cheia, sentado ao lado de Kelly estava Fan, ele a estava escutando com atenção enquanto ela tagarelava em seus ouvidos. Não pude evitar reparar o sorriso em seu rosto, meu coração bateu estranho, Kelly pôs a mão na boca tentando abafar a gargalhada, em vão. Ela ruborizou ainda mais quando ele bagunçou os cabelos sem graça daquele jeito que eu sempre gostei, meu coração doeu. Nunca imaginei como seria Fan com outra garota, até que Kelly é bem bonita, seus olhos azuis ressaltavam em sua pele levemente bronzeada, seus cabelos negros caiam como uma cascata por seus ombros até um pouco abaixo dos seus seios, grades de mais para a largura de seus ombros. Fan disse algo para ela que a fez desviar os olhos. E eu fiquei ali parada observando o quão íntimos eles tinham se tornado em tão pouco tempo, de alguma forma isso me irritava, ele estava tão distante de mim ultimamente, pus a mão no peito, estava acelerado, doía, não sei o que isso significa.

- Tem certeza? – Ouvi a voz de Luna, ela pôs a mão em meu ombro e me olhou com um sorriso travesso.

- Certeza de que? – Franzi o cenho ainda olhando para Fan e Kelly.

- Realmente não está apaixonada por ele? – Eu apaixonada, pelo Fan... Isso é ridículo.

- Já disse, somos apenas amigos. Não me faça repetir. – Entrei na sala tentando fugir de mais perguntas desconfortáveis como aquela. Sentei no meu lugar costumeiro na frente de Fan, Jason e Luna logo ocuparam os seus lugares, olhei em volta procurando por Appolo que a um segundo estava do meu lado e nada dele. O Professor Gaho entrou na sala, olhei para Luna que pronunciou silenciosamente “saiu”. Como assim saiu? O que deu nele? Vi pelo canto do olho Luna entregar um bilhete a Jason que passou para mim.  “Ele disse que precisava respirar”. Franzi o cenho, o que aquilo significava? Olhei para Luna procurando respostas, ela apenas pronunciou novamente em silencio “triste”. Triste? Ele estava triste? Por que isso de repente? O que aconteceu?

- Vamos começar, abram seus livros na página 34? – Me sentia meio mal, sem Appolo aqui, queria saber o que estava acontecendo com ele, não o conhecia muito bem mais sabia que ele não era do tipo que demonstrava suas emoções em público, muito menos matava aula por pouca coisa. Algo o perturbava, muito, e isso de certa forma me incomodava. Seria estranho me importar tanto assim com quem eu mal conheço? Por que alguém forte como ele, choraria por alguém como eu? Eu não sei se devo me sentir feliz ou confusa, mas só a presença dele já me deixa em um estado de espírito muito bom.

- Concentração: Controle absoluto do corpo. Para adquirir um controle absoluto de seu próprio corpo e controlar bem a sua mente, é preciso concentração absoluta. Precisa-se convergir tudo ao seu redor, esvaziar a mente, meditar. Fazendo isso você expandi seu nível de força vital, um corpo de dezenove anos possui um nível de força vital em 20%, ou seja, quanto menos idade tiver, menor o nível de energia vital conseguira adquirir.  

As horas passaram-se lentamente sem a presença de Appolo, mal consegui prestar atenção na aula do professor Gaho, tudo que me vinha a mente eram os olhos negros de Appolo e aquela sensação estranha de familiaridade. Eu queria saber mais sobre ele, sobre o passado dele, queria saber de onde ele veio o que fazia, queria saber o porquê de querer ser guardião. Será que ele tem alguém importante que ele ainda não mencionará? Uma namorada, talvez? Esse pensamento me causou um tremendo rebuliço no meu estômago. Apertei os olhos e pus a mão na testa, minha cabeça latejava, acho que eu não devia perder tempo com preocupações desnecessárias. Minha mãe está sabe se lá onde, e eu aqui me preocupando se Appolo tem namorada. Não posso perder meu foco. Chega de distrações.

Meia hora mais tarde o professor Gaho concluiu sua matéria de concentração, explicou todo o básico da matéria, talvez na próxima aula ele traga algo que eu não saiba. O sino soou e logo todos os aprendizes começaram a guardar os seus livros.

- Você está bem? – Senti uma mão se apoiar em meu ombro, era a mão de Fan, grande, quente, confortável, encostando suavemente na minha jaqueta de couro preta, e mesmo assim senti seu calor queimar minha pele. Fiz que sim com a cabeça.

- Estão por que está triste Amy? – “Amy”, ouvir meu apelido, o apelido que Fan me dera quando ficamos amigos, me reconfortava demais, meu coração se alegrou.

- Não estou! – Respondi com um sorriso.

- Qual é Amy, eu te conheço a muito tempo. – Ele fez uma breve pausa, enquanto me levava para longe das pessoas. – Você gosta dele, não gosta?

- Por que isso? Eu já disse, não sou apaixonada por ninguém. Eu nem ao menos sei o que é o amor. Não tenho nenhum exemplo do que é o amor, não sei se você se lembra mais eu não conheço meus pais de verdade, não me lembro de nada. Tudo que eu vivi foi uma mentira, a única coisa que sei é treinar e nem isso eu estou podendo fazer direito, por que eu quase morri. – Eu já não agüentava mais guardar aquelas palavras dentro de mim, eu só queria não ter gritado com ele. Os olhos cor de mel de Fan estavam me observando com clareza, agora ele entendia o que se passava no meu coração, talvez todos naquela sala entendiam, pôs olhavam-me com pena e pena era uma coisa que eu não precisava. Nem me dei o trabalho de pegar o livro, apenas me virei e sai da sala. E lá estavam aquele par de olhos negros que perseguiu meus pensamentos durante toda a aula, que perseguem meus sonhos todas as noites, aquele par de olhos que me reconfortava, agora estavam me constrangendo, meu coração batia tão forte que tive medo que pudessem saltar do peito. Lá estava Appolo, do lado de fora da sala, será que ouvira o que eu disse? Há quanto tempo ele estaria ali? O quanto ele ouviu? Pela expressão em seu rosto, tudo. Minha respiração se alterou. Tudo que eu queria agora era sair dali, não queria perguntas, não queria olhares, só queria ficar sozinha, mas minhas pernas não me obedeciam, eu estava paralisada com aquele par de olhos negros em mim.  Os aprendizes estavam um a um saindo da sala, eu podia sentir os olhares queimarem nas minhas costas, podia ouvir os cochichos atrás de mim, podia ouvir as risadinhas. Isso me irritava. Há cinco segundos estavam com pena de mim e agora falavam de mim pelas costas, isso não me surpreendia, retomei o controle de minhas pernas e caminhei lentamente passando por Appolo sem olhá-lo nos olhos, eu não queria, não conseguia olhá-lo nos olhos. Por que todos insistem em querer saber de quem eu gosto, eu não sei o que é gostar de alguém, o que é amar alguém. Eu não sei amar. Eu só queria ir para um lugar onde as pessoas não me achassem, precisava ficar sozinha. Caminhei em direção aos dormitórios, acho que não tem lugar melhor do que a cama agora, já que não posso ir para aula prática. Subi as escadas o mais rápido que pude, passando pelo salão das meninas completamente vazio, subi mais um lance de escadaria indo em direção ao quarto 202, me atirei na cama, e lá fiquei pensando em como seria amar. 

 


Notas Finais


Comentem aí o que estão achando.
Indiquem para seus amigos e amigas que gostarem desse tipo de história.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...