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História Ma belle princess - Maus tratos e a primeira parte do plano


Escrita por: Elisynoir

Notas do Autor


Olá a todos!
Daqui é a Elisynoir com mais um capítulo para vocês.
Desculpem ter demorado tanto tempo a postar, mas a escolinha começou e os trabalhos de casa e os testes começaram a atacar-me os miolos.
A foto do capítulo é o Nathanael ranhoso e maldoso, vai ter uma grande contribuição aqui no capítulo. Vejam se é boa ou se é má.
Boa leitura!

Capítulo 10 - Maus tratos e a primeira parte do plano


Fanfic / Fanfiction Ma belle princess - Maus tratos e a primeira parte do plano

Pov. Marinette

Após acabar a festa do Adrien, cada um foi para seu quarto. Como eu já estava no meu, foi mais fácil para mim.

A Tikki e o Plagg levaram os pratos sujos e restos de comida (que eram só migalhas, já que estavam todos esfomeados).

Já eu, livrei-me de algumas coisas que tinham sobrado e acabei por adormecer.

No dia seguinte, acordei cheia de dores de barriga. “Ontem comi demasiado” -pensei eu.

Sempre era uma desculpa para não estar com aquele conde de meia tigela. E aproveitava a minha desculpa da noite anterior.

Estava a ler um livro de romance, quando se ouviam anunciar trompetas. Elas anunciavam a chegada do meu pai. Ainda estava com a roupa de dormir, por isso peguei no primeiro vestido que me apareceu à frente e saí do quarto. As dores de barriga não me permitiram correr, mas tive de andar bem rápido para chegar depressa ao pé do meu pai.

Quando cheguei ao local, estava repleto de criados e não havia possível caminho para eu passar. Cutuquei alguns deles, que me confundiram com outros e ignoraram-me. Não me agradou lá muito o que eles fizeram, mas não é por isso que vou mandar matá-los, como o meu pai faria.

Ao fim de uns longos minutos, consegui abrir uma passagem que dava diretamente ao meu pai.

Ele estava montado no seu cavalo branco. Exercia uma figura austera e fria, porém com um ar superior e intimidante. Ninguém se atrevia a olhar-lhe nos olhos, a não ser eu.

Quando comecei a avançar para o cumprimentar como qualquer princesa faria, e senti alguém agarrar-me os ombros. Assustei-me com o brusco movimento e dei um pulinho.

Virei-me para trás e dei de caras com uma pessoa que não queria. O conde Nathanael. Ahhhg, que secante, o que será que ele quer de mim, desta vez?

-Bom dia princesa. Eu queria saber se estás melhor desde ontem, acredita que fiquei mesmo muito preocupado.

-Bom dia senhor conde. Não precisa de se preocupar, eu estou melhor.

-Já te disse para me tratares por tu. Enfim, ainda bem que estás melhor. Eu gostaria de saber se hoje queres vir dar um passeio comigo pelos jardins do castelo.

-Eu adoraria -menti eu- desculpe-me, senhor, quero dizer, desculpa conde Nathanael, mas eu tenho de ir cumprimentar o meu pai. Até breve. – fiz-lhe uma rápida vénia e saí daquele sítio onde estava a sentir-me bastante desagradável.

Enquanto parei ao lado do cavalo do meu pai, para o cumprimentar, este estendeu-me a mão cheia de anéis de diamante esperando um beijo na região. Ele deve-me ter confundido com alguma espécie de conselheiro ou criado, por isso não lhe beijei a mão.

Ao fim de alguns minutos com a mão estendida esperando um beijo, ele fartou-se e dignou-se a olhar para baixo, vendo-me.

Ele fez um sorriso que só eu sei distinguir pela sua maldade. De certeza que vou levar umas açoitadas.

De seguida, ele pediu-me para o seguir e a marcha entre o público de criados acabou mais depressa que o esperado. Depois dos seus últimos acenos reais e de alguns sorrisos, ele desapareceu da vista de toda a gente, menos da minha.

Sem querer saber sequer a razão, agarrou-me pelos cabelos com uma força brutal e fez-me curvar diante dele.

-Com que então a maneira de cumprimentares o teu pai é humilha-lo à frente de toda a gente. Nem sabes qual é a punição para o que fizeste. No caso de um criado é a morte, no teu caso, pode ser… o meu tubo metálico. -desesperei-me ao pensar naquele instrumento que me causou sempre imensas dores quando era utilizado nas minhas mãos.

