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História Macabre dreams - O verdadeiro inferno


Escrita por: MSMorgado

Capítulo 8 - O verdadeiro inferno


Fanfic / Fanfiction Macabre dreams - O verdadeiro inferno

— Mel...  — acordo em um quarto de hospital, as máquinas apitando alto e parecia tudo bem. Vim parar em hospitais tantas vezes que aprendi algumas coisas.


Estou um pouco tonto ainda, porém me levanto mesmo assim. Meu corpo todo dói. Abro a porta devagar e vou até a atendente na recepção.

— O senhor não deveria sair do quarto.  — diz ela dando a volta no balcão e me segurando.

— Estou bem... Sabe me dizer onde está uma garota com cabelo rosa? Se ela está aqui.  — pergunto a ela.

— Sim ela está aqui... Vocês vieram juntos na ambulância. — a moça jovem fala com tristeza.

— Onde ela está? Posso vê-la?

— Ela está fora de risco agora, mas as visitas ainda não são permitidas, porém pode ver ela pela janela do quarto.

— Onde? — sinto um mal pressentimento.

— Irei levá-lo.

Ela me guia pelo corredor de onde vim até uns três quartos depois do meu.

— Mel? — como posso explicar: ela está cheia de tubos, enfaixada, parecendo que não vai mais acordar. Meus olhos enchem de lágrimas. — Eu posso entrar?

— Desculpe, nada de visitantes. — a enfermeira sente minha dor de ver a Mel daquele jeito. — O que ela é sua?

— Minha namorada…

Um som agonizante e contínuo soa do quarto dela, os pontinhos das máquinas param de saltar.

— Senhor, por favor tem que sair daqui. Doutor!  — ela grita e me puxa para longe do quarto.

— O que está acontecendo ? — percebo minha voz de desespero.

— Parada cardíaca! — ela continua a gritar e me ignorar.

— Parada cardíaca?

— Senhor, por favor precisa sair daqui.

Fiz o que ela mandou e vou para a recepção. Vejo os pais da Mel chegarem e outra moça estava lá falando algo para eles. A senhora Moraes agarrou o marido desesperada.

— O que aconteceu?  — pergunto me aproximando deles. Meu coração bate rápido.

— João, a Mel... — o pai dela fala sem olhar para mim nos olhos. — Ela, não resistiu à parada cardíaca…

— Não... não, não, — meus olhos se enchem de lágrimas novamente. — não pode ser…

— Rapaz! — a moça grita de longe , mas saio correndo para o quarto da Mel.

Os médicos ainda estão lá dentro. Bato no vidro e eles olham para mim. Uma médica saí de lá.

— Você é o namorado? — eu assinto quase sem ver ela direito. — E-eu sinto muito, ela…

— Minha filha! O que aconteceu? —Chega os pais da Mel.

— E-ela não resistiu aos ferimentos internos e veio a óbito. — a médica disse da melhor maneira possível.

Cambaleei um pouco para trás e sentei no chão desmoronando em lágrimas.

— Senhor...  — a médica e os pais da Mel tentam me acalmar, mas não consigo ouvir mais nada do que eles dizem. É tudo culpa minha…

Ignorei eles levantando e andei pelo corredor em direção a saída. Esbarrava nas pessoa sem vê-las, mas uma movimentação atrás de mim se aproximava rápido. Avistei meus pais entrando no hospital,  sem pensar duas vezes corri para abraçá-los.

— Filho, o que aconteceu?... — meu pai pergunta assustado.

— A Mel morreu pai... — digo em meio a soluções.

— Oh, querido. Viemos o mais rápido possível para vê-los. — minha mãe acaricia meus cabelos.

— Senhores, vocês são os pais do rapaz? — ouço um homem falar atrás de mim.

— Sim, doutor. — respondeu meu pai seco.

— Ele precisa voltar ao quarto, não está totalmente bom do acidente. — alguns enfermeiros me tiram a força dos braços dos meus pais e me levam para o quarto.

Colocaram-me na cama ligada ao soro. Injetaram alguma droga que me deixou mais calmo, mas por dentro eu apenas pensava na Mel. Eu que deveria ter morrido…

Quando desperto dos efeitos do calmante, minha mãe me olhava triste do meu lado, meu pai está sentado na cadeira frente a mim.

— Querido, você acordou.  — ela segura minha mãe.  — Foi terrível o que aconteceu com sua namorada.  — senti uma pontada de falsidade quando ela falou isso. — Os pais dela disseram que o enterro será amanhã.

