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História Lynn (Hiatus - Voltarei em breve) - Capítulo 3


Escrita por: lluanakaren

Notas do Autor


Demorei mas cheguei hahaha!
Capítulo fresquinho para vocês, babies! :*

Capítulo 4 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Lynn (Hiatus - Voltarei em breve) - Capítulo 3

 

— A casa fica muito longe? — perguntou Lynn. 

— Não muito, a uns dez minutos daqui. — Sunggyu fitou-a de relance. — Você vai ao casamento de sua irmã?

— É claro. Ela me pediu para ser sua dama de honra.

— E ela, seria a dama de honra no seu casamento? — insistiu. Gyu queria saber mais a respeito do noivado dela.

— Para dizer a verdade, ninguém de minha família compareceu ao meu noivado.

— Como assim?

— Eu estava em Paris quando decidi me casar — suspirou ela. — Foi uma decisão de última hora, e não houve tempo para que ninguém viajasse até lá. Além disso, Jean e eu não fazíamos questão de uma cerimônia tradicional, com uma grande festa e tudo o mais. Queríamos apenas noivar e  nos casar logo e ser felizes para sempre.

— E quanto tempo durou esse "felizes para sempre"?

— Cerca de um ano e meio.

— Que idade você tinha? — ele quis saber.

— Dezenove. E vinte e um quando nos separamos. E já sei o que você vai dizer em seguida: que eu era jovem demais.

— E era mesmo.

— Pois é — concordou Lynn. — Mas aprendi muita coisa durante aquele tempo. E agora, que já estou com quase vinte e quatro, tive tempo para aprender ainda mais. — Sunggyu deu um suspiro. Ela não passava de uma menina... —  E como as mulheres amadurecem mais depressa que os homens, quando eu tiver trinta anos vou ser mais experiente que você.

— Trinta anos? 

— É, trinta. Não é essa a sua idade?

— Bem que eu gostaria — disse ele. — Já faz cinco anos que deixei os trinta para trás. — Deus do céu, mais cinco anos e ele já teria quarenta. E aquela menina ainda não teria saído da casa dos vinte.

— É mesmo? Pois não parece. Deve ser por causa de todo o esforço físico que seu trabalho exige. Para se manter em forma, Jean tinha de frequentar uma academia. Ele é empresário, e passa quase o dia inteiro sentado.

— Ah, seu ex-noivo é empresário?

— Do ramo de fibras têxteis — prosseguiu Lynn. — E é também filho do presidente de uma das maiores multinacionais da França. — Vendo-se diante de uma oportunidade de impressioná-lo, ela foi adiante: — Tenho um grande conhecimento da comunidade empresarial internacional, sabia? Não pense que, só porque conheço muita gente da indústria do entretenimento, sou alguma bobinha sem cérebro. Sou eu mesma a responsável pela administração de minhas próprias ações e investimentos.

Gyu já sabia que os estilos de vida dos dois não combinavam, e ali se achava mais uma comprovação desse fato.

Lynn havia quase se casado com um milionário, evidentemente se sentia à vontade no mundo dos sofisticados empresários internacionais e chegava a administrar os próprios investimentos. Quanto a ele, seu investimento mais ousado não passava de um fundo de pensão de trabalhadores autônomos, para poder se aposentar mais tarde com uma renda decente.

Não podia se queixar de sua empresa de construções; era um negócio bem-sucedido, mas não chegava nem aos pés de uma grande multinacional.

— E então seu noivado chegou ao fim e você voltou para a casa da mamãe — comentou, incapaz de reprimir a própria curiosidade.

— Não foi bem assim — objetou Lynn. — Depois da separação comprei uma casa em Malibu, e já faz dois anos que moro lá. E agora vim visitar minha família.

— E por que não se hospedou na casa de seus pais?

— É que mal os conheço — respondeu ela.

— Não os conhece? — surpreendeu-se Sunggyu. — Como isso pode ser possível?

— Se quer saber, fazia mais de dez anos que eu não via minha mãe.

— E por que não?

— O que posso lhe dizer? Foram as circunstâncias da vida. Eu me mantenho em contato com eles por e-mail ou por telefone. E você, por acaso vê os seus pais com frequência? — retorquiu ela, em tom de desafio.

