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História Luz ou Trevas - Primeiro Dia


Escrita por: DayanaEspinoso

Notas do Autor


Aproveitem ao máximo, mergulhem de cabeça nessa aventura.

Capítulo 3 - Primeiro Dia


Eu estava quase terminando de arrumar as malas quando a monitora de quarto bateu na porta para nos levar até a sala de jantar da academia, encontrei Fan no meio do caminho, ele estava conversando com um rapaz que me chamou atenção, loiro cabelo arrepiado um pouco mais baixo que Fan e tinha um sorriso bonito. Continuei caminhando devagar pelos corredores largos observando cada aluno a minha volta, mais preocupados em fazer amigos do que qualquer outra coisa, os monitores conversavam entre si na frente de todos, nos guiando para a já conhecida sala de jantar, as mesas de mármore perfeitamente alinhadas em cinco fileiras de acordo com os níveis de graduação, estavam quase todas cheias, exceto por duas, como estávamos no último curso, ficamos na última fileira. Perdi Fan de vista a um bom tempo, não que eu quisesse falar com ele, mas seria bom ter alguém conhecido para conversar. Sentei em um espaço vazio e as pessoas começaram a se afastar de mim, como se eu fosse uma aberração, logo em seguida Fan sentou ao meu lado junto com seu amigo, e percebi que as pessoas estavam dando espaço para eles e não fugindo de mim.

- Sentiu minha falta, boneca? – Fan brincou, bagunçando meus cabelos como se eu fosse uma criança.

- Nem um pouco – cheguei perto do seu ouvido e sussurrei – majestade. – Quando ele me provocava eu o provocava chamando de majestade, só por que sei que ele detesta.

- Esse é o Arthur Dallan, meu colega de quarto. Arthur, essa é Amily Ravens. – Arthur estendeu a mão para mim e eu a apertei num comprimento, seus olhos eram de um azul intenso que me prendeu por alguns segundos. Puxei minha mão da mão dele olhando em volta. Ele tinha algo muito negativo, fiquei assustada, mas logo me recompus.

- Que bom que teve sorte com seu colega de quarto, as minhas são um horror. – Avistei elas olhando para nós.

- Que isso, seja mais positiva. É só o primeiro dia. – Essa positividade dele está me deixando com enjôo.

O barulho de algo batendo em uma taça nos chamou a atenção para a mesa posta na horizontal com os professores e o diretor. O diretor apesar de ser velho, ele não aparentava tanto assim, ele sempre usava roupas brancas muito simples, seu rosto estava exposto por falta de barba, acho que resolveu mudar um pouco para variar, seu cabelo grisalho quase tão cumprido quando meu estava preso para trás, seus olhos eram cinzentos, porém demonstrava uma felicidade surreal, ele cruzou as mãos nas costas expondo o brasão em seu peito, os quatro elementos juntos, o mesmo brasão da Academia.

- Bem-vindos alunos. É uma honra tê-los aqui presente. Vou citar algumas regras da Academia. Primeira: os alunos jamais deveram sair de seus quartos depois do toque de recolher. Segundo: as missões obrigatórias serão apenas para os alunos do último curso. – Ouve sussurros e olhares críticos. – Terceiro: As missões serão realizadas em grupo de quatro pessoas, uma de cada elemento. Vocês treinarão juntos, comerão juntos, estudarão juntos. Avaliarei o progresso de vocês ao decorrer das semanas e verei se estão aptos a continuar como equipe. Suas equipes serão anunciadas depois do almoço de hoje. Bom apetite. A comida foi servida e logo todos começaram a comer. Essas novas regras são realmente necessárias? Um grupo chamaria muita atenção, e, uma missão secreta isso não seria vantagem nenhuma. Táticas, precisaríamos de táticas para não sermos descobertos, o pior é que não somos nós que escolheriamos as pessoas, isso complica tudo...

- Amy, está me ouvindo. – Fan me cutucou.

- Desculpe, o que disse?

- Eu disse que não ficaremos na mesma equipe. – Fan e eu regemos o mesmo elemento. Levei um tempo para assimilar o que isso queria dizer. E por fim não entendi nada.

- É, mas não tem problema, tem? Ainda estaríamos na mesma turma. – Ele concordou e voltou a comer.

Depois que terminei de comer muitas pessoas já haviam saído para ver seus grupos, incluindo Fan e Arthur. Decidi ir ver a equipe que me colocaram, só espero não fazer parte da mesma equipe das minhas colegas de quarto. Caminhei até o mural de anúncios do lado de fora do refeitório, a tabela estava dividida em três turmas de sete grupos, achei meu nome na turma 421, grupo cindo, juntos com os nomes de quem eu nunca tinha ouvido falar. Appolo Willa, Luna Guinevere e Jason kearney.

