História Mack Claider Boarding Shool - Never mind

Encarei os dois espantada, como eles tomam uma decisão de me mandar para um internato sem perguntar o que eu acharia?

-Não acredito que vão me mandar para aquele lugar! - Falei, eu sabia bem como funcionava esse internato no Arizona, e não era nada divertido. Emma e John se conheceram lá quando adolescestes e já haviam me contado como era Mack Claider. Apenas um lugar cheio de adolescentes enviado por seus pais para ter um bom estudo, porque não aguentavam mais suas crises de adolescentes, longe de toda adrenalina da cidade.

-Fizemos isso pensando no seu futuro. Irá aprender que a vida não é como os filmes de contos de fardas. Tudo tem limites e regras a ser seguidas.

- Oh muito obrigada -disse com raiva. - Já posso bater palmas em agradecimento?

-Alex!-John me repreendeu.

- Eu não fiz nada de tão grave. Vai dizer que nunca fugiram no meio da noite quando eram da minha idade? Principalmente quando estavam naquele lugar?

- Mas nunca coloquei fogo em um laboratório com meu ex- namorado dentro.

- Já disse que foi um acidente, mas Tyler até que mereceu. - dei risada lembrando-se da cara dele.

- Ele quase foi para no hospital Alex-dei de ombros.

-Eu avisei pra ele ficar longe, mas infelizmente não foi o que ele fez quando tentou me beijar.

- E suas notas que caíram nos últimos meses, a ida a diretoria?

-Eu posso resolver isso. Prometo fazer hora extra nos estudos e ficar longe de confusões.

-Foi o que me falou na semana passada, e não cumpriu.

-Alex não queremos nos livrar de você. Só preciso que enxergue o que está acontecendo em sua volta. Sabe que não gosto que ande com aqueles rapazes. Não quero ver minha filha metida em confusões sendo falada no bairro. Quero minha Alex de volta.

-Eu contínuo aqui. - John negou com a cabeça.

-Arrume suas malas, depois desça para jantar. Saímos daqui amanhã antes do almoço. –abrir a boca para falar, mas resolvi ficar calada, não adiantaria nada eles estavam decididos.

Depois da nossa pequena discussão, desci para minha última noite naquela casa. Emma comia em silêncio encarando a tela do notebook, Gema se segurava para não abrir a boca e tagarelar, enquanto meu pai parecia estar com o pensamento longe.

Quase não toquei no espaguete só dando alguns goles no suco que descia com muito custo. O silêncio na mesa era desconfortável e a culpa do clima horrível era toda minha. Eu havia estragado aos poucos a relação boa que tinha com meus pais, e podia sentir os olhares de desaprovação em cima de mim.

Eu havia estragado aos poucos a filhinha que só tirava notas boas e a advogada de sucesso que eles sonhavam que eu iria ser.

Terminei o Jantar deixando a louça para Gema lavar enquanto eu terminaria de arrumar minhas malas.

Entrei no quarto encarando duas malas quase cheia jogada em cima da cama. Meu pai havia comentado que não seriam necessárias muitas peças de roupas, porque a regra era ''Sempre usar o fardamento'' mas eu não iria passar onze meses do resto do ano usando aquelas fardas que mais pareciam cobertores.

Coloquei meu último lingerie dentro com dificuldade para fechar a mala, já pronta para escovar meus dentes e ir dormir, quando fui interrompida com pedras se chocando em minha janela. Passava das 11:45 e eu poderia imaginar quem era o filho da puta. Abrir a cortina pronta pra disparar alguns palavrões e me surpreende com Karen me encarando caindo na gargalhada.

-Até imagino quem pensou que fosse. -revirei os olhos pra ela.

- Quase foi espancada?- perguntei

-Só algumas semanas fazendo faxina e sem celular, já seus pais acho que passaram dos limites. Sua mãe comentou com a minha, que ira para Arizona. É sério isso?-balancei a cabeça com um sim em resposta.

-Isso não é justo Alex, eles não podem fazer isso comigo- gargalhei.

- Onze meses passam rápido, e podemos nos ver nos finais de semanas quando Emma e John autorizarem minha saída.

-Ouvido você falar assim parece até feliz em ir.

-Só não quero decepciona-los mais do que fiz nas últimas semanas. O clima aqui em casa está horrível.

- Minha mãe ameaçou me mandar para casa do Marcus se eu acabasse me metendo em encrenca outra vez. -Ela se referiu ao pai. Karen acabou que se afastando dele após ele ter saído de casa há alguns anos.

-Estou sendo vista como uma adolescente que sô faz besteira e não a filha que só dava orgulho aos pais. Acho que Gema conseguiu ocupar esse lugar.

-A pirralha estragou nossa festa. -Karen reclamou. Eu sabia que ela tinha intenções de no fim da festa fugir para algum motel com Mike.

- Eu vi o que estava tentando fazer ontem, vi como ficou quando viu Tyler. Acho que deveriam conversar, você não esqueceu ele como diz.

-Karen eu não quero falar sobre isso...

-Estive conversando com ele e ele diz nunca ter saído com aquela garota.

-E você realmente acreditou nisso?

- Não sei o que pensar, mas tem alguma coisa de errado nessa história.

- Eu sei o que vi. Tyler que está colocando coisas em sua cabeça. E se venho até aqui pra falar sobre isso melhor ir embora.

-Tudo bem não toco mais nesse assunto, mas é o que acho. -dei de ombros. Eu não gostava de tocar no assunto, parecia que para todos em minha volta Tyler era o príncipe dos sonhos de todas as garotas, e eu a ex namorada vadia que tinha trocado o príncipe por o malandro da cidade.