— Com certeza — disse Sunggyu. — Eles moram aqui mesmo na cidade, e vou visitá-los pelo menos duas vezes por mês.

— Bom, então você é um sujeito de sorte — murmurou Lynn.

— E você é uma pobre menina rica, não é mesmo? — provocou.

— Não sou nenhuma menina — objetou ela. — Sou uma mulher, caso não tenha notado.

— Certamente... — declarou Gyu com uma risadinha, virando a caminhonete para a entrada de carros da velha casa que pretendia reformar.

Assim que a viu, Lynn  torceu o nariz.
 

— Puxa, que construção simples e sem graça!

— E o que você esperava? — retorquiu ele. — Ela foi construída no fim do século dezoito. É simples, mas funcional. Os pioneiros daquela época não precisavam de luxo nem de sofisticação, e esta era apenas a casa de um fazendeiro. Pertence à sua família há centenas de anos.

— A família de ChinMae — objetou Lynn.

Quando a caminhonete parou, ela abriu depressa a porta e desceu.

— Aqui está a chave — disse ele. — Fique à vontade para olhar tudo o que quiser. Tenho muito o que fazer. — Atirando o chaveiro para ela, Sunggyu apanhou uma prancheta.

— Se você vai apenas fazer medições e tomar notas, eu posso ajudá-lo. — A curiosidade de Lynn pela casa não era tanta, o que ela realmente desejava era ficar perto dele.

— Tudo bem — disse Sunggyu depois de hesitar um pouco. — Você segura a ponta da trena para mim e anota as medidas que eu disser, está bem?

— Ótimo! Pode deixar comigo.

Dali a menos de dez minutos, ele estava arrependido até a raiz dos cabelos. Quando posicionava a extremidade da trena em um determinado ponto de uma parede ou do chão de um cômodo, os dedos de Lynn se enroscavam com os  dele ao trocar de lugar, seu braço roçava no dele e deslocava a trena, seu sorriso. sedutor o distraía.

Por duas vezes, Gyu chegou quase a esquecer se a medida que acabou de tirar era de largura ou de comprimento.

— Lynn, pelo amor de Deus, você está me atrapalhando! É melhor ficar quietinha e não sair daqui! — exclamou ele em certo momento, segurando-a pelos ombros e empurrando-a em direção a uma parede. Ela tropeçou e Gyu a segurou com mais força para ajudá-la a recuperar a equilíbrio.

E foi aí que, baixando o olhar, Gyu percebeu a tolice que fez. Lynn se achava muito perto dele... perto demais.

Respirando fundo, ele percebeu que seus sentidos se inundavam com o perfume daquela mulher.

Ela o fitava com seus pequenos olhos negros, e ele viu que seus lábios rosados e úmidos se achavam ligeiramente entreabertos.

Ah, não podia mesmo haver autocontrole que aguentasse tanta tentação.

As paredes do cômodo se desvaneceram no ar, tudo o que restou foram eles dois e o sangue que pulsava ruidosamente nas veias dele. Incapaz de resistir mais, Gyu baixou a cabeça e beijou-a calorosamente.

Lynn abriu um pouco mais a boca e colou seu corpo ao dele, deixando a prancheta cair ruidosamente no chão ao erguer os braços e envolvê-lo pelo pescoço.

Depois, segurando-o com mais força, deixou que sua língua se enroscasse com a dele, em uma dança exótica e frenética que inflamou os sentidos de Sunggyu e o deixou ainda mais louco de desejo.

"Eu jamais reagira daquela forma a mulher alguma." O que sentia por Lynn era fome e sede, e isso o deixava totalmente atônito.

Os dois se achavam sozinhos naquela casa. Ainda restavam algumas peças do mobiliário. Será que havia uma cama em algum lugar? Caso não houvesse, sempre se poderia apelar para o próprio chão... Por que não ceder de uma vez à luxúria que dominava a ambos? Afinal de contas, os dois eram livres; ela, solteira, e ele, viúvo.

Viúvo. Marido de SoYoon, sua querida esposa que havia morrido.

Gyu levantou a cabeça e se afastou de Lynn, fitando seu rosto afogueado.

Seus olhos brilhavam de paixão e desejo, e ela respirava com dificuldade.

