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História Macabre dreams - Luxúria espinhosa


Escrita por: MSMorgado

Notas do Autor


D: ai ai mais para a conta hehe

Capítulo 7 - Luxúria espinhosa


Fanfic / Fanfiction Macabre dreams - Luxúria espinhosa

— AH! — o que? Estou de volta ao banheiro. Ainda nu na banheira e tossindo por que engoli água.

— Filho? — minha mãe abre a porta . — O que…

— Eu estou bem mãe! Só cochilei.  — falo antes dela abrir totalmente a porta. Não quero que ela me veja nu, é constrangedor.

— Tudo bem querido…

Enrolo minha toalha nas partes baixas e saio do banheiro. Minha mãe está sentada na cama dela distraída colocando o laptop no colo. Vou direto para meu quarto e me visto. Preciso perguntar algo a ela. Passei um tempo pensando no assunto.

— Mãe, — volto lá e sento na beira da cama dela. — posso fazer uma pergunta?

— Claro, meu amor. — ela sorri digitando algo.

— Por que nunca tive uma irmã?

A minha simples pergunta fez ela estremecer e parar de fazer sei lá o que.

— Por que essa pergunta João? — fala sem me olhar e com a voz baixa.

— Curiosidade apenas. Porque alguns amigos meus tem irmãos e eu sempre…

Minha mãe começou a soluçar do nada, tirou o laptop de cima dela e se levantou.

— Saia daqui, — ela aponta para fora.  — já para o quarto, não quero vê-lo mais hoje. Está de castigo.

— Mas o que eu…

— Agora! — ela me puxa pelo braço e me empurra para fora batendo a porta em seguida.

O que eu fiz de demais? Foi só uma simples pergunta. Eu não me contento em ficar sem saber das coisas. Meus pais nunca me contam nada. Fui até a sala e vasculhei a estante atrás de uns documentos.

— Achei. — uma pasta com todos os meus documentos. Levo-a para o quarto e tranco a porta.

Tem que haver alguma coisa aqui. Eu estou achando que a garota dos meus sonhos pode ser alguma parente minha. Atestados, cartões de vacinas, mais atestados.

Certidão de nascimento, aqui. Não, nada. Voltei à sala e peguei mais algumas pastas com papéis, mas nenhum deles diziam se eu tinha uma irmã. Eu me lembro de uma vez quando era pequeno que tinha roupas de garota junto com as minhas, mas sempre que perguntava de quem eram meus pais se zangavam.

Passei a noite em claro pensando em mil coisas. Nos sonhos, na garota ruiva, meus pais, na Mel, no Lúcio, naquele velho maluco e seu amuleto. Ainda bem que é domingo. Quase não vi o domingo, quando vi já era segunda. Um dia de descanso, sem sonhos e sem falar com ninguém. O despertador tocou às sete em ponto.

Na escola nada de interessante aconteceu, não que esperasse alguém subindo pelas paredes ou vomitando sopa de ervilha ou qualquer coisa estranha que aconteceu semana passada, mas hoje foi muito chato.

Contei ao Lúcio sobre sábado e o escândalo que minha mãe fez.

— Cara... Deve ter acontecido alguma coisa muito ruim com seus pais para eles ficarem assim. — ele ressalta.

— Também acho, mas não posso fazer nada. — suspiro. Avisto Mel saindo da cantina. — Eu já volto.

— Onde vai? — deixo ele falando sozinho.

O professor que nos daria aula no próximo tempo faltou, então podemos fazer o que quiser nesse tempo vago. Segui ela até a quadra. Mel está de vestido preto hoje, mas continua fofa do mesmo jeito. Ela se sentou em um dos bancos no meio da arquibancada. Sorriu ao me ver se aproximando dela.

— Por que não está com seu amigo?  — a voz calma dela percorre meu ouvidos me causando arrepios bons pelo corpo.

— Você também é minha amiga. Posso?  — aponto para o assento ao lado dela e esta deixa eu me sentar ali. — Por que sempre tão sozinha?