Continuamos conversando até que foi ficando tarde e cada vez mais frio. O bairro que era agitado pelo dia, estava calmo sem nenhuma alma vagando. Despedir da minha melhor amiga em seguida tranquei a porta da varanda fechando as cortinas que insistia em acompanhar o ritmo do vento. Dei uma última olhada no celular respondendo algumas mensagens de Matt, e prefere não contar sobre o meu destino no dia seguinte.

                                        ...

Bateram na porta do meu quarto depois Gema apareceu com os olhos inchados me encarando. Mais o que a piveta estava chorando? Era cedo e eu odiava acorda cedo, mas me levantei ficando sentada na cama ela me acompanhou.

-O café está pronto e daqui uma hora vocês iriam.

-Achei que estivesse sonhado, mas o pesadelo ainda não acabou.-Bufei

-É não foi um pesadelo –Encarei ela que estava com os olhos vermelhos.

-Veja o lado bom. Você não ira precisar dividir o soverte comigo nem aguentar minhas chatices-um sorriso se formou em seus lábios.

-Me desculpa, eu não devia ter contado que você havia saído

-É não deveria, mas vamos esquecer esse episódio.

-Então quer dizer que não está com raiva de mim?

-Só um pouquinho chateada, mas daqui a pouco passa.

A hora passou rápido, deixei minhas coisas no porta malas enquanto, Emma dava algumas instruções para Gema que ficaria na casa de Karen. Meu pai estava posto no lugar do motorista falando ao celular, e pela cara de preocupação tinha a ver com o caso que estavam trabalhando, enquanto eu esperava encostada ao carro. E essa seria a hora perfeita para fugir, mas com dois pais agentes do Fbi eu não iria muito longe.

Despertei dos pensamentos com Gema e minha mãe acenando para alguém que estaria atrás de mim. Quando me virei entende o motivo dos sorrisos das duas. Ah não!

Tyler estava parado com as mãos no bolso vestindo sua camisa social branca e tênis casual. Nem parecia o Tyler de ontem. Mas o que ele queria? Era domingo e os Brandons sempre compareciam a missa onde ele deveria está bancando o bom filho.

-Tem um minuto? -ergue a sobrancelha incrédula. Só poderia está escrito trouxa na minha testa.

-Não, estou de saída.

-Ainda temos tempo Alex -Emma falou quase me empurrado para ele.  Apesar de não admirar as tatuagens que ele tinha, para ela Tyler era o genro dos sonhos e Emma acreditava que eu teria dado fim no nosso namoro por conta de Matt, então sendo eu a bruxa má da história. Mas isso mudaria, era apenas eu abrir a boca falando que por trás da pose de bom moço se escondia o pior dos cafajestes de toda Boston.

-Porque ainda insisti?-perguntei quando nos afastamos um pouco do carro.

-Não aguento mais ficar longe de você, eu não sei Alex...

-Então aprenda, porque não vamos voltar.

- Não sei mais o que fazer pra acreditar em mim. -Ele me encara nos olhos. Como ele conseguia ser tão bom ator? -Você quase me matou naquele dia no laboratório e mesmo assim estou aqui me humilhando e ainda insiste em não acreditar em minhas palavras.

- Eu não posso fechar os olhos e finge que nada aconteceu. Você me decepcionou e eu não confio mais em você.

- Então me olha nos olhos e diz que não estava dançando pra mim ontem?-Ele me surpreendeu com a pergunta.

-O que...?

-Eu quero ouvir da sua boca Alex. Era pra mim não era?

- Não, obvio que não -disse queimando de vergonha – E se não percebeu estava acompanhada.

-Por Matt? Você deve ter ficado louca! Sabia que ele é um dos suspeitos ao assalto na lanchonete do Jhonny?

-Ninguém tem prova. –rebati

-Ainda. Melhor se afastar dele, antes que ele te meta em encrenca e das grandes.

- Não deveria se importar. Por que está me dizendo isso?

- Eu ainda gosto muito de você.

-Para de ficar repetindo isso! Mike me contou que viu Ashley sair da sua casa depois vocês saíram juntos de carro.

- Está pensando que estou tendo algo com Ashley?- ele solta uma risada- Íamos para o mesmo lugar, eu só dei uma carona.

-Não foi o que Mike me contou!

-Não sei o que ele te disse, mas ele está mentindo, só você que não enxergar.

-Que saber? Cansei desse papo. -o empurrei e saí andando até o carro. John e Emma fingiram está em uma conversa quando entrei batendo a porta, mas eu sabia que eles prestavam atenção na cena de alguns minutos.

-Podemos ir. -falei

-Não que convidar Tyler pra ir junto?

-Claro que não!

-Pensei que iriam voltar. –Emma comenta

-Pensou errado. Agora podemos ir?

-Como quiser senhorita mal humor. Ponha o cinto, temos apenas trinta minutos para chegar ao aeroporto. - Fiz o que ela mandou, colocando o cinto que me apertava contra o banco. Acenei para Karen que estava da porta de casa ao lado de Gema. As duas tinham lágrimas nos olhos e aquilo me deu um aperto no coração. Sentir vontade de implorar para que não me levassem, mas notei que Tyler ainda estava plantado no mesmo lugar e uma mistura de sentimentos explodiam dentro de mim. Era ódio por tudo que ele tinha feito e raiva por saber que ele ainda mexia muito comigo. Não iria ser fácil esquecer dele, mas eu estava decidida que não iriamos ter volta.