Não, aquela mulher não era para ele. Ele foi casado e perdeu a esposa. E não estava à procura de ninguém para tomar o lugar dela.

— Kim Sunggyu... — arfou Lynn. — Onde foi que aprendeu a beijar assim?

— Durante as licenças que tirava quando estava servindo o Exército — respondeu ele em tom de brincadeira, desviando o olhar.

— Você serviu ao Exército? — surpreendeu-se ela, encostando-se na parede. — Quando? Por onde viajou?

— Dos dezoito aos vinte e dois anos — respondeu Gyu, inclinando-se para apanhar a prancheta e entregando-a a Lynn. — Passei quatro anos em um porta-aviões. Naveguei por todo o Pacífico e pelo Índico — acrescentou, atravessando o cômodo para pegar a trena e disfarçar seu mal-estar. Não se sentia assim desde que era adolescente.

— E por que não permaneceu no Exército?

— Bom, um dos motivos foi que queria voltar para casa e dedicar-me seriamente à construção civil.

— E o outro?

Gyu fitou-a, mas por um instante enxergou a imagem de SoYoon. Foi uma pena que não tivessem tido filhos, mas ela lhe proporcionou uma vida tranquila e sempre fizera tudo para agradá-lo. Deus do céu, como ele a amou!

— Porque achei que já estava na hora de me casar com minha noiva — respondeu finalmente. — Eu lhe pedira que esperasse por mim enquanto eu servia ao Exército.

— Um noivado de quatro anos? — admirou-se Lynn, com uma expressão atônita.

— Pois é. Bem diferente de seu noivado apressado que não pôde sequer esperar pela chegada de seus pais, não é mesmo? — Sunggyu mal acabou de falar e já se arrependia. Lynn era evidentemente uma garota inquieta, vibrante, mais cheia de vida do que qualquer outra que ele já conheceu. Aquilo, porém, não lhe dava o direito de ofendê-la. 

Lynn corou até a raiz dos cabelos e baixou o olhar para a prancheta.

— Ah, Lynn, por favor, perdoe-me. Eu não devia ter dito isso... A maneira como vive sua vida não é de minha conta.

— E o que acabou acontecendo com seu casamento? — perguntou por fim. — Depois de tantos anos de espera, vocês dois deviam ter certeza do que realmente queriam.

— E tínhamos mesmo. SoYoon morreu há cinco anos.

— Desculpe-me — gaguejou ela, desviando o olhar. — Eu não sabia.

— Bom, acho que já tirei todas as medidas de que precisava para começar a comprar o material — comentou Gyu, mudando repentinamente de assunto. — Agora vou dar uma olhada com mais atenção em cada cômodo, para ver o que precisa ser feito.

— Gyu, por favor, não precisa se preocupar comigo — disse Lynn com firmeza, recusando-se a deixar a conversa morrer. — Não vou ficar por muito tempo em Seul, e não estou à procura de um novo marido. Mas quero que saiba que sinto uma grande atração por você. — Fitando-o diretamente nos olhos, acrescentou: — Se quiser um romance rápido e calmo, sem complicações nem compromissos, aqui estou eu. É só dizer que sim.

— Minha nossa! Você é a mulher mais objetiva que já conheci!

— Imagino que sua esposa não era assim, era?

— SoYoon? Yoon era tímida e delicada, e não tinha a ousadia de tomar certas iniciativas. Não costumava se atirar para cima dos homens.

— Bom — declarou Lynn calmamente —, eu sou uma mulher dos anos noventa. Quando quero uma coisa, não fico esperando que caia do céu... Vou atrás e luto pelo que quero.

— Vou me lembrar disso — disse ele, começando a ficar furioso. Era daquela forma que ela levava a vida? A quantos homens já disse a mesma coisa?

— Ótimo. — Lynn apanhou o lápis e ficou esperando com a prancheta na mão. — E agora, que mais posso fazer para ajudá-lo?

— Bom, eu...

Sunggyu levou cerca de meia hora andando de um cômodo para outro, ditando para ela o material de que necessitava para a reforma da casa. Quando terminou, Lynn lhe entregou a prancheta e saiu em direção à caminhonete.

— Vou esperar lá fora enquanto você fecha a casa — disse em tom pretensamente despreocupado, torcendo para que ele não percebesse como se sentia constrangida.