Ela explicou que o médico vai me dar alta logo, pois não tinha nada grave, apenas alguns machucados, mas era o protocolo do hospital ficar certo tempo. A noite se arrastou não me deixando dormir. Pela manhã o doutor me deu alta e fomos logo para casa. O enterro será à tarde.

Tranco a porta do quarto vindo direto do banho e me deito na cama para descansar um pouco. Ao abrir os olhos continuo no meu quarto, porém não é a arrumação dele. Isso aqui é um escritório. Levanto do chão e saio.

Bem, estou em casa, mas não reconheço esse lugar. No fundo do corredor há uma porta que nunca vi. Vou até ela e checo a maçaneta. Aberta. Abro-a devagar revelando um quarto de bebê com dois berços. Cheio de poeira e roupinhas espalhadas por todo o lugar. Entro mais até o chão ranger. Um piso falso? Abaixo ali tateando ele até achar uma abertura e retirar a tampa. A terra preta molhada exala um cheiro horrível de coisa podre.

Da terra começou a brotar uma mão, eu reconheço essa mão, é da garota. Seguro ela quando aparece metade do antebraço e puxo. Alguma coisa impede que ela saía, estou puxando com toda minha força, mas não move um centímetro.

A coisa que puxava ela se revelou da terra, a mesma mão negra que saiu de mim uma vez e que puxou ela uma outra. Aquilo brotou do lado do braço dela.

— Ah! — aquilo me atacou deixando um corte no braço, em seguida sugou o braço da garota de volta à terra.

Um grito me acordou. De volta ao meu quarto , esfreguei os olhos e suspirei.

— Filho, vamos está na hora.— papai avisa de fora.

O cemitério não é muito longe daqui. Hoje está chovendo muito, então tivemos que ir um pouco devagar. Papai para o carro em frente ao cemitério e um grupo de pessoas vestidas todas de preto já tumultuavam o lugar.

— Vou depois... — aviso antes deles saírem do carro. Não quero encarar ninguém e ainda não estou pronto para enterrar a minha Mel. Eles entendem e vão. Após alguns minutos o caixão chegou e Lúcio também. Hora de encarar aquilo.

Os parentes fizeram uma fila para jogar rosas brancas no caixão antes de enterrarem. Pego uma flor e me preparo para jogar. Apertei com tanta força a rosa que os espinhos me furaram e fazendo algumas gotas de sangue mancharam a rosa. Não tenho mais lágrimas para chorar. Adeus, minha querida Mel. Jogo a flor para sair logo dali. Estou todo ensopado, o bom disso que limpa o sangue da minha mão.

— João,espera. — Lúcio me segue em direção a saída segurando um guarda-chuva preto.  — Sinto muito, amigo. — Ele toca meu ombro. Alguns outros da nossa classe também vieram se despedir de Mel.

— Está tudo bem... — desvio o olhar. Ele sabe que não está.

— Foi uma pena, tão jovem... — ele diz meio com desdém. — Ah, sim, eu descobri uma coisa naquele papel que você me entregou. — ele procura nos bolsos.

— O que tinha?

— Eu não sei... aqui, — ele me entrega o papel, para não molhar ele cede um pouco do guarda-chuva. — é apenas um monte de rabiscos.

Abro o papel sujo de grafite que revela algumas coisas escritas.

— Tem alguma coisa escrita aqui... — digo forçando a vista.

— O que?

— Não sei, parece outra língua. — acabo de dizer isso e a escrita se mexeu formando palavras do nosso idioma. — Nossa…

— Fale. — Lúcio se empolga.

— Espera... "Caro João, ..."

" ...a essa altura você conseguiu ler isso de alguma forma, quer dizer que está cada vez mais próximo da verdade horrível que te espera. Sou sua irmã gêmea. Todas as vezes que apareci em seus sonhos foi para te alertar que corre perigo, mas de alguma forma "ele" conseguia me impedir. Não conseguia falar por isso. O nosso quarto de bebê, por favor, vá até ele, o assoalho falso, lá terá respostas sobre mim, mas por favor tenha cuidado para "ele" não saber disso. De sua querida irmã... "

—"... Melissa. Ps.: Os sonhos são seus, molde-os como desejar." — termino de ler em voz alta. Eu e Lúcio ficamos nos olhando assustados.

— O que faremos agora? — ele indaga.