-Não. Por favor não. Isso não. -consegui dizer eu com as lágrimas a caírem pela minha face descontroladamente.

-Com a tua birra acabaste de ganhar uma punição ainda maior. Vai ter ao meu quarto antes da hora do lanche. Vais levar as maiores chicoteadas que já recebeste alguma vez na tua vida. E se chorares ou disseres algo que não deves, vais ver o que te vai acontecer.

A seguir a estas palavras, ele soltou os meus cabelos e como se eu fosse um trapo, atirou-me com toda a força contra a parede. Bati com as costas e a parte de trás da cabeça. A minha cabeça latejava de tanta que era a dor. Caí no chão intacta, e consegui distinguir a sombra do meu pai ainda presente a ver todo aquele terrível espetáculo. Quando estava prestes a apagar, ouvi uns risos altos e a figura alta do meu pai a sair do local onde se encontrava. A partir daí, tudo ficou escuro e não me lembro de mais nada.

Acordei numa sala grande, onde o Plagg aguardava sentado numa poltrona coberta com pele de boi.

De repente, senti uma coisa fria na minha testa. Levantei a mão para ver o que era, mas o Plagg apressou-se a levantar-se e a agarrar-ma.

-Mari, isso é um pano de água fria. Tu estavas com a cabeça muito quente quando te encontrei desmaiada. Lembras-te do que aconteceu?

-Sim. O meu pai puxou-me o cabelo e a seguir atirou-me contra a parede. Bato com a cabeça e com as costas, mas já está tudo bem.

-Não está nada tudo bem. Isto não pode continuar assim. Tu qualquer dia morres com estas violências. Porque é que ele te bateu desta vez?

-Ele disse que eu o humilhei à frente de toda a gente, porque não lhe beijei a mão com anéis de diamantes. Ele quer que eu vá ao seu quarto hoje. Vou receber chicoteadas.

-Se não fores, talvez ele se vá esquecer. – disse o Plagg tentando tranquilizar-me.

-Ele vai lembrar-se de qualquer maneira. Ele adora fazer-me sofrer -ele olhou para mim com um ar muito triste. – Posso pedir-te uma coisa Plagg?

-Podes claro. – disse ele esboçando um sorriso.

-Depois de ir ao quarto do meu pai, ele pode estar muito irritado, por isso pode deixar-me mais magoada do que devia. Se eu não vier ter a esta sala depois da hora do lanche, podes ir buscar-me ao quarto do meu pai? Eu sei que é uma coisa muito arriscada de se pedir, e se quiseres podes não fazer, a nossa amizade vai continuar igual.

-Eu também acho que é arriscado, mas eu não me importo de correr os riscos por uma amiga como tu. Se não estiveres aqui à hora do lanche, eu irei ao quarto do teu pai e entrarei na hora em que não estiver lá ninguém. Fica descansada.

-Muito obrigada Plagg. – eu levantei a cabeça para lhe dar um abraço, e o pano caiu da minha cabeça, mas ele não reclamou desta vez. – desculpa.

-Não faz mal. Já está na hora de ires. O almoço aproximasse. E o Adrien deve estar a chegar.

-Ah Plagg, se mais uma coisa. Eu não quero que o Adrien saiba de nada do que aconteceu aqui. Ele não pode saber que eu sou maltratada pelo meu pai. Desde que o conheço que nunca lhe contei, nem quero que ele saiba agora.

-Eu não lhe conto.

-Não lhe contas o quê? – fez-se ouvir uma voz bem reconhecida por mim e pelo Plagg. Era o Adrien, e tinha uma cara de curioso explícita no seu rosto.

-Eu estava a dizer que não contava à Tikki que a Mari tinha desabafado uma coisa comigo antes de desabafar com ela. – disfarçou logo o Plagg. – Não é nada com que tenhas de te preocupar. – acrescentou ele ainda.

-Ahhh. A Tikki não ia nada gostar de saber isso. – afirmou ele com uma cara de trouxa. Tive de me conter para não rir. Só o Adrien para acreditar nestas coisas.

-Eu adorava continuar aqui, mas o almoço real espera-me. Adeus Plagg! –disse dando-lhe um abraço apertado. Virei-me de imediato para o Adrien. – Adeus Adrien! Tenham um bom trabalho. – dei-lhe um selinho e um abraço rápidos e saí da sala.

-Bom almoço. -e estas foram as últimas palavras que eu ouvi antes de sair da sala.