Era a primeira vez em que "se oferecia" a um homem, que tomava a iniciativa de propor um relacionamento daquela espécie. Tudo o que conseguira com sua ousada sugestão, porém, fora obter o desprezo de Sunggyu.

— Muito calor? — perguntou ele, aproximando-se da caminhonete. — Aguente um pouco, que já vou ligar o ar-condicionado.

Durante o trajeto até sua casa, Lynn tentava compreender o que estava lhe acontecendo. Se um simples beijo a levara praticamente à loucura, como seria fazer amor com aquele homem? Será que teria a oportunidade de descobrir? Provavelmente não, após a proposta que lhe fez. Gyu parecia ainda mais distante, mais inatingível.

— Malibu fica perto de Hollywood? — perguntou ele, para puxar conversa.

Mais quinze minutos e aquela tentação sairia de sua caminhonete. E de sua vida.

— Não fica muito longe. E minha casa fica à beira da praia. Mas por que não me conta sobre suas viagens pelo Pacífico e Índico?

— Bom — começou Sunggyu —, conheci Maldivas e vi uma parte da Índia. Depois fui para a Vietnã e a China.

— Qual o local de que mais gostou?

— Filipinas. Mas talvez tenha sido porque lá eles falam inglês. Você fala francês, não é mesmo?

— Ah, sim — confirmou Lynn — E um pouco de espanhol. Mas papai fez questão de que eu aprendesse bem o francês. E foi bom, senão Jean e eu teríamos tido sérios problemas de comunicação.

— Vocês provavelmente nem teriam se conhecido nem noivado — observou ele.

— Provavelmente.

— Está arrependida? — perguntou Sunggyu ao virar a caminhonete para a entrada de carros ao lado da casa de JiHyun.

Lynn detestava falar naquele assunto, mas não conseguiu deixar de ser sincera.

— Lamento muito pela separação, fiquei com a sensação de ter fracassado em algo muito importante. Mas são necessárias duas pessoas para manter um casamento, ou até mesmo um simples relacionamento. Por mais que uma delas deseje fazer com que as coisas deem certo, se a outra se afasta vai tudo por água abaixo.

Voltando-se para ele, fitou-o demoradamente e acrescentou:

— Ninguém melhor do que você para saber disso. Seu relacionamento com sua mulher terminou quando ela morreu.

— Pode ter terminado — observou Sunggyu —, mas isso não significa que eu esteja à procura de outra pessoa.

— Eu sei. E você não quer nem ouvir falar de um relacionamento sem compromissos — disse ela, abrindo a porta e descendo do veículo. Depois virou-se e se inclinou para dentro da cabine. — Quer que eu vá ajudá-lo amanhã novamente?

— Tudo bem, mas dessa vez vista roupas velhas.

— Certo — Lynn despediu-se com mais um de seus sorrisos devastadores, fechando a porta e saindo em direção à casa.

— Mas que droga! — vociferou Sunggyu, dando ré na caminhonete e saindo para a rua com os pneus cantando. Aquela garota o deixava maluco!

 

**********

 

Lynn alugou um conversível azul para sua estada em Charlottesville.

Naquela manhã, logo depois das oito, baixou a capota do carro, colocou no banco traseiro a pequena geladeira portátil que continha sanduíches e refrigerantes e se acomodou ao volante. Sunggyu não passou correndo diante de sua casa naquele dia.

O que aconteceu? Será que a estava evitando?

Havia duas caminhonetes estacionadas no gramado fronteiriço à velha casa, e ela parou o conversível ao lado da que pertencia a Sunggyu.

— Olá! Alguém em casa? — gritou dali a alguns instantes, abrindo a porta da frente.

— Estamos aqui! — respondeu-lhe uma voz desconhecida. Um rapaz que ela jamais viu antes entrou no hall, vindo da sala de jantar. Era corpulento e bonitão, e ficava muito bem com a camisa xadrez e a calça jeans que estava usando.

Fitando-a acintosamente do alto da cabeça até a ponta dos tênis, ele deu um sorriso de orelha a orelha e falou:

— Mas a única pessoa com quem vale a pena conversar sou eu. Jung Hyuk, muito prazer. E com quem tenho o imenso prazer de falar?