— O quarto! — puxo ele pelo braço e saio correndo.

— Que quarto?

— Não dá tempo de explicar, me segue! — digo e começamos a correr mais rápido. Preciso chegar em casa.

Como é perto daqui não demoramos a chegar. Destranquei a porta da frente e comecei a vasculhar a casa.

— O que exatamente estamos procurando João? — pergunta Lúcio parado sem entender nada.

— Uma porta... Eu sonhei com ela mais cedo... Tem que estar aqui em algum lugar. — vou até o final do corredor onde tem um altar religioso.

— Acho que uma porta é bem visível. — ele chega atrás de mim. — Você precisa se acalmar cara... — eu desmonto aquilo deixando a parede à mostra enquanto ele falava.

— Quero acabar com isso logo... — bato na parede e se ouve uma superfície oca.  — Achei! — vou na cozinha, pego um cutelo e volto.

— Ei, calma , o que vai fazer com isso? — Lúcio levanta os braços .

— O que pensa que vou fazer? Vou abrir a porta.  — sorrio para ele. Corto o papel de parede na abertura da porta e obviamente ela é revelada se abrindo sozinha para dentro.

— Cara... Que coisa bizarra. — ele fala rindo.

— Meu pais tem que me dar uma boa explicação para isso. — testo o interruptor, sem luz. Vou ao meu quarto e mexo nas gavetas do criado mudo atrás de uma lanterna. 

Está como no meu sonho, porém mais escuro e empoeirado. Dou alguns passos adentro e sinto o chão ranger. Agacho colocando o cutelo no chão e entregando a lanterna ao meu amigo para iluminar o local. Tateio encontrando uma abertura para meus dedos e tiro o tampão. Um cheiro forte de coisa podre sai dali da terra. Nós tossimos com o pó que levantou. Cutuco a terra fofa e úmida com o cabo da faca e encontro algo que não é terra.

— Tem alguma coisa aqui. — digo cavando com as mãos agora.

— O que é? — ele pergunta meio distante.

— Não sei, parece... — cavo o suficiente para revelar uma mãozinha de bebê. — Puta que pariu! Tem um bebezinho enterrado aqui!  — Não... Melissa... — Liga para a polícia agora Lúcio.

— Claro, claro! — ele sai apressado do quartinho.

— Melissa... O que fizeram com você?... — não tive coragem de desenterrar mais.

— João , o que faz... — ouço meu pai e vejo eles aparecendo na entrada do corredor.

— O que aconteceu com ela?! — pergunto gritando já.

— Nós… — minha mãe começa a falar devagar.

— Falem logo! — interrompo minha mãe.

— Nós não queríamos uma menina. — meu pai era mais cauteloso na resposta.

— Esse é o motivo para terem matado a filha de vocês? A minha irmã? — levanto e vou em direção a eles com o cutelo na mão direita. — Que tipo de monstros vocês são?!

Eles ficaram calados se entre olhando, parecendo me ignorar por instantes.

— PORRA, EU TO FALANDO COM VOCÊS! — eles reagiram olhando para mim com os olhos totalmente negros. Vai acontecer tudo de novo... Eles puxaram alguma coisa atrás da nuca e tiraram aquela " roupa de humanos" revelando grandes demônios negros com asas.

Vieram para cima de mim. Aconteceu tudo tão rápido , o cutelo guiou a minha mão no impulso de adrenalina que tive, a lâmina suja de terra cortou primeiro o pescoço do demônio da esquerda e em seguida o da direita. Não sai ileso dessa, lógico, meus braços ficaram com arranhões profundos.

As cabeças rolaram para perto dos meus pés que começaram a ficar banhados pelo sangue deles. Ouço sirenes, a polícia acaba de chegar.

— Parado, solte a faca e coloque as mãos para cima. — diz o policial armado seguido por outros que também apontavam as armas para mim.

Olho para baixo e os corpos demoníacos haviam sumido, aparecendo apenas os dos meus pais. Senti meu corpo mole e tudo girar. Caio no chão de joelhos obedecendo os comandos do policial. Nos últimos momentos ali, vi ao longe, fora de minha casa, Lúcio com um par de chifres retorcidos como de bode, com um sorriso de orelha a orelha.

Não me levaram para uma prisão normal e sim para uma de detentos com problemas mentais, devido meu histórico e a passagem pelo hospital psiquiátrico. Estou em uma cela forrada e usando camisa de força. Encontro-me em um estado deplorável. Aquele filho da puta, não posso acreditar que era ele esse tempo todo. Era ele de quem minha irmã falava na carta, de quem tinha tanto medo.