Fui ao meu quarto e vesti um vestido feito com o algodão mais caro da china. É claro que já tinha feito uns ajustes no vestido. Em vez de ser lisinho em toda a sua extensão, este possuía uns pequenos bolsos muito discretos, onde guardava coisas como mensagens com a Tikki ou recados do que tinha a fazer no dia-a-dia.

Algumas pessoas pensam que as princesas têm de ser perfeitas e que não se podem esquecer de nada, mas no meu ponto de vista de ser princesa, as coisas não são bem assim. Muitas das vezes, eu tenho de escrever as minhas tarefas diárias. Chega a haver dias em que elas são tantas, que se não as escrevesse não me lembraria de metade. E é por isso que também tenho os bolsos, para ninguém ver que eu sou uma princesa imperfeita, e para o meu pai não me bater mais do que já bate.

A seguir de examinar que os bolsos não estavam rotos, perfumei-me com o perfume que o conde Nathanael me trouxe quando fiz os meus dezassete anos. Acho que foi o único ou dos únicos presentes que eu me lembro de ter guardado.

Espero que ele não almoce comigo e com o meu pai hoje. Não me apetece nada voltar a ouvir as suas histórias patéticas de como se tornou ainda mais rico do que era, ou a contar como eram as últimas mulheres dele.

Desci as escadas lentamente, pois desta vez não estava atrasada para o almoço. Foi muito benéfico para o meu corpo ter feito essa decisão, porque as criadas estavam a limpar todo o piso. Mesmo sem ir a correr, tive algumas dificuldades para não cair nas partes em que o chão continha algumas pocinhas de água.

Cheguei por fim à mesa da refeição. Os criados já se preparavam para começar a servir, mas sussurravam entre si para saber onde estaria o meu pai.

Realmente, tive de comer sozinha, pois nem ele nem nenhum conde apareceram à mesa. Avancei para o meu quarto novamente, e no caminho cruzei-me com os dois a ter uma conversa. Fiz uma vénia ao meu pai e deixei o conde depositar um beijo na minha mão.

Eu continuei a subir as escadarias que davam para o piso onde estava o meu quarto. Por mais que eu quisesse ouvir a conversa do meu pai com o conde Nathanael, o medo de o meu pai me torturar com maior estado de crueldade era arrepiante e superior à curiosidade.

Como não tinha nenhuma tarefa, desenhei uma flor muito bonita que observei da janela do meu quarto. Mesmo não parecendo, eu tenho uma ótima visão, consigo observar as coisas de muito longe.

Após desenhar a flor, vi que ficou muito idêntica à real. Chamei a Tikki e entreguei-lhe o meu desenho. Nada melhorar do que dar uma coisinha às amigas de vez em quando.

Ela agradeceu muito e ficou a conversar mais um tempo comigo. Depois avisou-me que o lanche iria ser duas horas depois do habitual, já que o meu pai só tinha almoçado duas horas depois de mim.

Isto aliviou-me bastante. Assim só teria de ir ao quarto do meu pai duas horas mais tarde.

A Tikki foi chamada de novo e eu tive de ficar sozinha outra vez. Desta vez, comecei a coser uns bolsos discretos nos novos vestidos que me tinham oferecido.

 

Pov. Adrien

Hoje de manhã, acordei com muita vontade e força. Depois da festa que me tinham organizado ontem, era impossível não me sentir assim.

Como já tenho 18 anos, já posso reclamar os pertences que os meus pais me deixaram. Saí bem cedo do castelo e dirigi-me à vila. Aproveitei que o rei já estava acordado para lhe pedir autorização. Ele concedeu-ma e foi muito formal e educado. Começo a achar que o que dizem dele tem a sua parte falsa.

Quando cheguei ao orfanato, fui recebido muito carinhosamente.

Os meus “irmãozinhos ”desejaram-me os parabéns atrasados e fizeram-me inúmeras perguntas de como é viver no castelo. Tentei responder a tudo, sem deixar ninguém de fora.

Muitas meninas perguntaram-me como era a princesa e eu tive de hesitar antes de dizer algo. A princesa era minha conhecida já há alguns anos e eu não queria dizer algo que não devia. Disse que era muito bonita e era muito gentil e acrescentei também que me tinha recebido de uma forma muito carinhosa. Elas ficaram muito felizes e começaram a brincar às princesas.

Durante cinco minutos, discutiram sobre que iria fazer de princesa Marinette, mas isso resolveu-se quando a dona do orfanato as chamou para tomar o pequeno-almoço.