— Meu nome é Choi Lynn, sou a enteada de Chun ChinMae. Por acaso Gyu está por aí?

— Ele já vai descer. Está dando uma olhada na fiação elétrica. Será que posso ajudá-la em alguma coisa?

— Não, obrigada — respondeu ela, começando a subir a escadaria. — Vim aqui para ajudar Gyu.

No pavimento superior, começou a entrar em cada um dos cômodos à procura dele. Tentando abrir uma das portas e achando que estava emperrada, deu-lhe um vigoroso empurrão e viu que ela bateu de encontro a uma escada.

— Ei, espere! Que diabo...

Ouviu-se um ruído rascante e assustador, enquanto a escada escorregava pela parede abaixo e, em seguida, um baque de arrepiar os cabelos.

Espiando pela porta entreaberta, Lynn viu Gyu estatelado no assoalho, junto à parede do outro lado do quarto.

— Gyu! — gritou ela, apavorada, correndo na direção dele.

— Mas que droga! Que diabo você pensa que está fazendo? — Segurando o braço direito com a mão esquerda, Sunggyu rilhava os dentes de dor.

— Ah, meu Deus! Você se machucou?

— Lynn, por favor, saia daqui! — disse ele, sentando-se e se encostando na parede. — Não acha que já causou problemas suficientes?

— Patrão, o que aconteceu? — exclamou Hyuk, que entrara correndo no quarto.

— Caí da escada — rosnou Sunggyu, fechando os olhos. — Meu pulso está doendo como o diabo!

— Espere um pouco, deixe-me ver — pediu Lynn, ajoelhando-se ao lado dele.

Sunggyu abriu um par de olhos em sombrecidos de raiva e dor, e a fitou com uma expressão praticamente indescritível. 

— Eu sei, eu sei — acrescentou ela —, fiz uma grande besteira. Sinto muito, não foi de propósito... Eu não sabia que a escada estava atrás da porta. Mas me deixe ver seu pulso, por favor, tenho treinamento em primeiros socorros.

— Está bem, mas cuid... Ai! Cuidado!

Com toda delicadeza, ela segurou o braço dele e examinou-o. A pele do pulso dele já começara a inchar e adquiria uma coloração arroxeada.

— Esse pulso está no mínimo deslocado — disse Lynn por fim —, mas pode também estar fraturado.

— Ah, que beleza... — vociferou ele por entre os dentes cerrados.

— Vou levá-lo ao hospital, patrão — ofereceu-se Hyuk, ajudando Sunggyu a se levantar.

— Não, deixe que eu levo — disse Lynn em um tom de voz contido e preocupado. — A culpa foi minha. — Mal podia acreditar no que acontecera. Como conseguira fazer com que ele levasse tamanha queda e se machucasse daquela forma?

— Hyuk, termine o trabalho que tínhamos começado — ordenou ele. — Devo estar de volta em uma ou duas horas. Se meu pulso estiver quebrado, eles vão engessá-lo e pronto. 

Lynn tentou passar o braço pela cintura dele, mas Gyu se afastou para o lado, furioso.

— É o meu braço que está machucado — rosnou —, não as minhas pernas. Sou perfeitamente capaz de andar sem a ajuda de ninguém.

 

***********

 

Já era quase meio-dia quando o hospital o liberou.

— Gyu — insistia Lynn caminhando ao lado dele no estacionamento —, desculpe-me, por favor!

— Lynn, pelo amor de Deus! — exclamou Sunggyu, em tom de zombaria. — Esta deve ter sido a milésima vez em que você me pede desculpas!

— Bom — disse ela, olhando-o de soslaio e vendo-o disfarçar um sorriso —, pelo menos não foi uma fratura muito grave. E ficar com o braço engessado por oito semanas também não é o fim do mundo.

— Não, não é.

— Mas você vai ter dificuldades no trabalho, não é mesmo? Acho que não vai poder usar o martelo, por exemplo.

— Brilhante conclusão.

— Oh, Gyu, não fique assim... Olhe, vou ajudá-lo em tudo o que puder. Vou tomar notas para você, dirigir sua caminhonete, martelar tudo o que você precisar. Vou ser o seu braço direito! — concluiu Lynn, com um radioso sorriso.
 


Notas Finais


O que estão achando, huh? Está chato?

Até a próxima!


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