Por culpa daquele maldito fiz coisas que não queria fazer... Agora estou aqui nesse lugar. Que idiota que sou por não perceber antes. Mas, por que? Por que disso tudo e logo comigo?

Passaram vários dias sem eu saber de nada e nem ninguém. Também não sonhava mais com minha irmã, nem nada, simplesmente fechava os olhos e abria. Sempre a mesma coisa.

— Senhor Reis, tem uma visita para você. — diz o guarda pela janelinha da porta.

— Visita? Quem? — pergunto indiferente.

— Diz ser um amigo seu. — ele abre a porta e alguns outros guardas entram para me levar à sala de visita.

O meu "amigo" já me espera sentado do outro lado da cabine. Para segurança de todos, somos separados dos visitantes por um vidro e nos comunicamos pelo interfone das cabines.

— Olá, velho amigo.  — Lúcio fala tocando no botão do comunicador. Sua voz está diferente. Mais grossa e profunda. De seus cabelos nascem pequenos chifres pontiagudos.

— O que quer de mim? — encaro ele bem sério.

— Vim conversar com você, caro amigo…

— Não me chame de amigo, seu cretino.  — corto a fala dele. O desgraçado ri.

— Eu amo quando você fica assim, exaltado e nervosinho,  — ele abre um sorriso mostrando seus caninos afiados.  — mas não vim aqui admirá-lo.

— Para que veio então? Não acha que acabou com minha vida o bastante?

— Aquilo? — gargalha. — Foi apenas o início da brincadeira. Graças a você, meus outros amigos estão livres pelo mundo agora. 

— Do que está falando  — o que esse cara está tramando?

— Ah, criança ingênua, Você matou o carcereiro que prendiam alguns amigos meus. — diz sorrindo, seus caninos estavam finos. — Foi tudo parte de um plano para você soltá-los. Da primeira vez não deu muito certo, você foi parar naquele hospício de quinta, não tive como influenciar mais ninguém. Foi então que voltou àquela casa, e sua irmãzinha conseguiu contato novamente, bem, eu obriguei  ela a fazer isso. Deu um pouco de trabalho, mas…

— O que fez a ela?

— Apenas a torturei como merecia.  — deu um sorriso meia boca.  — Tinha que ouvir ela gritando para parar.

— Seu...  — tento ir para cima dele, mas os guardas me seguram. Tem os olhos negros como os meus pais tinham.

— Por que tanta raiva de mim, João? Demônios são assim.  — ele gargalhou novamente. — E sua namoradinha serviu de um ótimo brinquedo para mim e para alguns outros. 

— Vai se foder, seu verme...  — digo indiferente.

— Tão charmoso...  — diz me olhando estranho e levantando.  — A visita acabou, bons anos para você aí dentro. Aproveite bastante, querido João.

Que vontade de arrebentar ele. Os guardas me jogaram de volta na cela. Isso não pode ficar assim tem que ter alguma coisa, alguma brecha…

"Os sonhos são seus, molde-os como desejar." É isso! Deito-me naquele chão forrado e fecho os olhos até algo acontecer.

— João! João!  — viro-me e vejo minha irmã me chamando. Não há nada aqui, apenas um vazio negro. Pelo menos estou livre daquela camisa de força, vestindo minhas roupas de costume.

— Melissa! — corro para abraçá-la , mas ela me detém com as mãos .

— Precisa detê-lo... — ela diz.

— Não sei como e já é tarde para isso…

— Nunca é tarde em um sonho. — diz sorrindo. — O quarto tem a resposta. Ainda há tempo para... hum…

— Melis... — ela para de falar e geme de dor logo após cuspir sangue pela boca.

— Você fala demais pirralha.  — uma voz demoníaca vinda de trás dela responde. Correntes surgem do vazio prendendo os braços e as pernas dela com tanta força que sangram. Outras duas cheia de espinhos sai de baixo dela e se enrosca na barriga e no pescoço.  — Chega de brincar agora...  — o demônio se revela com mais de três metros de altura, com chifres enrolados e gigantes saindo de sua cabeça negra e os olhos grandes, vermelhos como fogo.  — Sua hora chegou garoto!  — ele se ajoelha para tentar me pegar.