— Não me sinto à vontade com tantas pessoas. — seu olhar se perde no céu nublado.

— Entendo…

Ela sorri e se vira para mim.

— Você é um garoto estranho, João.  — Mel diz com um sorriso meia boca e pega em uma mexa do meu cabelo me deixando corado.

— P-por que acha isso?

— Talvez seja por isso que o acho interessante. — ela afasta a mão do cabelo mantendo a mesma no ar sem responder minha pergunta.

— Interessante?

— Sim. — ela abaixa a mão e se projeta para frente. Para mim.

Ela chega tão perto de mim e cola a ponta do nariz dela ao meu. Esses grandes olhos me olhando com carinho. O perfume adocicado dela, parece morango…

— Eu nunca... — engulo a seco.

— Beijou alguém?

— Isso. — que mico. Nenhuma das outras garota me chamavam a atenção ou fizeram meu coração palpitar como ela faz.

— E se eu te disser que também nunca beijei ninguém? Se sentiria melhor?  — Sorrimos juntos.

— Um pouco. — me pego levando minhas mãos ao rosto dela. Pele super macia. Ela fecha os olhos. Aos poucos nossos lábios se encontram e... Droga, já estou pensando em coisas que não deveria.

Depois do longo e babado beijo nos afastamos e rimos. O sorriso dela é lindo... O que há comigo? Foi só um beijo e já fiquei todo meloso. Ficamos ali abraçados até ouvirmos o sinal tocar avisando que o tempo livre acabou.

— Quer sair hoje depois da escola?  — pergunto andando com ela pelo corredor em direção a sala de aula.

— Onde iremos?

— Você escolhe.

— Meus pais trabalham com eventos e vai ter um aniversário hoje à noite. Quer ir?

— Claro. — se tivesse alguém atrás de nós, esse alguém veria o meu sorriso de lá.

— Vá lá em casa às sete.

Ela preferiu que não fôssemos vistos juntos na classe. É proibido namoros aqui. Eu entrei primeiro e uns minutos depois ela entrou.

— Por onde andava?  — Lúcio me pergunta com a mesma cara de quem comeu e não gostou que sempre faz para Mel quando a vê.

— Por aí, caro amigo.  — Não consigo esconder o quanto estou contente. Lúcio ri.

— Está engraçado.

— Não posso ser um pouco feliz?

— Claro que pode. Só não se apegue muito a essa felicidade. — ele vira para frente e a professora de línguas entra.

Finalmente uma coisa boa aconteceu nesses dias. Eu, João, com uma namorada super fofa. Fodam-se esses sonhos malucos. Quero viver no mundo real agora! Cheguei em casa e tomei aquele banho. Arrumei-me quase como um galã de novela e me perfumei. Sorte que meus pais não estam em casa para me vê assim, iam me fazer muitas perguntas.

Sete da noite e estou na casa da Mel como combinado. Toco a campainha e escuto alguém correr para a porta.

— João! — Mel pula nos meus braços e me abraça forte como a garota ruiva... — Você veio mesmo. — diz feliz.

— Claro que viria. — respondo dando um beijo em sua testa.

— Vamos então, meus pais já estão lá. — ela fecha e tranca a porta de casa.

Andamos de mãos dadas três quarteirões. Nessa parte da cidade moram as pessoas com mais classe (dinheiro). Ela falou com um porteiro de uma mansão iluminada e com música infantil ao fundo. É o aniversário de sete anos de um garotinho.

— João? — a voz do Lúcio vem de trás da gente. Nós viramos devagar para ele. — E Mel? De mãos dadas?

— O que faz aqui? — pergunto.

— É aniversário do meu irmãozinho. — ele sorri. — Meus pais não deixaram te chamar porque estava com a lista fechada, mas espera, vocês dois que tem que dar explicações aqui.

— Eu o convidei... — Mel fala sem jeito. Seguro a mão dela com força.

— E estamos namorando. — completo.

