Mabel On:
De repente sinto alguém me puxando pelo braço para dentro da floresta e me jogando contra uma árvore e logo colocando a mão na minha boca, obviamente para eu não gritar. Esse alguém era só um pouco mais alto que eu e vestia roupas amarelas. Bill, não tem nenhuma surpresa nisso, mas porque caralhos estava me imprensando numa árvore? Logo tirei sua mão da minha boca.
–Ei! Que você pensa que ta fazendo?! Deixa eu sa- Ele fez de novo, tapou minha boca com sua mão.
–Xiiii. Cala a boca, podem nos ouvir. –ele disse sussurrando baixinho pra mim e olhando pra algum lugar de fininho. Depois tirou a mão da minha boca.
–O que foi? Porque esse nervosismo? –sussurrei para ele.
–Tem uns adolescentes ali. Podem me ver e não quero problemas.
–Deixa eu vê! –ok, falar sussurrando não é bem o meu forte, então falei um pouco alto de mais.
–Que merda, fala baixo! Não quero que nos vejam! –Chamou minha atenção, bravo, mas ainda sussurrando.
–Ei vocês ouviram isso? Veio daquela árvore ali. –falou um dos adolescentes e parecia que estavam olhando em nossa direção, já que a expressão no rosto de Bill parecia de incomodado. De repente ele chega mais perto de mim fazendo com que me imprensa-se mais na árvore e logo coloca uma das mãos na minha cintura, me puxando para mais perto de si. Minha cabeça ficou deitada em seu peito, eu podia sentir seu coração bater em uma velocidade absurda. Enquanto um de suas mãos segurava minha cintura a outra ia para minha nuca. Logo ele se afundou em meu pescoço e ficou lá, eu podia também sentir sua respiração, estava ofegante. Senti meu rosto queimando e ficando vermelho.
–E-Ei! P-pa-pare com isso. O que esta fazendo?! Me solta! –falei baixo. Eu tentei empurra-lo, mas sem sucesso, ele era mais forte que eu... Ele foi até meu ouvido e sussurrou:
–Silencio. Me abraça. –me arrepie da cabeça aos pés. Ele falava em um tom de provocação e charme. Ele estava louco? E-eu não ia abraça-lo....
–O que?! P-pra que? Você ficou doido?
–É só para eles pensarem que somos um casal dando uns amassos e irem embora. Vamos, não é tão difícil. –ele deu uma risadinha de culpado e provocante. –Se não fizer isso vão pensa que estou te forçando.
–Mas você esta me forçan- parei de falar pois ouvi uma das vozes dos adolescentes.
–Vai lá vê o que é Thompson! –pera ai, Thompson? Era a turma da Wendy! Drogaaaa!
–Anda logo cacete, vem vindo um! –aah que droga! Deixei a cesta no chão cuidadosamente e logo abraçando Bill, o abracei de forma com que uma de minhas mãos ficasse em seu ombro e a outra em sua cabeça. Eu estava tão nervosa que o abracei com toda minha força e apertando seu ombro.
Quando abracei Bill pude sentir a macies de seus cabelos, eram tão lisos e cheirava tão bem. Ele tinha um cheiro tão bom e tamb... pera ai o que to pensando?? Eu não posso pensar isso dele.. ele é..
–Ah, gente é só um casal se pegando aqui. Vamos embora. –Thompson nos observava de longe. Fiquei alivia pelo fato de ele não ter se aproximado mais e me reconhecido. Percebi que as vozes estavam se afastando cada vez mais, até que não ouvi mais elas.
–Até quando vai ficar me abraçando? –Me dei conta de que Bill já havia me soltado e de que eu ainda estava o abraçando. Me afastei rapidamente dele e pegando a cesta de volta, e ficando completamente sem graça e vermelha. –Você ta bem? Esta com febre ou algo? Você parece um morango de tão vermelha. –eu não sabia como estava sua expressão, pois estava encarando o chão, não conseguia nem me mover. Logo ele colocou a mão na minha testa para ver se eu estava bem. –Ta com febre? Ou você gostou do abraço? –filho da puta. Levantei a cabeça para olha-lo. Ele me encarava com um sorrisinho de vitorioso no canto da boca.
-S-seu...-ele esperava que eu terminasse a frase, mas eu mal conseguia falar, eu estava nervosa demais –Seu cretino, idiota, pervertido! F-fica longe de mim!
-Pervertido, eu? Ué, o que eu fiz? –ele fez uma cara de desentendido e sarcástico, dando um largo sorriso provocante.
-Idiota! –joguei a cesta nele e o empurrei com força, fazendo o mesmo cair no chão. Enquanto ele estava caído, aproveitei para correr e sair da floresta. Vi que já estava perto da cidade, então corri mais ainda, queria chegar logo na casa da Candy. Eu já estava perto, passei perto de umas lojas, mas não tinha tempo pra ficar admirando. De tanto eu correr sem prestar atenção, acebei esbarrando em alguém.
-Ai garota, vê se olha por onde anda! –esse jeito de falar e esse tom debochado só podia ser uma pessoa.
-Pacifica?