— NÃO! SEU DEMÔNIO IDIOTA!  — começo a flutuar e o demônio recua um pouco.  — ESSE É O MEU SONHO E EU QUE MANDO NESSA PORRA!

— Como ousa seu verme!  — o grande vazio negro se estilhaça deixando a luz entrar nele. Um dos raios de luz atingiu o braço do demônio fazendo ele sumir no escuro.

Acordo de volta no meu quarto quando tudo é banhado por luz.

— Foi tudo um... sonho? — levanto da cama rápido para sair do quarto. — Pai? Mãe?  — Ninguém responde. A parede onde abri o quarto de bebê está intacta. O relógio da sala está na hora escola.

Andando pela rua reparo que todas as casas estão meio que se desfazendo, como se alguma coisa no céu as puxasse. A casa do senhor Alves é a única que arde em chamas. Perto do colégio as coisas estão piores, além das casas, as plantas estão podres e o céu com nuvens pesadas e escuras.

Subo devagar a cada degrau. Não há alunos, professores ou inspetores. Nada além de um farfalhar vindo da minha sala no final do corredor. Dentro, a sala está tomada por demônios e no final, bem no centro rodeado deles, está Lúcio sentado como um líder.

— Pensei que não viesse mais. — ele diz a mim.

— Você não vai mais me controlar no MEU sonho.  — ameacei mesmo esse cretino. Os demônios tomaram posição para defendê-lo. Uma adrenalina percorre meu corpo por uns instantes e fecho as mãos com força. Um brilho surge em minha mão direita tomando forma de uma espada de luz. Tudo é possível em um sonho. Um por um, fui cortando as cabeças com essa espada de luz. Quem faltava agora era o próprio Lúcio.

— Acha que ESSA espadinha de luz vai me deter? HAHAHAHA!  — ele foi crescendo e se tornando negro como o demônio de antes com chifres gigantes.

O teto da escola não suportou ele por muito tempo. Escapei dali por um triz. Tenho que pensar em algo. ISSO!

— ONDE VAI, VERMEZINHO? NÃO TEM PARA ONDE CORRER. AQUI PODE SER SEU SONHO, MAS EU AINDA SOU O MAIS FORTE! 

Corro para minha casa e tranco a porta. Sei que foi inútil, mas... Fui direto ao meu quarto e procurei nas roupas sujas aquela calça que coloquei o amuleto do senhor Alves.

— Onde está essa merda?! — "O quarto tem a resposta." sai do meu e lá estava o outro do jeito que me lembro.

O bracinho da minha irmã está de fora e na mão dela tinha algo. Me aproximo e aqui está o maldito amuleto. Os passos do Lúcio estão bem próximos. Quando pego o amuleto e puxo da mão, minha irmã sai junto com ele como a conhecia.

— Melissa. — nos abraçamos forte. Como é bom abraçar ela.

— Irmão.  — ela soluça.

O teto é arrancado com facilidade acima de nós.

— ACHEI VOCÊS!  — eu e minha irmã nos abraçamos mais forte ainda e tudo ficou escuro. Sem Lúcio ou qualquer outra coisa. Entretanto sinto uma coisa estranha no corpo. Nos afastamos um pouco. 

Nossos corpos estão mutilados e cheios de corrente. Caímos de joelhos na frente um do outro.

— Eu disse que não tem para onde correr, querido João.  — a voz do Lúcio ecoa pelo eterno vazio.

— AH! Ham?... O que? — desperto assustado da cama e caio no chão. Não consigo me lembrar do que aconteceu…

Não, eu me lembro sim, do Lúcio, da minha irmã. Sento-me para me recompor, estou no quarto do hospício. Espera, espera. Eu estou de volta ao manicômio? Ou será que... Hoje é o dia que irei sair desse lugar?

 — João? — a enfermeira Rosana abre a porta devagar. — Está tudo bem? O que faz aí? Ouvimos você gritar.

— Estou bem sim, eu só...Que dia é hoje? — levanto rápido do chão.

— Hoje você irá sair querido, algum problema? — ela diz simpática e sorri.  — Seus pais já estão aqui para te levar, venha se trocar e pegar seus pertences.

MAIS QUE MER…


Notas Finais


E é isso galerinha, teremos mais novidades em breve, eu sei que sumi por anos kkkkk Peço perdão, mas muitas coisas aconteceram e me fizeram abandonar esse projeto... mas como é meu xodó vou tentar voltar a fazer ele e que vocês curtam também!


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