— Namorando? — os dois perguntam juntos. Porém, Mel reagiu positiva e Lúcio negativo.

— Sim, — abraço ela. — ia te contar amanhã. — me dirijo a Lúcio .

— Que consideração,  — ele cerra os olhos — mas felicidades ao casal. — e sorri depois.

Foi bem divertido ali. Lúcio e Mel se socializaram um pouco, achei que seria pior a reação dele, mas não foi. Assim que terminou a festa, os pais da Mel ofereceram de me levar em casa. Eles são uns amores como ela. Cheguei e os meus estavam dormindo.

Dormi muito bem terça e quarta. Nada de pesadelos ou coisas estranhas em casa ou na escola. Contei que estou namorando aos meus pais, eles reagiram indiferentes, mas apoiam nosso relacionamento.

Queria ter ficado com a Mel mais um pouco hoje, ela teve que ir para casa cedo. Saímos esses dois dias, Lúcio está uma fera por eu passar mais tempo com a Mel do que com ele. Daqui algumas horas é quinta e tem aula. Nem um pouco afim, só vou mesmo para ver minha Melzinha. Sorrio abobado.

Toda vez que penso nela acontece isso. Sou muito meloso, eu sei. Tenho que parar com isso. Fecho os olhos e afundo o rosto no travesseiro. Ouço uma risadinha de menina vindo do quarto e logo depois sinto alguém sentar na cama.

— É você, mocinha?  — ela ri de novo, então puxo ela pela cintura deixando ela deitada embaixo de mim. — Por onde andou? Por que não sonhei com você esses dias?

Ela aperta minhas bochechas me fazendo rir. Parece feliz também.

— Quem é você de verdade? — toco o rosto dela e depois escondo o meu no pescoço dela. — Será que... Você é minha irmã?

Ela me puxa pelos cabelos para trás. E tenta falar, abre e fecha a boca várias vezes, mas nada sai dela. Uma lágrima escorre do olho direito dela.

— Ei, ei... — puxo-a para mim e a abraço.  — Não chora.

A garota me afasta e levanta da cama, vai até minha estante para pega um papel e uma lápis. Rabisca e rabisca.

— O que faz? — ela dobra o papel bem pequenininho e volta a mim. — Que isso?  — pega minhas mãos e o coloca nelas fechando com as suas em seguida.  — Não entendo.

Uma mão negra sai do travesseiro e agarra ela pelo pulso puxando-a para dentro da cama. Tento deter aquilo, mas caio de cara nos travesseiros.

Abro os olhos com o despertador tocando e de cara no travesseiro. Levo as mãos aos olhos para coçá-los e um papelzinho cai.

— Será que? — abro ele rápido para ver o que era.  — Mas...  — em branco.  — Não , não pode ser.  — Tem que ter algo.

Visto-me para a escola, levando o papel, claro. Lúcio me disse uma vez que sabia descobrir coisas ocultas. Espero que tenha alguma mensagem aqui. Só pode ser isso.

— Lúcio! — grito ele do corredor.

— Bom dia amigo...  — já entrego o papel a ele e logo vou explicando.  — Vou ver o que posso fazer.

— Obrigado mesmo.

Mel ficou estranha comigo o dia todo. Eu me aproximava e ela fugia, como se tivesse medo de mim.

— Mel! Espera...— seguro a mão dela antes de atravessar a rua. — Por que não falou comigo hoje? O que está acontecendo Melzinha?

— Me solta João... — ela se solta, mas eu pego novamente a mão dela.

— Me responda Mel... O que eu fiz? — levanto um pouco a voz deixando ela paralisada. Todos em volta estão nos olhando.

— Só me deixe ir. — Estava quase soluçando.

— Não antes de uma explicação Mel. — puxo ela para mim, porém ela luta e se solta correndo para o meio da rua.

— MEL! — um carro vinha de encontro com ela, eu corri rápido para pegar ela, mas não deu tempo, fomos os dois arremessados para longe. Ela rolou para longe mim, não consegui salvá-la a tempo…



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