- Briga, briga, briga. – Um coral de vozes gritava em alto som, gritos e correria para todo lado, olhei em volta procurando onde aquela sena se ocorria. Bem ao lado do refeitório, uma escadaria que dava ao andar de cima, pessoas se aglomerado, uma empurrando a outra.

- Acaba com ele, isso ai! – Não podia acreditar no que meus ouvidos estavam ouvindo, uma briga acontecendo e não faz nem duas horas que chegamos, eles não podiam esperar o primeiro dia de aula? Olhei em volta, eles estavam se divertindo com aquilo, para que estar em uma academia de guardiões se fazem uma coisa dessas? Subi as escadarias o mais rápido que pude, dando cotoveladas, mas ninguém me deixava passar, esses bandos de gigantes eram muito agressivos, me ajoelhei e engatinhei até a o centro da roda, e vi Arthur em cima de um garoto dando socos na cara dele, não sei por que a briga havia começado, mas tinha que dar um fim a ela, se não eles serão expulsos, talvez eles merecessem. Corri até Arthur empurrando-o para longe do rapaz, que segurou em meus braços com tanta força que achei que fossem quebrar. Arthur parecia ser impassível, me partiria ao meio se quisesse. Olhei para o rapaz, mas ele parecia inconsciente, vi o ódio de Arthur em seus olhos queimando como fogo, ele me imprensou na parede com força e socou meu rosto. Senti uma dor aguda, latejante,  bem abaixo do meu olho direito, fiquei um pouco tonta, senti suas mãos saindo de mim, cai ao lado do rapaz, ouvi seu gemido tímido, tentei levantar o rapaz, seu nariz estava sangrando, seu lábio cortado, como vou fazer para levá-lo a tempo daqui? Olhei em volta procurando auxilio e não vi ninguém que eu de fato conhecia.

- Você precisa levantar, se o diretor te vir assim pode ser expulso. – Tentei levantá-lo mais uma vez, sem sucesso. Foi quando um casal apareceu do meio da multidão empurrando quem estava na frente.

- O que houve aqui? – Perguntou o rapaz, sua voz era grave e um pouco rouca. Nesse momento não vi mais Arthur por perto.

- Eu não sei direito, precisamos tirá-lo daqui antes que o diretor o veja. - Ouvi a voz do diretor em meio ao falatório que estava o corredor. – Tire ele daqui. Eu vou tentar distraí-lo. – Ele fez um sinal afirmativo e levantou o rapaz sem nenhum esforço aparente.

- O que você vai fazer? – Uma voz doce me surpreendeu. A olhei e a menina parecia assustada. Era só alguns centímetros mais altos que eu.

- Distraí-lo. – Respondi com um sorriso.

- Como? Talvez eu possa ajudar... – Ela se aproximou e pegou minha mão.

- Me empurra. – Não tinha tempo para pensar em algo inteligente para distrair o diretor.

- O que? – Ela me olhou com olhos assustados, puxei ela para mais perto das escadas. – Eu não vou empurrar você da escada.

- Não temos tempo para isso anda logo. – Timidamente ela pôs as mãos em meus ombros. – Forte, tem que parecer que eu tropecei. – Então ela me empurrou e rolei escada a baixo, como uma jaca caindo do pé, senti meu cotovelo queimar quando atingi com ele na quina da escada, meu braço começou a formigar e uma leve dormência surgiu no meu dedo mindinho, eram só alguns degraus, não dava para se machucar de verdade, o diretor me viu caída no chão ao pé da escada. Atrás dele a professora Ganesha e os outros professores apareceram.

- Você está bem minha jovem? – O diretor se abaixou para certificar se eu não tinha quebrado nada. – O que ouve com seu rosto?

- Eu estou bem senhor, com essa confusão toda, um rapaz acabou esbarrando em mim e eu caí e bati o rosto, não foi nada de mais, obrigada por sua preocupação. – Sorri, abrindo e fechando a mão para a dormência passar. A menina me ajudou a levantar e caminhamos em direções opostas do diretor.

- Você está bem mesmo? – Quis saber a menina. – Que foi isso no seu rosto?

- Estou! Isso não foi nada. – Brinquei, ela sorriu.

- A propósito, meu nome é Luna. – Ela estendeu a mão para mim.

- Luna Guinevere? – A olhei dessa vez com um olhar analítico. Sua pele era delicada, seu rosto levemente oval, seu cabelo castanho ondulado, cílios compridos, quase uma boneca de porcelana.

- Sim, como sabe? – Ela sorriu desajeitada.

- Amily Ravens! Estamos no mesmo grupo. – Apertei a mão dela.


Notas Finais


Gostou? Postarei todos os dias se eu puder, talvez capítulos menores.


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