Ela já sabia o que eu tinha vindo ali fazer, por isso abriu passagem para o seu “escritório”.

Eu entrei e fiquei espantado. Não estava à espera de que houvessem tantas coisas de valor lá dentro. Se uma pessoa entrasse naquela sala a pensar que não havia nada, ia ficar muito surpreendida.

Olhei para a dona do orfanato, que olhou para mim de volta.

-Eu já sei o que te trás por cá meu filho. Sei que já ansiavas por este dia há muito tempo.

Dito isto, ela desapareceu por detrás de uma prateleira e voltou com um saco de batatas. Eu pensei que aquilo era uma brincadeira, até ela me pedir para abrir o saco. A minha cara de gozão desapareceu por completo. No lugar de batatas, aquele saco continha inúmeras moedas de ouro. Remexi nelas para ver se eram verdadeiras e espantei-me ainda mais ao perceber que sim.

Ela entregou-me uma carta a seguir. Quase não era legível o que estava escrito no envelope, mas eu conseguia perceber.

Nós saímos da sala pouco tempo depois. Ela foi dar o pequeno-almoço aos meninos do orfanato e despediu-se de mim. Pediu para os vir visitar quando pudesse ou quisesse e mandou um grande beijinho ao Plagg.

Despedi-me de todos e saí daquela outrora fora a minha casa. Quando cheguei ao castelo, ouvi que o Plagg conversava com a minha princesa tontinha.

Quando ela saiu, eu contei tudo o que tinha acontecido na minha manhã ao Plagg. Ele ficou tanto ou mais espantado do que eu quando lhe mostrei o saco de “batatas” que tinha recebido.

-O que vais fazer com esse dinheiro todo? – perguntou ele ainda incrédulo.

-Vou esconde-lo e guardá-lo para se um dia precisar dele.

E continuámos a conversar.

 

Pov. Nathanael

Hoje foi uma manhã muita aborrecida. Tentei falar com a princesa e mais uma vez não consegui o que queria. Pela conta do meu aborrecimento, tive de fazer uma coisa para me divertir um pouco.

Fui ter com o Rei e comecei por dizer:

-Bom dia El-Rei, como estais hoje?

-Estou muito bem. E vós, como passais a noite?

-Muito bem. Eu queria informar-vos de um roubo.

-Podeis avançar. De que se trata esse roubo?

-A sua criada Tikki, roubou um colar à princesa Marinette. Eu vi-o com os meus próprios olhos.

Ele fez uma cara de estranhamento. Pelo que parece, não acreditou em mim.

-Como assim a viu a roubar a minha filha? Ela é a dama de companhia da Marinette e tem toda a minha confiança. É das pessoas que eu confiaria só de olhar pela primeira vez, e depois de a conhecer como eu conheço, nunca diria isso.

-Não duvido da personalidade dela, mas eu digo-lhe que a vi a roubar um colar à sua filha. Palavra de honra. – disse eu levando a mão ao peito em forma de garantia.

-Não se preocupe senhor conde. Eu irei investigar muito em o assunto, mesmo achando que foi confusão na sua cabeça.

Mesmo não conseguindo ter a confiança do Rei em relação ao assunto, espero conseguir o que eu quero sem ninguém se intrometer no meu caminho.

Quase que já consigo sentir a coroa real e o manto real nas minhas mãos. Depois é só arranjar maneira de matar aquela Marinette.

Mas antes de pensar em matá-la, tenho de conseguir conquistá-la. Se não, o meu plano não vai resultar.

 

Continua no próximo capítulo…


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Eu era para ter continuado a escrever, mas acho que já estava muito grande e eu não vos queria deixar à espera muito mais tempo.

Se quiserem ler mais fics de minha autoria, podem tentar (mas só se quiserem):
.Reviravoltas amorosas, de ~Elisynoir
.Lua vermelha, de ~Elisynoir
.Conto de fadas não acabado, de ~Elisynoir2 (que é o meu outro perfil)
.Uma reencarnação futurística, de ~Elisynoir e ~Aninhasdf
.Espírito Animal, de ~Elisynoir e ~MarinetteDash
.Cortes T2 e T3, de ~Aninhasdf e ~Elisynoir

Outra coisa, eu criei um grupo de whattsapp para as minhas fics. Se alguém quiser entrar, diga aí em baixo nos comentários, que eu a contacto logo que possa.

Espero que tenham gostado do capítulo e até à próxima!


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