-Mabel? –nos levantamos e ela ficou me olhando confusa – Nossa! Quando você voltou para Gravity Falls? –dizia ela enquanto me abraçava. Ok, aquilo foi estranho, desde quando ela abraça as pessoas? Quando ela se deu conta do que estava fazendo ela parou de me abraçar –Er.. Quer dizer. Que bom que voltou. – depois disso se recompôs, mas logo deu um sorriso. Vi que ela estava com um monte de sacolas de compras, com roupas de marcas super caras.
-Oi Pacifica! Cheguei em Gravity Falls a dois dias. Que bom te ver! –falei meio sem jeito eu estava com muita pressa e eu não tirava os olhos daquelas sacolas.. achei que a família dela tinha falido –Pois é, Pacifica...achei que sua família tinha.. sei lá, falido.. –rapidamente sua expressão era de magoa e arrependimento, ela realmente estava triste.
-É, então, meus pais c-conseguiram recuperar a fortuna...-ele abaixou a cabeça e parecia que ia chorar, algo não estava certo ali –Eu tenho que ir, meus pais estão me esperando.-eu não pude dizer nada, ela saiu correndo em direção a uma limusine. Ta, eu não podia perder meu tempo ali olhando ela ir embora.
Quebra de tempo.
Cheguei na casa da Candy completamente exausta. Eu estava sem folego. Bati na porta até ela abrir.
-O que? O que fo.. Nossa Mabel você ta péssima, tava fazendo exercícios? Não é muito apropriado fazer exercícios de suéter, sabia?
-Eu.. eu não.. estava fazendo exercícios. Só correndo.. de um idiota. Agora por favor, me da água!!
-Claro, entra. –entrei e me joguei no sofá cansada de mais para me mexer ou sair dali. Candy me trouxe água e veio logo com perguntas.
-Eai, tava fugindo de quem? Um garoto? Ele é bonito? Ele tentou fazer alguma coisa com você? Qual a idade dele?
-Ai calma ai Candy... eu to morrendo aqui. Sim era um garoto, é um idiota esquece.
-Então ta. Ai meu Deus!! Falando em garoto, Mabel tem um novo garoto na escola! E tipo, ele é um gato! Sabe aquele gato que é gato mesmo? Pois é. Mas ele não da bola pra muitas garotas, mas é super gentil! Ai, só de pensar...eu já me derreto. –ela falou completamente derretida pensando nesse garoto, então ele era realmente muito gato.
-Como você sabe que ele novo se nem começou as aulas?
-Ô doida, ele chegou na cidade a um ano ou dois, não me lembro direito. Mas ele é tão... aah .. aqueles cabelos, nossa e os olhos, ai papai. –eu estava doida pra conhecer esse garoto!! Do jeito que a Candy fala ele de ser muito gostoso, mal posso esperar pra semana que vem!
-Vamos chamar a Grenda? A gente podia dormir aqui hoje!
-A Grenda saiu com os pais dela, só volta amanhã.
Quebra de tempo.
Eu e a Candy ficamos o dia todo, fofocano sobre garotos, roupas e até o tipo de cara que a gente gosta, coisas de menina, e eu tentava distrair a Candy para ela não tocar no assunto sobre o porque de eu esta correndo daquele “garoto” de hoje mais cedo. Mas estava ficando tarde e eu tinha que voltar pra cabana.
-Até mas, Mabel. A gente se vê amanha? -perguntou Candy.
-Acho que não vai dar, essa semana eu tenho que fazer minha matricula, comprar meu material e ver que roupa eu uso no primeiro dia de aula. -respondi.
-Ta bom. Semana que vem a gente se vê então. Até mas. –ela disse se despedindo de mim.
-Tchauzinho.
A volta pra cabana foi bem tranquila. Não esbarrei com ninguém, não estava com pressa e não vi o Bill. Perfeito! Estava feliz! Eu já estava de frente pra cabana, fui andando até que...
-Ei, pode parar ai. –e minha felicidade tinha acabado.
-Ah qual é. Já disse pra ficar longe de mim, Bill. –já até sabia onde ele estava. Me virei, revirando os olhos.
-E eu estou, olha a distancia entre mim e você. –já sei que ele queria algo e também sei que não quero perder meu tempo falando com ele –Só vim devolver a sua cestinha. –falou em um tom debochado e irritado. –Pega logo.
-Ótimo! E com isso eu não te devo nenhum favor, você não ira machucar ninguém e não ira mais me perturbar. E eu estou livre! Não irei vê-lo mais. –disse sarcástica e irônica pegando a cesta da mão dele. Percebi que ele tinha dado um largo sorriso que escondia algo ou coisa assim e deu leves gargalhadas. –Qual a graça?
-Nada, nada. Você me faz rir. Já vou indo. –ele saiu andando ainda dando gargalhadas. Imbecil
Entrei na cabana, tomei um banho e me arrumei para dormir, estava muito cedo pra dormir, mas eu estava exausta. Fechei os olhos e de repente escuto um sussurro bizarro “ Nos vemos semana que vem”. Ta.. era coisa da minha cabeça.. espero..
Comecei a pensar naquele abraço que Bill me deu... ele tinha um cheiro tão bom, seu cabelo tinha um cheiro diferente, um cheiro que relaxava e seu perfu... mas o que? o que eu to pensando? Melhor eu dormir.
Continua...
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